Губки
В операционном зале большой больницы, молодая медсестра завершала свой первый рабочий день.
– Вы удалили только 11 губки, доктор,– сказала она хирургу.– Мы использовали 12.
– Я их вынул все,– ответил доктор.– Сейчас мы зашьем рану.
– Нет,– возразила медсестра.– Мы использовали 12 губки.
– Я беру на себя полную ответственность,– угрюмо сказал хирург.– Зашивать! – Вы не можете этого сделать! – взволновалась медсестра.– Подумайте о пациенте. Хирург улыбнулся, поднял ногу, и показал медсестре 12-ый губки.
– Вы справитесь с работой,– сказал он.
José: Gênesis 37-40
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Frase resumo
Os sonhos de José e o favoritismo de seu pai foram os ingrediente de uma trama incitado pelos seus irmãos que o levou à condição de escravo no Egito.
1 Jacó habitou na terra de Canaã, onde seu pai tinha vivido como estrangeiro.
Canaã era a terra prometida de Deus a Abraão (Gn 17.8). O pai de Jacó, Isaque, viveu na terra prometida como peregrino (rwgm).

2 Esta é a história da família de Jacó: Quando José tinha dezessete anos, pastoreava os rebanhos com os seus irmãos. Ajudava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e contava ao pai a má fama deles.
A história da família (twdlwt) é a expressão da NVI para representar toledot, uma palavra que indica as gerações da pessoa ou pessoas indicadas no texto. É também uma palavra que marca a forma literária de Gênesis, pois há 10 dessa palavra no livro de Moisés, sendo as cinco primeiras a história primeva, da criação ao chamado de Abraão e as outras cinco a respeito dos patriarcas e a graça de Deus mediante os erros dos homens. A história, a partir deste versículo é portanto, sobre as gerações, as vidas que estavam ao redor do patriarca Jacó (também chamado Israel). A figura mais importante nos próximos capítulos é seu filho primogênito com a esposa amada, Raquel: José. Ele era pastor e cumpria sua função com seus irmãos, além de contar a Jacó coisas desagradáveis, más (er), que eles faziam. Possivelmente esta era uma das atribuições que Jacó havia dado a José (Gn 37.14). O texto não é claro em dizer se ele delatava somente os filho de Bila e Zilpa. Elas são tratadas como mulheres de seu pai, não fazendo diferença por elas serem servas de Raquel e Lia. São com estes seus meio-irmãos que ele desempenha sua função pastoril. Os filhos de Lia eram mais velhos que José (Gn 30.20-24) e desempenham papéis mais aparentes na história, conforme o relato mosaico, do que Dã e Naftali, filhos de Bila, e Gade e Aser, filhos de Zilpa.
3 Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa.
O versículo descreve que o fato de Israel (Jacó) gostar mais de José estava ligado com a questão dele ter nascido em sua velhice. Como prova concreta de favoritismo ao filho José, Israel deu-lhe uma túnica, que possivelmente tinha mangas longas e se estendia até os tornozelos, dedução de H. C. Leupold em função da palavra hebraica passeem, que significa punhos ou tornozelos1. As túnicas dos trabalhadores eram curtas, pois não podiam atrapalhar no ofício rural dos homens. Em outras palavras, Jacó representava que José não tinha de trabalhar como os outros. Este é o versículo ponte para direcionar a atenção do leitor à atitude dos irmãos para com José.
4 Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente.
O favoritismo de Jacó por seu filho José foi notado pelo seus irmãos, que ao invés de criticar ou atacar aquele que favorecia, o pai deles, tiveram uma atitude contra o favorecido, José. A atitude deles foi odiá-lo (ans) e provavelmente como consequência disso, falavam com ele de modo áspero, sem pacificidade (ARA).
5 Certa vez, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles passaram a odiá-lo ainda mais.
Em uma nova cena, Moisés relata que o ódio dos irmãos por José cresceu em função de um sonho que ele teve e foi compartilhado2. Este versículo é como que um título explicativo para estes próximos versículos que detalharão a história do sonho de José e o porquê do maior ódio de seus irmãos por ele.
6 "Ouçam o sonho que tive", disse-lhes.
José chama a atenção de seus ouvintes, sua família, e dá início a história.
7 "Estávamos amarrando os feixes de trigo no campo, quando o meu feixe se levantou e ficou em pé, e os seus feixes se ajuntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele."
Em sua história, seu feixe é reverenciado pelos feixes de trigo de seus irmãos. Sendo ele o 11º irmão de uma família de doze irmãos (homens), seus irmãos não receberam a história como possivelmente José gostaria, visto que ouvir do irmão mais novo que um dia os mais velhos se curvariam diante dele não é agradável, especialmente em uma cultura que zela pelos privilégios dos primeiros concebidos.
8 Seus irmãos lhe disseram: "Então você vai reinar sobre nós? Quer dizer que você vai nos governar?" E o odiaram ainda mais, por causa do sonho e do que tinha dito.
A conclusão mais óbvia sobre o que José disse foi a questionada por seus irmãos3. Então você se tornará nosso rei (Klm)? Será nosso dominador (lvm)? O texto mostra que o ódio dos irmãos foi por causa do sonho que ele teve e também do que ele tinha dito. O que ele tinha dito além de relatar o sonho que teve? É possível que a forma que José tenha contado seu sonho para seus irmãos tenha afetado, machucado eles de alguma forma4. José era o filho querido do pai, usava uma roupa que mostrava a todos isso, além de demonstrar, por causa do favoritismo do pai, que não precisava trabalhar como os outros. Ademais, ele delatava o que seus irmãos faziam de errado para seu pai. José não era, aparentemente, um irmão de atitudes sábias, possivelmente um irmão com a maturidade de acordo com sua idade, dezessete anos. A insensatez está ligada ao coração da criança – Pv 22.15 – "criança:" run Palavra usada também para jovens.
9 Depois teve outro sonho e o contou aos seus irmãos: "Tive outro sonho, e desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim".
Em outra ocasião, aparentemente, ele teve outro sonho e também quis contar a seus irmãos. Ao invés de feixes de trigo, ele agora falava sobre os astros, dizendo que o sol, a lua e onze estrelas, exatamente o número de irmãos (homens) que ele tinha, se curvavam diante dele.
10 Quando o contou ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e lhe disse: "Que sonho foi esse que você teve? Será que eu, sua mãe, e seus irmãos viremos a nos curvar até o chão diante de você?"
O narrador escreve inequivocadamente o que Israel entendeu a respeito do sonho de seu filho, que o sol ou a lua era ele, e o outro astro sua mãe, referência que não pode ser Raquel, pois ela faleceu quando nasceu o 12º filho de Jacó, Benjamim. Ele entendeu que as onze estrelas eram os irmãos de José e o repreendeu (run), todavia, tal situação fez Jacó refletir (v.11). Apesar de Moisés não tratar o livro de forma cronológica, é notório que sua mãe neste texto não tratava de Raquel. Ela havia falecido junto do caminho de Efrata (Gn 35:19), antes da família de Jacó se estabelecer em Canaã, mais especificamente nas proximidades do vale de Hebrom (v.14). A mudança possivelmente se deu quando Jacó decidiu visitar seu pai Isaque, que ao morrer, foi sepultado por ambos os filhos, Esaú e Jacó. Depois disso Esaú se mudou para longe de seu irmão (Gn 36.6), deixando somente Jacó e sua família naquela região, que já não era suficiente para a quantidade de bens que as duas famílias tinham.
11 Assim seus irmãos tiveram ciúmes dele; o pai, no entanto, refletia naquilo.
Dessa vez o narrador não diz que aos irmãos foi acrescido ódio, mas que eles tiveram ciúme (anq) de José. Apesar do aparente atrevimento de José em contar algo que aparentemente refletia um possível orgulho de si, o pai refletia naquelas palavras, as quais seriam, à posteriori, provadas como uma revelação divina (Gn 41.37-57).
12 Os irmãos de José tinham ido cuidar dos rebanhos do pai, perto de Siquém,
Aqui se inicia uma nova cena. Siquém era a região onde ocorreu o episódio que Diná foi estuprada e seus irmãos, Simeão e Levi, mataram todos os homens. Era nesta região que os rebanhos de Jacó estavam.
13 e Israel disse a José: "Como você sabe, seus irmãos estão apascentando os rebanhos perto de Siquém. Quero que você vá até lá". "Sim, senhor", respondeu ele.
Este versículo ajuda-nos a entender melhor a questão da cumprida túnica de longas mangas de José. Seus irmãos estavam trabalhando enquanto ele não estava. A túnica era sinal de nobreza e quando seu pai a deu, mostrou que José não precisava trabalhar como trabalhavam os outros5, que pediu que ele fosse até lá para um trabalho que não era apascentar o rebanho (v.14). Com prontidão José atendeu ao pedido de seu pai.
14 Disse-lhe o pai: "Vá ver se está tudo bem com os seus irmãos e com os rebanhos, e traga-me notícias". Jacó o enviou quando estava no vale de Hebrom. Mas José se perdeu quando se aproximava de Siquém;
Israel tinha atribuído um trabalho diferente a José: notar se estava tudo bem com o rebanho, espiar seus irmãos e relatar o que eles faziam de errado (v.2). José se perdeu enquanto ia para o lugar onde seus irmãos estavam, o que mostra inexperiência no campo, possivelmente devido aos privilégios de ser o favorito do pai, que lhe deixava longe do ofício agropastoril.
15 um homem o encontrou vagueando pelos campos e lhe perguntou: "Que é que você está procurando?"
José também não era conhecido pela região. Enquanto ele perambulava (hut) notoriamente à procura de alguém ou alguns, um estranho o abordou e perguntou: "o que procura?"
16 Ele respondeu: "Procuro meus irmãos. Pode me dizer onde eles estão apascentando os rebanhos?"
Ele respondeu que procurava seus irmãos. Como o estranho sabia quem eram os irmãos de José? Algumas hipóteses:
Os irmãos de José eram conhecidos na região como "os irmãos pastores" e uma pergunta como essa dava ao estranho o fácil entender sobre quem José perguntava a respeito. Talvez o evento de Diná e o assassinato dos homens por Levi e Simeão os tenha feito famosos na região.
A aparência de José poderia lembrar a seus irmãos.
Supondo que somente seus irmãos mais velhos estavam trabalhando e mesmo sendo eles meio irmãos, não seria difícil imaginar um deles (10 irmãos) ser parecido com José, ou mesmo alguns deles;
Abraão, ascendente de Jacó não era originariamente desta região, o que poderia torná-los etnicamente mais diferentes das pessoas da região e assim, a percepção do estranho de quem seria os irmãos que José procurava.
A narrativa bíblica pode não ter acrescentado todos os diálogo e o estranho ter, em algum momento, perguntado a José quem eram seus irmãos.
É possível que o homem já conhecesse que aqueles irmãos trabalhadores tinham mais irmãos, sendo um deles, alguém que o pai favorecia e pouco ia ao campo. O estranho poderia ter identificado José como este irmão através de sua vestimenta (v.17 mostra que ele trabalhava próximo dos irmãos de José, o que pode trazer uma idéia de algum conhecimento ou intimidade entre eles).
17 Respondeu o homem: "Eles já partiram daqui. Eu os ouvi dizer: 'Vamos para Dotã’". Assim José foi em busca dos seus irmãos e os encontrou perto de Dotã.
O homem estranho não trabalhava longe dos irmãos de José. Ele poderia ser ser um colega de ofício ou negócio. Ele ouviu que eles iam para Dotã, uma cidade cerca de 32km de distância dali6. José então encontrou seus irmãos naquela região.

18 Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo.
José também foi "encontrado" por seus irmãos, que o viram de longe. É bem possível que sua vestimenta, a túnica dada pelo pai, tivesse ajudado os irmãos a identificarem José como aquele que se aproximava deles. Ao vê-lo de longe, conspiraram matá-lo.
19 "Lá vem aquele sonhador!", diziam uns aos outros.
Os dois sonhos de José, contados por ele mesmo, trouxe ódio e ciúme entre os irmãos para com José, todos filhos de Jacó. Que receita perfeita para o derramamento de sangue: ódio e ciúme. O texto diz que eles diziam uns aos outros, mostrando que o mau sentimento não tinha origem em apenas um dos irmãos, mas no coletivo.
20 "É agora! Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o que será dos seus sonhos."
Provavelmente esta foi a sugestão de um dos irmãos, mas o texto não revela quem a fez. "Façamos isso agora! Vamos matar nosso irmão sonhador, jogá-lo em um poço e depois mentir ao nosso pai sobre o que sucedeu." Essa era a idéia do plano: assassinato e mentira. O tempo para se elaborar um plano contra José era curto, mas suficiente. José já tinha avistado o grupo (v.17) e o momento era aquele. Os sonhos de José carregavam um fardo que ele não esperava. "É agora" (htu) não significa que José já estava entre eles como o contexto mostrará. O leitor despercebido7 pode pensar que José já estava entre eles, especialmente por causa da expressão do próximo versículo: tentou livrá-lo das mãos deles (veja detalhes no comentário do próximo v.21).
21 Quando Rúben ouviu isso, tentou livrá-lo das mãos deles, dizendo: "Não lhe tiremos a vida!"
Creio que ao ouvir a idéia, Rúben, o irmão mais velho de José e possivelmente com algum senso de responsabilidade por ele, disse que a morte não era algo que eles deviam executar. Literalmente ele disse: "não lhe tiremos a alma (vpn)". José, neste ponto da história ainda não estava presente entre eles, apesar do texto dizer que Rúben tentou livrá-los das mãos deles, na verdade uma metonímia de causa, que mostra a ideia de Rúben tentando retirar a idéia que eles tinham em assassinar José8.
22 E acrescentou: "Não derramem sangue. Joguem-no naquele poço no deserto, mas não toquem nele". Rúben propôs isso com a intenção de livrá-lo e levá-lo de volta ao pai.
Tentar tirar a idéia de assassinato sem um plano poderia falhar. Rúben então, com a carga de irmão mais velho, sugere jogar o irmão dentro de um poço, sem antes ou depois matá-lo. O texto mostra que a intenção de Rúben era, na verdade, em preservar a vida de José para poder devolvê-lo com vida ao pai.
23 Chegando José, seus irmãos lhe arrancaram a túnica longa,
Logo que chegou José a seus irmãos (ARA), eles lhe despiram (fvp) o objeto que trouxe dificuldade dos irmãos em amá-lo: a longa túnica, prova do maior amor do pai por José do que pelos outros. Note que o favoritismo trouxe ódio ao favorecido (José), não ao que favorecia (Jacó).
24 agarraram-no e o jogaram no poço, que estava vazio e sem água.
Depois de despirem José do presente de seu pai, a longa túnica, os irmãos o seguraram e o arremessaram (ilv) para dentro do poço que não tinha água.
25 Ao se assentarem para comer, viram ao longe uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que eles levavam para o Egito.
O texto não revela a atitude de José dentro do poço, tampouco se ele estava ou não machucado. O fato é que seus irmãos, depois de terem jogado ele naquele lugar, foram sentar para comer, mostrando despreocupação temporal e moral quanto ao covarde ato com o irmão ainda adolescente (17 anos, possivelmente). No momento da refeição, viram uma caravana de ismaelitas com camelos carregados de tragacanto (especiarias), bálsamo e mirra, produtos utilizados e negociados no Egito.
26 Judá disse então a seus irmãos: "Que ganharemos se matarmos o nosso irmão e escondermos o seu sangue?
Judá, possivelmente como os outros irmãos, com a exceção de Rúben (v.22b), pensavam em deixar José para morrer dentro do poço, onde ninguém o encontraria (esconder seu sangue). Por terem visto aquela caravana de negociadores, Judá, ao menos, teve uma idéia (maligna), apresentada no v.27.
27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas. "Não tocaremos nele, afinal é nosso irmão, é nosso próprio sangue". E seus irmãos concordaram.
"Vamos vender José aos ismaelitas?" Perguntou Judá. "Matá-lo seria muita maldade de nossa parte, pois somos irmãos dele, vocês se lembram?" "Boa idéia", responderam seus irmãos. O texto diz que seus irmãos concordaram. Rúben, por alguma razão não dita por Moisés, não estava presente e por isso não fez parte da concordata (v.29).
28 Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.
Não sabemos se a atitude dos irmãos de José para com ele foi algo que o surpreendeu totalmente. O ódio e ciúme que seus irmãos sentiam por ele transparecia em seus diálogos (v.4). Claro, não creio também que José esperava por algo tão cruel: ser arremessado para dentro de um poço. Todavia, José não sabia que o pior estava por vir. Quando os ismaelitas se aproximaram , José foi retirado do poço, mas não para retornar para casa depois de uma peça pregada pelos irmãos, mas para ser vendido pelo preço de um escravo com problemas físicos9. Ele foi levado ao Egito pelos ismaelitas de Midiã.
29 Quando Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá, rasgou suas vestes
Rúben estava ausente e ficou muito surpreso quando seu irmão não mais estava na cisterna. Seu plano, de levar o rapaz de volta à seu pai, havia furado. Como expressão de uma profunda mágoa, ele rasgou suas vestes, sinal cultural no oriente médio para demonstrar a profunda lamentação10.
30 e, voltando a seus irmãos, disse: "O jovem não está lá! Para onde irei agora?"
O jovem (dly)11 não estava na cisterna como planejara Rúben. Seu plano (v.22) não deu certo. Jacó possivelmente esperava que Rúben, como irmão mais velho, tivesse zelo e protegesse seus irmãos mais novos. Rúben, aquele que desonrou o leito do pai com Bila (Gn 35.22; 49.3-4) agora não tinha coragem de ver seu pai face a face para relatar o que ocorrera com José.
31 Então eles mataram um bode, mergulharam no sangue a túnica de José
A mentira não fugiu do plano original. Depois de venderem José aos ismaelitas e verem o desespero do irmão mais velho, mataram um bode para acobertar o crime que fizeram. Com a criação de uma nova versão do que havia sucedido com José, acobertariam também a Rúben, que estava preocupado com o que iria dizer a seu pai.
32 e a mandaram ao pai com este recado: "Achamos isto. Veja se é a túnica de teu filho".
Enviaram a túnica imergida (lbf) no sangue do bode para Israel, possivelmente através dos servos da família, que também foram instruídos no que dizer ao pai. O Targum de Jonatan diz que foram os filhos de Zilpa e Bila que levaram a túnica a Israel12. Era pouco provável que o pai não reconhecesse a túnica que ele mesmo deu para seu querido filho José. Existia cinismo na frase: veja se a túnica é de seu filho, visto que eles sabiam, e não poderiam deixar de saber, que a túnica era de José. Eles poderiam ter dito ao pai: encontramos a túnica de seu filho; ela era singular.
33 Ele a reconheceu e disse: "É a túnica de meu filho! Um animal selvagem o devorou! José foi despedaçado!"
Jacó reconheceu (rkn) que a vestimenta era de seu filho. Os irmãos de José conseguiram enganar o pai, conclusão vista pelas declarações do pai de que José havia sido despedaçado ([rf) por um animal, comido (lka) por ele.
34 Então Jacó rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e chorou muitos dias por seu filho.
A cultura do oriente médio antigo não tinha o pensamento abstrato tão claramente observado como entre os gregos. Seus sentimentos se mostravam através de atitudes corpóreas, como rasgar as vestes, que aparece pela segunda vez neste capítulo, sendo a primeira quando Rúben viu que seu irmão não estava na cisterna como esperava. Vestir-se de pano de saco e jogar cinzas ou terra sobre a cabeça demonstrava publicamente uma grande tristeza (1Rs 21.27; Ne 9.1; Et 4.1; Jn 3.5).
35 Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo: "Não! Chorando descerei à sepultura para junto de meu filho". E continuou a chorar por ele.
Agora com a presença clara dos filhos na cena, eles tentam consolar ao pai, ludibriado pelos próprios filhos, que nem precisaram dizer alguma coisa para ratificar a mentira que planejaram e executaram. Tal atitude dos filhos mostram a hipocrisia deles. Ainda assim, Jacó negou ser consolado, dizendo que lamentar (lba) faria ele sentir-se junto a seu filho José, que segundo o enganado pai, estava na sepultura (NVI e ARA), ou seja, morto. A NTLH diz: Vou ficar de luto por meu filho até que vá me encontrar com ele no mundo dos mortos, nitidamente uma paráfrase. Sheol (lwav) é a palavra original no texto traduzida por sepultura, que no passado foi confundida ou associada demasiadamente ao inferno. Este vocábulo não apresenta um detalhamento da situação dos mortos, ele mostra um quadro típico de um túmulo na Palestina13. Não sabemos ao certo quem são as filhas14 de Jacó, visto que o texto mosaico somente nos diz a respeito de Diná (Gn 34). O final do versículo diz que ele chorou muito (hkb – palavra que significa chorar amargamente, prantear).
36 Nesse meio tempo, no Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda.
O texto chama os ismaelitas de midianitas15. Foram eles que compraram José de seus irmãos e que agora, vendiam José a Potifar, que era "oficial" (syrs) do faraó, palavra também utilizada para eunucos, que não era o caso aqui, porque Potifar tinha uma esposa. Ele era chefe da "guarda" (tbf - o verbo desta palavra significa abater, matar cruelmente, matar impiedosamente), sugerindo que Potifar poderia ser chefe "dos carrascos", dos executores em serviço à realeza faraônica. A continuação sobre a vida de José se dá no capítulo 39. A história que se inicia no capítulo 37 não tem como intuito mostrar com exclusividade a vida de José, mas às histórias de vida que cercavam o patriarca Jacó (twdlwt - toledot). Por isso também, o capítulo 38 vai mostrar a vida de Judá.
Gênesis 39
Frase resumo
Yahweh é notado na vida de José por sua habilidade e fidelidade,
pois prosperava em tudo que realizava e temia pecar contra Deus.
1 José havia sido levado para o Egito, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá.
A cena principal volta a ser estrelada por José, filho de Jacó e Raquel. Ele foi levado ao Egito pelos ismaelitas que o compraram como escravo pelo preço de alguém aleijado de seus irmãos.16 O texto diz que o comprador egípcio foi Potifar, oficial do faraó e chefe da guarda. O texto não diz o preço que José foi vendido a Potifar, mas possivelmente ambos fizeram um bom negócio. O vendedor pelo dinheiro no comércio, o comprador pela prosperidade que "o produto" trazia a seu lar (vv. 2-5).
2 O SENHOR estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio.
O narrador não demora a dizer que Yahweh era presente na vida de José. Sua presença fez com que José obtivesse sucesso, prosperasse (tlu) e por isso, passou a morar na casa de seu chefe. Onde ele antes habitava não é revelado pelas Escrituras. Segundo Ross,17 este verbo hebraico para prosperidade é algo fenomenal e inesperado. O Dicionário Internacional do Antigo Testamento diz que a raiz da palavra significa alcançar satisfatoriamente aquilo que se pretende. 2Cr 31:21 diz: Em tudo o que ele empreendeu no serviço do templo de Deus e na obediência à lei e aos mandamentos, ele buscou o seu Deus e trabalhou de todo o coração; e por isso prosperou (grifo meu).
3 Quando este percebeu que o SENHOR estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava,
Assim como os ismaelitas possivelmente tiveram um bom lucro na venda do escravo José a Potifar, este também pensou: "que bom negócio foi ter comprado José". O texto revela que Yahweh já era conhecido entre os egípcio, no mínimo a Potifar, que percebeu (har) a presença dEle com José e que era Ele quem fazia seu escravo progredir (tlu – prosperar, ser proveitoso) em tudo o que ele fazia. Não sabemos o que José fazia exatamente, mas essa é uma citação que mostra a destreza de José em realizar seus afazeres e também das próprias necessidades como falar uma língua que não sabia. Ainda assim, o que ele fazia era surpreendente e inesperado18. O conhecimento de Potifar na existência de Yahweh era possivelmente proveniente de seu conhecimento acerca do povo hebreu, que tinha como Deus único a Yahweh19. Lembre-se que os egípcios eram uma nação politeísta.
4 agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía.
Achou José graça diante os olhos (de Potifar), diz o texto. Obviamente, alguém com as habilidades de José não deveriam ser descartadas, especialmente porque tal destreza era nitidamente proveniente de Yahweh, o único Deus dos hebreus, reconhecido inclusive pelo pagão Potifar. Sendo assim, colocou José como mordomo, administrador de seus bens e possivelmente chefe de seus empregados. José era confiável e inteligente. Seus bens (...) tudo o que possuía, estava agora nas mãos de José, sob seu cuidado.
5 Desde que o deixou cuidando de sua casa e de todos os seus bens, o SENHOR abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do SENHOR estava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo.
Potifar, desde que deixou José cuidando de seus bens, era abençoado por causa (llg) da presença de José com ele.20 A benção (hrkb) não era somente na casa do chefe da guarda, mas no campo (hdv).21
6 Assim, deixou ele aos cuidados de José tudo o que tinha, e não se preocupava com coisa alguma, exceto com sua própria comida. José era atraente e de boa aparência,
Percebendo Potifar o quanto era abençoado através da presença de José em seu meio, colocou José ao cuidado de tudo o que tinha, seus bens, dinheiro e (talvez) propriedades. A única coisa com que Potifar tinha de pensar, era sua própria comida. Creio que Aben Ezra22 estava certo ao escrever que o sentido da sentença é José tendo tudo comprometido ao seu cuidado, exceto o pão (comida), ou em fazer provisão disso para Potifar e sua família, visto que não poderia tocar na comida sendo ele um hebreu (veja Gn 43.32). O texto diz que José era bonito (hpy) de forma (rat) e de aparência (harm). Em português popular, José era sarado23 (forma) e lindo (aparência), qualidades que causaram dificuldades para ele.
7 e, depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo e o convidou: "Venha, deite-se comigo!"
Notando a esposa de Potifar toda as qualidades físicas e intelectuais de José, possivelmente também percebendo que o Deus dos hebreus o acompanhava, sentiu-se atraída por ele, tentando-o sexualmente. Especulo que a mulher de Potifar devia ser bonita, visto que a alta posição de Potifar (oficial do faraó), dava-lhe o privilégio de selecionar uma esposa entre as mais belas mulheres.
8 Mas ele se recusou e lhe disse: "Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados.
Todavia, diz o texto, ele se recusou, demonstrando então fidelidade a Potifar através da justificativa que deu à mulher. Esta foi possivelmente uma grande tentação para um jovem, que chegado ao Egito como escravo, tinha agora uma excelente posição na casa de um líder egípcio.
9 Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?"
A primeira sentença mostra que Potifar tinha outros servos/empregados que José era hierarquicamente maior. Tudo estava aos cuidados de José (v.8). Potifar não havia negado nada a José, com uma única exceção: sua mulher. Adultério era um grande pecado entre todas as nações.24 Adam Clarke25 diz que José, nesta passagem dá duas razões pelas quais não poderia ceder ao convite da mulher: (1) Ele era grato a Potifar, seu senhor, a quem devia tudo o que tinha e (2) por seu temor a Deus, que na visão dEle teria sido uma ofensa horrível, bem como de Quem não poderia escapar da disciplina. José, ao invés de dizer que seu pecado seria, à priori, contra Potifar, demonstra sua piedade dizendo que seu pecado seria uma perversidade contra Deus. Toda e qualquer ofensa horizontal, contra homens, que envolve a moralidade divina, é também uma ofensa vertical. Em outras palavras, neste caso, relacionar-se sexualmente com a esposa de Potifar era pecado contra ela e seu marido, mais ainda, contra Deus, que estabeleceu os limites do envolvimento sexual (moralidade divina).
10 Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele se recusava a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela.
Não foi um episódio singular de tentação. A mulher de Potifar queria se satisfazer nos laços do formoso hebreu que zelava pelos bens do marido. Isso acontecia dia após dia (NVI); todos os dias (ARA). Entretanto, José "não dava ouvidos", bem como evitava estar em sua presença.
11 Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava.
Ainda assim, "certo dia", José entrou na casa onde trabalhava e nenhum dos da casa estavam lá, palco perfeito para mais um dia de tentação proveniente da esposa de Potifar, que depois de algum tempo que as Escrituras não dizem, estava cansada da constante rejeição do bonito homem que trabalhava em sua casa. Ela possivelmente tramou este momento, pois José evitava ficar perto dela (NVI) e ele possivelmente não deixaria este cenário ser montado.
12 Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: "Vamos, deite-se comigo!" Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela.
Cansada de tanta rejeição, dessa vez ela segurou (vpt) José em seu manto (dgb) e falou (rma) em um tom imperativo: deite-se comigo! Aparentemente sem saída, José largou seu manto nas mãos da mulher e fugiu (swn). Creio que não havia outra possibilidade dele escapar da libidinosa mulher, uma atitude que somente tomaria alguém que conhecia a vontade de Deus e se relacionava genuinamente com Ele.
13 Quando ela viu que, ao fugir, ele tinha deixado o manto em sua mão,
Este versículo recomeça a ideia do plano humanamente maligno contra a vida de José, mas soberanamente correto para pô-lo na posição que seus sonhos mostraram26 (Gn 37). A mulher de Potifar, ao notar que as vestes de José estavam em sua posse, imaginou o plano perfeito para vingar sua vontade não saciada.
14 chamou os empregados e lhes disse: "Vejam, este hebreu nos foi trazido para nos insultar! Ele entrou aqui e tentou abusar de mim, mas eu gritei.
Ela gritou (arq) pelos homens que poderiam estar em algum lugar na propriedade de Potifar para testemunhar falsamente, através da mentira que ela contaria e contou a eles contra a vida de José. O lugar dentro da casa onde estavam a mulher de Potifar e José naquele momento não tinha ninguém (v.11). Quando alguns se aproximaram e viram ela com o manto de José em suas mãos, ela disse: "este hebreu, comprado pelo meu marido não é tudo isso que meu marido pensava. Sua presença é uma vergonha para esta família. Ele tentou me estuprar (bkv)27, mas eu gritei bem alto por ajuda!" A NVI não foi completamente feliz na tradução do texto, pois não conseguiu passar a mensagem de culpa que a esposa de Potifar coloca sobre seu marido. A ARA diz: vede, trouxe-nos meu marido este hebreu. Apesar do texto original não trazer a palavra marido, deixa claro que ele trouxe (הֵבִיא) para nós (לָנוּ) homem (אִישׁ) hebreu (עִבְרִי).
15 Quando me ouviu gritar por socorro, largou seu manto ao meu lado e fugiu da casa".
"José", disse a mulher, "saiu correndo quando comecei a gritar", explicando para aqueles que apareceram por lá depois dela gritar. "Ele teve de deixar seu manto, tanta era a pressa que tinha para não ser pego flagrante". A esposa de Potifar dava sua versão ao acontecido para os homens que agora ali estavam, os servos de Potifar, submissos inclusive à José, que por tudo zelava.
16 Ela conservou o manto consigo até que o senhor de José chegasse à casa.
O manto (dgb) era objeto fundamental para a versão da história que criara. Ela manteve as vestes de José com ela até que Potifar chegasse em casa. Mais uma vez, na história de José, suas vestes se tornam instrumentos de um falso testemunho: (1) os irmãos de José imergiram sua túnica no sangue de um bode e com dolo, enganaram Jacó. (2) O manto que a esposa de Potifar guardou, serviu para ratificar o conteúdo de sua mentirosa versão contada ao marido.
17 Então repetiu-lhe a história: "Aquele escravo hebreu que você nos trouxe aproximou-se de mim para me insultar.
Depois de algum tempo,28 quando Potifar chegou em casa, sua esposa repetiu a versão mentirosa, que incriminaria José. Dessa vez, a acusação a Potifar se mostra clara na NVI: aquele escravo hebreu que você nos trouxe. Ela culpava seu marido de ter trazido a razão de seu quase estupro, segundo ela (v.14). Ela disse para ele que José queria zombá-la (qtu)29.
18 Mas, quando gritei por socorro, ele largou seu manto ao meu lado e fugiu".
"José somente não me zombou", começou a dizer a esposa de Potifar a ele, "porque comecei a gritar muito alto e ele correu de medo". A esposa de Potifar contou a mesma versão para seu marido que contara para os homens da casa que apareceram quando ela gritou. Possivelmente, neste instante, ela mostrou o manto de José a Potifar, seu instrumento probatório do falso testemunho.
19 Quando o seu senhor ouviu o que a sua mulher lhe disse: "Foi assim que o seu escravo me tratou", ficou indignado.
Crendo Potifar em sua mulher, ele ficou irado ([a)30.
20 Mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei. José ficou na prisão,
A ira de Potifar possivelmente fez com que ele não quisesse ouvir a versão de José, ou que José nem tenha se defendido no momento que Potifar esteve em sua presença, pois foi ele mesmo quem o lançou na prisão31. O texto não diz detalhes da prisão. Nela ficavam os prisioneiros do rei, provavelmente traidores ou indivíduos que tenham cometido delito contra o próprio faraó. Como chefe da guarda, possivelmente dos executores, Potifar tinha poder e conhecimento para executar a José, todavia, o texto não revela o porquê de não ter feito, nem que tinha intensão de assim proceder. Ainda assim, John Gill especula que era por causa do respeito que ele tivera por José. O que todos nós sabemos é que Deus estava no controle e que nada deveria acontecer a José, instrumento divino da preservação da semente escolhida.
21 mas o SENHOR estava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro.
O texto logo revela que Yahweh estava presente na vida de José e que o tratou com bondade (dst). Seu amor fiel a José foi demonstrado através da simpatia rapidamente concedidade pelo carcereiro, que segundo o comentário de Jamieson, Fausset e Brown (JFB), era possível que o carcereiro soubesse de antemão da inocência de José, bem como conhecimento de seu alto padrão de integridade. Apesar disso, dizem estes comentaristas, a mão de Deus revelada no texto é a maior influência da graça concedida a José. Adam Clarke, em seu comentário acerca deste versículo, resume a história do capítulo trazendo à luz quatro lições:
Aquele que reconhece Deus em todos seus passos tem a promessa de que Ele dirigirá seus passos. A prisão de José promovia a glória de Deus, que para este fim, Deus trabalhava em José, por José e através de José. Mesmo o não religioso era capaz de enxergar a diferente divindade em/por/com José;
A resistência de José à tentação provocada pela esposa de Potifar é exemplar. Seu exemplo é extremamente raro, admirado por muitos, aplaudido por alguns, ainda assim imitado por poucos;
Saber quando lutar e quando fugir da tentação tem grande importância na vida cristã. Algumas tentações nós precisamos combater, muitas outras fugir;
Uma mulher com o espírito da esposa de Potifar é capaz de qualquer espécie de maldade. Quando ela não conseguiu o que queria, começou a acusar a José, como faz o próprio Satanás, primeiramente tentando, depois acusando, mesmo tendo o indivídio resistido ao pecado. Ele faz isso para trazer confusão e abalar a fé, como fez a esposa de Potifar, que não obteve sucesso em abalar a fé de José.
22 Por isso o carcereiro encarregou José de todos os que estavam na prisão, e ele se tornou responsável por tudo o que lá sucedia.
O carcereiro deu (/tn) às mãos de José os prisioneiros. Ele mais uma vez tinha responsabilidades sobre o funcionamento e ordem do local, bem como sobre pessoas. Literalmente, a segunda parte do versículo segue o entendimento da ARA, que diz: e ele fazia tudo quanto se devia fazer ali. Aparentemente, segundo uma direta interpretação, era ele quem tudo executava. Tanto o Targum de Jonatan como de Onkelos32 dizem que isto significava que nada era feito sem sua palavra, ou seja, sua autoridade e comando. A NTLH também entendeu dessa forma: e era ele quem mandava em tudo o que se fazia na cadeia. Este autor acredita nesta interpretação, melhor opção ainda em função do contexto.
23 O carcereiro não se preocupava com nada do que estava a cargo de José, porque o SENHOR estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que realizava.
Sob a responsabilidade de José, o carcereiro não tinha nada com que se preocupar. Moisés diz, porque (בַּאֲשֶׁר) Yahweh era com José e isso também fazia com que ele, mais uma vez, prosperasse. A ARA mostra a ênfase do autor em Deus, repetindo, como no original, Yahweh: porquanto o SENHOR era com ele, e tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava.
Gênesis 40
Frase resumo
No cárcere José interpreta o sonho de dois empregados do faraó,
habilidade dada por Deus e oportunidade para sua liberdade.
1 Algum tempo depois, o copeiro e o padeiro do rei do Egito fizeram uma ofensa ao seu senhor, o rei do Egito.
Depois (rta) dessas coisas (rbd), tanto o copeiro quanto o padeiro que trabalhavam diretamente ao faraó, rei de todo Egito, pecaram (aft) contra sua majestade. Não se sabe ao certo quanto tempo depois do evento de José ter sido preso, este episódio na terra egípcia aconteceu. Adam Clarke, possivelmente baseado no Targum de Jonatan, acredita que o pecado foi a tentativa de assassinar o faraó através de envenenamento. Todavia, este autor acha que é pouco provável que o faraó tivesse mantido a vida deles se isso tivesse acontecido, especialmente por eles terem retornado à presença do faraó para trabalharem (vv. 20,21), e tendo o copeiro trabalhado por anos depois ainda (Gn 41.1). O faraó possivelmente não reabilitaria um empregado que outrora lhe quis assassinar.
2 O faraó irou-se com os dois oficiais, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros,
A fúria ([xq) do faraó foi causada por algo que seus chefes de copa e cozinha fizeram ou pelo que os subordinados dos chefes fizeram. Eram eles os responsáveis pela negligência de seus subalternos e deviam prestar contas por seus erros, como de fato o fizeram.
3 e mandou prendê-los na casa do capitão da guarda, na prisão em que José estava.
O padeiro e o copeiro foram presos no mesmo cárcere onde estava José, no "cárcere real" que também era o local onde ficava a casa do capitão da guarda, possivelmente Potifar, assim apresentado em Gn 37.36. É também possível entendermos que havia outro chefe da guarda, mas este autor acredita que isso seja menos provável. Neste momento Potifar poderia ter entendido melhor a respeito do que passou no evento entre sua esposa e José dentro de sua casa, mas para manter a reputação de sua esposa e consequentemente a sua própria, Potifar não havia retirado José da Prisão, mas assegurava juntamente com o carcereiro que ele fosse bem tratado.33
4 O capitão da guarda os deixou aos cuidados de José, que os servia. Depois de certo tempo,
Calmet34 acredita que o padeiro e o copeiro ofenderam ao faraó em seu aniversário e um ano depois, depois de certo tempo, (entendido por ele por causa da palavra יָמִים35), eles teriam sido restituídos aos seus cargos para ajudarem na nova festa de aniversário do faraó (v.20). Ambos estavam aos cuidados de José, que também fazia o papel de servi-los (trv), de prestar serviço de qualquer necessidade que eles tivessem. Sendo o capitão da guarda Potifar e conhecendo ele a capacidade administrativa de José, bem como de seu íntegro caráter, não teria melhor pessoa para deixar os ofensores do rei a cargo.
5 o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam na prisão, sonharam. Cada um teve um sonho, ambos na mesma noite, e cada sonho tinha a sua própria interpretação.
"Depois de algum tempo", melhor interpretação de יָמִים, o padeiro e o copeiro sonharam na mesma noite. O narrador da história, Moisés, diz que cada um dos sonhos tinha um diferente significado, ou seja, não eram sonhos quaisquer, mas sonhos proféticos; cada sonho tinha a sua própria interpretação.
6 Quando José foi vê-los na manhã seguinte, notou que estavam abatidos.
José, como aquele que zelava pelo padeiro e copeiro como prisioneiros do cárcere, visitou-os na manhã seguinte, mas notou que estavam tristes ([uz). Clarke diz que eles concluíram que seus sonhos prediziam algo de grande importância, mas eles não conseguiam dizer o que predizia e por isso estavam abatidos. É possível que José, em função da simpatia que tinha do carcereiro, estava agora hospedado em um cômodo mais aconchegante, um lugar melhor de onde estavam o padeiro e copeiro chefe, por isso "teve de vê-los".
7 Por isso perguntou aos oficiais do faraó, que também estavam presos na casa do seu senhor: "Por que hoje vocês estão com o semblante triste?"
Apesar do padeiro e o copeiro se encontrarem na prisão já por algum tempo, o narrador do evento os considera oficiais do faraó. Notando José que eles estavam com semblantes abatidos, perguntou a eles porque estavam daquela forma naquele dia especificamente. Tal pergunta mostra o zelo de José no cuidado que tinha pelos prisioneiros que estavam sobre seu cuidado, lembrando que ele os servia (v.4).
8 Eles responderam: "Tivemos sonhos, mas não há quem os interprete". Disse-lhes José: "Não são de Deus as interpretações? Contem-me os sonhos".
Os oficiais do faraó então disseram a José o motivo pelo qual eles estavam cabisbaixos. Eles sonharam e queriam saber o significado de seus sonhos, que teve um conteúdo no mínimo curioso, possivelmente preocupante. Porém não havia quem interpretasse seus sonhos ou mesmo intérpretes capazes no local. A palavra de Deus não mostra a resposta dos prisioneiros à pergunta de José: não pertencem a Deus as interpretações? (ARA) Tal pergunta reflete o que José cria, que Deus era o único capaz de interpretar sonhos. Ainda assim, devemos entender que José sabia que era instrumento divino para as interpretações, pois logo após dizer que é Deus o dono das interpretações de sonhos, ele pede para que os prisioneiros contem a ele o que sonharam. Ele sabia que poderia ajudá-los, mas o que diria não seria procedente de seu intelecto ou proeza, todavia de Deus.
9 Então o chefe dos copeiros contou o seu sonho a José: "Em meu sonho vi diante de mim uma videira,
O primeiro a contar seu sonho foi o copeiro. Ele parecia estar mais disposto em contar seu sonho a José do que o padeiro, que avaliou a interpretação de José sobre o sonho do colega oficial para contar seu sonho a José (v.16).
10 com três ramos. Ela brotou, floresceu e deu uvas que amadureciam em cachos.
O sonho do copeiro apresentava uma videira (/pg) com três ramos, que havia brotado, florescido e dava em cachos maduros.
11 A taça do faraó estava em minha mão. Peguei as uvas, e as espremi na taça do faraó, e a entreguei em sua mão".
O sonho do copeiro refletia sua profissão. Ele diz que no sonho pegou as uvas maduras, espremeu-as na taça do faraó e a entregou para ele.36
12 Disse-lhe José: "Esta é a interpretação: os três ramos são três dias
Depois de escutar atentamente ao sonho do copeiro, José lhe revela a interpretação do sonho. Não há nenhuma relação entre ramos e dias para que José tivesse interpretado o sonho como um farsante. Sua interpretação tinha origem divina.
13 Dentro de três dias o faraó vai exaltá-lo e restaurá-lo à sua posição, e você servirá a taça na mão dele, como costumava fazer quando era seu copeiro.
Literalmente, o faraó levantaria a cabeça do copeiro e voltaria ao serviço como anteriormente, quando servia diretamente ao faraó.
14 Quando tudo estiver indo bem com você, lembre-se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire-me desta prisão,
Logo que José terminou de contar o resultado positivo ao copeiro do significado de seu sonho, ele fez um pedido. Lembre-se (rkz) de mim, pediu José, seja bondoso (dst). "Diga ao faraó sobre mim e me retire desta masmorra." José leva em consideração o tempo certo de quando o copeiro chefe deveria falar com o faraó, "quando tudo estivesse indo bem" (bfy). Tal pedido não foi moeda de troca pelo serviço prestado na interpretação do sonho ou mesmo na qualidade de servo na prisão. Ele, na verdade, pede por compaixão (bondoso na NVI).
15 pois fui trazido à força da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para ser jogado neste calabouço".
Trazido à força (NVI) ou roubado (bng) foi o que aconteceu com José em sua terra. A humanidade de José emergiu aqui.37 Este é o único momento descrito sobre José que ele se justifica, querendo compartilhar de sua inocência. Note que José não reveleu aqueles que cometeram o crime de vendê-lo como escravo, seus próprios irmãos. Tampouco disse que por causa de um falso testemunho da esposa de Potifar, a culpada da história na casa do chefe da guarda, ele estava preso em uma masmorra. Ele somente disse: "sou inocente."
16 Ouvindo o chefe dos padeiros essa interpretação favorável, disse a José: "Eu também tive um sonho: sobre a minha cabeça havia três cestas de pão branco.
O chefe do padeiro, notando a feliz história que revelava o sonho do chefe dos copeiros, possivelmente pensou que era um bom momento para perguntar a José seu significado. Vendo, ou percebendo (har) que a interpretação era boa (bwf), agradável, resolveu compartilhar seu sonho, que também tinha relação com seu trabalho, de fazer pães.
17 Na cesta de cima havia todo tipo de pães e doces que o faraó aprecia, mas as aves vinham comer da cesta que eu trazia na cabeça".
O sonho do padeiro dizia que ele levava três cestas de comida sobre sua cabeça, mas a cesta mais alta tinha, além de pães brancos, doces de vários tipos, manjares, geralmente preparados ao rei. O problema é que os pássaros comiam a comida de alguma das cestas (note o singular no v.17 – הַסַּל; no v.16 סַלֵּי).
18 E disse José: "Esta é a interpretação: as três cestas são três dias.
Sem pestanejar, de forma direta e honesta, José inicia a dizer a interpretação do sonho, mesmo sabendo ele que o que estava prestes a contar não agradaria o padeiro. Cada cesta significava um dia.
19 Dentro de três dias o faraó vai decapitá-lo e pendurá-lo numa árvore. E as aves comerão a sua carne".
Em três dias a partir daquele, do dia em que o sonho foi interpretado, o padeiro morreria. A NVI traduziu que ele seria "decapitado". A ARA traduziu faraó tirará fora a cabeça. Este autor não crê que o padeiro seria decapitado. A palavra traduzida em ambas as versões, avn, sugere que a cabeça dele seria levantada, uma expressão para dizer que ele seria restaurado, reabilitado ao cargo (de honra)38, como também aconteceria com o copeiro (v.13). Isso de fato aconteceu, tanto o copeiro como o padeiro foram restaurados aos seus cargos (v.20 – NVI traduziu por reapresentou e a ARA interpretou a palavra como reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe39). Um segundo ponto desta evidência, de que o copeiro não foi decapitado, é que o v.22 diz que o padeiro foi pendurado (hlt), traduzido por enforcar na NVI, ARA e ARC. A NTLH diz que ele foi executado, não dizendo a forma como ele foi morto. Sobre hlt o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento diz: "Na maioria das vezes emprega-se talah em referência à execução de alguém ou à exposição pública do cadáver após a execução. Uma vez que Heródoto dá a entender que a empalação era um método comum de execução na Pérsia (veja-se também Ed 6.11), é possível que a expressão עַל־עֵץ תָלָה, tradicionalmente traduzida por ‘pendurar/enforcar numa árvore/forca’, na verdade signifique ‘empalar numa estaca’." O terceiro ponto que ratifica esta conclusão está na parte final do v.22, que diz como José lhes dissera em sua interpretação, ou seja, de acordo como José havia interpretado. Se seguirmos a linha de raciocínio das traduções:
NVI: José disse que ele seria decapitado e pendurado em uma árvore. Mas o v.22 diz que ele foi enforcado.
ARA e ARC: O padeiro teria sua cabeça tirada e então seria pendurado em um madeiro. O v.22 diz que ele foi enforcado.
NTLH: Mandariam cortar a cabeça do padeiro fora e o v.22 diz que ele foi executado.
Este autor crê que decapitar ou tirar fora a cabeça não são boas traduções de אֶת־רֹאשְׁךָ פַרְעֹה יִשָּׂא (ele levantará, o faraó, sua cabeça), mesmas palavras no v.13 em referência ao copeiro, mas traduzido nas versões portuguesas de forma diferente do versículo em questão40. Note que ambos, o padeiro e o copeiro, tiveram suas "cabeças levantadas" (v.20 - הָאֹפִים שַׂר וְאֶת־רֹאשׁ הַמַּשְׁקִים שַׂר אֶת־רֹאשׁ וַיִּשָּׂא – e levantou a cabeça do copeiro e a cabeça do padeiro). Pendurar em uma árvore ou madeiro foi a forma que o copeiro morreu, mas o detalhe da morte, se empalado, enforcado ou ainda pendurado em uma jaula ou amordaçado (gibbet41), o texto sagrado não revela. Enfim, José não poupou palavras para comunicar o padeiro de sua morte. Nada havia que impedisse que a tristeza da notícia ficasse de imediato evidente no modo e no tom de voz do orador.42 Depois que o padeiro fosse "pendurado" as aves comeriam sua carne, segundo a interpretação de José.
20 Três dias depois era o aniversário do faraó, e ele ofereceu um banquete a todos os seus conselheiros. Na presença deles reapresentou o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros;
Os egípcios já tinham o costume de celebrar datas de nascimento. A NVI usa a palavra "reapresentou" para traduzir a expressão "levantou a cabeça," como no v.13, usada em referência ao copeiro. Tal palavra é chave para percebermos que o acontecido com o padeiro e com o copeiro foi conforme revelado por José (veja comentário no v.19 para detalhes). "Na presença dos oficiais, o faraó reabilitou, restaurou, reposicionou, recolocou tanto o chefe dos padeiros, quanto o chefe dos copeiros." Todavia os versículos seguintes revelam que um para a glória e outro para a morte.
21 restaurou à sua posição o chefe dos copeiros, de modo que ele voltou a ser aquele que servia a taça do faraó,
O chefe dos copeiros, reabilitado à sua função, retornou a servir o rei conforme teve seu sonho interpretado por José.
22 mas ao chefe dos padeiros mandou enforcar, como José lhes dissera em sua interpretação.
Ao contrário do copeiro, o padeiro, depois de reabilitado à sua função, conforme predito por José, foi morto, evento também revelado por José quando interpretou seu sonho. Ele foi enforcado, empalado ou gibbet43 (hlt), tipos de execução que já eram realizadas no antigo Egito.
23 O chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao contrário, esqueceu-se dele.
No comentário de JFB é dito: esta é a natureza humana. Quão inclinados são os homens para se esquecerem e negligenciarem na prosperidade aqueles que foram seus companheiros nas adversidades. José fez um pedido muito simples para o copeiro, mas foi esquecido por ele. Pode ser que, no momento da festa, logo após ele ter sido reabilitado ao seu antigo cargo ao lado do rei, ele ainda estivesse com o pedido de José em mente, mas após isso, esqueceu-se. Lembre-se, José pediu para que o copeiro falasse sobre ele em um momento oportuno (quando tudo estivesse indo bem – v.14, NVI). Sem dúvida alguma dois anos é muito tempo para que nunca houvesse surgido um tempo oportuno, quando tudo estivesse bem com o copeiro.
Arranjo Simétrico44 de Gênesis 40:
A. Prisioneiros se encontram com José na prisão (1-4)
B. Prisioneiros perguntas a José sobre seus sonhos (5-8)
C. Explicação dos sonhos (9-11, 12-13)>
D. Pedido de José (14-15)>
C’. Explicação dos sonhos (16-17, 18-19)>
B’. Prisioneiros obtém as respostas de seus sonhos (20-22)
A. Prisioneiro se esquece de José na prisão (23)
Bibliografia
- GARDNER, Paul (editor). Quem é quem na Bíblia Sagrada. 4ª impressão, São Paulo, Ed. Vida, 2002.
- HARRIS, R. Laird, ARCHER, Gleason L., WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Ed. Vida Nova, 1998.
- HOUSE, Paul R. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo-SP, Ed. Vida, 2005
- KIDNER, Derek. Gênesis, Introdução e comentário. Edições Vida Nova, São Paulo-SP, 1997.
- KOHLEMBERGER III, John R. The Interlinear NIV HEBREW-ENGLISH Old Testament, Grand Repids, Zondervan, 1987
- LANGE, John P. Commentary on the Holy Scriptures, Genesis. Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan.
- MERRIL, Eugene H. História de Israel, 3ª edição, Rio de Janeiro, CPAD, 2002.
- ROSS, Allen P. Creation and Blessing, a Guide to the Study and Exposition of Genesis. Baker Book House Company, 1988.
- SWINDOLL, Charles R. José, um homem íntegro e indulgente. São Paulo, Ed. Mundo Cristão, 2000.
Sítios Eletrônicos Consultados
- Bible.org, about Joseph - http://www.bible.org/page.php?page_id=4842 (12/junho/2009 às 14:30hs)
- Biblos - http://bible.cc/ (22/junho/2009 às 14:00hs)
- Wikipedia – www.wikipedia.com
Bíblias Utilizadas
- Bíblia Anotada (Versão RA – comentários por Charles Ryrie)
- Nova Tradução na Linguagem de Hoje
- Nova Versão Internacional
- Revista e Atualizada
- Revista e Corrigida
1 SWINDOLL, Charles R. José, um homem íntegro e indulgente. Ed. Mundo Cristão, pg. 26.
2 Para detalhes sobre sonho veja o artigo: http://todahelohim.blogspot.com/2009/06/sonho-na-biblia.html
3 Note o plural, "irmãos".
4 A ARA diz e de suas palavras (rbd), o que sugere melhor meu ponto de vista.
5 Veja comentário de Gn 37.3.
6 Segundo Charles Ryrie na Bíblia Anotada.
7 Ou desapercebido (Houiass).
8 Chama-se de metonímia à figura de estilo que substitui um elemento pela citação de outro que lhe está relacionado.
9 SWINDOLL, Charles R. José, um homem íntegro e indulgente. Ed. Mundo Cristão, pg. 31.
10 Dicionário Internacional do AT, verbete erq.
11 Palavra que também pode ser traduzida por criança, ex.: Ex 2.6 – ARA.
12 Targum: comentários em aramaico do Tanach.
13 Veja mais detalhes sobre sheol no link: http://todahelohim.blogspot.com/2009/06/sheol-o-que-e.html
14 Atente-se ao plural.
15 Povo vizinho dos ismaelitas que se juntavam em caravanas e negócios - descendentes de Midiã ou Medã, seu irmão – compare Jz 8.1 e 8.24. A NVI, na nota de rodapé de Jz 8.24 diz que os ismaelitas eram parentes dos ismaelitas.
16 Veja nota de rodapé "2".
17 Creation and Blessing, pg 625.
18 Conclusão do significado de xlu
19 Yahweh, como nome de Deus, não foi revelado primeiramente a Moisés, como alguns dizem. Veja que Eva o chamou por Yahweh em Gn 4.1.
20 A ARA diz que o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor a José, mas a palavra "amor" não está no texto original.
21 A presença de José, conhecedor de Yahweh e Seu poder, na casa do politeísta Potifar, arremete-me ao salmo 67, que diz: que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o seu rosto sobre nós, para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, a tua salvação entre todas as nações (grifo meu).
22 Rabbi Abraham ben Meir ibn Ezra (também conhecido como Abenezra) nasceu em Tudela, Espanha Islâmica (1089), e morreu em 1164 (aparentemente em Londres). Alguns trazem as datas de 1092 ou 1093–1167 (http://en.wikipedia.org/wiki/Abraham_ibn_Ezra).
23 Dicionário informal, verbete sarado (http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=sarado&id=3438).
24 Comentário de John Gill, inglês. (23/11/1697 – 14/10/1771) Um estudioso acadêmico das Escrituras.
25 Adam Clarke (1760 ou 1762–1832) foi um teólogo britânico.
26 Deus nunca escreveu certo por linhas tortas. Ele sempre escreveu certo por linhas corretas, mas nossa incapacidade limitada enxerga suas linhas tortas (e diz isso como se fosse verdade).
27 Mesma palavra usada no ocorrido com Diná em Gn 34.2.
28 Não se sabe ao certo o tempo que Potifar demorou para retornar para casa. Poderia ser mais de um dia.
29 Por tal palavra ficava implícito que José, segundo a esposa de Potifar, tinha intenções relacionais com ela (cf. Gn 26.8 – Isaque foi visto acariciando Rebeca).
30 Para mais detalhes sobre ira: http://todahelohim.blogspot.com/2009/06/af-ira-da-narina.html
31 Possivelmente uma prisão subterrânea. Literalmente, José foi lançado na "casa redonda".
32 Onkelos (סולקנוא) é o nome de um famoso convertido ao judaísmo em (35-120d.C.). Ele é considerado o autor do famoso targum que leva seu nome (110d.C.).
33 Tais detalhes não se encontram no texto, mas faz parte de uma lógica especulação dos acontecimentos relatados na Palavra de Deus.
34 Antoine Augustin Calmet (26/02/1672 – 25/10/1757), beneditino francês, nasceu em Ménil-la-Horgne, em Lorraine.
35 Esta palavra literalmente significa "dias".
36 Ao faraó foi oferecido suco de uva, não vinho, que teria de passar pelo processo de fermentação.
37 SWINDOLL, Charles R. José, um homem íntegro e indulgente. Ed. Mundo Cristão, pg. 71.
38 DITAT, pg. 1421.
39 A palavra avn foi traduzido como reabilitou e condenou na ARA, todavia o original somente tem uma aparição da palavra hebraica. Esta foi a interpretação dos tradutores para a palavra em questão.
40 O que de fato poderia ser, mas segundo este autor, não nesta passagem.
41 Gibbet é a palavra inglesa para um tipo de execução, onde o condenado ficava preso e pendurado em uma jaula, cordas ou ainda tiras de metais até a morte. Às vezes o corpo já morto era posto em tal lugar para exposição pública. Para detalhes veja: http://en.wikipedia.org/wiki/Gibbet .
42 KIDNER, Derek. Gênesis, introdução e comentário. Pg. 180.
43 Neste caso, a palavra inglesa é usada como verbo. Veja nota de rodapé 41.
44 ROSS, Allen P. Creation and Blessing, a guide to study and exposition of Genesis. pg. 631, Adaptado.
Related Topics: Introductions, Arguments, Outlines
15. Les Crimes Capitaux (Lévitique 20)
Introduction
Une façon certaine de commencer une polémique est d’introduire un sujet très controversé dans la conversation. Un sujet qui marche à tous les coups est la peine de mort. Puisque la peine capitale est le thème principal du chapitre 20 de Lévitique, il peut sembler que nous approchons un sujet très sensible. En fait, je veux régler cette question avant même de commencer à étudier notre texte. Je ne pense pas que le chapitre 20 de Lévitique fut enregistré pour convaincre les Chrétiens du 20ème siècle du besoin pour la peine capitale, pas plus que je pense que le but principal de Genèse 1 et 2 est de réfuter la relativement récente théorie de l’évolution.
Il devrait être clair dès le début que l’Ancien Testament en général, et notre texte en particulier, exige la peine capitale dans un certain nombre d’occasions. Cependant, la question est si oui ou non la peine capitale de Lévitique peut être vue comme étant éternelle et universelle, pour que ce que Dieu commandait à Israël d’observer est aussi liant à ceux qui vivent plus tard. Certains maintiendraient dogmatiquement que les textes de l’ancien testament, comme le notre, rendent la peine capitale obligatoire. Cependant méfions nous à être trop intolérant sur la base de notre texte, puisqu’il « prouve » bien plus que nous voudrions espérer. Voulons-nous insister sur la peine capitale pour chaque offense qui est listées ici ? Nous pourrions insister que la parole de Dieu exige la vie du meurtrier, mais insistons nous aussi que celui qui a des relations sexuelles avec sa femme durant son cycle menstruel doit aussi mourir pour un tel péché ?
Le Nouveau Testament ne semble pas suggérer que même des gouvernements païens ont le droit d’exécuter les criminels. Dans Jean 19:11, notre Seigneur impliqua que Pilate avait le droit légal de prendre une vie humaine par la peine capitale. Même l’apôtre Paul semble dire qu’un gouvernement peut « supporter l’épée » pour être capable de prononcer et exécuter la sentence de la peine de mort (Rom. 13:4). Suivant la triple question que j’ai posé la semaine dernière (Est-ce que le Nouveau Testament accepte, rejette, ou révise un enseignement particulier ou commandement de l’Ancien Testament ?), je dirais que le Nouveau Testament « modifie » l’enseignement que nous trouvons dans des textes comme le chapitre 20 de Lévitique.
L’Approche de ce Message
Notre approche de cette leçon sera de commencer par faire quelques observations générales d’ensemble sur le chapitre 20. Puis j’essaierais de faire apparaître quelques « tensions du texte » qui présentent le Chrétien contemporain (ainsi que le saint de l’Ancien Testament) avec quelques difficultés, mais indique aussi l’interprétation du passage. Finalement, regardant à travers le filtre de la révélation du Nouveau Testament, nous chercherons à découvrir comment les principes soulignant la détermination de Dieu de ce que constitue un crime capital peuvent s’appliquer à votre vie et à la mienne.
Le Contexte de Lévitique 20
Le chapitre 20 tombe dans le contexte le plus large des chapitres 18-20, qui stressent le résultat pratique de sainteté dans la vie quotidienne des Israélites. Le chapitre 18 se concentrait principalement sur la famille. Le chapitre 19 approche la sainteté du point de vue du prochain d’une personne, et ici Dieu exige que Sa sainteté soit reflétée par Son peuple aimant leur prochain. Le chapitre 20 suit l’enseignement des deux chapitres précédents en prescrivant le châtiment pour les crimes capitaux interdits qui avaient été soulignés là. La nature sérieuse du châtiment de ces crimes servent à souligner fortement l’importance d’obéir les commandements trouvés dans ces chapitres.
Structure du Chapitre 20
La structure du chapitre peut être vue ci-dessous :
· Prohibition : Molok et Médiums (vs. 1-6)
· Exhortation d’être saint : Obéir les statuts de Dieu (vs. 7-8)
· Prohibition : Péchés contre la famille (vs. 9-21)
· Exhortation de sainteté : Observer les arrêtés de Dieu (vs. 22-26)
· Prohibition des Médiums : Doivent être exécutés (v. 27)
Observations de Lévitique 20
Le ton général de ce chapitre, avec quelques-unes des « tensions », devient évident dans les observations suivantes :
(1) Le chapitre prescrit la peine capitale117pour quelques-uns des péchés interdits dans les chapitres 18 et 19.118Il y a une coparticipation entre Dieu et Son peuple Israël en ce qui concerne condamner et exécuter ceux qui sont coupables de ces crimes capitaux. Les hommes doivent coopérer avec Dieu en jugeant les méchants ou ils deviennent complices du crime (vs. 4-5).
(2) Pas tous les crimes capitaux sont mentionnés ici, mais seulement certains. En particulier, ceux qui ont été interdits dans le contexte immédiatement précédent.
(3) Les crimes capitaux mentionnés ici ne sont pas ceux auxquels nous nous serions attendus, ceux que les gouvernements généralement condamnent, tel que « le meurtre », « le kidnapping », et « le viol ».
(4) Les crimes capitaux de ce chapitre ne sont pas ceux qui sont universels, applicables à tous, et ainsi seraient directement applicables à ou liant au Chrétien du 20ème siècle.
(5) Franchement, quelques-uns de ces crimes capitaux sont des offenses que nous doutons vaillent la punition de la peine de mort. Par exemple, une personne peut trouver difficile de concevoir qu’un homme ayant des relations sexuelles avec sa femme durant son cycle menstruel soit coupable d’un crime de la même catégorie que meurtre, adultère, ou inceste.
Les « Tensions du Texte »
Ces observations générales présentent le lecteur attentif avec des questions embarrassantes, que j’appelle les « tensions du texte ». Celles-ci sont des questions qui arrivent au lecteur comme résultat de comprendre ce qui est dit dans le texte. De telles questions sont importantes pour une bonne étude et interprétation de la Bible, car je crois qu’elles sont le moyen de trouver le cœur du sujet enseigné, ou ce que j’appelle le « point principal ». Considérons les tensions que les observations posent au lecteur.
(1) Pourquoi est-ce que quelques offenses apparemment mineures sont considérées comme des crimes capitaux dans le chapitre 20 de Lévitique ? Pourquoi, par exemple, un homme devrait-il être exécuté pour avoir des relations sexuelles avec sa femme, durant son cycle menstruel ? Aujourd’hui, cela est vu aussi simplement comme une question de préférences personnelles et rien de plus. Nous pouvons plus facilement accepter coucher avec la femme d’un autre homme comme un crime capital ; mais la peine capitale pour coucher avec sa propre femme durant la période de son cycle menstruel semble excessivement sévère.
(2) Pourquoi les crimes capitaux mentionnés dans Lévitique 20 sont des crimes capitaux bizarres ? Les offenses mentionnées ici sont celles qui, du moins pour le lecteur du 20ème siècle, semblent être étranges et insolites. Nous nous serions attendus à ce que cette liste de crimes capitaux soit assez différente. Le meurtre, le kidnapping, et le viol sont le genre de péchés que pratiquement chaque gouvernement condamne et punit sévèrement. Mais les péchés mentionnés dans le chapitre 20 ne sont pas de cette sorte.
(3) L’essentiel est ceci : pourquoi ce que Dieu trouve digne de la peine de mort est différent de ce à quoi nous nous serions attendus qu’Il aurait mentionné?
La solution de notre dilemme, de ces « tensions dans notre texte”, est de discerner les principes sur lesquels ces crimes capitaux particuliers plus que d’autres sont sélectionnés. Nous devons, en d’autres mots, discerner le raisonnement divin et rationnel derrière les crimes qui sont appelés capitaux. Ici est la clef pour l’interprétation correcte de notre passage, et la clef de comprendre sa pertinence pour nous.
Le « Point Principal »
Avant d’essayer de répondre aux questions posées par notre texte, nous devons commencer par établir une notion fondamentale : LES CRIMES CAPITAUX REFLETENT UN SYSTEME DE VALEURS.
Les actions qui sont appelées crimes capitaux sont celles qui sont considérées les plus maléfiques, et ainsi reflètent le système de valeur de celui (ou ceux) faisant les lois. Puisque la peine capitale est la plus sérieuse punition que les hommes peuvent exécuter, ces crimes qui sont des crimes capitaux, sont des actes qui sont vus comme étant le pire des maux.
Permettez-moi d’illustrer cela. Dans notre pays, il est possible, même probable, qu’un homme puisse passer plus de temps en prison pour voler que pour meurtre ou viol. Cela suggère que notre société est devenue matérialiste, et que ceux qui volent nos possessions seront sévèrement punis parce que nous estimons trop les choses.
Cela peut être illustré par une autre façon. Pensez aux « crimes » pour lesquels notre société est disposée à mettre une personne à mort. Alors que la punition capitale pour des crimes comme meurtre et kidnapping est grandement opposée par beaucoup, nous mettrons à mort une personne âgée pour le crime de devenir un fardeau pour nous, pour devenir une nuisance. L’enfant qui est né avec une anormalité pourrait être laissé mourir de faim ou avoir une opération nécessaire pour sauver sa vie, différée pour que les parents ne soient pas embêtés avec un enfant « inférieur ». Et pour couronner le tout, nous prononçons un enfant dans l’utérus digne de la peine de mort (et ainsi laissons l’avorteur le tuer) parce qu’il interfère avec la liberté et le plaisir des parents. Notre société a certainement tourné les valeurs de Dieu sens dessus dessous. Les innocents sont mis à mort parce qu’ils sont un inconvénient à notre autonomie, notre liberté, notre plaisir. Nos valeurs deviennent évidentes par ceux que nous condamnons à mort.
La seule conclusion que nous pouvons tirer de ces illustrations est que notre société vénère l’argent, la liberté, et le plaisir. Ce sont là les dieux de l’Amérique du 20ème siècle.
De la même façon, les crimes capitaux du chapitre 20 de Lévitique reflètent le système de valeurs de Dieu. Si, il nous arrive d’être troublé par ce que Dieu condamna comme digne de la peine de mort, alors nous devons reconnaître que notre système de valeurs doit être quelque peu différent de celui de Dieu. Alors, quelles sont les valeurs de Dieu, qui sont la base pour Son choix des crimes capitaux ?
Les Valeurs de Dieu, Vues Dans Lévitique 20
Il y a plusieurs principes évidents dans notre texte qui explique pourquoi les crimes mentionnés sont des offenses capitales, dignes de la peine de mort. Considérons ces principes soigneusement.
La première tension tirée par notre texte était le fait que la punition capitale semble être prescrite pour des offenses qui ne sont pas du tout sérieuses. La solution de ce dilemme est trouvée dans notre premier principe. PRINCIPE UN : DIEU VOIT TOUT LES PECHES COMME UN CRIME CAPITAL, DIGNE DE MORT.
Faisons-y face, vous et moi n’aurions pas condamné un homme à mort pour coucher avec sa femme durant son cycle menstruel. Notre société voit cela comme une question de préférence. Cette offense, qui n’est qu’un méfait dans nos esprits, était un crime pour Dieu, un crime capital, méritant la peine de mort. Notre problème est résolu quand nous venons à voir le péché comme un terrible crime contre un Dieu saint. Quand Adam et Eve mangèrent le fruit défendu, est-ce que cela semblait être un crime si odieux qu’il nécessitait non seulement la mort de ces deux personnes, mais aussi la mort de tous leurs descendants ?
Au milieu de notre consternation que Dieu condamnerait une personne à mort pour ce que nous appellerions une offense minime, n’oublions pas que la Bible dépeint chaque péché comme étant digne de la peine de mort. On nous dit que le salaire que verse le péché est la mort (Rom. 6:23). Il n’y a pas de petits péchés à la vue de Dieu.
La société trouve qu’il est nécessaire de catégoriser les maux, et elle a raison. Cela classifie les crimes en relation aux dommages qui est fait à la société. Voler un morceau de fruit d’un supermarché n’est donc pas vu comme étant aussi destructif à la société que tuer l’épicier. Ainsi, la société catégorise les péchés soit en crimes, soit en méfaits, étant du 1er, 2ème, ou 3ème dégrée. Elle condamne les hommes à payer des amendes pour certains crimes, emprisonne d’autres, et exécute d’autres.
Dieu voit le péché différemment. Dieu regarde le péché non seulement en termes de l’action et de sa conséquence, mais aussi en termes de l’attitude qui est prouvée. Le résultat est que le péché est un acte de rébellion contre Dieu. Il importe peu quelle forme notre rébellion prend, car n’importe quel acte de rébellion contre le Dieu souverain mérite la mort. Alors, pourquoi devrions-nous être surpris, quand Dieu prescrit la peine de mort pour n’importe quel péché, même un que nous voyons comme étant minime ? Nous devrions plutôt considérer la grâce de Dieu de ne pas condamner tout le monde à mort pour notre succession sans fin d’actes de rébellion contre Dieu.
Le fait que tous les péchés sont des crimes capitaux à plusieurs implications importantes. Considérons-en quelques-unes.
(1) Puisque tous les péchés sont des péchés capitaux, tous les hommes ont désespérément besoin de faire l’expérience de la provision de Dieu pour les pécheurs – le pardon à travers la mort de remplacement de Jésus Christ, qui mourut sur la croix, endurant la peine capitale que nous méritons.
Nous pouvons nous décevoir de penser que Dieu nous acceptera dans Son ciel parce que nous sommes moins pécheurs que d’autres, mais Dieu regarde tous les péchés dignes de la peine de mort. Ainsi, sans se soucier comment la société classifie les péchés que nous faisons, Dieu hait tous les péchés et doit, dans Sa sainteté, les punir. Certains semblent être confortés par le fait que Jésus refusa de condamner les hommes durant Sa première venue, refusant même de prendre part à l’exécution d’une femme prise sur le fait d’adultère (Jean 8). C’est parce que Sa première venue n’était pas pour condamner les hommes, mais pour les sauver :
« En effet, Dieu a envoyé son Fils dans le monde non pas pour condamner le monde, mais pour qu'il soit sauvé par lui.
Celui qui met sa confiance en lui n'est pas condamné, mais celui qui n'a pas foi en lui est déjà condamné, car il n'a pas mis sa confiance en la personne du Fils unique de Dieu. » (Jean 3:17-18)
Cependant, ne nous laissons pas endormir par un faux sens de sécurité, car alors que la première venue de Christ n’était pas pour prononcer la sentence de Dieu sur les hommes, Sa seconde venue l’est. Une lecture du 19ème chapitre du Livre d’Apocalypse rend cela douloureusement et dramatiquement clair. Soyons avertis que tout péché est digne de la mort, que Jésus Christ a enduré la peine de mort à notre place, mais tous ceux qui Le rejettent maintenant comme Sauveur Lui feront face plus tard comme juge et bourreau. Si la peine ultime est la mort éternelle – l’enfer – alors le pire crime est de rejeter Christ, qui est venu pour endurer la punition du péché et pour briser le pouvoir de la mort. Ne rejetons pas Celui qui, seul, sauve.
(2) Le fait que tous les péchés soit des crimes capitaux veut dire qu’aucun pécheur ne devrait se sentir plus vertueux qu’un autre. Il n’y a pas de place pour la satisfaction de soi si Dieu voit tous les péchés comme des offenses capitales. Les scribes et les pharisiens dédaignaient les « pécheurs », qui étaient coupables de ces offenses que les chefs religieux considéraient plus grand que les leurs. Si nous ne sommes pas coupables d’une forme de péché, nous sommes surement coupables d’une autre, et regardé du point de vue de Dieu, le genre de péché dont nous sommes coupables a peu d’importance. Ainsi, aucun pécheur ne devrait se sentir plus vertueux qu’un autre. Comme Jacques présente la chose, être trouvé coupable d’une offense sur un certain point est égal à échouer sur tous les points (Jacques 2:13, spéc. v.10).
Notre seconde tension de ce texte concerne le fait que les offenses capitales mentionnées dans Lévitique n’étaient pas celles communément définies par la société. En d’autres mots, les crimes capitaux de Lévitique étaient « bizarres », différents des crimes notoires que les gouvernements, presque universellement, condamnent. Cette tension est résolue par LE PRINCIPE DEUX : LA LOI DE DIEU REFUSE DE DIFFERENCIER ENTRE LES PECHES ET LES CRIMES.
Généralement, les gouvernements ne s’occupent pas de questions morales, de péchés, mais plutôt des maux sociaux, des crimes. Comme un de mes amis avait dit une fois : « Il y a beaucoup de crimes qui ne sont pas des péchés, et il y a beaucoup de péchés qui ne sont pas des crimes. »
Ces actes que Dieu identifie comme des crimes capitaux dans le chapitre 20 de Lévitique pourraient aussi être appelés péchés, car dans la Loi de Moïse et dans l’ordre de l’Ancien Testament les péchés sont des crimes. Cependant, ce n’est pas universellement vrai parmi les nations. Normalement les gouvernements font la différence entre les crimes et les péchés. Les gouvernements ne s’ennuient pas avec les péchés (c'est-à-dire, ces actes qui sont contre Dieu) mais avec les crimes (les offenses contre les hommes).
Les crimes capitaux répertoriés dans le chapitre 20 de Lévitique sont ceux que les Cananéens n’auraient pas du tout considérés des crimes. Ainsi, les Israélites auraient été spécialement tentés de faire les choses punies par la peine de mort dans notre texte.
La question ici est la différence entre la légalité, ou entre le crime (que les hommes déclarent être un mal social punissable) et le péché (que Dieu déclare être mal, et ainsi digne de la peine de mort). Dieu accentue spécialement la punition pour ces péchés (agissant contrairement à Sa loi, donnée au mont Sinaï) qui ne sont pas des crimes (selon la loi égyptienne ou celle de Canaan). Le peuple de Dieu est spécialement vulnérable aux péchés qui ne sont pas des crimes, pour deux raisons. La première, les péchés qui ne sont pas des crimes sont des actes que notre culture nous encouragera à commettre. La deuxième, les péchés qui ne sont pas des crimes ne semblent pas avoir des conséquences immédiates (et terribles). Alors, nous sommes plus naturellement enclins à suivre la limite de vitesse que nous le sommes d’éviter la convoitise.
En 1973, la Court Suprême rejeta une loi qui déclarait que l’avortement était un crime. Avant 1973, certaines femmes avaient quand même des avortements, et devenaient coupables à la fois d’un péché et d’un crime. Cependant après 1973, un nombre innombrable de femmes de plus ont eu un avortement, grandement parce que ce qui était une fois un péché et un crime n’est maintenant plus un crime. Quand Dieu fit que les péché étaient aussi des crimes, les Israélites étaient fortement motivés à obéir les lois de Dieu et à éviter les péchés.
Ce genre de vie qui est différent de celui des nations autour d’eux est accentué dans les chapitres 18 et 20 :
· Ne faites pas ce que les Egyptiens ou les Cananéens font (18:1-5)
· La profanation guidera vers l’expulsion du pays (18:24-30)
· Encouragement général d’obéir (20:7-8)
· Encouragement plus spécifique, avec des références aux maux du pays et à être expulsé du pays à cause des péchés (20:22-26)
Normalement, les péchés et les crimes ne sont pas synonymes. Ce n’était pas vrai dans la théocratie d’Israël, mais c’est généralement vrai, spécialement quand ce gouvernement est essentiellement impie et païen. Dans des cas comme ça, le gouvernement déclare trop souvent que la pratique de la vertu est un crime, comme quand Darius fut convaincu de déclarer la prière illégale (Daniel 6) ou quand les juifs témoignant au nom de Jésus furent déclarés être contre la loi (Actes 15). Dans ce genre de cas, le peuple de Dieu doit être vertueux même quand c’est illégal de l’être.
Reconnaitre la différence entre les péchés et les crimes est vital pour vivre pieusement en Amérique. Dans les années passées, les lois d’Amérique reflétaient la moralité chrétienne, ainsi l’homosexualité était un crime et le divorce n’était pas facilement obtenu. Cependant, maintenant nous vivons dans les jours postchrétiens. Le fait que maintenant les Chrétiens divorcent presque aussi souvent que les non croyants n’est pas autant crédité à la moralité déclinante qu’à la légalité changeante. Je ne suis pas convaincu que les Chrétiens des jours passés restaient plus ensemble par obéissance à Dieu que par respect pour la loi.
Aujourd’hui, les Chrétiens doivent se réveiller au fait que vivre une vie pieuse exige bien plus qu’un citoyen respectant la loi. Si le Chrétien doit être différent comme un qui appartient à Dieu – comme l’ancien et le Nouveau Testament l’exige (Matt. 5:43-48 ; 1 Pierre 2,4) – alors nous devons vivre selon un standard bien plus élevé que les lois de notre pays. Des fois, nous devons même violer certaines lois, si obéir à Dieu l’exige. Le standard du mode de vie américain n’est pas assez élevé pour les Chrétiens. Vivons plus haut que la loi le demande, car éviter le péché l’exige. La loi peut définir ce que le crime est, mais Dieu définit ce que le péché est.
Notre troisième tension dans le texte du chapitre 20 de Lévitique a quelque chose à voir avec la base de Dieu pour identifier certains actes comme crimes capitaux. Cette tension est résolue par LE PRINCIPE TROIS : LES CRIMES CAPITAUX DE LEVITICUS 20 SONT DES VIOLATIONS DE L’ALLIANCE DE DIEU AVEC ISRAEL.
Les crimes dans Lévitique pour lesquels la mort est prescrite sont tous des crimes contre l’alliance de Dieu donné à Israël du mont Sinaï. Le but de l’alliance, Dieu accentuait continuellement, était de séparer Israël des nations autour d’elle, de les distinguer par le moyen de sainteté, comme étant Son peuple (Exode 19:5-6). L’alliance avec Moïse était la définition de la sainteté que Dieu exigeait pour qu’Il puisse vivre parmi ce peuple et pour eux d’être Sa nation sainte. Ainsi, violer cette alliance voulait dire déjouer les buts de Dieu pour Son peuple. Les crimes que Dieu punissait par la mort étaient ceux contre Son alliance.
Pas étonnant que les péchés que Dieu définissait comme crimes capitaux n’étaient pas déclarés des crimes par les Cananéens. Ceux-ci étaient les choses que les Cananéens pratiquaient et promouvaient, et parce qu’ils le faisaient, ils furent expulsés du pays (Lév. 18:1-5,24-30 ; 20:22-26).
Les crimes qui étaient déclarés dignes de la peine de mort dans Lévitique 20 sont ces actes que Dieu appelait auparavant des péchés, et que Son alliance interdisait clairement. La raison pour laquelle toute violation de Son alliance était une offense capitale était que c’était la volonté exprimée de Dieu, la base pour Sa bénédiction ou discipline, le standard pour la sainteté. Que oui ou non l’action apparaissait avoir une grande importance sociale, elle avait une grande signification spirituelle : elle profanerait la terre et le sanctuaire de Dieu, ainsi Lui causant soit de partir, soit d’expulser la nation d’Israël du pays.
Le Peine Capitale Dans le Nouveau Testament
Notre étude de la peine capitale dans Lévitique nous conduit inévitablement au Nouveau Testament, duquel nous dérivons notre quatrième principe. Dans le Nouveau Testament, Dieu est vu exercer la peine capitale sur ceux qui négligeaient Sa nouvelle alliance.
Les mêmes principes que nous avons trouvés dans le chapitre 20 de Lévitique sont trouvés démontrés dans le Nouveau Testament, où Dieu est montré exercer la peine capitale en plusieurs occasions. Quand je parle de « peine capitale » ici, je réfère aux interventions directes de Dieu qui résultèrent en la mort d’individus. Dans ce sens, Dieu « séparait » ces offenseurs.
Ananias et Saphira furent « séparés » pour mentir au Saint-Esprit en ce qui concernait leur cadeau (Actes 5:1-11). Les légalistes galatiens qui pervertissait l’Evangile étaient prononcés « maudits » par l’apôtre Paul (Gal. 1:6-9). Bien qu’ils ne fussent pas mis à mort, ils furent prononcés dignes de mort. Les saints in Corinthe qui observaient malencontreusement le Repas du Seigneur souffrirent de maladies et de mort pour leur négligence (1 Cor. 11:17-34). Ainsi, celui qui négligeait aussi volontairement, reprochait, et persistait dans son péché était livré à Satan, ce qui, à part de la repentance, aurait conduit à la mort (1 Cor. 5:1-5). En plus, remarquez combien fortement Paul réagit à la conduite de Pierre quand il s’aligna avec le séparatisme des païens, basé sur l’inconsistance de cet acte avec l’Evangile (Gal. 2).
Je soutiens donc, que Dieu regarde la négligence pour la Nouvelle Alliance comme une offense encore plus sérieuse que la négligence de l’Ancienne. C’est précisément le point que l’auteur d’Hébreux :
« En effet, si, après avoir reçu la connaissance de la vérité, nous vivons délibérément dans le péché, il ne reste plus pour nous de sacrifice pour les péchés.
La seule perspective est alors l'attente terrifiante du jugement et le feu ardent qui consumera tous ceux qui se révoltent contre Dieu.
Celui qui désobéit à la Loi de Moïse est mis à mort sans pitié, si deux ou trois témoins déposent contre lui.
A votre avis, si quelqu'un couvre de mépris le Fils de Dieu, s'il considère comme sans valeur le sang de l'alliance, par lequel il a été purifié, s'il outrage le Saint-Esprit, qui nous transmet la grâce divine, ne pensez-vous pas qu'il mérite un châtiment plus sévère encore?
Nous connaissons bien celui qui a déclaré: C'est à moi qu'il appartient de faire justice; c'est moi qui rendrai à chacun son dû, et encore: Le Seigneur jugera son peuple.
Il est terrible de tomber entre les mains du Dieu vivant!» (Héb. 10:26-31)
Si c’est une offense plus sérieuse – puis-je dire une offense capitale – de négliger et dédaigner l’alliance de Dieu, soit l’alliance avec Moïse ou la Nouvelle Alliance, alors quelles sont les façons que les hommes sont en danger d’utiliser ? Laissez-moi conclure en suggérant quelques dangers très pratiques.
Dangers du Vingtième Siècle
(1) Le danger de rejeter Christ, celui dont le sang versé a établi la Nouvelle Alliance. Il y a un danger qui est commun à tous les hommes, et c’est de loin le plus dangereux. C’est le danger de rejeter Christ, qui est le moyen et le médiateur de la Nouvelle Alliance. Il mourut, endurant la peine de mort que nous aurions du endurer. Si nous rejetons Christ, nous avons commis le plus grave péché, pour lequel la plus grave punition – la mort éternelle – est justement appropriée. Ne rejetez pas Christ et ainsi, négligeant la Nouvelle Alliance que Dieu a conclu avec les hommes à travers Lui.
(2) Les Chrétiens dédaignent et négligent la Nouvelle Alliance quand ils persistent dans le péché. C’est précisément de cela que l’auteur d’Hébreux les avertit. La grâce facile regarde le sang versé de Christ comme une permission de pécher. Christ mourut pour que les hommes arrêtent de pécher. Persister dans le péché est, dans les mots du texte biblique, « bafouer le Fils de Dieu », et regarder « comme impur le sang de l’alliance par lequel il fut sanctifié » (Héb. 10:29). La punition pour une telle négligence est justement des plus sévères.
(3) Les Chrétiens dédaignent et désobéissent la Nouvelle Alliance quand ils refusent d’initier ou de participer à la discipline d’un saint entêté. Comme je comprends la question, la discipline de l’église est la contre partie du Nouveau Testament à la peine capitale de l’Ancien Testament. Dans ce cas, le Chrétien engage la discipline de l’église en réprimandant le/la coupable. Si, après avoir finit la phase de la réprimande (Matt. 18 ; Gal. 6 ; 1 Cor. 5) le saint qui pèche refuse de se repentir, alors l’église doit « se séparer » de lui/elle. A moins que la repentance marche, le processus peut résulter en la mort de l’individu, comme Paul le dit,
« … en vue de la destruction du mal qui est en lui… » (1 Cor. 5:5).
Le saint pécheur ne perd pas son salut,
(«… afin qu'il soit sauvé au jour du Seigneur. » (1 Cor. 5:5)),
Mais il pourrait très bien y perdre sa vie.
Tout comme l’Israélite de l’Ancien Testament négligeait l’alliance de Dieu en manquant de faire quelque chose contre le pécheur (Lév. 20:4-5), le saint du Nouveau Testament fait de même quand il ou elle refuse d’exercer la discipline de l’église.
(4) Nous négligeons l’alliance de Dieu quand nous négligeons ou dédaignons le « signe de l’alliance » du Nouveau Testament – le Repas du Seigneur (Luc 22:14-23 ; 1 Cor. 11:23-26). Le signe de l’Ancienne Alliance était d’observer le sabbat. La violation de cette observance était punie par la mort. Je suis stupéfait à comment il est facile pour les Chrétiens de trouver acceptable de ne pas observer le Repas du Seigneur, le signe de la Nouvelle Alliance. Comment pouvons-nous honorer l’alliance sans observer le signe de l’alliance ? Comment une personne peut aimer sa femme et ne pas avoir de désir d’une union (le signe de cette alliance) sexuelle avec elle ? Nous négligeons la Nouvelle Alliance en nous abstenant de nous souvenir du Repas du Seigneur, le signe de la Nouvelle Alliance. Le contexte du chapitre 10 d’Hébreux immédiatement précédent encourage le Chrétien de ne pas d’oublier de
« … veiller les uns sur les autres pour nous encourager mutuellement… » (Héb. 10:24)
De plus, nous négligeons la Nouvelle Alliance quand nous observons le Repas du Seigneur d’une façon « indigne ». Le 11ème chapitre de 1 Corinthiens nous dit que quelques-uns étaient malades, quelques-uns moururent à cause de la conduite ivre et désordonnée de ceux qui ont observé le Repas du Seigneur, mais d’une façon inappropriée.
(5) Nous négligeons la Nouvelle Alliance quand nous pervertissons les termes de l’alliance – quand nous déformons l’Evangile. Les légalistes d’un coté (Gal. 1:6-8) et les libertins d’un autre (Rom. 6:1 ; 1 Cor. 8-10 ; 1 Pierre 2:16 ; 2 Pierre 2), déformèrent l’Evangile, méprisant ainsi l’alliance, comme Dieu l’avait établie. Ce sont ces choses là qui sont en grand danger du jugement divin.
(6) Nous négligeons la Nouvelle Alliance quand nous manquons de vivre une vie d’un standard plus haut que celui de notre société. Plusieurs fois dans les Ecritures, nous trouvons que Dieu s’attend à ce que le Chrétien vive selon un standard plus haut que les autres autour de lui (Lév. 18:1-5,24-30 ; 20:2-26 ; Matt. 5:43-48 ; 1 Pierre 2:11-25 ; 4). Nous devons vivre des vies différentes pour être « sel » et « lumière » dans notre monde, et pourrions très bien souffrir de la persécution pour le faire (Matt. 5:10-16).
Nous méprisons la Nouvelle Alliance quand nous refusons d’humilier (« mettre à mort) la chair. Dieu a, en Christ, condamné le péché dans la chair. Nous devons humilier nos membres, mettre le péché à mort dans nos vies. C’est le résultat du travail de Christ, et de marcher dans Son Esprit (Rom. 6-8). Ne pas humilier la chair est choisir de suivre Satan et de poursuivre le péché vers son résultat logique et final – la mort (Rom. 8:5-8).
Apprenons à fuir ces choses que Dieu a proclamées dignes de la peine de mort, et vivons dans Son obéissance, honorant Son alliance avec nous.
14. Comment Épeler « Saint » (Lévitique 19:1-37)
Introduction
Le chapitre 19 de Lévitique nous fourni un exposé sur la pratique de la sainteté. La sainteté de Dieu est ainsi révélée en relation avec la rédemption d’Israël sorti d’Egypte. En conséquence, ce n’est pas avant l’exode que Dieu demanda à Son peuple de vivre des vies saintes. L’Alliance avec Moïse fut établie pour qu’Israël soit une nation sainte (Exode 19:6). Bien qu’il y ait des indices pour comment la sainteté pouvait être pratiquée par le peuple de Dieu plus tôt dans le Pentateuque, c’est dans le 19ème chapitre du Livre de Lévitique que la sainteté est définie en grands détails.
Lévitique 19 est un chapitre crucial pour les Chrétiens (ainsi que pour les anciens Israélites) pour une variété de raisons. Premièrement, il est important à cause des perceptions déformées de la sainteté. La sainteté est un terme qui est utilisé plus qu’il ne soit comprit. C’est une chose que la sainteté de ne pas être comprise ; c’est encore pire qu’elle soit mal comprise. Il y a beaucoup d’idées fausses dans les milieux chrétiens en ce qui concerne ce que la sainteté est vraiment. Dans la version King James de la Bible, les termes « saint » et « sainteté » n’apparaissent pas avant le Livre d’Exode.
Deuxièmement, Lévitique 19 est extrêmement important à cause du besoin désespéré de la pratique de la sainteté. Aussi mal que la sainteté soit mal comprise par les chrétiens, elle est pratiquée encore plus pathétiquement. Vivre saintement est quelque chose qui n’est pas typique des derniers jours (2 Tim. 3), et ce n’est certainement pas non plus typique au Christianisme aujourd’hui.
Troisièmement, beaucoup de Chrétiens sincères se sont égarés en cherchant une sainteté profane. Beaucoup de Chrétiens qui ont été déroutés dans un des cultes ont poursuivi une fausse idée de la sainteté Généralement les gens ne joignent pas un culte pour renoncer à la sainteté, mais pour l’acquérir.
Quatrièmement, Lévitique 19 nous est important à cause de la proéminence de l’enseignement dans le Nouveau Testament. Les deux , notre Seigneur (Matt. 5:43 ; 19:19 ; 22:39 ; Marc 12: 31,33 ; Luc 10:27) et les apôtres (Rom. 13:9 ; Gal. 5:14 ; Jacques 2:8 ; 1 Pierre 1:16) soulignent beaucoup les deux grands commandements qui sont donnés ici :
« … Soyez saints, car je suis saint, moi l'Eternel, votre Dieu. » (Lév. 19:2b)
« … tu aimeras ton prochain comme toi-même. Je suis l'Eternel. » (Lév. 19:18b)
Nous devons approcher ce chapitre avec ces choses à l’esprit, parce qu’il y a plusieurs facteurs qui pourraient nous inciter à conclure rapidement que ce chapitre n’est pas important pour les Chrétiens du 20ème siècle. En premier lieu, il y a quelques commandements donnés ici qui sont difficiles à comprendre, même s’ils se rapportent aux Israélites. Deuxièmement, il y a quelques commandements qui sont clairement inapplicables aux saints du Nouveau Testament. Troisièmement, ce chapitre apparaît ne pas avoir de structure, et ainsi traite avec une grande variété de domaines de la vie des Israélites dans un genre de catégorie « divers ».109Cependant, ce chapitre a une structure claire, qui est indiquée par la phrase récidivante (d’une forme ou d’une autre), « Je suis l’Eternel ». Wenham110 souligne la structure de cette façon :
1-2a Introduction
2b-10 Les Devoirs Religieux
2b Soyez saint
3 Honorez les parents et le sabbat
4 Pas d’idolâtrie
5-10 Sacrifices et nourriture
11-18 Bon Voisinage
11-12 Honnêteté
13-14 Pas d’exploitation
15-16 Justice au tribunal
17-18 Aimer votre prochain
19-37 Devoirs Divers
19-25 Pas de mélanges
26-28 Pas de pratiques païennes
29-30 Pas de prostitution sacrée
31 Pas de nécromancie
32 Respect des vieillards
33-34 Aimer l’étranger
35-36 Honnêteté dans les échanges
37 Ordre direct de Dieu
Notre approche de ce chapitre sera de survoler brièvement le chapitre entier, notant les caractéristiques des commandements contenus ici. Puis, nous nous concentrerons sur les deux commandements principaux du chapitre, qui sont à la fois réitérés et renforcés dans le Nouveau Testament (19:2,18). Finalement, nous considérerons quelques-unes des distorsions et abus de la sainteté par Israël, par Israël du temps du Nouveau Testament, et dans l’histoire suivante de l’église.
Vue d’Ensemble : Caractéristiques des Commandements
Nous n’avons pas le temps d’étudier en détail les commandements du chapitre 19, mais nous avons besoin de nous arrêter assez longtemps pour avoir un sens de quelques-unes des caractéristiques de ces commandements.
(1) Premièrement, le chapitre contient des commandements qui sont vieux et d’autres qui sont nouveaux. Les Dix Commandements, qui ont été donnés auparavant par Dieu, sont répétés ici.111Dans les versets 3 et 4, par exemple, les commandements d’honorer père et mère, d’observer le sabbat, et de ne pas vénérer les idoles sont une répétition de quelques-uns des Dix Commandements. Dans les versets 5-8, nous avons une répétition de la loi cérémonielle concernant l’Offrande de Communion, comme elle était décrite plus tôt dans le Livre de Lévitique. Il y a aussi la « nouvelle » révélation concernant ne pas récolter les coins des champs (19:9-11). C’est nécessaire ici parce que les Israélites sont maintenant impatients d’entrer sur la terre promise.
Le principe de révélation progressive peut ainsi être vu au travail dans le chapitre 19 de Lévitique. Des commandements d’avant sont répétés, mais souvent d’une façon qui donne une vue plus profonde dans leur application. De nouveaux commandements sont aussi donnés en relation à des circonstances changeantes.
(2) Deuxièmement, le chapitre contient des commandements qui varient dans leur importance et leur application pour les Chrétiens du Nouveau Testament. Quelques-uns des commandements contenus dans ce chapitre ne semblent avoir112aucune importance du tout pour le Chrétien contemporain. Par exemple, depuis que nous n’avons plus d’esclavage, le commandement concernant la punition d’un homme qui couche avec une esclave semble n’avoir rien à voir avec les Chrétiens américains. Alors, avec le commandement interdisant aussi de manger le fruit des arbres que les Israélites plantaient, jusqu'à la cinquième année (vs. 23-25). De même, l’interdiction de mélanger les troupeaux, les cultures, ou sortes de matériaux (v. 19) ne semblent pas pouvoir être appliquée.
D’un autre coté, il y a beaucoup de commandements contenus dans le chapitre 19 qui appliquent directement au Chrétien contemporain. Les commandements d’honorer père et mère (v. 3), d’éviter les idoles (v. 4), et de ne pas voler, tromper ou mentir (v. 11) nous sont tous applicables.
Finalement, il y a des commandements qui ne pourraient pas s’appliquer directement à nous, mais le principe pourrait être pratiqué d’une façon un peu différente de celle qui avait été prescrit. Alors que nous ne cultivons pas, et ainsi le commandement de ne pas récolter les coins des champs ne s’applique pas directement à nous, il y a le principe sous-entendu de montrer de la compassion pour les pauvres, et de s’occuper de leurs besoins. Ainsi, beaucoup d’églises (incluant la nôtre) offriront du travail (pour une paye) à ceux dans le besoin et qui veulent bien travailler. Faire les comptes n’applique pas directement, mais nous devrions appliquer le principe de juste prix pour un bon produit. Ainsi, nous ne devrions pas essayer de vendre une voiture, ou un produit, pour plus qu’il ne vaut.
Observant que les commandements du chapitre 19 ont des niveaux différents d’application pour le Chrétien contemporain est un grand bénéfice pour l’étudiant des écritures de l’Ancien Testament, car elles suggèrent un principe vital important d’interprétations quand on traite avec l’Ancien Testament : QUAND ON INTERPRETE L’ANCIEN TESTAMENT, EST-CE QUE LE NOUVEAU TESTAMENT ACCEPTE, REJETTE, OU REVISE L’ENSEIGNEMENT DU TEXTE DE L’ANCIEN TESTAMENT ?
Il y a des années, un de mes professeurs de l’Ancien Testament au séminaire suggérait cette directive, et elle fut d’une grande valeur. Dans le chapitre 19 de Lévitique nous trouvons des commandements qui vont dans chacune de ces catégories. Certains vont directement dans le Nouveau Testament ; d’autres sont modifiés en pratique, mais basés sur le même principe ; et d’autres semblent être totalement inutiles. C’est par une comparaison attentive des textes de l’Ancien Testament avec l’enseignement du Nouveau Testament que ces décisions peuvent être atteintes.
Les Deux Commandements Principaux
Notre passage contient deux commandements principaux (Lév. 19:2,18), qui sont tous les deux explorés dans le Nouveau Testament. Il est essentiel que nous comprenions ces commandements si nous devons comprendre la force de ce texte. Nous pouvons faire cela en concentrons notre attention sur deux choses : (1) la nécessité de la sainteté, et (2) la nature de la sainteté.
La Nécessité de la Sainteté
La nécessité de la sainteté est trouvée dans le premier commandement :
« Soyez saints, car je suis saint, moi l'Eternel, votre Dieu.» (Lév. 19:2)
Remarquez les facteurs suivants liés à ce commandement.
(1) La nécessité de sainteté est vue par le fait que la nation toute entière des Israélites est ordonnée d’être sainte. Ainsi, la sainteté n’est pas une option, mais un ordre.
(2) Le commandement fournit aussi une motivation pour la sainteté. Le fait que Dieu ordonne Son peuple d’être saint devrait certainement les motiver, mais ce n’est pas mon point ici. Dans la version King James de la Bible, les termes « saint » et « sainteté » ne sont pas vus avant le Livre d’Exode. La sainteté de Dieu est manifestée dans la libération de Son peuple d’Egypte, et par la manifestation de Sa gloire au mont Sinaï. Ainsi, le peuple devrait être motivé à vivre une vie de sainteté, basée sur leur gratitude pour la rédemption que Dieu a accomplie.
(3) Il y a aussi une provision pour la sainteté que Dieu exige de Son peuple. La loi qui fut donnée comme une partie de l’Alliance avec Moïse était le standard de sainteté de Dieu, et l’obéissance à cette loi était le moyen de la sainteté. Dieu n’a pas dit à Son peuple d’être saint sans leur dire comment être saint.
(4) Finalement, Dieu Lui-même fournit le modèle de sainteté. Dieu est saint, ce qui est la base pour la sainteté d’Israël. La sainteté de Dieu est ainsi le modèle pour la sainteté d’Israël. Israël ne devait pas seulement être saint parce que Dieu est saint ; ils devaient être saints comme Dieu est saint. Les actions que Dieu exigeait étaient celles qu’Il avait déjà performées au nom de Son peuple.
La Nature de la Sainteté
Nous avons vu que la sainteté était une nécessité pour le peuple de Dieu, mais il nous reste à spécifier la nature de cette sainteté. Qu’était la sainteté que Dieu exigeait ?
(1) La sainteté impliquait obéissance aux commandements de Dieu. Dieu n’a pas laissé Son peuple dans l’obscurité en ce que la sainteté consistait. Le point était que la sainteté consistait d’obéissance aux lois de Dieu, obéissance à Ses commandements.
(2) La sainteté impliquait des sacrifices, et cela pouvait être coûteux. La sainteté nécessite des sacrifices. Bien sur, la sainteté exige des sacrifices – ceux soulignés dans les premiers chapitres de Lévitique. Mais plus que ça, chaque acte d’obéissance aux commandements de Dieu était un acte sacrificiel. L’obéissance aux commandements de Dieu était coûteuse. Ne pas récolter les coins des champs entamait « la marge de bénéfice », comme vendre avec des poids et mesures honnêtes. S’abstenir de manger le fruit d’un arbre pendant cinq ans et observer le sabbat était aussi coûteux. La sainteté était un sacrifice.
(3) La sainteté était plus qu’une question d’observance de rites religieux – elle était de la piété intensément pratiquée, impliquant une grande variété d’actions faisant partie de la vie quotidienne d’une personne. C’est vrai, la sainteté incluait ces cérémonies spéciales et ces jours fériés spéciaux et aller à cet endroit spécial, le tabernacle, où les rites étaient performés par une classe spéciale du clergé. Mais le chapitre 19 décrit un genre de sainteté très pratique, quotidienne, d’honorer les parents, d’honnêteté et de bonté et de compassion et de justice.
(4) La sainteté est l’imitation de Dieu. Dans le sens final, vivre une vie sainte est l’imitation de Dieu, qui seul est saint. Ainsi, quand notre Seigneur vint sur la terre et vécut « sous la loi », respectant totalement la loi, Il manifesta la sainteté de Dieu aux hommes.
(5) La sainteté était là pour être révélée positivement, plutôt que négativement. Si vous et moi étions honnêtes, je crois que nous devrions admettre que nous pensons de la sainteté de Dieu en termes plutôt négatifs. La sainteté de Dieu, par exemple, est penser en termes de Sa haine du péché et de Son jugement des pécheurs. Cela, bien sur, est une dimension de la sainteté de Dieu, mais ce n’est pas la dimension sur laquelle le chapitre 19 est concentré. La sainteté de Dieu fut manifestée par Sa compassion pour les Israélites quand ils étaient affligés en Egypte, et quand Il les libéra de leur esclavage. Alors, la sainteté est aussi manifestée par le peuple de Dieu par leur bonté, leur grâce, et leur compassion envers les autres, spécialement les pauvres et les affligés.
Si les aspects négatifs de la sainteté de Dieu étaient visibles ici, nous devrions lire l’ordre de Dieu de tuer tous les Cananéens, incluant leurs enfants, mais ce n’est pas le focus de la sainteté qui est exigée ici.
Les dimensions positives et négatives de la sainteté de Dieu peuvent être vues dans les deux venues de Christ. A Sa première venue (Son incarnation, Son ministère sur la terre, Sa mort, Son enterrement, et Sa résurrection), notre Seigneur n’était pas venu pour juger les hommes, mais pour leur accorder le pardon (Jean 3:17). Ainsi, Il pouvait dire à la femme prise dans l’acte d’adultère de partir et de ne plus pécher (Jean 8:11). Dans Sa seconde venue (encore dans le futur) de notre Seigneur, Il vaincra Ses ennemis et jugera les mauvaises gens. Ce sera une occasion sanglante selon les rapports du Livre d’Apocalypse. Pourtant dans les deux venues, la sainteté de Dieu est révélée en la personne et en le travail de Christ. Ainsi, la sainteté a, à la fois, des manifestations négatives et positives. Malheureusement, nous nous sommes concentrés plus sur les premières que sur les dernières.
(6) Finalement (et plus vigoureusement dans Lévitique 19), la sainteté est pratiquée en aimant notre prochain comme nous-mêmes (v. 18). Il y a, comme j’ai suggéré, deux commandements principaux dans le chapitre 19 : (1) le commandement d’être saint, et (2) d’aimer notre prochain comme nous-mêmes. Comme je comprends le chapitre, il y a une relation directe entre ces deux commandements. La sainteté de Dieu est démontrée par Son peuple quand ils aimaient leur prochain.
Le terme « prochain », comme d’autres l’ont signalé,113a une grande variété de sens dans ce chapitre :
· Le prochain de quelqu’un est le conpatriote de cette personne (v. 11,17)
· Le prochain de quelqu’un est un étranger (v. 10,32-33,34)
· Le prochain de quelqu’un sont ceux qui sont faibles et vulnérables (v. 10,14)
· Le prochain de quelqu’un est son ennemi (v. 17-18)
Ce n’est pas que la sainteté soit uniquement manifestée par une personne aimant son prochain, mais il est accentué ici que la sainteté doit inclure un amour actif pour son prochain. Ainsi, tout comme la sainteté de Dieu est vue dans Son amour pour Israël dans l’Ancien Testament, et pour le monde dans sa faiblesse et besoin dans le Nouveau, le peuple de Dieu doit démontré la sainteté de Dieu en montrant de l’amour pour leur prochain, spécialement ceux dans le besoin.
La Sainteté Dans le Nouveau Testament
Comme je le signalais au début de ce message, le Nouveau Testament embrasse les deux commandements trouvés dans Lévitique 19. Notre Seigneur, faisant référence au commandement de Lévitique 19:2, dit,
« Votre Père céleste est parfait. Soyez donc parfaits comme lui. » (Matt. 5:48)
Bien que le terme « parfait » remplace le mot « saint », le texte auquel Il fait référence est manifestement notre texte. En conséquence, le terme « parfait » n’est pas non plus une mauvaise définition de « saint ».
D’autres commandements de Lévitique 19 sont aussi embrassés par notre Seigneur. Le second commandement principal de Lévitique 19 exige que le peuple de Dieu aime leur prochain comme eux-mêmes. Dans le contexte du chapitre 19, il devient clair que les ennemis des Israélites étaient inclus dans la large catégorie des « prochain ». Alors, aimer nos ennemis est aussi enseigné par notre Seigneur dans Matthieu 5:48 :
« Eh bien, moi je vous dis: Aimez vos ennemis et priez pour ceux qui vous persécutent. » (Matt. 5:44)
Dans Lévitique 19:17, le people de Dieu furent enseignés :
« Tu ne haïras pas ton frère dans ton cœur, mais tu ne manqueras pas de reprendre ton prochain pour ne pas te charger d'un péché à son égard. »
Alors aussi, dans les enseignements de Matthieu 5:21-26 et 18:15-17 l’individu a qui le tort a été fait doit chercher à amener réconciliation (et ainsi restaurer amour et harmonie) avec son prochain.
Le Seigneur Jésus enseigna que le commandement d’aimer son prochain comme lui-même résumait la moitié de la loi (Matt. 22:39-40). Avec cela Paul agréa (Rom. 13:9 ; Gal. 5:14). L’apôtre Pierre fait aussi référence à Lévitique 19:2 comme la fondation de son appel pour vivre saint :
« Comme des enfants obéissants, ne vous laissez plus diriger par les passions qui vous gouvernaient autrefois, au temps de votre ignorance.114 Au contraire, tout comme celui qui vous a appelés est saint, soyez saints dans tout votre comportement.
Car voici ce que Dieu dit dans l'Ecriture: Soyez saints, car je suis saint.» (1 Pierre 1:14-16)
Perversions de la Sainteté
Il est évident que Satan voudrait décevoir les hommes en ce qui concerne la vraie nature de la sainteté. Les Ecritures, ainsi que l’histoire de l’église, ont enregistrées beaucoup de façon par lesquelles la sainteté a été défigurée. Considérez les fausses idées et distorsions suivantes.
(1) La Sainteté de Vitrail. La sainteté de vitrail est la vue qui restreint la sainteté au royaume cérémonial. C’est le « aller à la réunion de la sainteté du dimanche ». La sainteté cérémoniale ne pense de la sainteté qu’en termes de jours spéciaux, d’endroits « saints » spéciaux, et d’activités « saintes » spéciales. Elle a tendance à séparer la vertu de chaque jour des activités et cérémonies religieuses.
Cette erreur arriva tôt dans l’histoire d’Israël, et persista à travers les siècles. Elle est condamnée par les prophètes d’Israël. Par exemple, le prophète Amos écrivit,
« Par conséquent, puisque vous exploitez le pauvre,
et que vous lui prenez du blé de sa récolte,
à cause de cela, les maisons en pierres de taille que vous avez bâties,
vous ne les habiterez pas.
Ces vignes excellentes que vous avez plantées,
vous ne boirez pas de leur vin.
Car je connais vos nombreux crimes
et vos énormes fautes:
vous opprimez le juste,
vous acceptez des pots-de-vin
et vous lésez le droit des pauvres en justice…
« Je déteste vos fêtes, je les ai en dégoût,
je ne peux plus sentir vos rassemblements cultuels.
Quand vous m'offrez des holocaustes, quand vous m'apportez des offrandes,
je ne les agrée pas
et je ne peux pas voir
ces bêtes engraissées que vous m'offrez en sacrifices de communion.
Eloignez donc de moi le bruit de vos cantiques!
Je ne veux plus entendre le bruit que font vos luths.
Mais que le droit jaillisse comme une source d'eau,
que la justice coule comme un torrent puissant! » (Amos 5:11-12,21-24)
Les scribes et pharisiens du temps de Jésus tombèrent dans la même erreur. Ils étaient méticuleux à propos de la sainteté cérémoniale, et pourtant ils n’aimaient pas leurs prochains. Ils ne préservaient pas la justice et ils ne protégeaient pas les veuves et les orphelins. Ils prenaient l’apparence de la vertu cérémoniale, mais ils ne pratiquaient pas la sainteté :
« [Malheur à vous, spécialistes de la Loi et pharisiens hypocrites, car vous dépouillez les veuves de leurs biens, tout en faisant de longues prières pour l'apparence. C'est pourquoi votre condamnation n'en sera que plus sévère.] » (Matt. 23:14)
Une illustration classique de l’hypocrisie des scribes et des pharisiens peut être vue dans les évènements entourant la croix de Christ. Les scribes et les pharisiens rejetaient le Saint d’Israël comme étant un qui était profane, méritant la mort. Ils incitèrent Sa mort et poussèrent les autorités romaines à Le crucifier. Et pourtant, ils furent méticuleux de conserver la sainteté dans les détails cérémoniaux :
« Comme on était à la veille du sabbat, et de plus, d'un sabbat particulièrement solennel, les chefs des Juifs voulaient éviter que les cadavres restent en croix durant la fête. Ils allèrent trouver Pilate pour lui demander de faire briser les jambes des suppliciés et de faire enlever les corps.» (Jean 19:31)
Ce n’est pas étonnant que notre Seigneur dit au peuple concernant la sainteté de ces « saints cérémoniaux » :
« si vous n'obéissez pas à la Loi mieux que les spécialistes de la Loi et les pharisiens, vous n'entrerez pas dans le royaume des cieux. » (Matt. 5:20)
Nous, aussi, avons besoin de nous méfier de cette fausse sainteté, qui est méticuleuse concernant les rites religieux – prières publiques, enseignement, vénération – mais faisant peu ou rien dans le royaume de la démonstration pratique d’aimer leurs prochains.
(2) La Sainteté de Position. La sainteté de position est cette sainteté qui est supposée accompagner certaines professions ou position. Par exemple, les juifs du temps de Jésus auraient assumés qu’un prêtre (et spécialement le haut-prêtre) était saint. Aujourd’hui, certaines gens assument que parce qu’une personne est un ancien, ou un pasteur, ou un prêtre, il est saint. Ce n’est pas nécessairement le cas. En fait, nous devrions être rappelés que de telles positions sont des cibles stratégiques pour les agents de Satan :
« Mais j'agis ainsi, et je continuerai à le faire, pour ôter toute possibilité ---à ceux qui en cherchent une--- de se présenter comme nos égaux en s'appuyant sur leurs prétendus titres de gloire.
Ces hommes-là sont de faux apôtres, des ouvriers malhonnêtes déguisés en apôtres du Christ.
Cela n'a rien d'étonnant: Satan lui-même ne se déguise-t-il pas en ange de lumière?
Il n'est donc pas surprenant que ses agents aussi se déguisent en serviteurs de ce qui est juste. Mais ils auront la fin que méritent leurs œuvres. » (2 Cor. 11:12-15 ; aussi 2 Pierre 2)
Les scribes et les pharisiens n’ont même pas reconnus le « Saint d’Israël », mais plutôt L’ont rejeté et L’ont crucifié. Ils assumèrent, qu’ils devaient être saints, à cause de leurs positions. Il est évident que les positions de pouvoir et de prestige étaient la chose la plus importante dans l’esprit de ces hommes impies :
« Alors Jésus, s'adressant à la foule et à ses disciples, dit:
---Les spécialistes de la Loi et les pharisiens sont chargés d'enseigner la Loi transmise par Moïse.
Faites donc tout ce qu'ils vous disent, et réglez votre conduite sur leur enseignement. Mais gardez-vous de prendre modèle sur leurs actes, car ils parlent d'une manière et agissent d'une autre.
Ils lient de pesants fardeaux et les placent sur les épaules des hommes; mais ils ne bougeraient même pas le petit doigt pour les déplacer.
Dans tout ce qu'ils font, ils agissent pour être vus des hommes. Ainsi, les petits coffrets à versets qu'ils portent pendant la prière sont plus grands que ceux des autres, et les franges de leurs manteaux plus longues.
Ils affectionnent les meilleures places dans les banquets et les sièges d'honneur dans les synagogues.
Ils aiment qu'on les salue sur les places publiques et qu'on les appelle «Maître». » (Matt. 23:1-7)
En dépit du fait que ces hommes avaient des positions de pouvoir et d’honneur, ils ne faisaient pas les choses dont la Loi parle. Jésus ainsi affirma l’enseignement de Lévitique, que la pratique de la sainteté impliquait aimer son prochain et faire ce que la Loi commandait. Les scribes et les pharisiens s’assirent dans « le trône de Moïse » mais ils ne firent pas les œuvres de la Loi. Ils n’étaient pas saints.
Les disciples de notre Seigneur tombèrent dans une trappe de comparer la position et la profession avec la piété (sainteté). Je pense que c’est une des raisons pour laquelle ils étaient si inquiets avec qui serait le plus grand dans le royaume (Marc 9:33-35). Elle aide aussi à expliquer pourquoi la mère de Jean et de Jacques voulait que ses fils s’assoient à la droite et à la gauche du Seigneur (Matt. 20:20-21).
Avant de commencer à nous sentir un peu trop fier à ce sujet, pourquoi est-il que le christianisme contemporain pense qu’il est plus spirituel pour une personne de faire parti d’un « service Chrétien à plein temps » plutôt que d’être « simplement un laïc » ? La même fausse perception de sainteté souligne, dans beaucoup de cas, le désir excessif pour un ministère professionnel. La sainteté n’a rien à voir avec le métier d’une personne (à moins, bien sur, que ce soit une tâche complètement immorale), mais plutôt avec l’obéissance d’une personne aux commandements de Dieu dans leur vie quotidienne.
Par, à la fois Son enseignement et Son exemple, Jésus traita un coup de grâce à cette fausse idée de sainteté. Il apprit à Ses disciples que la position n’était pas le but d’un Chrétien, mais plutôt le service :
« ---Vous savez ce qui se passe dans les nations: les chefs politiques dominent sur leurs peuples et les grands personnages font peser sur eux leur autorité.
Qu'il n'en soit pas ainsi parmi vous. Au contraire: si quelqu'un veut être grand parmi vous, qu'il soit votre serviteur,
si quelqu'un veut être le premier parmi vous, qu'il soit votre esclave. » (Matt. 20:25-27)
Son propre exemple parle plus fortement que n’importe quoi. Lui, qui avait toute la position et le standing et le pouvoir, Lui qui avait toute la gloire visible du ciel, l’a mis de coté, et Se rendit semblable à l’homme, pour qu’Il puisse souffrir et mourir pour sauver Ses créatures (Phil. 2:5-8). Cet acte était symbolisé par le lavage des pieds de Ses disciples (Jean 13), et devait être un exemple qu’ils devaient suivre.
(3) Comparer la Sainteté au Miraculeux. Ici est une des erreurs les plus subtiles et dangereuses de toutes – assumer que dans n’importe quels miracles performés, Dieu doit être présent et la personne doit être sainte. Il y a deux tests d’un vrai prophète spécifiés dans l’Ancien Testament, qui ne peuvent pas être oubliés par le saint du Nouveau Testament. Le premier est celui d’une évidence du pouvoir divin :
« Mais si un prophète a l'audace de prononcer en mon nom un message dont je ne l'ai pas chargé, ou s'il se met à parler au nom d'autres divinités, il sera mis à mort.
Peut-être vous demanderez-vous: «Comment saurons-nous qu'une prophétie ne vient pas de l'Eternel?»
Sachez donc que si le prophète annonce de la part de l'Eternel une chose qui ne se réalise pas, si sa parole reste sans effet, c'est que son message ne vient pas de l'Eternel, c'est par présomption que le prophète l'aura prononcé: vous ne vous laisserez donc pas impressionner par lui. » (Deut. 18:20-22)
Contrairement à l’opinion populaire, ce texte n’enseigne pas ce que certains ont assumé. Il ne nous enseigne pas que le prophète dont les paroles deviennent réalité est un vrai prophète. Il enseigne que le prophète dont les paroles ne deviennent pas réalité est un faux prophète. L’absence de l’élément miraculeux est la preuve d’un faux prophète, mais la présence de l’élément miraculeux n’est pas nécessairement la preuve d’être un vrai prophète. Cela est clairement vu dans un texte précédent :
« Peut-être un prophète apparaîtra-t-il un jour parmi vous, ou un visionnaire qui vous donnera un signe miraculeux ou vous annoncera un prodige.
Si le signe ou le prodige annoncé s'accomplit, et s'il vous dit: «Allons suivre d'autres dieux que vous ne connaissez pas et rendons-leur un culte»,
vous n'écouterez pas les paroles de ce prophète ou de ce visionnaire, car l'Eternel votre Dieu se servira de lui pour vous mettre à l'épreuve, afin de voir si vous l'aimez réellement de tout votre cœur et de tout votre être.
C'est à l'Eternel votre Dieu que vous rendrez un culte, c'est lui que vous révérerez; vous obéirez à ses commandements, vous l'écouterez, c'est à lui seul que vous rendrez un culte, et c'est à lui seul que vous vous attacherez. » (Deut. 13:2-5)
Il est reconnu ici que les faux prophètes manifesteront un pouvoir miraculeux. Le « test mortes » d’un vrai prophète n’est pas la présence de miracles, mais son adhérence à la Parole de Dieu.
Les paroles du Seigneur dans le Nouveau Testament semblent aller encore plus loin :
« ---Gardez-vous des faux prophètes! Lorsqu'ils vous abordent, ils se donnent l'apparence d'agneaux mais, en réalité, ce sont des loups féroces.
Vous les reconnaîtrez à leurs fruits…
Ainsi donc, c'est à leurs fruits que vous les reconnaîtrez.
---Pour entrer dans le royaume des cieux, il ne suffit pas de me dire: «Seigneur! Seigneur!» Il faut accomplir la volonté de mon Père céleste.
Au jour du jugement, nombreux sont ceux qui me diront: «Seigneur! Seigneur! Nous avons prophétisé en ton nom, nous avons chassé des démons en ton nom, nous avons fait beaucoup de miracles en ton nom.»
Je leur déclarerai alors: «Je ne vous ai jamais connus! Allez-vous-en, vous qui pratiquez le mal!»
---C'est pourquoi, celui qui écoute ce que je dis et qui l'applique, ressemble à un homme sensé qui a bâti sa maison sur le roc. » (Matt. 7 :15-16a,20-24)
Les faux prophètes seront reconnus à leurs fruits. Leurs fruits n’incluent pas les miracles, qu’ils pourraient très bien performer (prédictions, exorcismes, miracles), mais sont l’observance aux paroles de notre Seigneur, qui dans le contexte du Sermon sur la Montagne, sont le cœur de la Loi de l’Ancien Testament. Ces « faiseurs de miracles » sont dits pratiquer la confusion. Ceux qui sont sages, Jésus enseigna, entendront, contrairement aux faux prophètes, Ses paroles et agiront selon elles.
Voilà un des grands dangers de tous les temps. Certains Chrétiens sont incroyablement crédules, et suivront avidement toute personne ayant l’air saint, démontrant (ils pensent) des pouvoirs miraculeux. Les fruits par lesquels nous devons déterminer la sainteté d’une personne sont les fruits d’observance des commandements de notre Seigneur, pas ceux des signes et des merveilles, que Satan est aussi capable de produire (Apocalypse 13:13). Pouvoir n’est pas synonyme de piété. Même les Chrétiens, qui ont des dons miraculeux du Saint-Esprit, peuvent exercer ceux-ci avec des motifs et dans des buts charnels. Dans sa première épître aux Corinthiens, l’apôtre Paul essaye de montrer que la manifestation du pouvoir du Saint-Esprit par des gens doués n’est pas preuve de leur piété.
Ceux qui semblent avoir les dons les plus spectaculaires (et ainsi la plus grande foule) ne sont pas les plus spiritueux.
(4) La Sainteté Isolatrice. A travers les siècles, les hommes ont eu tendance à égaliser la sainteté avec la séparation. La sainteté d’une personne peut être mesurée en termes de la distance entre le « saint » et le « pécheur ». Pas étonnant que les scribes « saints » et les pharisiens furent choqués par le fait que Jésus passaient plus de temps avec les « pécheurs » plutôt qu’avec eux:
« En voyant qu'il mangeait avec ces pécheurs notoires et ces collecteurs d'impôts, les spécialistes de la Loi qui appartenaient au parti des pharisiens interpellèrent ses disciples:
---Comment votre maître peut-il manger avec ces collecteurs d'impôts et ces pécheurs ? » (Marc 2:16)
La réponse de Jésus fut qu’Il était venu pour sauver les pécheurs. Lui, qui était saint n’était pas souillé en étant en présence des pécheurs. C’était Sa sainteté naturelle et la sainteté de Ses actions qui Le prouvèrent le Saint d’Israël.
Les Chrétiens à travers les siècles ont été tentés d’être sanctifiés par une séparation physique des « pécheurs », oubliant que le « monde » est seulement une source de corruption, alors que la « chair » et Satan sont aussi des sources de contamination et de tentation. Ainsi, il y eut les hommes des cavernes, les ermites, et les moines, qui ont recherché la spiritualité (sainteté) par la séparation. Cependant, Jésus enseigna que la sainteté avait besoin d’être manifestée et multipliée par la pénétration, pas l’isolation :
« ---Vous êtes le sel de la terre. Si ce sel perd sa saveur, avec quoi la salera-t-on? Ce sel ne vaut plus rien: il n'est bon qu'à être jeté dehors et piétiné.
Vous êtes la lumière du monde. Une ville au sommet d'une colline n'échappe pas aux regards.
Il en est de même d'une lampe: si on l'allume, ce n'est pas pour la mettre sous une mesure à grains: au contraire, on la fixe sur un pied de lampe pour qu'elle éclaire tous ceux qui sont dans la maison.
C'est ainsi que votre lumière doit briller devant tous les hommes, pour qu'ils voient le bien que vous faites et qu'ils en attribuent la gloire à votre Père céleste.
---Ne vous imaginez pas que je sois venu pour abolir ce qui est écrit dans la Loi ou les prophètes; je ne suis pas venu pour abolir, mais pour accomplir.» (Matt. 5:13-17)
Jésus enseigna le principe de pénétration, ce qui est précisément ce qu’Il pratiqua. La sainteté fut incarnée en Christ et fut prouvée par Son accomplissement de la Loi. Alors elle doit être en Ses adeptes. Il y a une sorte de « séparation » qui est pratiquée par les Chrétiens aujourd’hui qui a une forme vertueuse, mais qui renie le pouvoir de Dieu de sanctifier en la présence de pécheurs, qui ne verront pas la sainteté de Dieu ou ne seront pas sauver sans une démonstration du salut dans leur monde.
(5) Sainteté par Redéfinition. Les scribes et les pharisiens étaient ingénieux à contourner la Parole de Dieu. Ainsi, ils redéfinirent la Loi pour la conformer à leur culpabilité. Si la sainteté était manifestée en aimant notre prochain, ils redéfinirent « prochain » pour être leur ami ou compatriote.
Quand un païen demanda une déclaration de la loi d’Israël dans sa forme la plus courte, Hillel, le contemporain de Jésus, exprima cela comme « tout ce qui te semble haineux, ne le fait pas à ton compatriote », et il ajoutait que « c’est la loi toute entière ; tout le reste est simplement interprétation. Cependant, il reste une différence énorme entre ce que dit Hillel et la demande de Dieu. De plus, dans l’exigence de Jésus, le prochain d’une personne n’est pas limitée aux membres de son propre peuple (Luc 10:29-37), et le judaïsme pré-chrétien ne fut jamais capable de s’élever jusqu'à cette idée.115L’hypocrisie du Judaïsme est vue dans le chapitre 10 de Luc, où notre Seigneur résuma l’enseignement de la Loi de l’Ancien Testament :
« ---Tu aimeras le Seigneur ton Dieu, de tout ton cœur, de toute ton âme, de toute ton énergie et de toute ta pensée, et ton prochain comme toi-même. » (Luc 10:27)
A cela, l’avocat israélite chercha à se défendre en répondant,
« ---Oui, mais qui donc est mon prochain?» (Luc 10:29)
Ici était la friction. Pour les scribes et les pharisiens, leur prochain était leur ami, leur compatriote israélite. La réponse de notre Seigneur à cela, l’histoire du Bon Samaritain, montra que le prochain d’une personne incluait ceux dans le besoin, même ceux d’un autre pays. L’interprétation conforme précisément à l’enseignement de Lévitique 19.
Dans le Sermon sur la Montagne, notre Seigneur exposa cette erreur, très tôt (il semblerait) dans Son ministère :
« ---Vous avez appris qu'il a été dit116 «Tu aimeras ton prochain et tu haïras ton ennemi.»
Eh bien, moi je vous dis: Aimez vos ennemis et priez pour ceux qui vous persécutent.
Ainsi vous vous comporterez vraiment comme des enfants de votre Père céleste, car lui, il fait luire son soleil sur les méchants aussi bien que sur les bons, et il accorde sa pluie à ceux qui sont justes comme aux injustes.
Si vous aimez seulement ceux qui vous aiment, allez-vous prétendre à une récompense pour cela? Les collecteurs d'impôts eux-mêmes n'en font-ils pas autant?
Si vous ne saluez que vos frères, que faites-vous d'extraordinaire? Les païens n'agissent-ils pas de même?
Votre Père céleste est parfait. Soyez donc parfaits comme lui. » (Matt. 5:43-48)
Il me semble que nous avons tendance à faire la même erreur, de toutes sortes de façons. Une d’elles est que nous semblons placer plus d’amplification sur la « communion » que nous plaçons sur l’évangélisme. Nous passons plus de temps avec d’autres Chrétiens à l’église que d’être « dans les rue » avec les perdus. Nous dépensons plus d’argent en buildings d’église, employés, et programmes que nous le faisons à aider les pauvres. En essence, notre spiritualité est more égocentrique (dans le sens orientée vers les Chrétien) qu’orientée vers les pécheurs.
Cependant de nos jours, il y a un mal encore plus mortel, un qui a été la distinction douteuse de notre génération de combiner. Alors que les juifs redéfinirent seulement un terme, « prochain », nous avons redéfini le commandement tout entier, « aimes ton prochain comme toi-même ». Je dis cela à notre grande honte.
Notre âge est extrêmement égocentrique. Plutôt que d’avoir un cœur pour les autres – nos « prochains », nous sommes devenus préoccupés avec nous-mêmes, avec « l’image de nous-mêmes. » Le nouveau mal de nos jours est d’avoir un « pauvre concept de nous-même ». Ceci a été cité comme la cause pour pratiquement tous les péchés. Ainsi, nous somme dit (même depuis la chaire), «Nous ne pouvons ni aimer Dieu, ni aimer les hommes, si nous ne nous aimons pas nous-mêmes ». Ce concept convient parfaitement à l’esprit honteux, égoïste, égocentrique de notre époque. Il sanctifie beaucoup de mal. Il ignore directement la théologie biblique et l’enseignement de notre Seigneur. Il saute à la figure de l’enseignement du chapitre 19 de Lévitique. Il vient du fin fond de l’enfer. Que Dieu nous épargne de ce genre de redéfinition. Que Dieu nous permette de donner nos vies pour les autres, de placer les intérêts des autres devant les nôtres (Phil. 2).
En ceci est la vrai sainteté, obéissant les commandements de Dieu en aimant notre prochain comme nous-mêmes. Que Dieu nous permette de faire cela.
10. Le Jour d'Expiation
Introduction
J’ai toujours aimé voir le printemps arriver tous les ans, avec tout ce qu’il amène, avec une seule énorme exception – le nettoyage de printemps. Vous, les hommes mariés, connaissez ce jour qui vous fait aussi peur qu’à moi. Votre femme a cette attitude agitée et ce regard étrange… elle veut se débarrasser de la moitié du trésor que vous avez amassé au cours des années. Et pire, elle veut que vous l’aidiez à trouver un autre endroit où le mettre.
Le Jour d’Expiation d’Israël était quelque chose comme un nettoyage de printemps spirituel, excepté pour le fait que ce jour sacré avait lieu à l’automne, en septembre-octobre, six mois après la célébration de la Pâque. Selon le calendrier israélite, c’était le dixième jour du septième mois (Lév. 23:26-32 ; Nombres 29:7-11).
Dans un sens, Israël n’était pas impatient d’arriver à ce jour, pas plus que je suis impatient de faire mon nettoyage de printemps. Contrairement aux autres jours fériés juifs, le Jour d'Expiation n’était pas un évènement de festivité. C’était un jour de deuil national et de pénitence. C’était une célébration pendant un jour de sabbat, ce qui veut dire qu’aucun travail ne pouvait être fait (Lév. 23:26-32). Toute personne qui n’observait pas ce sabbat devait être exclu de son peuple (23:29), ce qui est un euphémisme pour dire mis à mort. Au-delà de ça, c’était un jour où le peuple devait « humilier leurs âmes » (Lév. 16:31 ; 23:27 ; Nombres 29:7), qui selon beaucoup, incluait jeûner. Cela serait ainsi le seul jour férié religieux qui était caractérisé par le deuil, jeûner, et la repentance.
Relation du Chapitre 16 Avec les Chapitres Précédents
Il y a un développement très logique de l’argument du Livre de Lévitique qui est évident dans les 16 premiers chapitres. Chronologiquement, le chapitre 16 devrait suivre directement le chapitre 10, car le premier verset du chapitre 16 nous informe que Dieu donna les instructions du chapitre 16 à Moise « après la mort des deux Fils d’Aaron », qui, nous le savons, est enregistrée dans le chapitre 10. La première section de Lévitique, chapitres 1-7, souligne les rites sacrificiels que les prêtres devaient suivre ; les chapitres 8-10 enregistrent l’inauguration du clergé d’Aaron, qui offrira les sacrifices ; les chapitres 11-15 font une distinction entre ce qui est pur et ce qui est impur et les procédures correctes pour traiter avec l’impureté. En bref, nous avons :
Lévitique 1-7 : Les Rites (les Offrandes)
Lévitique : 8-10 : Les Officiels Religieux (les Prêtres)
Lévitique 11-15 : Les Raisons pour les Sacrifices (l’Impureté)
Lévitique 16 : La Repentance et la Restauration (le Jour d'Expiation)
Lévitique 16 construit sur les chapitres précédents en soulignant les sacrifices du grand Jour d'Expiation. Cette instruction est dirigée directement à Aaron et aux prêtres (vs. 1-25), mais pas seulement à eux, car le peuple a aussi un rôle à jouer (vs. 26-31). Aucun autre sacrifice dans Lévitique n’anticipe plus clairement l’expiation future, plus grande du Messie d’Israël, notre Seigneur Jésus Christ. Et aucun autre sacrifice ne fournit une meilleure toile de fond où nous voyons la grande supériorité de l’expiation de notre Seigneur que celle d’Aaron. Soyons très attentifs à ce chapitre.
La Structure de Lévitique68
Versets Content
1-2 Introduction
3-5 Animaux et vêtements sacerdotaux nécessaires pour les cérémonies
6-10 Grandes lignes des cérémonies
11-28 Descriptions détaillées des cérémonies
11-19 Les rites d’aspersion de sang
20-22 Le bouc émissaire
23-28 La purification des participants
29-34 Le devoir du peuple
Le chapitre n’est pas strictement chronologique dans son organisation. Les versets 6-10 servent comme résumé préliminaire de l’offrande du taureau et des deux boucs, mais c’est raconté en plus grands détails dans les versets 11-22.69
L’Historique du Jour d'Expiation (Exode 30:1-10)
La première référence du Jour d'Expiation arrive dans le chapitre 30 du Livre d’Exode. Les neuf premiers versets détaillent les plans pour l’Autel des Parfums. Il y a alors un mot spécial d’avertissement, suivi par une brève référence au Jour d'Expiation :
« Vous n'y offrirez pas de parfum profane ni d'holocauste, ni d'offrande, et vous n'y répandrez aucune libation.
Une fois l'an, Aaron fera le rite d'expiation sur les cornes avec le sang du sacrifice pour le péché offert pour l'expiation. De génération en génération, il fera ainsi le rite d'expiation pour l'autel une fois par an, car cet autel est éminemment saint pour l'Eternel. » (Exode 30:9-10)
Il est bon de remarquer que dans ce passage, l’avertissement à propos d’offrir du « parfum profane » précède immédiatement la référence du Jour d'Expiation, au moment où Lévitique introduit les instructions concernant les offrandes faisant référence à la mort de Nadab et d’Abihou, qui furent tués par Dieu pour offrir « un feu profane » (Lév. 10:1).
Vue d’Ensemble du Jour d'Expiation
Avant de discuter la signification des quelques-uns des évènements du Jour d'Expiation, faisons une pause pour nous balader dans la cérémonie entière qui est soulignée dans le chapitre 16 de Lévitique. Cela nous permettra d’avoir une idée de la cérémonie dans son ensemble, avant de procéder à un examen de ses sections.
De toutes apparences, les rites soulignés dans notre texte ne commencent pas les activités du jour d’Aaron, mais arrivent après l’exercice de plusieurs de ses devoirs journaliers. Le jour semblerait commencer comme d’habitude avec l’offrande du sacrifice du matin, l’Offrande Entièrement Brûlée d’un jeune agneau d’un an (Exode 29:38-42). Après que ces devoirs étaient faits, le grand-prêtre commence les cérémonies du Jour d'Expiation, comme prescrites dans notre texte70 :
(1) Aaron devait enlever ses vêtements sacerdotaux officiels, se laver, et puis mettre des vêtements spéciaux qui étaient prescrits pour les sacrifices qui l’amenaient dans le lieu très-saint (v. 4 ; Exode 28 ; 39).
(2) Aaron obtient les animaux sacrificiels nécessaires : un taureau pour son Offrande pour le Péché et deux boucs pour l’Offrande pour le Péché du peuple ; Deux béliers, un pour Aaron et l’autre pour l’Offrande Entièrement Brûlée du peuple (vs.3,5).
(3) Aaron tua le taureau pour sa propre Offrande pour le Péché (vs. 6,11).
(4) Avant d’entrer dans le lieu très-saint avec le sang du taureau, Aaron dut crée un nuage de fumée d’encens dans le lieu très-saint, couvrant le propitiatoire, voilant la gloire de Dieu. pour qu’il puisse entrer (vs. 12-13). A mon avis, la meilleure comparaison pour cela est un apiculteur, enfumant la ruche d’abeilles avant de commencer à récolter le miel. Dans le cas d’Aaron, il devait offrir seulement les parfums prescrits pour créer un voile assombrissant de fumée, diminuant ainsi la gloire de la présence de Dieu et épargnant sa vie.
(5) Aaron prit du sang du taureau et arrosa sept fois le propitiatoire (v. 14).
(6) Il tira au sort pour déterminer quel bouc sera sacrifié et lequel sera le bouc émissaire (vs. 7-8).
(7) Le bouc du sacrifice, le bouc de l’Offrande pour le Péché du peuple, était sacrifié, et son sang était amené dans le lieu très-saint et arrosa le propitiatoire comme avec le sang du taureau (v. 15).
(8) Cela réalisa l’acte d’expiation pour le sanctuaire (v. 16), apparemment par l’aspersion du sang du taureau et du bouc. L’expiation du lieu saint est fait seul, sans personne pour aider ou observer (v. 17).
(9) Ensuite, à l’extérieur de la tente, Aaron fit le rite d’expiation pour l’autel de l’Offrande Entièrement Brulée71, utilisant, il semblerait, le sang d’à la fois le taureau et du bouc (vs. 18-19).
(10) Maintenant le deuxième bouc, celui qui était encore vivant, portait symboliquement les péchés de la nation sur sa tête, et fut emmené à extérieur du camp dans un endroit isolé duquel il ne pourrait jamais revenir (vs. 20-22).
(11) Ensuite Aaron entra dans la Tente de la Rencontre, enleva ses vêtements, se lava et remit ses vêtements sacerdotaux ordinaires.
(12) Les Offrandes Entièrement Brûlées de béliers, un pour Aaron et sa famille et l’autre pour le peuple, furent alors offertes (v. 24),
(13) Les sacrifices du taureau et du bouc faits plus tôt étaient finis. La graisse de l’Offrande pour le Péché fut brûlée sur l’autel (v. 25), et les restes du taureau et du bouc furent emmenés à extérieur du camp, où ils furent brûlés (v. 27).
(14) Ceux qui avaient été rendus impurs, parce qu’ils s’étaient occupés des animaux sur lesquels les péchés d’Aaron et du peuple étaient déposés, durent se laver avant de retourner au camp (vs. 26,28).
Le Rôle du Peuple dans le Jour d'Expiation (Lévitique 16:29-31)
Le peuple n’était pas passif pendant le Jour d'Expiation, bien qu’ils (et ceux qui habitaient parmi eux) devaient observer le repos du sabbat. Ils furent ordonnés de se rappeler de ce décret comme étant une règle en vigueur à perpétuité, en « humiliant leurs âmes » (v. 29).
Observations Concernant le Jour d'Expiation
Il y a plusieurs caractéristiques du Jour d'Expiation qui sont dignes de notre intérêt, qui nous préparent à considérer le sens de ce texte. Considérons brièvement chacune d’elles.
(1) Les instructions de Dieu à Aaron concernant les offrandes du Jour d'Expiation commencent avec un rappel de la mort de ses deux Fils, enregistrée dans le chapitre 10. Cela sert comme un indice chronologique, indiquant que les commandements donnés ici ont dû arriver peu de temps après la mort des fils d’Aaron. Il y a aussi un rapport logique. Les fils d’Aaron moururent alors qu’ils étaient dans le tabernacle, spécialement quand ils brûlaient de l’encens. Au cours des devoirs d’Aaron pendant le jour d’expiration, lui aussi offrira de l’encens. Cette remarque sert ainsi à souligner l’importance de l’obéissance très méticuleuse à ces instructions.
(2) Les vêtements sacerdotaux qu’Aaron devait porter en cette occasion étaient très différents de ceux qu’il portait normalement au cours de ses fonctions.
Des matériaux très colorés, broderies complexes, de l’or et des bijoux le faisait ressembler à un roi. Le Jour d'Expiation, il ressemblait plus à un esclave. Ses vêtements consistaient de quatre simples pièces de linge blanc, même plus simple que les vêtements ordinaires du prêtre (Exode 39:27-29)… Ce jour- là, le grand-prêtre entre dans un « autre monde », en la présence de Dieu. Il doit donc être vêtu pour l’occasion. Parmi ses camarades, sa dignité, comme la grande médiatrice entre les hommes et Dieu, est insurpassée, et ses vêtements splendides attirent l’attention à la gloire de sa position. Mais en la présence de Dieu, même le grand-prêtre est dépouillé de tout honneur ; Il devient simplement le serviteur du Roi des rois, dont la vraie position est dépeinte par la simplicité de son habit. Ezéchiel (9:2-3,11 ; 10:2,6-7) et Daniel (10:5 ; 12:6-7) décrivent des anges habillés de linges blancs, alors qu’Apocalypse 19 :8 dépeint les saints aux cieux portant des vêtements similaires.72
Au cours de ses sacrifices quotidiens, Aaron, le grand-prêtre représente Dieu, et donc ses vêtements étaient de grande beauté et de splendeur. Mais quand le grand-prêtre entrait dans le lieu très-saint pour performer le rite du Jour d'Expiation, il se tenait devant Dieu, simple et humble. On ne peut s’empêcher de penser au 13ème chapitre de l’Evangile de Jean où notre Seigneur enleva Ses vêtements ne gardant que ceux d’un esclave, pour laver Ses disciples. En ces deux occasions (Jean 13 et le Jour d'Expiation), il y avait une représentation symbolique de la mise de coté de la gloire et de la splendeur de notre Seigneur, pour que le travail de réparation puisse être effectué (Phil.2:5-8).
(3) La cérémonie d’Aaron offrant le taureau pour ses péchés et ceux de sa famille (spécialement parmi ceux qui étaient des prêtres) était similaire à celle décrite dans 4:3-12, mais était aussi différente. Pour les deux offrandes, un taureau était sacrifié, et de la même façon. Dans le chapitre 4, seules les cornes de l’autel des parfums étaient aspergées par le sang du taureau, mais dans le chapitre 16, le propitiatoire était aussi aspergé avec le sang. L’offrande du Jour d'Expiation était plus importante que l’offrande normale du prêtre.
(4) La cérémonie offrant le taureau dans le chapitre 16 était aussi similaire, et pourtant différente, de l’offrande du taureau qui faisait partie de la consécration d’Aaron et de ses fils. Dans ce cas, aussi, l’offrande du Jour d'Expiation était similaire à l’offrande précédente, mais était plus importante en ce qu’il y avait une entrée dans le lieu très-saint.
(5) L’Offrande pour le Péché pour le peuple était à la fois unique et combinée. Avec l’exception des deux oiseaux (Lév. 14:3-9,49-53), il n’y avait pas d’autres sacrifices comme celui-là, qui mêlait un animal mourant et un vivant. Il y a eu beaucoup de discussions en ce qui concernait le terme « Azazel », le bouc émissaire,73 associé avec le bouc qui vit, mais pas de réponses satisfaisantes, et la discussion n’était pas nécessaire pour comprendre le rite.74
En général, je pense que la plupart d’entre nous sommes enclins à regarder le bouc sacrifié comme celui payant pour les péchés du peuple, alors que le bouc vivant vécut, comme s’il symbolisait le pardon du peuple. Cependant, ce n’est pas le cas. Le bouc « qui appartenait au Seigneur » fut sacrifié pour les péchés du peuple, comme le taureau, et le sang fut répandu de la même façon. Le destin du bouc qui vécut (Azazel) est, à mon avis, pire que celui du bouc qui fut sacrifié. Les péchés du peuple furent mis sur ce bouc, puis il fut donné à un Israélite (Azazel ?), qui l’emmena dans le désert, à ne jamais revenir.
Pouvez-vous imaginer l’impact sur le peuple si le bouc d’une manière ou d’une autre était revenu au camp ? Cette pensée a dû hanter celui qui devait l’emmener loin dans le désert. Je suis sûr qu’il fit très attention à l’emmener le plus loin possible du camp. La tradition juive dit que le bouc fut emmené sur une haute falaise, puis poussé dans le précipice. La possibilité du retour de ce bouc au camp était juste une indication de plus que ce Jour d'Expiation n’était pas permanent,75 et que ce n’était qu’une ébauche de ce qui fut réalisé ce jour. Avoir tué ce second bouc, comme les juifs auraient pu faire plus tard, aurait rendu le peuple bien plus tranquille avec ce sacrifice. Laisser vivre le bouc, vagabondant dans le désert, aurait pu causer quelques inquiétudes et alarmes.
(6) Le Jour d'Expiation était la purification d’un endroit et d’un peuple. J’ai toujours eu une certaine image mentale du Jour d'Expiation, et je viens juste de découvrir combien elle était préconçue et incomplète. Je pensais que le seul but de ce sacrifice annuel était de purifier le peuple de leurs péchés. J’ai toujours visualisé des individus israélites attendant anxieusement à l’extérieur de la tente, se demandant si Aaron allait revenir, si le sacrifice qu’il offrait allait être accepté, et si la punition pour mes péchés de cette année serait reculée plus longtemps. C’est une des choses que le Jour d'Expiation faisait pour le peuple. Dieu dit,
« Car en ce jour-là, on accomplira le rite d'expiation pour vous afin de vous purifier de toutes vos fautes; ainsi vous serez purs devant l'Eternel. » (Lév. 16:30)
Encore plus prétentieux dans ce chapitre est le fait que le Jour d'Expiation était fourni par Dieu pour purifier Sa résidence sainte ainsi que toutes les choses associées avec elle.76 Ce pour lequel l’expiation est faite est ce avec quoi Dieu entre en contact, ce qui fut profané durant l’année écoulée, dû aux péchés du peuple et de leurs prêtres :
« C'est ainsi qu'il accomplira le rite d'expiation pour le sanctuaire pour l'impureté et pour les désobéissances des Israélites, pour toutes leurs fautes quelle qu'en soit la nature. Il procédera de même pour la tente de la Rencontre, parce qu'elle est dressée au milieu d'eux et de leur impureté. » (Lév. 16:16)
« Le rite d'expiation sera accompli par le prêtre qui aura reçu l'onction et l'office sacerdotal à la place de son père. Il revêtira les vêtements sacrés en lin.
Il accomplira le rite d'expiation pour le sanctuaire sacré, pour la tente de la Rencontre et pour l'autel, il fera aussi le rite d'expiation pour les prêtres et pour tout le peuple rassemblé. » (Lév. 16:32-33)
La question en jeu est si Dieu continuera ou non à résider dans le camp, au milieu de Son peuple. L’impureté du peuple contaminait l’endroit où Dieu habitait, et le Jour d'Expiation fut fourni pour éliminer ces péchés. Le mal le plus redouté pour Israël était l’absence de la présence de Dieu au milieu du peuple. C’était pour ça que Moïse plaida si éloquemment et passionnément, après l’apostasie de la nation, quand ils vénérèrent le veau d’or (Exode 33-34). Dieu promit de rester avec Son peuple, et le Tabernacle, et avec le système sacerdotal, et les offrandes étaient la provision pour Lui de le faire. Leur usage le plus important pouvait être vu durant le Jour d'Expiation.
Remarquez qu’il y avait deux genres d’impureté expiés le Jour d'Expiation :
« C'est ainsi qu'il accomplira le rite d'expiation pour le sanctuaire pour l'impureté et pour les désobéissances des Israélites, pour toutes leurs fautes quelle qu'en soit la nature. Il procédera de même pour la tente de la Rencontre, parce qu'elle est dressée au milieu d'eux et de leur impureté. » (Lév. 16:16)
La première « impureté » était celle qui contaminait chaque Israélite parce qu’ils étaient des enfants d’Adam et vivaient dans un monde vil et corrompu. Ainsi, Dieu parla des « impuretés des fils d’Israël ». De plus, Il fit référence à « leurs transgressions, en ce qui concernait tous leurs péchés ». Cela était l’impureté résultant de la désobéissance aux commandements de Dieu – péché personnel. Le Jour d'Expiation purifiait des deux genres impureté.
(7) Le Jour d'Expiation annonçait et anticipait une purification plus grande et permanente du peuple de Dieu et de Sa résidence, qui devait être accomplie par un meilleur prêtre, qui offrirait un meilleur sacrifice. Je crois, par exemple, que les deux boucs d’Israël pour l’Offrande pour le Péché symbolisaient la mort du Messie, Jésus Christ, dans les années à venir. Le bouc qui mourait signifiait la mort par laquelle Christ mourut, comme les autres animaux sacrifiés mouraient. Le bouc qui était conduit dans le désert, pour ne jamais revenir, symbolisait la plus grande agonie de notre Seigneur, Sa séparation du Père, due au fait que les péchés de tous les hommes reposaient sur Lui. C’est cette douleur qui Lui causa d’agoniser dans le Jardin de Gethsémané. C’est le sacrifice de l’Ancien Testament qui reflète un des aspects les plus horribles du travail d’expiation de notre seigneur à notre place.
Le Nouveau Testament, particulièrement le Livre d’Hébreux, stresse la supériorité de la mort de notre Seigneur, en contraste aux sacrifices de l’Ancien Testament, desquels ceux du Jour d'Expiation étaient les plus proéminents. Notre texte indique clairement la supériorité de la personne de Christ comparée à Aaron. Aaron était un pécheur, juste au cas où on ne le serait pas figuré (Exode 32). Notre Seigneur Christ, était (et est) innocent. Il n’eut pas besoin de faire une offrande pour Lui-même. Comme les Écritures le disent,
« Jésus est donc bien le grand-prêtre qu'il nous fallait: il est saint, pleinement innocent, indemne de tout péché, séparé des pécheurs et il a été élevé plus haut que les cieux.
Les autres grands-prêtres sont obligés d'offrir chaque jour des sacrifices, d'abord pour leurs propres péchés, ensuite pour ceux du peuple. Lui n'en a pas besoin, car il a tout accompli une fois pour toutes, en s'offrant lui-même.
Les grands-prêtres institués par la Loi sont des hommes marqués par leur faiblesse. Mais celui que Dieu a établi grand-prêtre par un serment solennel, prononcé après la promulgation de la Loi, est son propre Fils, et il a été rendu parfait pour toujours.» (Héb. 7:26-28)
En plus, Aaron mourut, mais Christ vit pour toujours (7:15-25). Christ est grandement supérieur à Aaron, et à tous les grands prêtres d’Israël.
Le lieu du ministère de Christ est aussi supérieur au lieu du ministère d’Aaron. Aaron servait dans un petit sanctuaire terrestre, n’entrant dans le lieu très-saint seulement qu’une fois par an. Le peuple ne pouvait jamais aller dans cet endroit privilégié. Christ a servi parmi nous dans la chair, durant Son ministère sur la terre (Jean 1:14 ; Héb. 3:14 ; 10:5,11). Et après Il s’offrit une fois pour toutes, Il entra dans le sanctuaire céleste (Héb. 8:1-2 ; 9:1-10).
Le sacrifice de Christ était aussi supérieur à ceux offerts par Aaron. Aaron et tous les autres prêtres ne pouvaient offrir que le sang de taureaux et de boucs, mais Christ offrit Son propre précieux sang:
« Or, le Christ est venu en tant que grand-prêtre pour nous procurer les biens qu'il nous a désormais acquis. Il a traversé un tabernacle plus grand et plus parfait que le sanctuaire terrestre, un tabernacle qui n'a pas été construit par des mains humaines, c'est-à-dire qui n'appartient pas à ce monde créé.
Il a pénétré une fois pour toutes dans le sanctuaire; il y a offert, non le sang de boucs ou de veaux, mais son propre sang. Il nous a ainsi acquis un salut éternel. » (Héb. 9:11-12, aussi vs.13-14)
La supériorité de l’offrande de Christ comparée aux nombreuses offrandes d’Aaron est aussi vue dans le fait que les résultats du sacrifice de Christ étaient plus importants. Le plus que quelqu’un puisse espérer avec les sacrifices du Jour d'Expiation était que l’impureté du péché serait différée d’une année. La mort de Christ répudia complètement le péché :
« Tous ont péché, en effet, et sont privés de la glorieuse présence de Dieu,
et ils sont déclarés justes par sa grâce; c'est un don que Dieu leur fait par le moyen de la délivrance apportée par Jésus-Christ.
C'est lui que Dieu a offert comme une victime destinée à expier les péchés, pour ceux qui croient en son sacrifice. Ce sacrifice montre la justice de Dieu qui a pu laisser impunis les péchés commis autrefois, » (Romains 3:23-25)
Les offrandes d’Aaron ne pouvaient produire que de la patience ; l’offrande de Christ amena le pardon.
Le dernier aspect de la supériorité de l’expiation de Christ comparée à celle d’Aaron (que nous considèrerons ici) est que le sacrifice de Christ amena un meilleur accès à Dieu. Aaron lui-même ne pouvait que « s’approcher » de Dieu, c’est-à-dire être dans le lieu très-saint, mais seulement une fois par an. Le peuple ne pouvait pas, et ne pourrait jamais, s’approcher si près. Mais quand notre Seigneur fut crucifié et versa Son sang pour les péchés du monde, le voile qui auparavant séparait les hommes de Dieu fut déchiré en deux, signifiant que chaque croyant avait un accès complet et illimité à Dieu. Ainsi, l’auteur d’Hébreux pouvait dire,
« Ainsi donc, mes frères, nous avons une pleine liberté pour entrer dans le lieu très-saint, grâce au sang du sacrifice de Jésus.
Il nous en a ouvert le chemin, un chemin nouveau et vivant à travers le rideau du sanctuaire, c'est-à-dire à travers son propre corps.
Ainsi, nous avons un grand-prêtre éminent placé à la tête de la maison de Dieu.
Approchons-nous donc de Dieu avec un cœur droit, avec la pleine assurance que donne la foi, le cœur purifié de toute mauvaise conscience, et le corps lavé d'une eau pure. » (Héb. 10:19-22)
(8) Tout comme les Israélites attendaient ce que le Jour d'Expiation anticipait, le Chrétien attend ce que l’expiation de Christ a accompli.
Dans les lois de pur et impur, nous voyons comment la chute de l’homme dans le Jardin d’Eden amena souffrance et adversité aux Israélites. Les femmes israélites, par exemple, furent affligées avec 40 ou 80 jours de séparation et d’impureté cérémonielle pour avoir un enfant.
Le chapitre 8 de Romains traite avec la vie spirituelle du croyant et décrit les difficultés présentes et les adversités de la vie. Dans le développement de l’argument de Paul dans le livre, l’expiation de Christ a obtenu pour nous le pardon des péchés et la justification pour celui qui croit (Romains 1-5). Elle a aussi accompli la sanctification du croyant (chapitres 6-8). Néanmoins, le sort du Chrétien est des difficultés pour maintenant (5:3-5 ; 7:14-25 ; 8:18-39).
Néanmoins, il y a un certain nombre de trains de pensées qui ne prennent pas l’enseignement de Romains (spécialement le chapitre 8) très au sérieux. Ces genres de trains de pensées ont une chose en commun : ils supposent que puisque la mort de Christ a accompli beaucoup de choses merveilleuses, la réalisation complète de Sa victoire dans chaque domaine de la vie peut maintenant être revendiqué et expérimenté.
Par exemple, certains disent que la mort de Christ rendit la guérison physique une possession que tous peuvent revendiquer.77 Cela n’est simplement pas vrai. C’est une insulte aux révélations bibliques et aux expériences pratiques. Satan fut vaincu sur la croix de Christ (Jean 12:31 ; 16:11), et pourtant il est toujours vivant et il travaille toujours, résistant le travail et le peuple de Dieu (2 Cor. 4:4 ; Eph. 2:2 ; 6:11-12 ; Apocalypse 12:9). Ce ne sera pas avant la Deuxième Venue du Seigneur Jésus Christ que Satan disparaîtra finalement de la photo (Apocalypse 20).
Aussi, le croyant fut sauvé et sanctifié par la mort, l’enterrement, et la résurrection de Jésus Christ il y a plus de 2 000 ans, mais la souffrance, les maladies, et les épreuves résultant du péché ne seront pas éliminées avant le retour de Christ. Ainsi, le chapitre 7 de Romains décrit les épreuves d’un Chrétien et le chapitre 8, qui parle de notre victoire en Christ, parle aussi de notre frustration présente, avec toute la création (Romains 8:18-25).
Le Saint-Esprit ne nous délivre pas miraculeusement de ces « gémissements », mais intercède pour nous pour nous aider à les traverser sans risques (Romains 8:26-27). Sachant que Dieu est à la fois bon et souverain, Paul nous assure qu’Il est capable d’utiliser les mauvaises choses du monde actuel pour nous amener à la perfection que seul le paradis amènera (Romains 28-30), donc aucunes de ces choses destructives ne peuvent nous séparer de l’amour de Dieu (Romains 8:31-39).
(9) Le Jour d'Expiation était un jour pour traiter avec les péchés inconnus, pour lesquels aucune offrande n’avait été faite durant l’année écoulée.78 Le texte ne dit pas spécialement ça, mais l’inférence de ce texte est qu’il y avait tant de péchés qui ne passaient pas inaperçus, que ceux-ci, s’ils avaient été négligés plus d’une année, auraient produit une contamination intolérable. Ce ne sont pas ces péchés pour lesquels l’expiation avait déjà été faite que le Jour d'Expiation fut donné, mais pour ceux qui n’avaient pas été reconnus, et pour lesquels un sacrifice devait être offert.
Souvenez-vous, aussi que le système sacrificiel était fourni pour les péchés involontaires, pas ceux volontaires. Ces offrandes des chapitres 4-6 étaient celles qui étaient faites pour les péchés involontairement commis (4:13,22,27 ; 5:15,18). Les péchés volontaires ne pouvaient être expiés par ces sacrifices ; il n’y avait même pas de sacrifices pour ceux-ci (Nombres 15:27-31). Le system sacrificiel que Dieu établit assumait que certains péchés, qui n’étaient pas reconnus comme tels au moment où ils étaient commis, seraient réalisés par l’individu plus tard (Lév. 4:13-14,27-28 ; 5:2-5). Je crois que le Jour d'Expiation était basé sur l’hypothèse que certains péchés ne sont jamais réalisés par le pécheur.
Ce sujet de péchés inconnus en était un qui concernait les Israélites pieux. David pria,
«Qui connaît tous ses faux pas?
Pardonne-moi les péchés dont je n'ai pas conscience. » (Ps. 19:13)
sachant que cela le conduisit à prier ailleurs,
« Sonde-moi, ô Dieu, pénètre mon cœur,
examine-moi, et pénètre les pensées qui me bouleversent!
Considère si je suis le chemin du mal
et dirige-moi sur la voie de l'éternité! » (139:23-24)
Moïse, l’auteur du Pentateuque, était aussi l’auteur de ce psaume, dans lequel il pria,
« tu as mis devant toi tous nos péchés,
et tu mets en lumière tout ce qui est caché. » (Ps. 90:8)
Des péchés inconnus sont des péchés cachés, ces transgressions que nous, dans notre état déchu, sommes incapables ou refusons de reconnaître. Les Proverbes ont beaucoup à dire à propos des maux invisibles dans nos vies :
« Bien des hommes pensent être sur le bon chemin,
et pourtant, ils se trouvent sur une voie qui, finalement, mène à la mort. » (Prov. 14:12)
« L'insensé pense toujours qu'il fait bien,
mais le sage écoute les avis des autres. » (Prov. 12:15)
« Vous pouvez penser que tout ce que vous faites est bien,
mais c'est l'Eternel qui apprécie vos motivations. » (Prov. 16:2)
Ces passages nous disent que l’homme déchu est incapable de voir beaucoup de ses propres péchés. Ainsi, un homme pieux doit chercher à identifier ses péchés par Dieu et par le conseil sage des autres.
Les Chrétiens du Nouveau Testament ne sont pas aussi inquiets en ce qui concerne les péchés inconnus, comme ils devraient l’être. Certains semblent penser que « l’ignorance est bénie ». Ce n’est pas vrai. Je suis convaincu que ce sont souvent nos péchés inconscients qui font le plus de dommages, à nous et aux autres. Ces péchés ne sont pas cachés si profondément qu’ils ne peuvent pas être découverts. Effectivement, ces péchés, bien qu’inconnus du pécheur, sont clairement évidents à ceux (celles) qui nous sont proches. Le mariage a été désigné, je crois en partie, pour que nous ne puissions pas dire qu’on ne pouvait pas être conscient de nos péchés. Nos compagnons(es) connaissent trop bien nos péchés.
La merveille de ce sujet est que nous normalisons souvent nos péchés « secrets » ou « inconnus » par des terminologies spirituelles et des textes bibliques. Permettez-moi de mentionner brièvement comment cela peut marcher, puis, je laisserais le lecteur réfléchir aux implications. Un homme qui est dominant et autoritaire pourrait très bien justifier ses péchés de sa vie comme une force puissante. Il pourrait voir cela comme « prenant une position pour la vérité ou pour ce qui est correct ». Il pourrait justifier dominer sa femme comme « assumant son rôle biblique de chef de famille ». Méfiez-vous des loups en pelages de moutons.
D’un autre coté, la femme aurait pu avoir apprit très tôt dans la vie que la façon de faire plaisir à son père était de céder totalement à sa volonté. Elle ne ferait rien pour l’offenser ou pour perdre son approbation. Alors quand elle marie, elle continue le même genre de conformité aveugle. Et elle se loue pour sa « soumission ». Le mal ici n’est pas d’être « soumise », mais dans le désir de la femme de rechercher l’approbation, quoi qu’en soit le prix. Elle sacrifie ses convictions et sa contribution unique au nom de la soumission. La vraie soumission est rechercher le meilleur intérêt de l’autre, plutôt que notre propre intérêt Certains recherchent leur propre intérêt en dominant, alors que d’autres le cherchent en étant le « paillasson ». Dans les deux cas c’est mal, n’importe quelle étiquette que nous lui mettons.
Le Jour d'Expiation était un temps pour chaque Israélite de refléter sur sa propre nature pécheresse, et de répondre de façon adéquate avec le deuil et la repentance. Je vous conseille vivement de suivre l’exemple des saints de la Bible, spécialement les psalmistes, et de faire de vos péchés inconnus une question de priorité. Ceux-ci sont très probablement des péchés qui gênent grandement notre communion avec Dieu et les hommes.
(10) Le Jour d'Expiation était un temps pour le prêtre de confesser devant Dieu les péchés de la nation. Je me suis demandé combien de temps dura la confession d’Aaron pour les péchés du peuple, brièvement mentionnée dans le verset 21. Nous pourrions imaginer Aaron confessant pendant des heures. Aucun doute que les confessions de Moïse (Exode 32-34), d’Esdras (Esd. 9), et de Daniel (Dan. 9), parmi d’autres, nous fournissent avec une idée de ce que la prière du grand prêtre aurait pu inclure.
Puisque nous, qui somme des croyants du Nouveau Testament sommes des prêtres (1 Pierre 2 :5,9), nous devons aussi plaider pour notre nation (1 Tim. 2). Alors, comment devrions-nous prier ? Que devons-nous confesser ? Celles-ci ne sont pas des tâches faciles, car nous faisons parties du tissu malsain de notre nation. Nous trouvons difficile de prendre du recul de notre culture et d’examiner ses péchés. Maintes fois, nos péchés nationaux sont dissimulés par le gouvernement ou la presse. Il est bon de confesser ces péchés évidents, tels que la légalisation de l’avortement, mais nous devons aussi devenir bien plus sensitifs aux formes plus habiles (inconnues ?) du péché.
Faire cela aura de grands bénéfices personnels. Vous voyez, les maux de notre nation sont ces pratiques et pressions qui constituent notre « monde » (c’est-à-dire, le « monde », « la chair », et Satan). Pour devenir plus sensitifs aux maux de notre âge est devenir plus sensitif aux maux qui nous oppressent et nous tentent.
Pour terminer ce message, je tiens à vous conseiller vivement d’agir sur les vérités desquelles vous avez été reconnus coupables par le Saint-Esprit. En particulier, je vous encouragerais à lire le Livre d’Hébreux dans les deux prochains jours, cherchant à voir ces façons par lesquelles la mort de Christ surpassa les sacrifices et le ministère du clergé d’Aaron.
De plus, je voudrais vous recommander de faire ce premier pas d’application dont l’auteur d’Hébreux presse ses lecteurs :
« Approchons-nous donc de Dieu avec un cœur droit, avec la pleine assurance que donne la foi, » (Héb. 10: 22a)
Il se peut que nous ayons besoin de nous approcher en foi personnelle et en engagement. En d’autres mots, il se peut que nous ayons besoin d’être renaît, d’être sauvés. N’avez-vous jamais eu un Jour d'Expiation dans votre vie, quand vous vous repentez de vos péchés et croyez en le sacrifice de Christ ? Vous n’avez besoin que d’un seul jour comme celui-là pour être sauvé, mais vous devez en avoir un. Que le chapitre 16 de Lévitique soit le point de votre vie quand vous arriverez à faire l’expérience de l’expiation de Dieu en Christ.
Pour ceux d’entre vous qui êtes sauvés, je dois admettre que je n’ai aucune idée de ce que « s’approcher plus près » pourrait vouloir dire. Cependant, je suis convaincu que chacun d’entre nous a beaucoup d’idées par lesquelles nous devons continuer à nous approcher. Je vous conseille vivement de méditer sur le Livre d’Hébreux, et de prier les prières du psalmiste concernant les péchés cachés. Je vous encourage à demander à Dieu de vous montrer ce que « s’approcher plus près » veut dire pour vous, aujourd’hui.
12. Obéissance -- L'Obligation d'Appartenir (Lévitique 18:1-5)
Introduction
Pour un Américain du 20ème siècle, l’esclavage est un mauvais souvenir, un mal qui dérange la conscience de la société. Il y a encore beaucoup de cicatrices du temps quand l’esclavage était pratiqué, mais le mal lui-même est quelque chose bien enregistré dans les livres d’histoire. Cela n’est pas le cas dans d’autres parties du monde, et ce n’était certainement pas le cas dans l’ancien Proche-Orient dans les temps quand Moïse écrivit le Livre de Lévitique.
Approchant notre texte et le sujet de l’esclavage, nous devons reconnaître que nous le faisons avec un préjugé. Contrairement aux peuples de l’ancien monde, à qui l’esclavage était un fait de la vie, une condition qui pouvait être soit bonne ou mal, dépendant du maître, nous ne pouvons penser à l’esclavage qu’en termes négatifs. Nous pensons aux horreurs de l’esclavage dans notre propre pays dans les temps passés ou en termes d’oppression du peuple en Afrique du Sud, horreurs que je ne souhaite pas minimiser ou approuver. Mais à cause des abus de l’esclavage, nous arrivons à percevoir l’esclavage comme un mal catégorique, un qui ne pourra jamais être bon ou bénéfique à l’esclave.
C’est ce préjugé qui doit être mis de coté si nous devons apprécier ce qui est enseigné dans cette dernière portion du Livre de Lévitique. Les lois que les Israélites sont données dans les chapitres 18-20 (ainsi que les chapitres suivants) sont celles qui étaient légitimes et obligatoires parce que les Israélites étaient les esclaves de Dieu et Il était leur nouveau maître. Une telle condition ne peut être vue comme mauvaise, mais comme sainte, droite et bonne. Une telle situation ne peut être mal, et ainsi nous devons la regarder différemment du reste de l’esclavage qui fut pratiqué (ou imposé ) dans l’histoire.
Les Israélites avaient été les esclaves de Pharaon. Nous savons très bien cela par les premiers chapitres d’Exode. Certains auraient pu penser que l’esclavage fut terminé une fois pour toutes pour le peuple de Dieu, quand les Israélites traversèrent la Mer Rouge et que les Egyptiens furent noyés. Ce ne fut pas le cas. L’exode libéra les Israélites du servage de l’Egypte, mais il les amena aussi sous le joug de leur Dieu, qui les avait délivrés.
En tant qu’esclaves de Dieu, les Israélites ne furent pas libres de vivre où ils voulaient, ni de vivre comme ils aimaient Ce peuple devait maintenant vivre sous un ordre nouveau. Cet ordre fut épelé par les termes de l’alliance que Dieu, le nouveau Roi d’Israël, conclut avec eux. Nous l’appelons l’Alliance avec Moïse. Les Dix Commandements, ainsi que le reste de la Loi, est une partie de l’Alliance avec Moïse. Et maintenant, les jugements et les préceptes93que Dieu allait leur donner à travers Moïse, étaient l’expression des injonctions d’un souverain à ses sujets.
La préface de la deuxième moitié de ce Livre de Lévitique est extrêmement importante aux Israélites parce qu’elle traite avec leur motivation pour obéir les lois que Dieu allait donner dans les chapitres suivants. Je suggérerais que la motivation est le facteur le plus important en ce qui concerne l’obéissance. Nous pourrions apprendre des méthodes qui nous aideraient à obéir, mais à part une volonté d’obéir, elles sont inutiles.
Les motifs sont extrêmement importants dans nos propres vies, des siècles après le temps de Moïse et du peuple qu’il conduisait. Nous avons tendance à penser, des fois, que l’évangélisme n’arrive pas parce que les gens n’ont pas apprit comment évangéliser. Nous supposons que les mariages sont en danger parce qu’ils n’ont pas été enseignés avec les bonnes techniques pour traiter les problèmes matrimoniaux. Les méthodes et les techniques ont leur place, mais la vraie raison pour laquelle nous désobéissons Dieu, pour laquelle nous échouons à évangéliser, pour laquelle nous ne communiquons pas avec nos compagnes (ons) et nos enfants comme nous devrions, est parce que nous ne voulons pas le faire. Le vieux dicton, « qui veut, peut » est grandement vrai. Ainsi, un des facteurs les plus importants dans une vie pieuse est des motifs pieux. Lévitique 18:1-5 fournit au peuple d’Israël le motif correct pour obéir les lois de Dieu. Ces motifs, comme nous verrons, sont aussi trouvés dans le Nouveau Testament, et ainsi, ils s’appliquent aussi à nous. Ecoutons bien à la voix de Dieu dans ce texte, car ce sont des paroles de grande importance pour nos vies spirituelles.
Gardons à l’esprit que comme nous arrivons au 18ème chapitre de Lévitique, nous commençons une nouvelle division du livre. Les chapitres 1-17 étaient grandement pour les prêtres, alors que les chapitres 18 et suivant sont plus dirigés vers le peuple. Les chapitres 1-17 concernent plus la vertu cérémonielle ou rituelle ; les chapitres 18-20, que nous étudierons en groupe, concernent la vertu à la maison (chapitre 18), et dans la communauté (chapitre 19). Le chapitre 20 traite les « offenses capitales ».94
La Préface
Les érudits ont récemment reconnu que la forme de l’alliance avec Moïse est similaire à la forme des alliances conclues dans l’ancien Proche-Orient au temps de Moïse. C’est spécialement clair dans Exode et Deutéronome. C’est aussi apparent dans le chapitre 18 :
Dans le chapitre 18, la préface est
« Je suis l’Eternel, votre Dieu » (v. 2)
alors que le prologue historique est la phrase
« Egypte, où vous avez habité. » (v. 3)
La stipulation de base est couverte par l’injonction
« vous obéirez à mes lois et vous observerez mes ordonnances, vous les appliquerez » (v. 4)
Pendant que les stipulations détaillées comprenaient le matériel dans les versets 6-23. Les bénédictions arrivent en formes courtes dans le verset 5,
« l'homme qui les appliquera vivra grâce à cela. »
Alors que les malédictions sont trouvées dans les versets 24-30. Cette dernière situation est typique des traités vassaux hittites où les malédictions surpassent toujours grandement les bénédictions.95
Les versets 1-5 servent ainsi comme préface aux stipulations, les règles qui sont à suivre. Dans ce message, j’aimerais me concentrer sur le message de la préface, car c’est la base des lois qui seront données et de la demande de Dieu qu’elles soient obéies. Dans les versets 1-5 une phrase est repétée trois fois : « Je suis l’Eternel (votre Dieu) ». L’importance de cette phrase peut difficilement être ignorée. Elle nous fournit un indice vital de la structure de ce paragraphe. Trois déclarations cruciales sont faites, chacune desquelles est conclue avec les paroles, « Je suis l’Eternel (votre Dieu). »
Le message de ces versets peut mieux être vu comme ayant trois déclarations principales. La première est la notion (v.2), la base de ce que Dieu demandera. La seconde est le résultat pratique de la notion déclarée à la fois négativement :
« Vous n’agirez pas à l’exemple de ce qui se fait en Egypte, où vous avez habité, ni de ce qui se fait au pays de Canaan où je vous conduis. Vous ne suivrez pas les coutumes de ces pays. » (18 :3)
et positivement :
« Vous obéirez à mes lois et vous observerez mes ordonnances, vous les appliquerez. Je suis l’Eternel votre Dieu. » (18 :4)
La troisième établit les bénéfices de l’obéissance, une promesse de la bénédiction de Dieu :
« Vous obéirez à mes ordonnances et à mes lois; l’homme qui les appliquera vivra grâce à cela. Je suis l’Eternel. » (18 :5)
La Notion : « Je suis l’Eternel » (18:1-2)
« L'Eternel s'adressa à Moïse en ces termes:
---Parle aux Israélites et dis-leur: Je suis l'Eternel, votre Dieu. »
L’expression, « Je suis l’Eternel, votre Dieu », est la vérité fondamentale sur laquelle les versets suivants, et sur laquelle les chapitres suivants doivent se tenir. Alors, la question critique pour nous est de déterminer précisément ce que Dieu voulait dire par cette expression.
Quand Dieu guida les Israélites et les sortit d’Egypte, par la Mer Rouge, et au mont Sinaï, Il fit une alliance avec Son peuple. Les Dix Commandements, une partie vitale de cette alliance, sont d’abord enregistrés dans le chapitre 20 d’Exode. Dans l’introduction de l’alliance, Dieu dit ces mots familiers :
« ---Je suis l'Eternel ton Dieu qui t'ai fait sortir d'Egypte, du pays où tu étais esclave. » (Exode 20:2)
Quand l’alliance avec Moïse fut réitérée à la génération suivante, pratiquement les même mots furent employés dans l’introduction (Deut. 5:6).
Dans Lévitique, la même expression est trouvée, particulièrement très proche des règles divines. Ainsi, dans le chapitre 11, elle est trouvée en conjonction avec les lois concernant le pur et l’impur (Lév. 11:44). Quand les stipulations de l’alliance sont énoncées, plus détaillées, les mêmes mots sont trouvés dans l’introduction (Lév. 18:1-5), pas moins de trois fois. L’expression soit sous sa forme longue (18:2,4) ou courte (18:5) sera trouvées fréquemment dans les chapitres 18-20 (18:2,4,5-6,30 ; 19:3-4,10,12,14,16,18,25,30,31,32,34,37 ; 20:7,24) et plus tard (21:12 ; 22:2-3,8,30-31,33 ; 23:22,43 ; 24:22 ; 25:17,38 ;26:1,2,13,44).
De beaucoup des usages de cette expression, « Je suis l’Eternel, (votre Dieu ) », nous pouvons discerner plusieurs facettes du sens voulu :
Premièrement, l’expression a l’intention de rappeler la libération d’Israël de son esclavage en Egypte. L’expression, « Je suis l’Eternel, votre Dieu » est quelque fois suivie par la déclaration,
« … qui t'ai fait sortir d'Egypte, du pays où tu étais esclave. » ( Exode 20:2)
La libération d’Israël est ainsi une pensée qui est rappelée par cette expression.
Deuxièmement, l’expression en est une qui déclare la souveraineté de Dieu, particulièrement concentrée sur Sa souveraineté sur son peuple. L’Exode montra que Dieu était supérieur aux dieux d’Egypte, et qu’Il était tout-puissant sur les forces de la nature. Le Dieu d’Israël est un Dieu souverain. Le Dieu Israël n’est pas seulement vu comme étant souverain sur Son peuple, mais sur les Egyptiens (Pharaon inclut) et la nature. Vous vous souviendrez que quand Moïse livra son message de Dieu,
« Laisse aller mon peuple, pour qu'il me rende un culte! »
La réponse de Pharaon fut,en effet,
« Qui demande ça ? »
Pharaon pensait qu’il était lui-même souverain. Alors pourquoi devrait-il obéir au Dieu d’Israël ? Le récit des dix fléaux est la réponse de Dieu. Et la traversée de la Mer Rouge démontra aussi le pouvoir de Dieu (souveraineté) sur la nature (qui peut aussi être vue dans les fléaux). L’exode prouva ainsi la suprématie de Dieu.
Troisièmement, l’événement de l’exode fit de Dieu le Roi d’Israël. Dieu était le « Dieu d’Abraham, d’Isaac et de Jacob » avant l’exode, mais après cet événement, Il devint le roi d’Israël. Il devint roi quand Il libéra Son peuple et les conduisit d’Egypte vers Canaan. Il devint Roi d’Israël quand Il donna au peuple la constitution, l’Alliance avec Moïse. Le « Cantique de Moïse», enregistré dans Exode 15, est le chant que les Israélites chantèrent pour louer Dieu après l’incident de la Mer Rouge. La conclusion de ce cantique est que Dieu fut installé comme leur roi (v. 18). L’exode fit Dieu le Roi de Son peuple.
Quatrièmement, l’expression est aussi une revendication de propriétaire divin. Tout comme les Israélites étaient les esclaves de Pharaon en Egypte,96 maintenant ils étaient les esclaves de Dieu. Plus tard dans le Livre de Lévitique, Dieu dit à Moïse,
« Car les Israélites sont mes serviteurs, parce que je les ai fait sortir d'Egypte. Je suis l'Eternel votre Dieu. » (Lév. 25:55 ; aussi v. 42)
Pour assembler tous ces facteurs en une seule pensée, nous pouvons conclure que l’expression, « Je suis l’Eternel, votre Dieu » enseigne le principe de possession. D’une manière significative, Dieu a le droit de régner sur Son peuple. Si Dieu a le droit de gouverner, alors, Il a aussi le droit de créer les règles. Alors, c’est pour cela que cette déclaration, « Je suis l’Eternel, votre Dieu », précède les règles que Dieu donna à Son peuple.
Le Résultat Pratique des Règles de Dieu (18:3-4)
Dieu a le droit de régner, et ainsi a le droit de créer les règles. Ces règles seront épelées en grands détails dans les versets et chapitres qui suivent, mais pour l’instant, l’essence de ce que Dieu ordonne est résumé, à la fois négativement et positivement dans les versets 3 et 4. Considérons brièvement les deux, les implications négatives et positives de la possession souveraine de Dieu de Son peuple, Israël.
Négativement, les Israélites doivent éviter le style de vie des Egyptiens, parmi lesquels ils avaient vécut, et des Cananéens, dont le pays ils allaient posséder :97
« Vous n'agirez pas à l'exemple de ce qui se fait en Egypte, où vous avez habité, ni de ce qui se fait au pays de Canaan où je vous conduis. Vous ne suivrez pas les coutumes de ces pays. » (Lév. 18:3)
L’interdiction ici incluait le passé d’Israël, dans le pays d’Egypte, et leur futur, dans le pays de Canaan. Généralement parlant, je crois que deux choses particulières sont dans le collimateur de cette interdiction.
Premièrement, l’interdiction de Dieu n’incluait pas seulement le style de vie des Egyptiens et des Cananéens, elle incluait aussi leurs lois. Dieu dit aux Israélites de ne pas suivre leurs « coutumes » (v. 3). Comme je comprends ce que Dieu dit, le style de vie impie des païens était souvent reflété dans des lois impies. Ainsi, par exemple, pendant la période de Daniel, tout comme dans celle d’Esther, les lois des païens contredisaient clairement les lois de Dieu. Les Israélites ne devaient pas vivre selon les styles de vie ou les lois païennes des Egyptiens ou des Cananéens.
Deuxièmement (et je pense, principalement), cette interdiction implique le genre de vie des Egyptiens et des Cananéens. Les termes « préceptes » et « jugements » ont un son très autoritaire pour nous, mais ce n’est pas nécessairement le sens dans lequel ils sont utilisés ici. Dieu interdit de « suivre le chemin » des païens, mais Il interdit aussi « de faire ce qui se fait » en Egypte et Canaan. Dans le Livre d’Ezéchiel, des références à Lévitique 18:5 sont faites (Ezé. 20:11). Plus tard dans le même chapitre, Ezéchiel écrit,
« « Cependant, j'ai dit à leurs enfants dans le désert: Ne suivez pas les principes de vos pères, n'appliquez pas leurs lois et ne vous souillez pas avec leurs idoles.
Je suis l'Eternel votre Dieu. Vivez selon mes lois, obéissez à mes commandements et appliquez-les. » » (Ezé. 20:18-19)
Ici il semblerait que les décrets et les préceptes que les Israélites suivaient dans le désert étaient simplement leur propre façon, leur façon de vivre traditionnelle et inavouable, qui étaient fait appliquer par la culture plutôt que par les livres de loi. Alors qu’il y avait indubitablement des lois de ces pays qui étaient mauvaises, il y avait aussi beaucoup d’aspects des cultures égyptiennes et Cananéennes qui étaient aussi mauvaise. Ceux-ci seraient vus par les genres de mal qui étaient interdits dans les chapitres prochains de Lévitique. Inclus sont les domaines de mariage, sexe, pratiques familiales, religion, affaires sociales et éthique.
Alors que la forme de l’alliance que Dieu conclut avec les Israélites était très similaire de celle d’autres rois de l’ancien Proche-Orient, la substance des stipulations de ces alliances différaient radicalement. Les lois de Dieu quelque fois étaient équivalentes à celles des sociétés séculières et païennes d’autour d’eux, mais très fréquemment elles les surpassaient dans les hauts standards de moralité qu’elles soutenaient et exigeaient du peuple de Dieu.
Positivement, les Israélites devaient vivre selon les préceptes de Dieu :
« Vous obéirez à mes lois et vous observerez mes ordonnances, vous les appliquerez. Je suis l'Eternel votre Dieu. » (Lév. 18:4)
Les lois que Dieu allait leur donner – ou devrions nous dire les lois, que Dieu allait plus clarifier et appliquer – devaient être observées. Le Dieu, à qui Israël appartient et ainsi a le droit de régner, ordonne maintenant Son peuple de vivre par Ses commandements contrairement à la culture des païens.
Bénédictions Pour Observer les Règles de Dieu (18:5)
Le « Je suis l’Eternel » arrive à la fin du verset 5, qui contient une promesse brève de bénédictions qui accompagnent vivre selon les lois de Dieu :
« Vous obéirez à mes ordonnances et à mes lois; l'homme qui les appliquera vivra grâce à cela. Je suis l'Eternel. » (Lév. 18:5)
En résumé, Dieu promet que l’obéissance à Ses préceptes et jugements causera à l’homme de « vivre ». Mais qu’est ce « vivre » veut dire ?
(1) Vivre veut dire la conservation de la vie, et échapper à la mort. Fréquemment, les commandements de Dieu devaient être accompagnés d’un avertissement, « ainsi ils ne mouront pas » (Exode 28:35,43 ; 30:20,21 : Lév. 8:35 ; 10:6,7,9 ; 15:31 ; 16:2,13). Obéir les lois de Dieu empêchait une personne de risquer la culpabilité et la peine de mort du jugement divin.
(2) Vivre est être le récipient de bénédictions divines.98 Vous vous souviendrez que la forme de ces versets suit celle des traités des souverains-vassaux du Proche-Orient. Nous savons de la forme de ces traités que nous pouvons nous attendre à ce que le verset 5 résume les bénédictions de respecter cette alliance. Ainsi, vivre n’est pas simplement survivre, comme c’est suggéré ci-dessus, mais de vivre dans les bénédictions de Dieu, avec qui ce traité a été conclu.
Une des définitions les plus claires de la « vie », comme elle est utilisée dans Lévitique 18:5, est trouvée dans le Livre de Deutéronome. Dans Deutéronome, l’Alliance avec Moïse est réitérée à la seconde génération des Israélites. Dans le chapitre 28, les « bénédictions et les malédictions » sont soulignées en détails. Si les Israélites observent la loi de Dieu, ils seront grandement bénis dans le pays (28:1-14) ; S’ils désobéissent et négligent la loi, ils seront énormément maudits (28:15-68). Alors, dans le chapitre 30, Dieu dit :
« ---Voyez, je place aujourd'hui devant vous, d'un côté, la vie et le bonheur, de l'autre, la mort et le malheur.
Ce que je vous commande aujourd'hui, c'est d'aimer l'Eternel votre Dieu, de suivre le chemin qu'il vous trace et d'obéir à ses commandements, ses ordonnances et ses lois. En faisant cela, vous aurez la vie, vous deviendrez nombreux et vous serez bénis par l'Eternel votre Dieu dans le pays où vous vous rendez pour en prendre possession. » (Deut. 30:15-16, mon amplification en gras)
« La vie » alors, dans ce contexte est synonyme d’avec les bénédictions de Dieu dans le pays, et « la mort », avec l’adversité qui vient de Dieu, incluant expulsion du pays.
Le paragraphe final du chapitre 18 de Lévitique (vs. 24-30) a tendance à supporter cette conclusion. Il accentue le fait que les péchés des Cananéens profanent le pays et conduisent à l’expulsion. Il avertit aussi les Israélites que s’ils manquent de vivre selon les lois de Dieu, ils profaneront aussi le pays et seront aussi expulser. Ce n’est pas avant la conclusion de Lévitique qu’une déclaration claire des bénédictions d’obéir les lois de Dieu est expliquées en grands détails :
« Si vous suivez mes ordonnances, si vous obéissez à mes commandements et si vous les appliquez,
je vous donnerai vos pluies en leur saison, la terre livrera ses produits et les vergers donneront leurs fruits.
Vous serez encore en train de battre le blé quand viendra le temps de la vendange et celle-ci durera jusqu'aux semailles; vous mangerez du pain à satiété, et vous habiterez en sécurité dans votre pays.» (Lev. 26:3-5, mon amplification en gras)
La promesse de la bénédiction de Dieu pour l’obéissance continue jusqu’au verset 13, puis les promesses des malédictions sont détaillées, comme conséquence pour désobéir les lois de Dieu (vs. 14-39). Alors « vivre » veut dire jouir des bénédictions de l’alliance de Dieu, et « mourir » veut dire souffrir des malédictions qui tomberont sur le peuple de Dieu, conséquence de leur désobéissance.
Lévitique 18:5 dans le Nouveau Testament
Puisque Lévitique 18:5 est cité plusieurs fois (Luc 10:28 ; Rom. 10:5 ; Gal. 3:12) dans le Nouveau Testament, il est nécessaire pour nous de faire une pause et de refléter sur la signification de ce verset comme il est utilisé dans l’Ancien et le Nouveau Testament. C’est mon avis que les auteurs du Nouveau Testament qui ont cité ce verset l’ont fait avec une compréhension nette de sa signification originale, autant que de sa corruption par les légalistes qui convertissent au judaïsme.
Nous avons déjà établi que quand Dieu promit aux Israélites qu’ils « vivraient » en observant les préceptes et les jugements de la loi, Il faisait référence à ces bénédictions de prospérité sur la terre promise, pas à la bénédiction d’une vie éternelle. La loi ne fut jamais donnée comme un moyen pour obtenir la vie éternelle C’était une provision temporaire donnée à un peuple coupable pour permettre à un Dieu saint d’habiter au milieu d’eux, et pour eux de vivre sur une terre promise. Les bénédictions que la loi promettait (prospérité sur la terre promise) furent conférées sur ceux qui obéissaient à toute la loi. Les bénédictions de salut sont promises ailleurs, et non pas sur la base de travaux (obéissance à la loi), mais sur la base de la foi.
Alors, c’était pour cela qu’Abraham fut appelé un croyant avant que la loi ne fut donnée, et avant qu’il n’ait fait aucune œuvre. Il ne fit rien, excepté croire en les promesses de Dieu. C’est le récit qui nous est donné dans le chapitre 15 de Genèse, et c’est le point que Paul accentue dans le chapitre 4 de Romains, prouvant que le salut a toujours été par la foi, non pas par travail d’observer la loi. Dans Habacuc 2:4, le principe de la foi est une fois encore réitéré. Ainsi, le salut a toujours été basé sur la foi, non pas l’obéissance à la loi. La « vie », la bénédiction de Dieu à Son peuple sur la terre promise, est le résultat d’observer la loi.
Quand Paul cite Lévitique 18:5 dans Galates 3:12, il n’utilisait pas le verset comme Dieu avait voulu qu’il soit comprit (que la bénédiction physique sur la terre promise soit atteinte en observant la loi), mais comme ceux, qui convertissaient au judaïsme et qu’il opposait, l’interprétaient. Ils enseignaient qu’observer la loi était la façon dont les hommes étaient justifiés dans l’Ancien Testament, et maintenant dans le nouvel age aussi. Donc, les nouveaux convertis non juifs devaient devenir des prosélytes et observer les lois de l’Ancien Testament et en plus leurs traditions (additions à la loi). Paul se référa à Lévitique 18:5 avec cette idée. Si, comme ceux qui amenaient la conformité au judaïsme enseignaient, les hommes pouvaient être justifiés par du travail, alors selon cette interprétation de la loi, les hommes devaient observer toute la loi. Ainsi ceux qui adoptaient les traditions juives comprenaient « vivre » comme une justification, pas comme une bénédiction sur la terre. Voilà leur erreur fondamentale, et Paul pressa cette interprétation erronée à sa conclusion illogique et tragique : Qu’une telle vue demandait que les hommes devaient observer toutes les lois s’ils voulaient vivre ou alors la loi servait à condamner, plutôt que de sauver.99
Dieu introduisit les règles qui vont suivre en (1) établissant Son droit de régner, et ainsi de créer les règles ; (2) annonçant en termes généraux, négativement et positivement, ce que ces règles exigeaient ; et (3) promettant de bénir Son peuple quand ils vivraient fidèlement par Ses règles.
Les Conséquences Pour les Israélites
Un sens très fort de motivation pour l’obéissance est donné aux Israélites par ces cinq premiers versets du chapitre 18 de Lévitique. De ces mots, le peuple de Dieu devrait prendre très au sérieux les commandements qui suivront. Dieu est leur propriétaire souverain, leur Roi, et ainsi Il a le droit de régner et de créer les règles. S’ils n’observent pas ces commandements, ils auront à faire face à Ses disciples ; s’ils obéissent, ils feront l’expérience de Ses bénédictions. S’ils obéissent, ils éviteront les combines des Cananéens et des Egyptiens et ils suivront les voies que Dieu a prescrites.
Les Conséquences Pour le Chrétien Contemporain
Quelqu’un pourrait supposer que les demandes de Dieu concernant l’obéissance d’Israël auraient peu à voir avec le saint du Nouveau Testament. Cela pourrait spécialement sembler être le cas quand nous lisons l’argument de Paul dans ses épîtres, spécialement celle du chapitre 3 de Galates. Il est vrai que nous ne sommes pas la nation Israël, ni que nous sommes tenus par l’Alliance avec Moïse. Néanmoins, les principes trouvés dans ce texte de Lévitique sont presque identiques à ceux trouvés dans le Nouveau Testament, basés sur la parole de Jésus Christ et la Nouvelle Alliance qu’Il institua. Considérez les principes du Nouveau Testament qui sont parallèles à ceux que nous avons vus dans notre étude de notre texte de Lévitique.
Si quelqu’un résumait le message des versets 1-5, c’est simplement cela : Les Israélites étaient les serviteurs de Dieu, et ainsi étaient obligés d’obéir. La « servitude » des Israélites était basée sur la souveraineté de Dieu, et sur la délivrance par Dieu de Son peuple de leur esclavage en Egypte.
Le Nouveau Testament nous enseigne que ceux qui sont vraiment renaît ont cessé d’être les esclaves du péché et de Satan et sont devenus les esclaves de la vertu, les esclaves de Dieu :
« Mais Dieu soit loué! Si, autrefois, vous étiez les esclaves du péché, vous avez maintenant obéi de tout cœur à l'enseignement fondamental auquel vous avez été soumis.
Et, à présent, affranchis du péché, vous êtes devenus esclaves de la justice. » (Romains 6:17-18)
« Ou bien encore, ignorez-vous que votre corps est le temple même du Saint-Esprit qui vous a été donné par Dieu et qui, maintenant, demeure en vous? Vous ne vous appartenez donc pas à vous-mêmes.
Car vous avez été rachetés à grand prix. Honorez donc Dieu dans votre corps. » (1 Cor. 6:19-20) (Rom. 1:1 ; Phil. 1:1 ; Gal. 1:10)
Ainsi, nous trouvons que le Chrétien est un serviteur de Jésus Christ. Personne n’a senti ni exprimé cela plus fréquemment que l’apôtre Paul (Rom. 1:1 ; Phil. 1:1 ; Gal. 1:10)
Nous pourrions être enclins à questionner notre statut de serviteur sur la base des mots de notre Seigneur à Ses disciples :
« Vous êtes mes amis, si vous faites ce que je vous commande.
Je ne vous appelle plus serviteurs, parce qu'un serviteur n'est pas mis au courant des affaires de son maître. Je vous appelle mes amis, parce que je vous ai fait part de tout ce que j'ai appris de mon Père…
Voici donc ce que je vous commande: aimez-vous les uns les autres. » (Jean 15:14-15,17)
Notre Seigneur, ne nous a-t-Il pas indiqué que le rôle de serviteur était aboli, et que maintenant Ses partisans étaient seulement Ses amis ? Alors Paul est tristement dans l’erreur en faisant allusion à lui-même comme le serviteur de Christ, tout comme les saints. Remarquez que notre Seigneur donne toujours des ordres dans le contexte du chapitre 15 de Jean (v. 17). C’est ce que les maîtres font à leurs serviteurs. Le fait est que notre Seigneur indique simplement un changement dans le genre d’esclavage dans lequel le Chrétien entre, résultat de Lui faire confiance en tant que Sauveur et Seigneur.
Il y a deux façons par lesquelles notre « esclavage » à Dieu diffère de celui des saints de l’Ancien Testament. Premièrement, nous sommes les serviteurs d’un privilège beaucoup plus grand. Alors que les esclaves ne sont pas au courant des plans intimes de leur maître, les disciples de notre Seigneur le sont. Normalement, les esclaves sont ordonnés de faire des choses, mais ne sont jamais dît ce que leur maître fait ou pourquoi. Au camp de formation, les nouvelles recrues apprennent qu’elles sont les serviteurs des officiers supérieurs. Elles sont ordonnées de creuser des trous, puis de les remplir, et elles ne sont pas dîtes pourquoi (en fait, il n’y a aucune vraie raison autre que d’enseigner l’obéissance).
Jusqu'à ce point là du ministère de notre Seigneur, Il n’a pas complètement divulgué à Ses disciples ce qu’Il faisait. Maintenant, Il leurs révèlera Ses plans et ses buts les plus intimes. Dans ce sens, ils étaient Ses amis, plus qu’ils étaient Ses serviteurs. Cependant, cela ne veut pas dire que nous ne soyons pas esclaves dans n’importe quel sens du terme.
Deuxièmement, l’esclavage du saint de notre Seigneur du Nouveau Testament est volontaire, c’est un esclavage d’amour :
« ---Si vous m'aimez, vous suivrez mes enseignements. » (Jean 14:15)
Il n’y a pas de plus grand sens de force dans Lévitique qu’il y en a ici. Ce que je veux dire est que l’obéissance dans Lévitique vient du haut vers le bas, elle est demandée. Dans les Evangiles, l’obéissance est la réponse d’amour et de gratitude pour la grâce de Dieu :
« Je vous invite donc, frères, à cause de cette immense bonté de Dieu… » (Rom. 12:1)
Cependant, je ne veux pas pousser cette distinction trop loin, car les Israélites devaient aussi servir et obéir Dieu par amour et par gratitude.
L’Ancien Testament nous fournit une image de « l’esclave par amour » qui dépeint magnifiquement le genre de servitude dans laquelle le Chrétien devrait se placer volontairement. Le serviteur qui aurait pu être libéré, mais qui choisit de devenir un serviteur à vie avait son oreille percée avec un poinçon par son maître (Exode 21:5-6 ; Deut. 15:16-17). Dans ce sens, chaque Chrétien devrait avoir ses oreilles percées, métaphoriquement.
L’esclavage n’est pas un sujet très populaire chez beaucoup de Chrétiens contemporains parce que c’est contraire à l’esprit de notre temps. Réfléchissez pour un moment. Dans beaucoup de représentations de ce que ça veut dire d’être renaît et d’être convertit, combien d’entre elles dépeignent clairement Dieu comme le Maître Souverain de l’Univers, à qui le Chrétien doit se soumettre, à Qui, ils ou elles doivent servir comme un esclave ? Pas beaucoup, je vous assure. Plus souvent, Jésus Christ est présenté comme le serviteur des hommes, celui qui est venu pour que les gens se sentent mieux dans leur peau, pour leur donner la vie éternelle, et pour répondre à toutes leurs prières, plus comme un génie magique qu’un maître souverain.
La vraie question ici est celle d’autorité – pour être plus précis, autorité de Dieu de régner sur Son peuple. La raison pour laquelle une telle accentuation est mise sur l’autorité de Dieu est parce que l’homme qui a chuté se rebelle contre l’autorité, spécialement l’autorité de Dieu. Dieu créa Satan avec grande beauté et autorité, mais ce n’était pas assez pour lui, il voulait plus, il voulait être plus grand que Dieu (Ésaïe 14:13). Adam et Eve furent crées avec beaucoup d’honneur et d’autorité, et pourtant ils se rebellèrent contre l’autorité de Dieu. Tous les deux se révoltèrent contre les règles de l’autorité de Dieu et mangèrent le fruit défendu, espérant devenir « comme » Dieu, comme Satan avait faussement promit (Gen. 3:5).
A travers toutes les Écritures, l’homme a résisté l’autorité constituée de Dieu. Les Israélites rebellèrent contre Moïse et Aaron. Certaines gens se révoltèrent contre David. Plus tard, ils se révoltèrent contre les prophètes. N’est-t-il pas surprenant que les chefs religieux juifs, une fois qu’ils comprirent que le Seigneur Jésus n’allait pas suivre leurs directions, commencèrent à contester Son autorité avec la question,
« De quel droit agis-tu ainsi? » (Matt. 21:23)
Et quand les choses commencèrent à devenir intenable, ils l’arrêtèrent et l’accusèrent. Quand ils furent forcés de le faire, ces chefs dire à Pilate,
« ---Nous n'avons pas d'autre roi que César. » (Jean 19:15)
Le fait merveilleux est que Dieu a donné à Jésus Christ l’autorité ultime et finale. Au grand jour du jugement qui va arriver, tous les hommes s’agenouilleront devant Lui et reconnaîtront Son autorité :
« ---Quand le Fils de l'homme viendra dans sa gloire, avec tous ses anges, il prendra place sur son trône glorieux.
Tous les peuples de la terre seront rassemblés devant lui. Alors il les divisera en deux groupes --- tout comme le berger fait le tri entre les brebis et les boucs.
Il placera les brebis à sa droite et les boucs à sa gauche. » (Matt. 25:31-33)
« C'est pourquoi Dieu l'a élevé
à la plus haute place
et il lui a donné le nom
qui est au-dessus de tout nom,
pour qu'au nom de Jésus
tout être s'agenouille
dans les cieux, sur la terre
et jusque sous la terre,
et que chacun déclare:
Jésus-Christ est Seigneur
à la gloire de Dieu le Père. » (Phil. 2:9-11)
Que serez-vous, mon ami, une brebis ou un bouc ? Serez-vous celui qui se prosternera devant le Seigneur, fidèle consentant ou vous présenterez vous en ennemi soumit, reconnaissant à contre cœur Son autorité et Son pouvoir ? Vous devez décider à L’accepter comme Sauveur et Seigneur maintenant, et si vous ne le faites pas, vous resterez un esclave du péché et de Satan. Si vous avez fait des excuses pour ne pas faire confiance à Christ comme votre Sauveur et Seigneur, je crois que vous ne vous êtes pas admis la vraie raison. Ce n’est pas parce qu’il n’y a pas d’évidence, mais c’est à cause de votre rébellion contre Son autorité.
Si la Bible nous dit quelque chose, c’est que Jésus Christ a le droit de régner sur l’homme, et qu’un jour Il règnera sur tous les hommes. Certains seront Ses fidèles, alors que le reste sera Ses ennemis, Ses ennemis vaincus. Je vous conjure de vous soumettre à Son autorité, et de croire en Son sang versé pour votre pardon. Acceptez-Le comme votre Sauveur et votre Roi. Il a le droit de régner.
La plupart de mes lecteurs ont déjà accepté Jésus Christ comme leur Sauveur. J’espère que vous vous soumettrez à Lui comme votre Seigneur. Mais que cela veut-il dire en termes pratiques ? C’est un sujet très profitable à méditer, mais laissez-moi commencer le processus en suggérant plusieurs façons par lesquelles nous pourrions exprimer la royauté, l’autorité de Jésus Christ :
(1) Ceux qui ont accepté Christ comme leur Sauveur verront que la relation esclave-maître est appropriée en regardant qui Dieu est et qui nous sommes. Ils comprendront qu’il est approprié pour le saint de se voir comme étant l’esclave de Dieu, et de voir Dieu comme son maître. Ce n’est qu’une application pratique des doctrines de la souveraineté de maître et de la dépravation des hommes, de l’infinité de Dieu et de la limitation de l’homme.
(2) Deuxièmement, ceux qui ont accepté Christ comme Seigneur et Roi prieront pour Son royaume de venir sur terre, comme le Livre d’Apocalypse le décrit dans sa forme entière et finale. Notre Seigneur enseigna Ses disciples à prier,
« que ton règne vienne,
que ta volonté soit faite,
et tout cela, sur la terre comme au ciel. » ( Matt. 6:10)
Le Livre d’Apocalypse parle beaucoup de la venue de ce royaume dans les jours à venir. Les saints devraient chercher ce royaume, et la plupart, avant tout, pour leur Roi. En attendant ces jours, l’esclave du Seigneur devra rechercher à agrandir Son royaume parmi les hommes.
(3) Troisièmement, l’esclave du Seigneur ne s’intéressera pas autant à ses propres problèmes qu’à ceux de son Maître. Les paraboles, que notre Seigneur raconte dans les Évangiles, apprennent à l’esclave du Seigneur qu’ils doivent être fidèles à faire leurs devoirs, même en Son absence. Elles enseignent que l’obéissance est attendue, et que les récompenses personnelles ne devraient pas être notre souci primordial :
« Il en est de même pour vous. Quand vous aurez fait tout ce qui vous est commandé, dites: «Nous ne sommes que des serviteurs sans mérite particulier; nous n'avons fait que notre devoir.» » (Luc 17:10)
(4) Quatrièmement, l’esclave devrait être marqué par son obéissance au Maître.
(5) Cinquièmement, l’esclave trouvera son identité dans son maître, et Lui fera confiance pour l’approvisionnement, la protection, et la louange.
Esclavage et Baptême
Nous avons montré que les mêmes principes qui étaient enseignés dans Lévitique 18:1-5 sont renouvelés dans le Nouveau Testament. Tout comme la délivrance d’Israël d’Egypte les rendait esclaves de Dieu, notre rédemption du péché nous rend esclaves de Dieu. A la fois, dans l’Ancien et le Nouveau Testament, le changement radical de l’esclavage à un maître de mal à l’esclavage à Dieu est signalé par le baptême. Dans le chapitre 10 de 1 Corinthiens, Paul parle des Israélites étant « baptisés pour Moïse dans la nuée et dans la mer » (1 Cor. 10:2). Dans le chapitre 6 de Romains, Paul parle du baptême (je le comprends comme étant le baptême de l’Esprit, symbolisé dans le baptême de l’eau) comme cette ligne qui signifie une séparation radicale de l’esclavage du passé et une identification avec l’esclavage à Christ.
Il est intéressant d’observer la signification du baptême dans beaucoup de régions du monde, sinon en Amérique. Dans certaines parties du monde, ce n’est pas l’acceptation de Christ par une personne qui aliène les parents et la famille non croyants, mais le baptême C’est à cause de ce que le baptême implique. Un parent peut tolérer un enfant qui proclame la foi en Christ. C’est, après tout, une question de croyance. Mais quand le nouveau croyant franchit ce pas du baptême de l’eau, il y a un engagement de faire une séparation claire avec le monde et de continuer à suivre et obéir Christ comme son maître. Ainsi, alors qu’une profession de foi est tolérée, le baptême est violemment opposé par la famille et les amis non croyants.
Le baptême d’un nouveau croyant est le témoignage que l’individu est mort au péché par la mort de Christ, et qu’il ou elle a aussi été élevé (e) dans un nouveau genre de vie. Ainsi, du moins dans l’ancienne église, les anciens vêtements étaient retirés et des nouveaux mis, symbolisant le changement de genre de vie que notre texte dans Lévitique exige, ainsi que l’enseignement du Nouveau Testament.
Concluant notre service aujourd’hui, nous allons le faire adéquatement avec le baptême de deux croyants, qui veulent tous les deux témoigner de leur foi en Jésus Christ, qui mourut, fut enterré, et trois jours plus tard fut élevé des morts pour leur salut. En plus ils témoignent de leur intention de vivre comme esclaves de Jésus Christ, abandonnant leurs anciennes façons de vivre et vivant en obéissent à la Parole de Dieu.
Puis-je vous demander si vous avez fait confiance à Jésus Christ comme votre Sauveur ? Si oui, vous êtes vous soumis à Lui, comme votre Seigneur, celui qui a le droit de créer les règles et de compter sur vous de les respecter ? Ce n’est pas pour obtenir votre salut, mais pour l’exprimer de façons très pratiques. Et, si je peux vous demander, avez vous fait ce premier pas d’obéissance et été baptisé ?
11. La Valeur du Sang (Lévitique 17)
Introduction
A travers les siècles, les hommes ont cherché à identifier, puis à acquérir ce qui est précieux. Nombreux sont ceux qui se trompaient sur ce qu’ils croyaient avait le plus de valeur. Quand une erreur est faite ici, la tragédie est grande. Certains ont attaché trop de valeur à des choses. Certains ont des choses de valeur, et elles sont soit volées ou ils les observent se détériorer par des choses naturelles. Certains se sont trompés en attribuant de la valeur à ce que d’autres gens aimaient, et ils découvrirent que les valeurs changent. L’argent a toujours eu de la valeur, mais regardez à ce que l’Argent Confédéré vaut aujourd’hui !
Aujourd’hui, l’or et l’argent sont considérés des commodités précieuses qui peuvent être accumulées et qui assureront une personne d’avoir quelque chose de valeur dans l’avenir. Pensez à ce qui arriverait à la valeur de l’or si une méthode était découverte qui permettrait aux hommes de produire de l’or aussi facilement et en aussi grande quantité que du nylon ou du plastic. Faisons-y face, il n’y a pas beaucoup de choses qui peuvent être appelées précieuses, avec la certitude que leur valeur resterait la même.
Les choses que nous pouvons être assurées sont précieuses sont les choses que Dieu a déclarées sont précieuses. Et ce qu’Il déclare est précieux, nous aussi devrions l’estimer précieux. Le chapitre 17 de Lévitique identifie clairement une des commodités précieuses de ce monde – le sang. Alors que le sang avait été supposé avoir grande valeur auparavant dans l’histoire, ici, c’est directement affirmé. La valeur du sang résulte de plusieurs exigences astreignantes. Ces exigences sont aussi identifiées pour les Israélites dans le chapitre 17. Le but de notre étude sera d’identifier la raison de la valeur du sang, puis de chercher à découvrir comment la valeur du sang est liée au Chrétien du Nouveau Testament.
Un Aperçu de Lévitique 17
Le chapitre 17 de Lévitique est un chapitre transitoire.79D’un coté, il conclut les 16 chapitres précédents, concentrés sur le processus sacrificiel en appliquant le principe de la valeur du sang dans les pratiques quotidiennes des Israélites. De l’autre, il introduit les chapitres suivants, qui traitent avec la pratique de la sainteté dans la vie quotidienne des Israélites.80 Si les 16 premiers chapitres étaient adressés principalement aux prêtres d’Israël, ce chapitre est adressé spécialement au peuple Israël Si les chapitres précédents traitaient avec les choses sacrées – le tabernacle, les sacrifices, et les prêtres – ce chapitre traite avec ce qui est séculier, le cours normal de la vie d’un Israélite.
Après une introduction de caractère dans les versets 1 et 2,81 le chapitre est divisé en quatre sections :
(1) Règles concernant la mise à mort des animaux sacrifiés, vs. 3-7.
(2) Règles concernant d’autres sacrifices, vs. 8-9.
(3) Règles concernant boire le sang, vs. 10-13.
(4) Règles concernant celui qui mange un animal qui est mort ou a été tué par un autre animal, vs. 14-16.
La structure de Lévitique n’est, alors, pas différente de celle des épîtres du Nouveau Testament. Les deux commencent avec des principes et des préceptes, suivis par une instruction qui est très pratique, décrivant les façons par lesquelles la révélation divine doit devenir vraie et pertinente à la vie quotidienne du peuple de Dieu.
Notre approche sera de décrire brièvement la nature et le but des règles soulignées par ces quatre sections du chapitre. Puis nous chercherons à identifier les caractéristiques les plus frappantes de ce chapitre. Ensuite, nous essaierons de montrer les ramifications de ces règles dans les vies des Israélites. Finalement, nous chercherons à tirer des principes qui soulignent ces règles, leurs relations à la révélation du Nouveau Testament et leur rapport avec les hommes et les femmes aujourd’hui.
La Mise à Mort des Animaux Sacrifiés (17:3-7)
Dans ces versets seuls des « animaux sacrifiés » sont concernés, ces animaux qu’un Israélite pourrait offrir à Dieu en sacrifice :
« … un bœuf, un agneau ou une chèvre » ( v. 3)
En offrant un de ces animaux dans un des sacrifices prescrit auparavant dans le Livre de Lévitique, ces animaux n’auraient été tués82 uniquement à la tente de la rencontre. La règle des versets 3-7 présuppose qu’un Israélite aurait été tenté de tuer un de ses animaux dans un but non sacrificiel, plus probablement de tuer l’animal pour sa viande. Toute mise à mort qui n’était pas sacrificielle était considérée un danger, car le sang aurait pu être disposé incorrectement. Donc, cette règle interdisait aux Israélites de tuer un des « animaux sacrificiels » de toute autre façon qu’en accordance avec le rite prescrit pour un des sacrifices (chapitres 1-7,16). Puisqu’il apparaît que le but pour une mise à mort non sacrificielle était d’obtenir de la viande à manger, l’offrande de communion est la seule offrande considérée dans ces versets.83
Vous vous souvenez que dans l’offrande de communion, les règles qui sont trouvées dans les chapitres 3 et 7 (aussi 19:5-8), le sang de l’animal était répandu sur l’autel, sa graisse était brûlée sur l’autel de l’offrande entièrement brûlée, la poitrine et la cuisse droite étaient données au prêtre, et le reste était mangé par celui qui faisant l’offrande et ses invités. Le commandement donné dans Lévitique 17:3-7 a quelques implications immédiates et évidentes :
(1) Aucun Israélite ne pouvait manger la viande d’un animal de son troupeau à moins qu’il ne l’offrait comme un sacrifice.
(2) les animaux sacrificiels ne pouvaient qu’être tués selon les rites sacrificiels prescrits auparavant dans Lévitique.
(3) Cela assurait que les prêtres recevraient de la nourriture.
L’inquiétude principale derrière cette règle n’était pas d’être sûr que les prêtres restent occupés ou nourris. Ni était-ce le grand danger que les Israélites pourraient tuer leur troupeau de manières non religieuses. Le grand danger était que les Israélites tueraient leurs bêtes d’une façon qui serait un acte de sacrifice ou de vénération païenne :
« Ainsi, au lieu de faire leurs sacrifices en pleine campagne, les Israélites amèneront les victimes de leurs sacrifices au prêtre, à l'entrée de la tente de la Rencontre, pour l'Eternel, et ils les offriront en sacrifice de communion à l'Eternel.
… Le peuple d'Israël n'offrira plus des sacrifices aux idoles à forme de bouc84 avec lesquelles on se prostitue.» (Lév. 17:5,7a)
Vous pouvez voir par les expressions (« au lieu de faire leurs sacrifices », « n’offrira plus », « avec lesquelles on se prostitue ») que j’ai mis en gras dans le texte ci-dessus, que le danger de vénérer des démons en forme de bouc n’était pas une hypothèse mais il était réel. Le but de cette règle n’était pas de la prévention, mais une cure. Le sacrifice païen qui impliquait la vénération de « démons en forme de bouc » était quelque chose que les Israélites avaient appris en Egypte et continuaient à pratiquer dans le désert. Le commandement contenu dans les versets 3-7 avait donc pour intention d’amener une halte à une fausse pratique particulière. Le plus nous apprenons de ce peuple, le plus nous réalisons combien de l’idolâtrie et de fausse vénération ils avaient appris en Egypte et amenés avec eux dans le désert. Ainsi Josué, le successeur de Moïse, devra ordonner à la nouvelle génération d’Israélites :
« ---Maintenant donc, dit Josué, respectez l'Eternel et servez-le de façon irréprochable et avec fidélité. Rejetez les dieux auxquels vos ancêtres rendaient un culte de l'autre côté de l'Euphrate et en Egypte, et rendez un culte à l'Eternel seulement. » (Josué 24:14 ; aussi Amos 5:25-26)
Apparemment le peuple de ce temps-là avait un « rite de sacrifice » qu’ils utilisaient en sacrifiant leurs bêtes, et ce rite était, en réalité, païen. Tuer un animal par un Israélite était ainsi destiné à être un acte de vénération, soit pour Dieu ou pour un « démon en forme de bouc ». Il n’y avait pas de sacrifices simplement « séculaires », mais uniquement un rite sacré, d’un genre ou d’un autre. Le commandement de Dieu dans les versets 3-7 instruisait les Israélites d’échanger leurs pratiques païennes pour des pratiques qui Le vénéreraient. Ce commandement en était un qui avait des raisons très pratiques et urgentes. Cette règle sera modifiée plus tard due à de nouvelles circonstances des Israélites une fois dans la terre promise.85
L’Offrande de Tous les Autres Sacrifices (17:8-9)
Le commandement préalable était lié spécialement à l’ « Offrande de Communion », car celle-ci était la seule offrande qui permettait à la personne qui offrait de recevoir une partie de la viande du sacrifice. Quel sacrifice autre que l’Offrande de « Communion » ? La règle des versets 8 et 9 couvre les « trous » qui auraient pu être abusés par certains. Aucune autre offrande ou sacrifice ne pouvait être fait, qui n’était pas fait à la Tente de la Rencontre. Cela assurait que les prêtres offriraient les sacrifices du peuple selon les instructions de Dieu, déjà épelées dans les chapitres précédents. En relation aux pratiques sacrificielles païennes des Israélites, aucun acte de sacrifice ne devait être performé en dehors du camp, loin de l’œil attentif des prêtres
La Consommation du Sang (17:10-13)
La règle préalable avait à voir avec l’endroit et avec le rite par lequel le sang de l’animal sacrifié était versé et disposé. La règle des versets 10-13 cherche à empêcher une autre façon par lequel le sang serait abusé dans l’ancien Proche-Orient – en le buvant.
La règle des versets 10-13 interdit à la fois aux Israélites et aux étrangers de boire le sang de n’importe quel animal (pas seulement les animaux sacrificiels qui sont traités ci-dessus). Les raisons de cette interdiction sont aussi données : (1) « la vie de la chair est dans le sang », et (2) la fonction du sang versé est divinement ordonnée pour le pardon de l’homme (v. 11).86 Donc, toute personne qui boit le sang d’un animal « sera séparée » de son peuple, une expression qui, au mieux, veut dire expulsion de la nation, et au pire, la mort, soit par la main de l’homme, soit par un acte direct de Dieu.87 Ce commandement inclut le sang de gibier, ainsi que d’animaux domestiques (v. 13). C’est logique que le sang de gibier soit spécifié ici, puisque les règles préalables exigeaient que les animaux domestiques des troupeaux des Israélites soient offerts à la Tente de la Rencontre, où le sang devait être disposé par les prêtres. Le sang d’un animal sauvage devait être versé sur le sol ou couvert, enterrer.88 Ici (v. 13), comme plus haut (v. 10), l’étranger et l’autochtone devaient vivre par le commandement de Dieu et ne pas boire de sang.
Animaux pas Tués par la Main des Hommes (17:14-17)
La règle préalable concernait à la fois les animaux domestiques ou sauvages, que les règles tuaient. Qu’arrivait-il des animaux qui mouraient naturellement (c’est à dire, à cause d’accidents) ou ayant été tués par un autre animal ? Dans ce cas, le sang de la victime n’était pas et ne pouvait pas être répandu, comme Dieu l’avait instruit ci-dessus. Le principe de ne pas boire de sang d’un animal, parce que sa vie était dans son sang, est réitéré une première fois dans le verset 14, avec une répétition des conséquences pour le transgresseur.
Dans le verset 15, il est dit clairement qu’un tel animal, qui n’est pas mort par la main de l’homme, peut être mangé, mais puisque le sang ne put pas être répandu selon les instructions données, l’individu qui mange de la chair de l’animal sera impur, et devra donc laver ses vêtements et lui-même dans de l’eau et deviendra pur le soir. Cela est essentiellement une répétition de la règle que Dieu avait déclarée auparavant dans Lévitique :
« Si l'un des animaux qui vous sert normalement de nourriture vient à mourir, celui qui touchera son cadavre sera impur jusqu'au soir.
Celui qui aura mangé de sa viande lavera ses vêtements et restera en état d'impureté jusqu'au soir; il en est de même pour celui qui transportera le cadavre de la bête. » (Lév.11:39-40)
Cependant, les prêtres ne pouvaient pas manger cette viande (Lév. 22:8). Car si quelqu’un du peuple désobéissait ce commandement d’être laver, cela demandait à quelqu’un d’autre de « supporter sa culpabilité » (v. 16 ; 5:1 ; 7:18), une expression qui donne un verdict plutôt vague de culpabilité et de conséquences. Cela semble suggérer que les conséquences arriveront naturellement, plutôt que par la main des hommes.
Comme je le comprends, à la fois du chapitre 11 et du chapitre 17, les Israélites ne sont pas interdits de manger la viande d’un animal mort, mais ils ne sont pas non plus encouragés à le faire, spécialement puisque cela rendra ceux qui touchent, et/ou mange cette viande, impurs.
Impressions Générales de ce passage
Après avoir réfléchi sur le chapitre dans son entièreté, deux impressions dominent. La première est que c’est un chapitre très sanglant. Le thème qui surplombe le chapitre est la pratique correcte des Israélites en ce qui concerne la disposition du sang. Le sang des animaux sacrifiés (vs. 3-7) doit être versé sur l’autel de l’offrande entièrement brûlée par le prêtre. Le sang (sous-entendu) de tous les autres sacrifices ne doit pas être versé ailleurs que sur l’autel (vs. 8-9). Le sang d’aucun animal ne peut être consommé (vs. 10-13), et puisque le sang d’un animal pas tué par l’homme n’est pas versé correctement, manger la viande de cet animal rend la personne impure et l’exige de se laver (vs. 14-16).
La seconde impression est que les punitions imposées étaient « dures ». Toutes violations de ces règles amenaient de très sévères conséquences. Avec l’exception de la dernière section (vs. 14-16), qui est un genre de « méfait », le reste des profanations sont des « crimes », en fait, quelqu’un pourrait les appeler des offenses capitales. Réfléchissez au chapitre avec moi et voyez ce que je veux dire. La transgression de la plupart de ces règles est identifiée comme étant une « culpabilité due au sang versé »89 (v.4). C’est l’expression qui est utilisée pour le meurtre. Ainsi, on peut s’attendre à de très sérieuses conséquences pour une telle désobéissance. Ne pas tuer un animal domestique sacrificiel comme offrande de communion à la Tente de la Rencontre amena la sentence d’être « retranché » de son peuple (vs. 3-7), comme le fait d’offrir un sacrifice à tout autre endroit autre qu’à la Tente de la Rencontre (vs. 8-9) ou consommer du sang (vs. 10-13). Etre « retranché » aurait pu aussi vouloir dire, être condamné à mort.
Comme si cela n’était pas être suffisant, il y a quelque chose regardant les punitions qui est encore plus effrayant. La transgression de certaines de ces règles concernant le sang amène l’intervention directe de Dieu :
« ---Je me retournerai contre tout Israélite ou étranger résidant au milieu d'eux qui consommera du sang, et je le retrancherai de son peuple. » (Lév. 17:10)
C’était déjà dur de savoir qu’on allait souffrir quelques conséquences naturelles pour le péché. C’était encore pire d’avoir à faire face à vos compatriotes. Mais quand Dieu promit de « se retourner contre tout » Israélite ou étranger pour le « retrancher » personnellement, c’était une pensée encore plus terrifiante.
L’impact de ces règles sur les Israélites fut bien capturé par un avocat juif, qui est cité par Wenham :
La menace d’être « retranché » par la main de Dieu, quand Il le déciderait, planait constamment et inéluctablement au-dessus du transgresseur ; ce n’est pas différent d’un patient qui est dit par ses docteurs qu’il a une maladie incurable et qu’il peut mourir à tout moment. Aussi miséricordieux que cela puisse être à cause de son imprécision et de son manque d’immédiateté, cette menace de punition peut sembler à des criminels modernes, dans les anciens temps son effet psychologique a dû être dévastateur. La furie du Dieu tout puissant et maître étant dirigée particulièrement sur vous, et étant certain d’être frappé avec une force et une intensité imprévisible à n’importe quel moment de l’année et à n’importe quelle minute de l’heure, était un fardeau trop lourd à supporter pour un croyant.90
Ramifications Pratiques Pour les Israélites
Alors que je ne crois pas que cet avocat capta le sens principal de ces règles, il comprit sûrement leur impact. Mais quel était l’impact que ces règles étaient supposées avoir ? Qu’est ce que Dieu cherchait à accomplir dans les vies de Son peuple par leur obéissance à ces règles ?
Négativement, elles ont dû créer un sens de danger menaçant, car un échec ici pourrait très bien être fatal. Observer ces règles (et qui les violeraient ?) le ferait, par nécessité, empêcherait les Israélites d’offrir des sacrifices païens. Elles restreindraient aussi grandement les fréquentions sociales des Israélites avec les Cananéens, qui n’avaient aucuns scrupules concernant le sang.
Nous pouvons continuer à voir cette dimension « qui sépare » des règles concernant le sang même de nos jours. Ces règles sont la base de la pratique des juifs de ne manger que de la nourriture Kosher,91 voulant dire, de la chair qui doit être tuée de façon à respecter les exigences d’extraction du sang selon la Loi. A cause de la nourriture « Kosher », les juifs sont séparés des autres peuples et leur interaction sociale est limitée. Une des intimités de l’ancien monde (et même du nôtre) est l’intimité de partager un repas. Ainsi, les règles du sang empêchaient les Israélites de se mélanger à d’autres peuples.
La plus grande signification des règles du sang était dans leur déclaration de la valeur du sang, due à la corrélation de la vie avec le sang, et en conséquence la préparation des Israélites pour la tâche de pardonner du Messie un jour dans l’avenir. Ce n’est qu’en considérant la mort de Christ que l’importance de ces règles du sang peuvent être comprises.
Conclusion
Je crois que ce chapitre souligne plusieurs principes qui sont vitaux à la vie spirituelle de chaque homme, femme, et enfant. Considérons en priant chacun de ces principes et la façon pratique par laquelle ils devraient unir nos vies.
(1) Le principe de la révélation progressive. Le principe de la révélation progressive est simplement cela : Dieu a choisi de révéler Ses vérités à l’humanité petit à petit. Ainsi, les grandes doctrines de la foi sont généralement introduites de bonne heure dans l’Ancien Testament, développées plus tard plus complètement par les prophètes, et puis par notre Seigneur Jésus Christ dans Son ministère terrestre, et finalement vue dans leurs formes complètes dans le Nouveau Testament, en relation à l’interprétation et l’enseignement des apôtres.
Dans le chapitre 17 de Lévitique, le principe de la révélation progressive est très clairement démontré de plusieurs façons. Premièrement, il peut être vu dans la façon progressive par laquelle Dieu révéla leurs péchés aux Israélites. Seulement à ce point, Dieu exposa les dimensions païennes des sacrifices que les Israélites avaient offert dans les campagnes (vs. 5-7). Dieu n’a pas révélé ce péché avant d’avoir une solution pour celui-ci, un système sacrificiel qu’Il avait créé.
Deuxièmement, nous pouvons voir le principe de la révélation progressive au travail dans la façon dont Dieu révéla progressivement la valeur du sang dans Son plan de rédemption. Tôt dans Genèse, Dieu prit sérieusement le sang versé d’Abel (Gen. 4), et plus tard, après le déluge, Dieu donna plus de commandements astreignants en ce qui concerne le versement de sang (Gen. 9:1-6). Dans la vie de ces Israélites campant au pied du mont Sinaï, Dieu utilisa le sang versé de l’agneau de Pâque pour distinguer Son peuple des Egyptiens, qui furent visités par l’ange de la mort (Exode 12). Maintenant, dans Lévitique, la conduite d’Israël en ce qui concerne le sang est encore plus soigneusement détaillé, avec des conséquences très sérieuses pour toutes transgressions.
Alors que l’importance du sang versé ne fut une fois connue que par inférence, maintenant le principe de la valeur du sang est déclaré plus clairement que jamais auparavant (Lév. 17:11,14). L’Ancien Testament continuera à clarifier et a détaillé la valeur du sang versé pour le pardon (Esaiie 53), et dans le Nouveau Testament le sujet sera étudié en grand détail, en relation avec le pardon que Dieu a fourni à l’homme dans le sang versé de Jésus Christ. Comme Pierre le dit,
« Vous avez été libérés de cette manière futile de vivre que vous ont transmise vos ancêtres et vous savez à quel prix. Ce n'est pas par des biens qui se dévaluent comme l'argent et l'or.
Non, il a fallu que le Christ, tel un agneau pur et sans défaut, verse son sang précieux en sacrifice pour vous. » (1 Pierre 1:18-19)
Ici, Pierre ne compare pas le sang précieux de Christ à ce que l’or ou l’argent coûte, il le compare à ces soi-disant « précieux » métaux. Il place l’or et l’argent dans la catégorie de « biens périssables », ce qui sous-entend que le sang de Christ est impérissable, et donc d’une valeur éternelle. Nous savons, bien sûr, que c’est le cas, car au paradis c’est le sang versé de l’Agneau de Dieu qui a le plus de valeur pour les pécheurs :
« … Jésus-Christ, le témoin digne de foi, le premier-né d'entre les morts et le souverain des rois de la terre.
Il nous aime, il nous a délivrés de nos péchés par son sacrifice, » (Apocalypse 1: 5)
« Alors je vis, au milieu du trône et des quatre êtres vivants et au milieu des vieillards, un Agneau qui se tenait debout. Il semblait avoir été égorgé. Il avait sept cornes et sept yeux, qui sont les sept esprits de Dieu envoyés par toute la terre.
L'Agneau s'avança pour recevoir le livre de la main droite de celui qui siégeait sur le trône.
Lorsqu'il eut pris le livre, les quatre êtres vivants et les vingt-quatre vieillards se prosternèrent devant l'Agneau. Ils avaient chacun une harpe et des coupes d'or remplies d'encens qui représentent les prières de ceux qui appartiennent à Dieu.
Et ils chantaient un cantique nouveau:
Oui, tu es digne
de recevoir le livre,
et d'en briser les sceaux
car tu as été mis à mort
et tu as racheté pour Dieu,
par ton sang répandu,
des hommes de toute tribu,
de toute langue, de tout peuple,
de toutes les nations. » ( Apocalypse 5:6-9)
Un sujet aussi important que l’œuvre de pardon de Christ était si vital, si important, si précieux, que Dieu bien longtemps auparavant commença à préparer les hommes pour sa venue. Ainsi nous trouvons la valeur précieuse du sang et le principe du pardon révélés très tôt dans le Pentateuque, puis clarifiés dans le reste de la révélation biblique.
Cela m’entraîne vers une application très importante : Le principe de la révélation progressive nous fournit un indice vital de l’importance de tout enseignement.
Parce que l’œuvre de pardon de Christ était si importante, si précieuse, Dieu commença à révéler les principes sous-entendus très tôt. Je crois que la même chose peut être dite pour toute doctrine qui est vraiment vitale, vraiment importante, vraiment précieuse
J’espère que vous pourrez facilement et avec enthousiasme être d’accord avec ce principe que les doctrines importantes devaient avoir une longue histoire à être progressivement révélée. Et pourtant, la pratique de beaucoup de gens enfreignait ce principe. Réfléchissez pour un moment. Quoi caractérisent ces vérités à propos desquelles certains sont si enthousiastes, et qu’ils sont si impatients de proclamer aux autres ? Permettez-moi de suggérer quelques-unes des caractéristiques de révélation qui sont avidement recherchées et enseignées :
(a) Cette vérité qui est nouvelle et originale, n’a pas beaucoup d’histoire. Souvent ces vérités sont emballées et vendues sous l’apparence que « Dieu a, dernièrement, révélé des vérités nouvelles et merveilleuses ». Plutôt que de remplir le besoin de s’excuser pour sa nouveauté, ces faux enseignants humilient ceux qu’ils, dans le passé, considéraient comme moins éduqués qu’eux. Cela empêchait leur enseignement d’avoir à se conformer soit à la révélation biblique, soit à la compréhension de celle-ci de l’église à travers l’histoire de l’église. Dans le Livre d’Actes, nous voyons ce désir pour « nouveauté » dans les philosophes d’Athènes (Actes 17 :19-21).
(b) Cette vérité qui est obscure, n’est pas enseignée clairement, et ainsi pas reconnue ni acceptée par la plupart des Chrétiens évangéliques. Plutôt que d’avoir à expliquer le fait que peu accepte leur enseignement, les faux enseignants humilient ceux qui « ne connaissent pas la vérité », les catégorisant non spirituels et moins éduqués. Dans les jours de l’église du Nouveau Testament, cela prend la forme de gnosticisme. Dans les lettres de Paul à Timothée il y avait aussi l’avertissement contre l’enseignement spéculatif.
(c) Cette vérité qui se conforme au style de vie diabolique d’une personne, permet au croyant de suivre ses propres idées et ses désirs démoniaques. Bizarrement, les « nouvelles doctrines » qui sont vues par l’élite spirituelle et qui sont manquées par les masses, sont ces vérités qui justifient les péchés de ses adeptes. Paul prévient ceux qui ont les oreilles qui sifflent, qui rassembleront les gens qui prêchent selon leurs préférences (2 Tim. 4:3-4). De même, Pierre avertit de ceux qui enseignent d’une façon qui permet et qui encourage les hommes à satisfaire les désirs charnels (2 Pierre 2:18-19).
Apprenons du principe de la révélation progressive que ces vérités qui sont vitales et des plus précieuses sont celles qui ont été enseignées de plus en plus clairement à travers toute la Bible. Ne Laissons pas ces sujets, qui sont rarement mentionnés, être des inquiétudes majeures ou des sujets indus pour notre curiosité.
En plus, le principe de révélation progressive nous fournit la clef pour discerner rapidement l’orthodoxie de quelqu’un : UN DES MEILLEURS TESTS DE L’ORTHODOXIE EST DE DETERMINER QUELLE VALEUR QUELQU’UN PLACE SUR LE SANG DE JESUS CHRIST.
La doctrine de la valeur du sang versé développe totalement dans le Nouveau Testament en déclarant que la substance la plus précieuse de toute est le sang versé par Christ. Ainsi, n’importe qui dénonçant la valeur du sang n’est pas fidèle à la foi de la Bible, et ainsi, dénonce aussi la foi qui sauve. Nous n’avons pas besoin de connaître tout ce qu’une secte enseigne (bien qu’ils soient avides de nous éduquer), nous n’avons qu’à savoir ce qu’ils pensent du sang de Christ. Est-ce uniquement le sang qui rachète nos péchés ? Voici un des meilleurs exemples pour l’orthodoxie. Cette question pourrait ne pas nous débarrasser de tous les hérétiques, mais elle exposera la plupart d’entres eux, s’ils répondent à la question honnêtement.
(2) La valeur du sang aux yeux de Dieu. L’Israélite de l’ancien temps apprit de Lévitique, comme nulle part ailleurs à ce point dans le temps, la valeur du sang pour Dieu. Quelle grande valeur a le sang pour le saint du Nouveau Testament, dont les bénédictions sont toutes le résultat du sang versé de Jésus Christ. Comme Harrison résume le sujet,
Le sang est la vie de toute créature (Lév. 17:11), et c’est par le sang d’expiation de Christ que le croyant reçoit la rédemption (1 Pierre 1:18-19), le pardon (Eph. 1:7), la justification (Rom. 5:9), la paix spirituelle (Col. 1:20), et la sanctification (Héb. 13:12).92
Le sang n’est pas précieux par lui-même, mais parce qu’il représente la vie. Le principe transmit en premier dans Lévitique 17 est que « la vie est dans le sang ». Allant plus loin, nous pouvons certainement conclure que Dieu estime que la vie est précieuse. Le sang est l’instrument par lequel l’expiation est faite, qui épargne la vie du pécheur. La vie est ainsi précieuse pour Dieu, et elle peut l’être car c’est Dieu qui créa toute vie (Gen. 1-2).
Si le sang (et, comme nous l’avons vu, la vie) est précieux, alors il y a plusieurs domaines d’application. La première application est que Dieu estime toute vie. Que les avorteurs prennent note ! Que ceux qui parlent de « qualité de vie » prennent garde. Dieu est le Créateur de la vie ; Satan, par le péché, cherche à la détruire. Soyons du coté de Dieu en cherchant à sauver la vie, plutôt que de la détruire.
Accentuant le fait que Dieu estime toute vie à son niveau personnel, nous pouvons dire avec grande conviction, Dieu chérit votre vie. Dieu estime votre vie bien plus que vous l’estimez vous-même. La mesure de la valeur que Dieu a placée sur votre vie est le prix qu’Il a payé pour la sauver : le sang précieux de Son Fils unique, Jésus Christ. Selon ce standard, Dieu a placé une valeur infinie sur votre vie. Estimons notre vie en relation à la valeur que Dieu lui a attribuée.
De plus, connaissant la valeur que Dieu a attribué à la vie, nous permet de mieux comprendre le mal du péché, qui cherche à détruire la vie en produisant la mort. Le péché ne peut être évalué qu’en relation du résultat final – la mort. Le péché est si moche comparé à de la valeur de la vie qu’il cherche à détruire.
(3) Si nous tenons vraiment au sang de Christ, nous ne le profanerons pas. La valeur du sang de Christ est un facteur très pertinent dans la vie du Chrétien. Pierre maintient que la valeur du sang doit être la motivation du Chrétien pour la pureté – pour éviter de déshonorer le prix de notre rédemption. En d’autres mots, résister le but pour lequel le sang de Christ a été versé est avilir le prix qui a été payé pour réaliser ce but : pureté et sainteté. Ou la valeur a laquelle le sang de Christ est estimée est aussi la mesure de la pénalité pour le dégrader.
Ces règles que Dieu donna aux Israélites dans le chapitre 17 du Livre de Lévitique avaient pour intention d’empêcher de déshonorer le sang des créatures vivantes. Alors il devrait être concéder que ce qui est précieux ne devrait pas être profané. Y-a-t-il des façons par lesquelles le sang précieux de notre Seigneur concéder Christ est profané ? Je le crois.
En premier, le croyant profane le sang de Christ en persistant dans les péchés que le sang précieux avait pour but de nous purifier. Ecoutez ces paroles sobres du Livre d’Hébreux :
« A votre avis, si quelqu'un couvre de mépris le Fils de Dieu, s'il considère comme sans valeur le sang de l'alliance, par lequel il a été purifié, s'il outrage le Saint-Esprit, qui nous transmet la grâce divine, ne pensez-vous pas qu'il mérite un châtiment plus sévère encore?…
… Il est terrible de tomber entre les mains du Dieu vivant! » (Héb. 10:29,31)
Une deuxième façon par laquelle le Chrétien peut profaner le sang précieux de Christ est par négliger la Communion ou par sa mauvaise conduite en se rappelant la mort de Christ. Vous vous rappellerez que dans le 11ème chapitre de 1 Corinthiens, la mauvaise conduite des saints corinthiens était décrite. Le résultat fut que certains furent jugés par la maladie et certains par la mort (1 Cor. 11:30). La raison donnée par Paul était que les saints « n’avaient pas discerné ce qu’était le corps » (v. 29). Une partie de cela était certainement que le sang, symbolisé par le vin (duquel certains buvez trop, v. 21), était négligé et ainsi profané.
Non seulement la mauvaise conduite à la Communion est déshonorer le sang de Christ, mais de même est ne pas participer à la Communion. Il y a beaucoup de gens qui voient la Communion comme au mieux un rite à enduré, et encore… occasionnellement. Les saints du Nouveau Testament commémoraient le Seigneur tous les jours (Actes 2:42,46), et plus tard c’était toutes les semaines (Actes 20:7 ; 1 Cor. 11, 16:2). Ceux qui ne commémorent pas la mort du Seigneur non seulement désobéissent le commandement de notre Seigneur (Luc 22:19-20), mais ils profanent le sang qu’Il a versé en l’estimant si peu qu’ils négligent de commémorer Sa mort comme Il nous avait ordonné. Oubliez votre anniversaire de mariage et vous aurez un aperçu de ce qu’un tel oubli dit à votre épouse. Négligez la Communion, en relation avec ce que nous avons apprit sur le sang, et profanez Son sang.
Essentiellement, il n’y a qu’une façon par laquelle les non Chrétiens profanent le sang de Jésus Christ, et c’est en l’estimant si peu qu’ils ne recherchent l’acceptation de Dieu que sur la base de leurs propres bonnes actions, au lieu du pardon, pour lequel Christ versa Son propre sang. Imaginez vous tenir devant le siège du jugement de Dieu (le Grand Trône Blanc) et Dieu ne vous posant qu’une seule question, la réponse de laquelle déterminant si vous passerez l’éternité au paradis ou en enfer. La question, je vous assure, sera celle la, « QU’AVEZ-VOUS FAIT AVEC LE SANG VERSE DE MON FILS ? »
Dieu ne s’intéresse pas à ce que vous avez à offrir, mais seulement à ce qu’Il Lui-même vous a offert, Son Fils unique :
« Oui, Dieu a tant aimé le monde qu'il a donné son Fils, son unique, pour que tous ceux qui placent leur confiance en lui échappent à la perdition et qu'ils aient la vie éternelle. » (Jean 3:16)
Comment l’homme ose-t-il penser qu’il pourrait offrir quelque chose pour sa rédemption, quand Dieu a payé le prix fort, le sang de Son Fils ?
Si vous n’avez jamais revendiqué le sang de Christ pour votre propre salut, comme paiement pour vos péchés, je vous recommande vivement de le faire maintenant. Si vous hésitez, permettez-moi de vous laisser avec cette pensée solennelle. Chaque personne devra rendre compte pour le sang de Christ. Ceux qui l’acceptent comme le don du pardon de Dieu passeront toute l’éternité louant Dieu et l’Agneau pour ce sang. Et ceux qui le refuseront auront ces paroles qui les identifieront, les paroles de ceux qui, au jugement de notre Seigneur, furent lancées à Pilate quand ils Le rejetèrent comme leur Messie,
« ---Que la responsabilité de sa mort retombe sur nous et sur nos enfants! » (Matt. 27:25)
Ces paroles hanteront chaque croyant pour toute l’éternité, car ceux qui refusent le sang de Christ comme leur expiation, le trouveront, étant leur accusateur.
(4) La valeur que nous plaçons sur le sang de Christ n’est pas prouvée autant par ce que nous déclarons, mais par ce que nous faisons. Ayant médité sur les implications pratiques de la valeur du sang de Christ, il m’est venu que les pratiques des Israélites devaient prouver leur estime pour le sang. Leur obéissance aux règles de Lévitique 17 était évidence qu’ils, tout comme Dieu, trouvaient que le sang était inestimable.
La même chose est vraie pour nous. Ce n’est pas assez d’être d’accord avec la valeur du sang de Christ comme un fait. Ce n’est même pas assez de croire en le sang de Christ pour notre salut. Il doit y avoir une façon pratique par laquelle nous prouvons notre estime pour le sang de Christ par la façon dont nous agissons. Ce n’est pas un modèle biblique particulier, mais je peux dire par quelques années d’observation que les gens qui trouvent quelque chose de précieux ont tendance à agir de la même façon. Permettez-moi de catégoriser les actions de quelqu’un qui a trouvé quelque chose de précieux, et voyez si cela décrit votre vie, résultat de juger inestimable le sang de Christ.
Premièrement, quand une personne trouve quelque chose qu’elle juge inestimable, elle donnera tout ce qu’elle a pour l’obtenir. La parabole de « la perle précieuse » (Matt. 13:45-46) n’est qu’une des illustrations de cela. Si le sang de Christ et vraiment inappréciable, nous n’avons pas à corrompre les hommes avec de fausses promesses pour les convaincre de l’accepter, ni avons nous à en diminuer le coût. En d’autres mots, du degré que nous diluons le message de l’Evangile (qui a comme son thème central le sang de Christ), nous trahissons notre propre dévalorisation de Son sang et nous suggérons aux égarés que cela ne vaut pas tout ce qu’il possède.
Deuxièmement, quand nous jugeons quelque chose inestimable, nous ne pouvons pas en avoir assez. Une personne qui juge un certain genre de voiture comme précieux en achètera autant qu’elle peut. Celui qui aime l’or essaiera aussi d’en acquérir autant que possible. C’est la même chose avec le sang de Christ. Nous ne le revendiquerons pas qu’une fois pour notre salut, mais nous le revendiquerons à chacune de nos approches de Dieu. Nous ne nous fatiguerons jamais d’en parler, de méditer dessus ou d’en débattre avec les autres. La Communion ne sera jamais un fardeau, mais un délice, si nous trouvons vraiment Son sang inestimable. Je trouve que quand j’acquiers quelque chose que j’adore vraiment, je continue à y aller (surtout si elle est dans mon garage) pour l’admirer. Nous devrions voir le sang dans la Bible de la même façon, du début à la fin, et ne jamais être fatigué de le regarder encore et encore.
Troisièmement, quand une personne trouve quelque chose qui lui est inestimable, elle cherche à la partager avec les autres. Une personne qui a une pièce de monnaie ou un bijou ou une automobile très rare n’essaiera jamais de la donner, mais elle cherchera à partager sa beauté avec les autres. Cela veut dire, elle cherchera à la parader devant les autres. Maintenant, mon analogie s’effondre ici parce que les choses que nous estimons le plus sur la terre sont rares. Ainsi, une personne ne donnera pas quelque chose qui est rare et qui ne peut être remplacée. Mais le sang de Christ est très différent. Le sang est infiniment précieux, mais il est aussi infiniment disponible. C’est pourquoi vous pouvez le donner à tous les gens qui veulent le recevoir et votre propre réserve ne sera pas diminuée pour autant. Ce que j’essaie de dire est que nous devrions essayer d’amener les autres vers Christ par le sang si nous l’estimons vraiment nous-mêmes. Notre estimation de la valeur du sang de Christ est la mesure de notre zèle évangélisateur.
Quatrièmement, quand nous trouvons vraiment quelque chose de précieux, nous cherchons à le garder en sécurité contre les dommages et la profanation. Les choses qui nous sommes précieuses, nous les mettons sous clef, mettons des barres autour, et nous achetons des systèmes d’alarmes pour les protéger. Si nous trouvons vraiment que le sang est précieux, nous ferons de notre mieux pour l’empêcher d’être profané par nous-mêmes ou par les autres. Cela est lié, encore une fois, à la façon dont nous pensons de la Communion et à la façon dont nous vivons nos vies en sainteté personnelle.
(5) Le versement de sang est le standard par lequel l’amour est mesuré. Il ne reste qu’une seule chose à dire, et c’est que la mesure de l’amour véritable est en fin de compte la volonté de quelqu’un de verser son sang pour un autre. Notre Seigneur enseigna que personne n’a d’amour plus grand que celui qui verse son sang pour ses amis (Jean 15:13). La mort de Christ alla encore plus loin que ça, car Il mourut alors que nous étions encore Ses ennemis (Rom. 5:6-8). Si nous aimons vraiment les autres, nous verserons notre sang pour eux. Si nous aimons vraiment Dieu, nous verserons volontiers notre sang pour Lui. C’est contre ce principe que les mots de l’auteur d’Hébreux nous viennent avec force brutale. Il écrit, à propos de ceux qui abandonneraient leur foi à cause d’un peu d’opposition, et il conclut,
« Vous n'avez pas encore résisté jusqu'à la mort dans votre lutte contre le péché, » (Héb. 12:4)
N’importe quel problème avec le péché qui ne va pas jusque là trahit un manque d’amour.
Que le sang de Christ soit plus précieux pour vous aujourd’hui qu’il n’a jamais été auparavant !
17. Les Temps Choisis du Seigneur (Lévitique 23)
Introduction121« ---Parle aux Israélites et dis-leur: Voici les fêtes que vous devez célébrer et qui sont mes fêtes. Pour elles, vous convoquerez le peuple pour qu'il se rassemble afin de me rendre un culte. » (Lévitique 23:2)
Les temps choisis du Seigneur sont les festivals et les jours saints qui commémorent les temps et évènements importants dans l'histoire d'Israël. J'ai eu l'unique privilège de joindre Beth Hallel, une congrégation juive messianique, de 1988 à 1994. Durant ces 6 années, j'ai joint mes amis juifs messianiques, participant aux célébrations de ces jours de fête. Ceux-ci furent des expériences riches. A l'automne 1992, j'enseignais sur le Livre d'Apocalypse. Comme j'entendais les shofars sonnant à la synagogue, j'ai pensé aux jugements des sept trompettes. Je me suis demandé ce quelle relation pourrait être entre ces shofars et les trompettes dans Apocalypse. Cette leçon est, en partie, ce que j'ai découvert.
Comment apprenez-vous le plus effectivement ? Préférez-vous entendre une leçon ou lire un livre ? Tirez-vous plus de choses d'un film documentaire ou en étudiant d'une feuille imprimée ? Pouvez-vous apprendre quelque chose abstraitement ou avez-vous besoin de pratique ? Comme avec beaucoup d'autres choses, le Seigneur nous a donné à tous des styles différents pour apprendre. Donc, il ne devrait pas être surprenant que le Seigneur nous communique Sa vérité de façons différentes. C'est, à son c_ur, ce que Lévitique 23 et les Ecritures liées à ce dernier ont à nous dire. Non seulement avons-nous Sa Parole, mais nous avons des jours sacrés commémoratifs pour transmettre la vérité aux jeunes et aux vieux, à l'instruit tout comme à l'analphabète. Les jours sacrés racontent et montrent les grandes vérités du salut de Dieu, Son amour, et Ses plans. Ils contiennent des choses à entendre, à voir, à gouter, à construire, et à faire et elles plaisent à tout le monde. Il y a les « jours saints », mais ça veut vraiment dire qu'ils sont des jours de fête.
Les célébrations sont amusantes, pour la plupart, mais elles nous enseignent aussi les choses éternelles. De la perspective du Nouveau Testament, ces jours sacrés prennent un sens plus riche que les saints de l'Ancien Testament n'auraient jamais pu rêver. Comme Paul l'écrit à l'église de Colosse :
« C'est pourquoi, ne vous laissez juger par personne à propos de ce que vous mangez ou de ce que vous buvez ou au sujet de l'observance des jours de fête, des nouvelles lunes ou des sabbats.
Tout cela n'était que l'ombre des choses à venir: la réalité est en Christ » (Col. 2 :16-17)
Ces jours de fête sont des commémorations de miracles que Dieu performa pour le monde et pour les Israélites. Ils attendent aussi avec impatience le travail de Jésus Christ. Arrivant durant les récoltes de printemps et d'automne, ils parlent des provisions continues de Dieu. Ensemble, ils promettent le soin éternel de Dieu pour Son peuple.
Cette leçon raconte l'histoire de ces évènements sur trois niveaux. Le premier niveau discute comment les jours sacrés ont été célébrés à travers les siècles. Le second niveau discute les éléments sensitifs et comment ils enseignent la vérité de façons non parlées. Le troisième niveau discute comment Jésus Christ réalisa ou réalisera la substance de chaque célébration.
Le Calendrier Juif
Vous ayant invités au divertissement, je dois vous demander de marquer une pause pour considérer le calendrier pendant lequel ces célébrations ont lieu. C'est parce que le Calendrier Juif est très différent du nôtre. Il n'y a pas de janvier ou de février. Au lieu de ça, la Bible réfère au « premier mois », au « septième mois », ou à des noms comme Abib et Ethanim. Il n'y a pas de façon facile de dire cela, pour une année particulière, le 15 d'Abib arrive le 6 avril. La plupart d'entre vous savez qu'octobre est en automne, mais savez-vous en quelle saison est Ethanim ? Savez-vous que la Bible a un autre nom pour le mois d'Abib ? J'espère que vous trouvez cette section intéressante pour cela et d'autres études que vous faites.
Comme je l'ai déjà dit, les « temps choisis » du Seigneur arrivent tout au long de l'année. Les Juifs, parce qu'ils les célèbrent tous les ans, peuvent, et ils le font, anticiper chacun d'entre eux dans leur saison. Ils font partis de leur culture. Un Juif sait que la Fête des Tabernacles est en automne autant que nous savons que Pâques est au printemps. Le placement de ces festivals tout au long de l'année a une signification prophétique. Pour être précis, la mort et la résurrection de Jésus sont la substance des jours sacrés du printemps. Son retour et l'établissement de Son royaume sont la substance des jours sacrés d'automne. Entre temps, il y a la saison d'été de l'histoire de l'église.
Notre calendrier, connu officiellement comme le Calendrier Grégorien, est basé sur la trajectoire du soleil. Pour cette raison, il est quelque fois appelé le calendrier solaire. Il faut 365.2524 jours pour compléter une année. Pour empêcher le commencement du printemps de se décaler dans février, puis janvier, nous insérons une année bissextile tous les quatre ans. Cela garde le calendrier et les saisons en place. En conséquence, les équinoxes printanier et automnal arrivent toujours en mars et en septembre respectivement.122Cependant, le calendrier juif est basé sur la trajectoire d'à la fois la lune et le soleil. C'est donc appelé un calendrier luni-solaire. Puisqu'il est basé sur la lune, le premier de chaque mois coïncide avec la nouvelle lune et le 15 de chaque mois coïncide avec une pleine lune. En d'autres mots, chaque mois est définit par les phases de la lune. Le calendrier juif garde les mois et leurs saisons respectives ensemble par l'insertion d'un mois bissextile. Cela veut dire que la plupart des années ont douze mois, mais quelques-unes en ont treize. Le système complet a un cycle de dix-neuf ans. Il est plus précis que notre calendrier solaire, mais il est plus difficile à suivre. Le calendrier juif ne marque pas le premier jour du printemps, de l'été, de l'automne ou de l'hiver. Les marques principales dans le Calendrier Juif sont les jours sacrés..
Le Calendrier Juif moderne a ses formes séculaires et religieuses. Le calendrier séculaire commence avec le mois d'Ethanim. Le calendrier religieux commence avec le mois d'Abib. La Bible constamment use la forme religieuse : par exemple, le premier mois est toujours Abib. Ethanim et Abib sont des anciens noms Cananéens pour respectivement le premier et le septième mois. Cependant, débutant avec l'exile babylonien, les Juifs commencèrent à utiliser les noms babyloniens pour les mois. En conséquence, les auteurs bibliques d'après l'exile, Néhémie et l'auteur d'Esther, utilisent les noms babyloniens. Le Calendrier Juifs d'aujourd'hui utilise aussi les noms babyloniens.
La table suivante présente ces idées essentielles :
Mois Noms Noms Placement Jours Fériés de Religieux Cananéens Babyloniens Grégorien Lévitique 23
Premier Abib Nisan Mars ou Avril Passover ; Fête des Pains Sans Levain ; Présentation de l'Offrande des Premiers Fruits
Second Ziv Iyyar Avril ou May
Troisième Sivan123 May ou Juin Pentecôte
Quatrième Tammuz Juin ou Juillet
Cinquième Ab Juillet ou Aout
Sixième Elul Août ou Septembre
Septième Ethanim Tishri Septembre ou Octobre Trompettes ; Jour de L'Expiation ; Fête des Tabernacles
Huitième Bul Cheshvan Octobre ou Novembre
Neuvième Chislev Novembre ou Décembre
Dixième Tebeth Décembre ou Janvier
Douzième Adar Février ou Mars
Treizième Adar II Mars C'est le mois bissextile
Bien que ces détails techniques puissent être secs, ils ont des implications importantes dans certains passages des Ecritures. Par exemple, Passover commence le quatorzième jour du mois d'Abib. Puisque le mois, dans le Calendrier Juif, suit les phases de la lune, nous savons que ce doit être la pleine lune, L'obscurité qui tomba sur la terre quand Jésus fut crucifié ne put donc pas avoir été une éclipse du soleil. Elle dut donc être d'origine super naturelle.
La chose importante pour nous à remarquer pour cette étude de Lévitique 23 est que le premier mois, Abib, arriva durant mars ou avril et le septième mois, Ethanim arrive durant septembre et octobre. Revenant à l'étude que nous faisons, Lévitique 23 nous parle d'une semaine de célébration, le sabbat. Puis il décrit plusieurs célébrations de printemps (Passover, la Fête des Pains Sans Levain, la Présentation de l'Offrande des Premiers Fruits, et la Pentecôte). Et il continue décrivant plusieurs célébrations d'automne (Trompettes, le jour d'Expiation, et la Fête des Tabernacles).
Le Jour Sacré Hebdomadaire
Sabbat (Shabbat124
« ---Durant six jours on fera son travail, mais le septième jour est un sabbat, un jour de repos; il y aura une assemblée cultuelle et vous ne ferez aucun travail ce jour-là, c'est un sabbat en l'honneur de l'Eternel partout où vous habiterez. » (Lév. 23:3)
« Ainsi furent achevés le ciel et la terre avec toute l'armée de ce qu'ils contiennent.
Au septième jour, Dieu avait achevé tout ce qu'il avait créé. Alors il se reposa en ce jour-là de toutes les _uvres qu'il avait accomplies.
Il bénit le septième jour, il en fit un jour qui lui est réservé, car, en ce jour-là, il se reposa de toute l'_uvre de création qu'il avait accomplie. » (Gen. 2:1-3)
Sabbat veut dire « repos ». La célébration du Sabbat, mentionnée dans Lévitique 23, a ses racines dans la création même du monde. Dieu bénit le septième jour et le sanctifia. C'est-à-dire, Il le sépara des autres en genre et en caractère. Il le rendit sacré. Parce qu'Il se reposa après six jours de travail, Il somma Son peuple de faire de même. Ainsi, le Sabbat devient un rappel hebdomadaire que Dieu est le créateur de tout. Quand je lis que Dieu se reposa le septième jour, je L'imagine réfléchissant et savourant le travail qu'Il fit. Manifestement, c'est un sentiment anthropomorphe, mais il m'aide à comprendre le but intentionnel de ce jour. Comme il fut pour Dieu, il peut être pour nos enfants et pour nous. C'est un jour de repos de la vie de dingue de la semaine. C'est un jour pour refléter sur Dieu et sur Sa création. C'est un jour pour refléter sur les activités de la semaine. C'est un jour pour communier et exprimer nos remerciements. C'est un jour pour faire du bien à nos prochains.
La liturgie du Sabbat juif invoque non seulement des images de la création, mais aussi son soutien moment par moment par la main toute-puissante de Dieu. Comme Colossiens le dit,
«... tout subsiste en lui. »
Bénit sois-tu, O Seigneur notre Dieu, Roi de l'univers, qui par ta parole amène le crépuscule, avec sagesse ouvre les portes des cieux, et avec compréhension change le temps et varie les saisons, et arrange les étoiles à leur poste dans le ciel, selon ta volonté. Tu crées le jour et la nuit ; fais disparaître la lumière devant l'obscurité, et l'obscurité devant la lumière ; tu fais que le jour passe et que la nuit approche, et divise le jour de la nuit. Le Seigneur des armées est ton nom ; un Dieu vivant et endurant continuellement. Que tu règnes sur nous pour toujours. Bénit sois-tu, O Seigneur, qui amène le crépuscule.125La culture chrétienne commune, jusqu'à récemment, observait le dimanche comme un jour spécial. Il devait aussi être différent des autres jours. Donné les racines du Sabbat à la création plutôt que la Loi, cela semble approprié. Le jour de repos a toujours eu l'intention de bénir l'humanité, et, selon Ésaïe, le Sabbat continuera, pour toute l'humanité, dans le Nouveau Ciel et la Nouvelle Terre :
« Comme le nouveau ciel et la nouvelle terre que je vais faire subsisteront par-devant moi, l'Eternel le déclare, ainsi subsisteront votre postérité et votre nom.
Il adviendra alors que, régulièrement, à la nouvelle lune et à chaque sabbat, tous les humains viendront pour se prosterner devant moi, déclare l'Eternel. » (Ésaïe 66:22-23)
Pour les Chrétiens, le Sabbat parle aussi de notre futur repos dans le Seigneur :
« C'est donc qu'un repos reste pour le peuple de Dieu, un repos semblable à celui de Dieu le septième jour.
Car celui qui est entré dans le repos de Dieu se repose de ses _uvres, comme Dieu s'est reposé des siennes.
Empressons-nous donc d'entrer dans ce repos afin que personne ne tombe dans la désobéissance à l'exemple des Israélites. » (Héb. 4:9-11)
Ce qui continue à détruire le concept du Sabbat est le légalisme. Maintes fois, il infiltre la pratique du repos hebdomadaire et le tourne en affaire morose. Dieu mit à part un jour de repos pour nous, pour jouir de Lui et de Sa création, et pour faire du bien aux autres. Sans un tel moment convenu, nous travaillerions sept jours par semaine, 365 jours par an. Si nous ne mettons pas de coté ce temps, nous pourrions perdre notre relation avec Dieu. Malheureusement, les légalistes ne peuvent pas être confortables avant que le « travail » soit définit en détails. Par le temps qu'ils aient finit, la bénédiction et la joie leur ont échappées. Le jour commence à parler de la sévérité de Dieu, plutôt que de Sa bonté cordiale. Il perd de vue ses racines à la création, au repos, et à la communion avec Dieu. Au lieu de ça, il devient une illustration de plus de Ses commandements merveilleux et de notre responsabilité de les obéir à tout prix. C'était vrai pendant les temps de Jésus et ça a été souvent vrai dans les pratiques de l'église. Je me rappelle d'une histoire racontée par Laura Ingalls Wilder dans sa série La Petite Maison dans la Prairie.
Quand le Grand-père était un petit garçon, Laura, le dimanche ne commençait pas le dimanche matin, comme il commence maintenant. Il commençait au coucher du soleil le samedi soir126 Là, tout le monde arrêtait ce qu'ils faisaient, travail ou jeux.
Le souper était solennel. Après le souper, le père de Grand-père lisait à haute voix un chapitre de la bible, pendant que tout le monde était assis droit et immobile sur leur chaise. Puis ils s'agenouillaient tous, et leur père disait une longue prière. Quand il dit, « Amen », ils se levaient tous, chacun prenait une bougie et allait se coucher. Ils devaient aller directement au lit, sans jouer, rire, ou même parler.
Dimanche matin, ils mangeaient un petit déjeuner froid, parce que rien ne pouvait être cuisiné le dimanche. Puis ils mettaient leurs meilleurs habits et allaient à l'église à pieds. Ils marchaient parce qu'atteler les chevaux était du travail, et aucun travail ne pouvait être fait le dimanche.
Ils devaient marcher lentement et solennellement en regardant tout droit. Ils ne devaient pas plaisanter ou rire, même pas sourire. Grand-père et ses deux frères marchaient devant, et leur père et mère marchaient derrière eux.
A l'église, Grand-père et ses frères devaient rester assis sans bouger pendant deux longues heures et écouter le sermon. Ils n'osaient pas gigoter sur leur banc dur. Ils n'osaient pas balancer leurs pieds. Ils n'osaient même pas tourner leurs têtes pour regarder à la fenêtre ou aux murs ou au plafond de l'église. Ils devaient rester assis parfaitement immobiles et ne devaient jamais regarder autre chose que le prêcheur.
Quand l'église était finie, ils retournaient à la maison en marchant lentement. Ils pouvaient parler en chemin, mais ils ne devaient pas parler fort et ils ne devaient jamais rire ou sourire. A la maison, ils mangeaient un diner froid, qui avait été préparé le jour d'avant. Puis, tout au long de l'après-midi, ils devaient rester assis en rang sur un banc et étudier leur catéchisme, jusqu'à ce que le soleil se couche et le dimanche était fini.127Cette même attitude était présente dans les jours de Jésus. Une vue déformée du Sabbat, fermement tenue par les chefs juifs, leur interdisait de Le reconnaître comme le Messie. Les controverses du Sabbat occupaient les quatre Evangiles. Dans chacun, la discussion pivotait sur la pratique de Jésus de guérir pendant le Sabbat. Pour les chefs juifs, guérir était travailler et ne devait prendre place pendant le Sabbat. En outre, la joie exprimée par ceux que Jésus guérissait « perturbait » la sainteté du Sabbat. Alors, comme dans le temps de Laura, l'observance du Sabbat était strictement tenue par la tradition. Les commentaires de Jésus sur le Sabbat parlent plus de bénédiction et de service que de soupe froide.
« Or, je vous le dis: il y a ici plus que le Temple.
Ah! si vous aviez compris le sens de cette parole: Je désire que vous fassiez preuve d'amour envers les autres plutôt que vous m'offriez des sacrifices[
b], vous n'auriez pas condamné ces innocents.
Car le Fils de l'homme est maître du sabbat.» (Matt. 12:6-8)
« Eh bien, un homme a beaucoup plus de valeur qu'une brebis! Il est donc permis de faire du bien le jour du sabbat.» (Matt. 12:12)
« Et il ajouta:
---Le sabbat a été fait pour l'homme, et non pas l'homme pour le sabbat. » (Marc 2:27)
« Mais le chef de la synagogue fut fâché que Jésus ait fait cette guérison le jour du sabbat. S'adressant à la foule, il lui dit:
---Il y a six jours pour travailler: venez donc vous faire guérir ces jours-là, mais pas le jour du sabbat!
Le Seigneur lui répondit:
---Hypocrites que vous êtes! Chacun de vous détache bien son b_uf ou son âne de la mangeoire pour le mener à l'abreuvoir le jour du sabbat, n'est-ce pas?
Et cette femme, qui fait partie des descendants d'Abraham, et que Satan tenait en son pouvoir depuis dix-huit ans, ne fallait-il pas la délivrer de sa chaîne aujourd'hui, parce que c'est le jour du sabbat? » (Luc 13:14-16)
Alors, c'est okay de démontrer de la miséricorde le jour du Sabbat plutôt que de se reposer. Même ceux qui accusèrent Jésus de violer le Sabbat s'occupaient du confort de leurs animaux ce jour-là. Seulement, ils ne pouvaient pas étendre le concept aux gens. A la création, Dieu se reposa et savoura le travail de Ses mains. Il donna à l'humanité un jour de repos et de communion. Il donna à l'humanité un jour où il était possible de faire des bonnes choses, parce que durant le reste de la semaine trouver le temps de faire de telles choses était plus difficile. Il devrait refléter l'amour et la joie. Il devrait prendre les caractéristiques d'un jour saint.
Pour terminer cette section, je veux relater l'histoire de quelqu'un dont la vie montrait un concept équilibré du Sabbat pour le Chrétien. Cet homme était Eric Liddel. Le film, Chariots of Fire, raconte l'histoire de son abandon d'une opportunité de gagner une médaille olympique, car un des évènements de qualification devait être couru le dimanche. A ce temps, Eric Liddel choisit justement la gloire de Dieu au lieu de la sienne. Moins connu est un incident qui arriva un peu avant sa mort, d'une tumeur du cerveau, dans un camp d'internement japonais durant la Deuxième Guerre Mondiale. Le camp étaient bondées et les jeunes enfants étaient constamment tumultueux. Il n'y avait simplement rien à faire. Eric Liddel organisa des matchs de football pour les jeunes gens. Devinez quoi ? Ils jouèrent le dimanche ! Il a eu peut-être un changement de théologie, mais je pense qu'il trouva une balance entre deux Ecritures. La première, Ésaïe 58:13, nous dit que
« ... si ce saint jour de l'Eternel, tu le tiens en estime
et si tu le respectes
en t'abstenant de faire ce qui te plaît, ... »
La seconde, Matthieu 12:12 dit,
« ... Il est donc permis de faire du bien le jour du sabbat. »
Les Jours Sacrés du Printemps
Passover (Pesach)
« ---Au soir du quatorzième jour du premier mois, à la nuit tombante, c'est la Pâque de l'Eternel; » (Lév. 23:5)
« L'Eternel parla à Moïse et à Aaron en Egypte. Il leur dit:
---Ce mois-ci sera pour vous le premier mois de l'année.
Donnez à toute la communauté d'Israël les instructions suivantes: Le dixième jour de ce mois, que chaque maison ou chaque famille se procure un agneau.
Si dans une maison on est trop peu nombreux pour manger un agneau, qu'on s'associe à la famille voisine la plus proche en tenant compte du nombre de personnes; et l'on choisira l'agneau en fonction de ce que chacun peut manger.
Vous prendrez un agneau ou un chevreau sans défaut, un mâle âgé d'un an.
Vous le garderez jusqu'au quatorzième jour de ce mois: ce jour-là, tout l'ensemble de la communauté d'Israël immolera ces agneaux à la nuit tombante.
On prendra de son sang et l'on en badigeonnera les deux montants et le linteau de la porte des maisons où il sera mangé.
On en rôtira la viande et on la mangera cette nuit-là avec des pains sans *levain et des herbes amères.
Vous n'en mangerez rien qui soit à moitié cuit ou bouilli dans l'eau, tout sera rôti au feu avec la tête, les pattes et les abats.
Vous n'en garderez rien pour le lendemain. S'il reste quelque chose jusqu'au lendemain, vous le brûlerez.
Vous le mangerez à la hâte, prêts à partir: la ceinture nouée aux reins, les sandales aux pieds et le bâton à la main. Ce sera la Pâque que l'on célébrera en l'honneur de l'Eternel.
Je parcourrai l'Egypte cette nuit-là et je frapperai tout premier-né dans le pays, homme et bête, et j'exercerai ainsi mes jugements contre tous les dieux de l'Egypte; je suis l'Eternel.
Le sang sera pour vous un signe sur les maisons où vous serez; je verrai le sang, je passerai par-dessus vous. Ainsi le fléau destructeur ne vous atteindra pas lorsque je frapperai l'Egypte.
La semaine des pains sans levain
---De génération en génération, vous commémorerez ce jour par une fête que vous célébrerez en l'honneur de l'Eternel. Cette fête est une institution en vigueur à perpétuité. » (Exode 12:1-14)
Le premier mois est Abib. En Hébreux, « Abib » veut dire vert. Cela suggère une expression unique de printemps : le re-verdissage, ou la re-naissance, de la terre. Pour Israël, Passover veut dire leur naissance comme une nation. Pour cette raison, bien que Lévitique ne donne que peu de mots sur ce jour sacré, Passover est le roi de ceux-ci. C'est par la raison de Passover qu'Abib marque le commencement du Calendrier Juif sacré. Comme le Seigneur dit à Moïse, « Ce mois... devra être le premier mois de l'année pour vous. » Cela va, parce que Passover marque le commencement de la nation Israël. Quand Moïse instruisit la congrégation d'Israël en ce qui concerna le premier Passover, ils étaient encore tous les esclaves des Egyptiens. Le jour suivant ce repas de Passover, ils étaient libres.
Les éléments de l'histoire sont familiers : L'appel du Seigneur à Moïse du buisson brulant ; Moïse devant pharaon criant, « Laisse partir mon peuple » ; les dix fléaux ; et la séparation de la mer. Passover est un jour sacré pour se rappeler de ces choses. La célébration juive associe les vues, les mots, les chansons, et les goûts pour communiquer l'histoire. Le récit de l'histoire se fait autour d'un repas festif et contient ces éléments de base :
Quatre Coupes de Vin
Bien que pas mentionné dans Exode 12, le Passover dans les temps modernes et dans le temps de Jésus incluait boire quatre coupes de vin. Ces coupes représentaient la quadruple libération exprimée par Dieu dans Exode.
« C'est pourquoi dis-leur de ma part: «Je suis l'Eternel! Je vous soustrairai aux corvées auxquelles les Egyptiens vous soumettent: je vous libérerai de l'esclavage qu'ils vous imposent, et je vous délivrerai par la force de mon bras et en exerçant de terribles jugements.
Je vous prendrai pour mon peuple, et je serai votre Dieu. Ainsi vous saurez que je suis l'Eternel votre Dieu qui vous affranchis des corvées que les Egyptiens vous imposent. » (Exode 6:6,7)
La première coupe parle de notre « soustraction ». La deuxième parle de notre « libération » de l'esclavage. La troisième parle de notre « délivrance ». La quatrième parle de notre « appartenance ». L'Evangile de Luc enregistre l'usage de la première et de la troisième coupe durant le Dernier Repas :
« Il leur dit:
---J'ai vivement désiré célébrer cette Pâque avec vous avant de souffrir.
En effet, je vous le déclare, je ne la mangerai plus jusqu'au jour où tout ce qu'elle signifie sera accompli dans le royaume de Dieu.
Puis il prit une coupe, prononça la prière de reconnaissance et dit:
---Prenez cette coupe et partagez-la entre vous,
car, je vous le déclare, dorénavant, je ne boirai plus du fruit de la vigne jusqu'à ce que le royaume de Dieu soit établi.
Ensuite il prit du pain, remercia Dieu, le partagea en morceaux qu'il leur donna en disant:
---Ceci est mon corps [qui est donné pour vous. Faites cela en souvenir de moi.
Après le repas, il fit de même pour la coupe, en disant:
---Ceci est la coupe de la nouvelle alliance conclue par mon sang qui va être versé pour vous...]. » (Luc 22:15-20)
Je comprends cela comme voulant dire que Jésus n'inaugura pas quelque chose de nouveau quand Il établit la communion, mais plutôt identifia et étendit une tradition existant déjà pour communiquer la vérité concernant Lui-même. La coupe immédiatement après le repas était la « coupe de la rédemption ». Pour Jésus et pour nous, elle symbolise la Nouvelle Alliance et notre rédemption, par Son sang, de l'esclavage au péché.
Pain Sans Levain
Dans l'histoire d'Exode, il n'y avait pas le temps de laisser le pain lever avant que les Israélites doivent quitter l'Egypte. Le pain sans levain représente la vitesse de leur salvation. Il représente aussi la sainteté. J'aurais plus à dire concernant cela dans la prochaine section, qui concerne la Fête des Pain Sans Levain.
Une pratique intéressante durant la célébration du Passover est le partage d'un des trois morceaux de pain sans levain. La première partie est utilisée immédiatement, mais la seconde est enveloppée dans un linge et cachée jusqu'après le repas. C'est le pain que Jésus brisa durant le Dernier Repas. Il représente Sa perfection pure. Le second morceau enveloppé, caché, et retrouvé représente la mort, l'enterrement et la résurrection de Jésus.
Les Herbes Ameres
Gouter les herbes amères, par exemple le raifort, est une expérience qui amène les larmes aux yeux et un rappel dramatique de l'amertume de l'esclavage. Elles étaient mangées sur un morceau de pain sans levain, alors elles peuvent aussi représenter les larmes amères de Jésus à Gethsémané ainsi que l'amertume de Sa mort approchante pour les péchés de l'humanité.
L'Agneau
Depuis la destruction du Temple Juif en 70 AD, les Juifs ne mangent pas d'agneau rôti durant Passover. Au lieu de ça, ils commémorent l'agneau avec le jarret de l'agneau. L'agneau représente la protection contre le dernier fléau qui est arrivé aux Egyptiens. Il semblerait que l'Ange de la Mort aurait aussi tué les premiers-nés des Israélites, s'il n'y avait pas eu le sang de l'agneau du Passover sur les montants des portes. Voyant le sang, l'Ange de la Mort passa au dessus des maisons. De cela, la célébration porte son nom.
Les Autres Choses
Il y a d'autres éléments dans la célébration de Passover. Il y a une mixture de pommes, de vin, de noix, et de miel appelé « Chazeret ». Les pommes sont râpées et laissées à l'air pour devenir brunes. En conséquence, la mixture semble ressembler à de la boue que les Israélites utilisèrent pour faire des briques.
Il y a quelques légumes verts comme le persil ou le céleri représentant le printemps et l'espoir. Il y a de l`eau salée qui représente les larmes. Il y a 10 gouttes de vin prises de la seconde coupe pour représenter les 10 fléaux sur les Egyptiens. Les 10 gouttes réduisent le volume de vin dans les coupes et indiquent que les souffrances des Egyptiens réduisent notre joie.
L'Enseignement Multi-Sensoriel
Des goûts sucrés, amères, et salés pour la bouches ; gouttes de vin ; pain cassé ; etc. sont des méthodes pour enseigner la délivrance de Dieu d'une façon unique. Comme je l'ai dit auparavant, ça fait plaisir à tous les âges.
Jésus et Passover
Durant le Dernier Repas, Jésus s'appropria des éléments du Passover juif. C'est-à-dire, Il les dota d'un sens nouveau, et ce sens était lié à Lui-même. Au lieu d'avoir un sens restreint à la rédemption passée de Dieu, ces éléments symbolisent maintenant la rédemption de Jésus Christ comme « l'Agneau de Dieu qui enlève les péchés du monde » par Sa mort à Calvaire. A Passover, l'Ancien et le Nouveau Testament se rencontrent. Il est l'agneau sans défaut. Il est le pain brisé. Il est la coupe de la Rédemption. Comme Il dit dans Luc, Il ne participera plus de Passover, jusqu'à ce qu'Il puisse le partager avec nous dans le Royaume à venir. La main de Dieu délivra de l'esclavage dans le passé. Sur la croix, Il nous délivra de l'esclavage du péché.
« Ah! vous n'avez vraiment pas de quoi vous vanter! Ne savez-vous pas qu'«il suffit d'un peu de levain pour faire lever toute la pâte»?
Faites donc disparaître tout «vieux levain» du milieu de vous afin que vous soyez comme «une pâte toute nouvelle», puisque, en fait, vous êtes «sans levain». Car nous avons un agneau pascal qui a été sacrifié pour nous, le Christ lui-même.
C'est pourquoi célébrons la fête de la Pâque, non plus avec le «vieux levain», le levain du mal et de la méchanceté, mais uniquement avec les *pains sans levain de la pureté et de la vérité. » (1 Cor. 5:6-8)
Le levain représente le péché. Permettre le péché dans nos vies et dans l'église a une influence corruptrice. Mais nous sommes sans levain, parce que Christ, notre Passover, a été sacrifié. Ainsi, nous voyons que Jésus complète la promesse du Passover.
Remarquez la suggestion dans les mots de Paul,
« Célébrons la fête »
Cela implique que les premiers Chrétiens célébraient Passover depuis quelque temps. Certains arguent que Paul simplement réfère à la communion. Cela ignore l'éducation juive de Paul. Exode 12:14 n'appelle-t-il pas Passover une « fête » ? Pourquoi Paul utilise-t-il le terme « fête » et aurait-il l'intention que sa lecture soit ambiguë ? Au long de ces lignes, remarquez aussi Actes 20:6,
« nous nous sommes embarqués à Philippes après la fête des pains sans levain »
La moindre des choses qui peut être dites est que la première église marquait un Calendrier Juif. Dans tous les cas, l'observance du Passover est aujourd'hui grandissante parmi les églises. C'est une bonne chose. C'est une célébration du salut de Dieu les libérant de l'esclavage en Egypte et de l'esclavage du péché. Pour les jeunes de nos familles, elle fournit une opportunité de leur présenter l'Evangile à un âge très jeune.
La Fête Des Pains Sans Levain
« et le quinzième jour du mois c'est la fête des pains sans levain en l'honneur de l'Eternel; pendant sept jours, vous mangerez des pains sans levain.
Vous consacrerez le premier jour de cette fête à une assemblée cultuelle; vous ne ferez aucune des tâches de votre travail habituel ce jour-là.
Pendant sept jours, vous offrirez à l'Eternel des sacrifices consumés par le feu. Le septième jour, vous convoquerez le peuple pour qu'il se rassemble afin de me rendre un culte et vous ne ferez aucune des tâches de votre travail habituel. » (Lév. 23:6-8)
« Pendant sept jours, vous mangerez des pains sans *levain[
e]. Dès le premier jour, vous ferez disparaître tout levain de vos maisons; car si quelqu'un mange du pain levé, entre le premier jour et le septième, il sera retranché du peuple d'Israël.
Vous aurez une assemblée cultuelle le premier jour, ainsi que le septième. Pendant ces deux jours-là, on ne fera aucun travail, sauf ce qui sera nécessaire pour préparer le repas de chacun.
Vous célébrerez la fête des pains sans levain pour commémorer ce jour où j'aurai fait sortir vos tribus d'Egypte. Vous observerez ce jour-là de génération en génération comme une institution en vigueur à perpétuité.
A partir du soir du quatorzième jour du premier mois, vous mangerez des pains sans levain, jusqu'au soir du vingt et unième jour.
Pendant sept jours, on ne devra trouver aucune trace de levain dans vos maisons. Toute personne qui mangera du pain levé sera exclue de la communauté d'Israël, que ce soit un étranger ou l'un des vôtres.
Vous ne consommerez aucune pâte levée dans tous les lieux où vous habiterez, vous ne mangerez que des pains sans levain. » (Exode 12:15-20)
« En ce jour-là, vous expliquerez à vos enfants la signification de cette fête en disant: «Tout cela je le fais en mémoire de ce que l'Eternel a fait pour moi quand je suis sorti d'Egypte.»
Cette fête sera pour vous comme un signe sur votre main et comme une marque sur votre front pour que la Loi de l'Eternel soit l'objet de vos conversations, car c'est lui qui vous a fait sortir d'Egypte par sa puissance. » (Exode 13:8,9)
La Fête des Pains Sans Levain est une extension du Passover. La célébration est simple. Avant qu'elle ne commence, vous devez nettoyer toute votre maison pour enlever tous les agents de fermentation et la nourriture faite avec du bacille. Les agents de fermentation sont des choses comme de la levure, de la poudre à pâte, de la levure chimique, et de la pâte aigre. Le levain fait lever le pain et les petits pains qui deviennent doux et bouffants.
Pendant des siècles, les juifs avaient fait un évènement spécial dans la soirée de ce jour. Des miettes de pain et d'autres choses sont cachées à travers la maison. Dans la soirée, le père guide les enfants à travers la maison avec une plume et un pot pour chercher toutes traces de levain. Quand ils les trouvent, le père les pousse dans le pot avec la plume. Après que toutes les miettes soient trouvées, elles sont jetées dehors et brûlées.
Pour les sept jours suivant, toute la nourriture est cuisinée sans levain, mais les recettes sont incroyablement créatives. Des blancs d'_ufs peuvent ajouter de la spongiosité aux recettes de gâteaux. La farine sans levain est cuisinée en « boules de matzah » et utilisées dans les soupes. Néanmoins, pendant sept jours la règle rappelle à la famille que Dieu délivra les Israélites de l'esclavage.
Le pain sans levain transmet deux aspects de la libération de Dieu. Le premier est le simple fait que les Israélites quittèrent l'Egypte si vite qu'ils n'eurent pas le temps de laisser lever leur pain. Le second est que les premiers jours suivants les virent partir à grande vitesse, ce qui fait qu'ils n'eurent pas assez de temps pour faire lever leur pain. Il n'y aurait pas de sécurité avant qu'il y ait une distance assez grande entre eux et ceux qui les poursuivaient. Puis ils arrivèrent à la Mer Rouge. Dans ce sens, la Fête des Pains Sans Levain marque la première étape du voyage. C'était un temps de vitesse et de danger, puis la trappe.
Nous savons, bien sur, que le Seigneur sépara la Mer Rouge pour que les Israélites puissent traverser. Quand les armées de Pharaon suivirent, la mer se remit en place et les détruisit. Cette célébration est un rappel efficace de la fidélité de Dieu. Exode 13:8 dit,
« En ce jour-là, vous expliquerez à vos enfants »
La Bible anticipe que les enfants demanderont ce que le changement de nourriture veut dire. Quand ils le font, vous pouvez leur raconter l'histoire entière. En outre, les jeunes enfants pourront prétendre ce que ça a dû être, du moins en ce qui concerne la nourriture, pour vivre durant ces premiers jours après avoir quitté l'Egypte.
Donné que le levain symbolisait aussi le péché, cette fête est une leçon de vertu. Comme la famille nettoie la maison et cherche tout le levain, ils jouent le processus de sainteté. C'est un rappel de la sainteté de Dieu. Pour nous qui sommes Chrétiens, cette Fête des Pains Sans Levain nous rappelle du travail saint du Saint-Esprit comme Il nous cherche et nous libère du péché qui habite dans notre maison. Comme le Psaume 139 dit,
« Sonde-moi, ô Dieu, pénètre mon c_ur,
examine-moi, et pénètre les pensées qui me bouleversent!
Considère si je suis le chemin du mal
et dirige-moi sur la voie de l'éternité! » (Ps. 139:23-24)
Présentation de l'Offrande Des Premiers Fruits
« L'Eternel parla encore à Moïse en ces termes:
---Dis aux Israélites: Quand vous serez dans le pays que je vais vous donner et que vous y ferez la moisson, vous apporterez au prêtre la première gerbe de votre récolte.
Le lendemain du sabbat, il fera devant moi le geste de présentation avec cette gerbe pour que vous obteniez ma faveur.
Le jour où vous accomplirez ce geste avec la gerbe, vous m'offrirez en holocauste un agneau sans défaut, dans sa première année.
Vous y adjoindrez une offrande de six kilogrammes de farine pétrie à l'huile, qui, consumée par le feu pour l'Eternel, aura une odeur apaisante, et une libation d'un litre et demi de vin.
Avant ce jour où vous apporterez l'offrande à votre Dieu, vous ne mangerez ni pain, ni épis grillés ou grains nouveaux. C'est là une ordonnance en vigueur à perpétuité pour toutes les générations partout où vous habiterez. » (Lév. 23:9-14)
Un des jours durant la Fête des Pains Sans Levain sera un Sabbat. Le jour suivant ce Sabbat est la célébration des Premiers Fruits128 Ce jour la, la première gerbe d'orge de la moisson est amenée et présentée au Seigneur. Le grain est alors laissé pour le prêtre et les pauvres. C'est un acte de remerciement pour la provision et la générosité du Seigneur. Personne ne doit manger de la nouvelle récolte avant que la présentation de l'offrande soit faite.
Il n'y a pas de Célébration Juive directe de ce jour. Cependant, son placement entre Passover et la Pentecôte et son emphase sur la provision du Seigneur, je le vois comme un rappel de la manne dans le désert, qui commença promptement après la traversée de la Mer Rouge.
En termes du Christianisme, il vaut le coup de remarquer que la résurrection de Jésus Christ arriva le jour suivant le Sabbat. Sa résurrection correspond à la présentation de l'offrande. Il est, Lui-même, une offrande des Premiers Fruits. Comme Paul dit,
« Mais, en réalité, le Christ est bien revenu à la vie et, comme les premiers fruits de la moisson, il annonce la résurrection des morts.
Car, tout comme la mort a fait son entrée dans ce monde par un homme, la résurrection vient aussi par un homme.
En effet, de même que tous les hommes meurent du fait de leur union avec Adam, tous seront ramenés à la vie du fait de leur union avec le Christ.
Mais cette résurrection s'effectue selon un ordre bien déterminé: le Christ est ressuscité en premier lieu, comme le premier fruit de la moisson; ensuite, au moment où il viendra, ceux qui lui appartiennent ressusciteront à leur tour.
Puis viendra la fin, lorsque le Christ remettra la royauté à Dieu le Père, après avoir anéanti toute Domination, toute Autorité et toute Puissance hostiles.
Il faut, en effet, qu'il règne jusqu'à ce que Dieu ait mis tous ses ennemis sous ses pieds.
Et le dernier ennemi qui sera anéanti, c'est la mort. » (1 Cor. 15:20-26)
La résurrection de Jésus est l'assurance de notre résurrection. C'est la promesse que nous ne verrons pas la mort éternelle, mais partagerons la vie éternelle. Quand Il fut ressuscité des morts, nous sommes devenus capables de partager la nouvelle moisson, qui je crois est le Saint-Esprit.
Les Premiers Fruits est un jour férié si simple, et pourtant il a une telle signification tellement importante pour nous dans l'Eglise. Passover est notre rédemption, les Pains Sans Levain est notre sanctification, les Premiers Fruits est notre promesse de vie éternelle et de résurrection.
J'ai une histoire personnelle des Premiers Fruits à vous raconter. J'ai pendant des années regardé à l'Ancien Testament comme contenant les principes de vivre vertueusement. Ce ne doit pas être confus avec du légalisme. Ce devrait plutôt être vu comme un essaie de voir la Loi comme Paul l'a fait (voir 1 Cor.9:9,1 ; 1 Tim. 5:18, et 1 Tim. 1:8). De toute façon, j'ai commencé à méditer sur l'offrande des Premiers Fruits et comment quelqu'un qui n'est pas un fermier pourrait participer. Dans mon c_ur, je m'étais engagé à pratiquer l'évènement quand j'aurais une augmentation. Le montant de l'augmentation brute de ma première paye contenant l'augmentation serait une offrande des Premiers Fruits pour le Seigneur. Ce n'était pas pour gagner une approbation ou un statut. C'était simplement pour dire merci et reconnaître qu'Il fournit ce dont j'ai besoin chaque jour.
Suivant cet engagement du c_ur, pas un mois ne passa avant que mon superviseur à IBM venait me voir et disait, « Je vous donne une augmentation. Il est trop tôt et sans ordre. » La traduction de ces mots est, « Les règles IBM disent que c'est trop tôt pour vous donner une augmentation, mais je vous la donne de toute façon. IBM dit que votre prochaine augmentation ne devrait pas être plus que..., mais je vous donne plus que ça. » Quand c'est arrivé, ma femme et moi avions la garde de mes trois nièces. Les bénéfices ne les couvraient pas. Mon superviseur avait arrangé l'augmentation pour aider notre situation.
La Pentecôte (Shavuot)
« ---Vous compterez sept semaines129entières à partir du lendemain du jour du repos où vous aurez apporté la gerbe destinée à m'être présentée.
Vous compterez cinquante jours jusqu'au lendemain du septième jour du repos et, ce jour-là, vous me présenterez une nouvelle offrande.
Vous apporterez, des lieux où vous habiterez, deux pains pour faire le geste de présentation avec eux, chacun d'eux sera fait de six kilogrammes de fleur de farine et sera cuit en pâte avec du *levain; ils représenteront les premiers fruits de votre récolte.
Avec le pain vous offrirez aussi sept agneaux sans défaut, dans leur première année, un jeune taureau et deux béliers, qui me seront offerts en holocauste, accompagnés de leur offrande et de leur libation. Ce sera un sacrifice consumé par le feu, à l'odeur apaisante pour l'Eternel.
Vous offrirez aussi un bouc en sacrifice pour le péché et deux agneaux d'un an en sacrifice de communion.
Le prêtre fera avec le pain des premières récoltes le geste de présentation devant l'Eternel. Ils me seront consacrés avec les deux agneaux et reviendront au prêtre.
En ce même jour, vous convoquerez le peuple pour qu'il se rassemble afin de me rendre un culte. Vous ne ferez aucune tâche de votre travail habituel; c'est une ordonnance en vigueur à perpétuité et pour toutes les générations dans tous les lieux où vous habiterez.
Quand vous ferez la moisson dans votre pays, vous ne moissonnerez pas vos champs jusqu'au bord, et vous ne glanerez pas ce qui pourra rester de votre moisson; vous laisserez tout cela au pauvre et à l'immigré. Je suis l'Eternel votre Dieu.» (Lév. 23:15-22)
« Le troisième mois après leur départ d'Egypte, ce jour même, les Israélites arrivèrent au désert du Sinaï.
Après être partis de Rephidim, ils entrèrent dans ce désert et y dressèrent leur camp en face de la montagne. » (Exode 19:1,2 »
La Pentecôte tient son nom de compter cinquante jours du Sabbat suivant Passover. Cela place le jour sacré dans le troisième mois (Sivan) du Calendrier Juif. Il coïncide avec le don de la Loi à Mont Sinaï, qui est ce que le jour sacré célèbre. L'aspect le plus unique de cette célébration dans le temple était la présentation de deux pains avec levain au Seigneur. C'était la seule offrande faite dans le temple ! Ces pains, comme la présentation auparavant, sont aussi déclarés être une offrande de Premiers Fruits. Peut-être les pains devaient ressembler au deux tablettes de la Loi.
La célébration juive de la Pentecôte commence souvent en restant debout toute la nuit à lire le Torah. Cela intensifie les Dix Commandements. De cette façon ils rappelaient les évènements qui arrivèrent au mont Sinaï. Aussi à cause de son association avec la moisson du printemps, les juifs liront le Livre de Ruth. Et parce que le mont Sinaï attend avec impatience le temps quand Israël entrera le « pays rempli de lait et de miel », les nourritures de Pentecôte sont riches avec du lait, de la crème, et du miel. C'est la saison pour les Blintzes fourrés au fromage et aux pommes, et trempés dans le miel. Je devrais ajouter que le miel représente aussi la douceur de la parole de Dieu.
La Pentecôte complète l'histoire de l'exode. Passover et la Fête des Pains Sans Levain racontent l'évasion d'Egypte. Les Premiers Fruits représentent la manne et la provision de Dieu dans le désert. La Pentecôte représente le don de la Loi, qui pour certains devint la Constitution d'Israël, la nation.
Dans le Christianisme, la Pentecôte marque le don du Saint-Esprit (Actes 2:1). Peut-être que Paul pensait même à la présentation de l'offrande des deux pains quand il écrivit,
« C'est en effet cette révélation des fils de Dieu que la création attend avec un ardent désir.
Car la création a été soumise au pouvoir de la fragilité; cela ne s'est pas produit de son gré, mais à cause de celui qui l'y a soumise. Il lui a toutefois donné une espérance:
c'est que la création elle-même sera délivrée de la puissance de corruption qui l'asservit pour accéder à la liberté que les enfants de Dieu connaîtront dans la gloire.
Nous le savons bien, en effet: jusqu'à présent la création tout entière est unie dans un profond gémissement et dans les douleurs d'un enfantement.
Elle n'est pas seule à gémir; car nous aussi, qui avons reçu l'Esprit comme avant-goût de la gloire, nous gémissons du fond du c_ur, en attendant d'être pleinement établis dans notre condition de fils adoptifs de Dieu quand notre corps sera délivré. » (Romains 8:19-23)
Les Juifs Messianiques d'aujourd'hui130ont une vue intéressante des deux pains au levain offerts dans le temple durant la Pentecôte. Puisque le levain est un symbole pour le péché, pourquoi est-ce-que cette offrande est différente des autres offrandes de grain en précisant l'inclusion du levain ? C'est cela : à cause de l'expiation amenée par Jésus, le Saint-Esprit peut vivre en nous et nous pouvons « nous approcher avec confiance du trône de la grâce ». Bien que nous ayons toujours du levain, nous pouvons trouver de l'aide quand nous en avons besoin. Ils voient dans les pains que les croyants juifs et païens offrirent au Seigneur comme Premiers Fruits de ce qui allait venir. L'Eglise n'est pas complète sans les juifs et les païens. Je trouve l'argument irrésistible. Pour moi, c'est juste un exemple de plus pour le centre prophétique des temps choisis. Quand on réalise cela, la pratique de lire Ruth prédisait l'unité des croyants juifs et païens.
Jésus et les Jours Sacrés du Printemps
La série de Passover, des Pains Sans Levain, des Premiers Fruits, et de la Pentecôte marquent les périodes de deux histoires de la vraie histoire. La première histoire est celle de la délivrance de l'esclavage en Egypte et le don de la Loi. La seconde histoire est celle de la délivrance de l'esclavage au péché et du don du Saint-Esprit. Deux histoires avec des implications et des sens différents. Cependant, il devrait être remarqué, qu'il n'y a pas d'indice que les anciens sens étaient soit rejetés ou déshonorés. En fait, les anciens sens sont essentiels aux nouveaux sens. De toute façon, la table suivante montre sommairement les relations :
Ancienne Alliance (ombre) Nouvelle Alliance (Substance)
Passover Moïse le médiateur Jésus le médiateur
Le sang de l'agneau Le sang du Messie
Pains Sans Levain Son corps
Vin Son sang
Fête des Pains Sans Levain Eliminer le levain Sanctification
Rédemption de l'esclavage Rédemption de l'esclavage
d'Egypte du péché
Présentation de l'offrande Présentation de la gerbe La résurrection de Jésus
des Premiers Fruits Manne Pain de la vie
Pentecôte Feu sur la montagne Feu sur les croyants
Don de la Loi Don du Saint-Esprit
Loi écrite sur de la pierre Loi écrite sur les c_urs
Deux pains avec du levain Juifs et Païens
Naissance d'une nation Naissance de l'Eglise
Les Jours Sacrés de l'Automne
Fête des Trompettes (Yom Teruah ; Rosh Hashannah)
« L'Eternel s'adressa à Moïse en ces termes:
---Parle aux Israélites, et dis-leur: Le premier jour du septième mois sera pour vous un grand jour de repos et, pour vous rappeler à mon souvenir, de sonnerie de trompettes avec un rassemblement cultuel.
Vous ne ferez aucune tâche de votre travail habituel ce jour-là, et vous offrirez à l'Eternel des sacrifices consumés par le feu.» (Lév. 23:23-25)
Lévitique 23:23 commence avec les mots « L'Eternel s'adressa à Moïse en ces termes... » Et donc, indique le commencement d'une nouvelle section. Après ce verset sont les commandements concernant les jours sacrés de l'automne.
Le premier de ceux-ci arrive le premier jour du septième mois du calendrier religieux. Pour les anciens auteurs d'Hébreux c'était le mois d'Ethanim. Dans le calendrier moderne, le mois est appelé Tishri. Le jour sacré est désigné comme « un jour de repos, un rappel par la sonnerie des trompettes ». La phrase « la sonnerie des trompettes » est traduite par le mot Hébreux « Teruah ». Le mot est vaguement comme le mot anglais pour « fanfare ». Comme « fanfare », « Teruah » a une association avec le son d'une trompette, mais veut vraiment dire ces choses pour lesquelles nous voudrions sonner une trompette : pour alerter, pour l'appel au combat, pour annoncer l'arrivée d'un roi, etc. Dans le cas de ce jour sacré, les trompettes annoncent l'arrivée des jours sacrés à venir. Les jours sacrés qui suivent, sont donc incroyablement importants. Peut-être est-il mieux de dire que vous ne voulez pas être pris à l'improviste quand leur jour arriva. Comme les Boys Scout disent, « Soyez préparés ! ».
Les Juifs commencent par sonner les cornes de bélier (shofars) dans leurs synagogues pendant le sixième mois (Elul) et continuent jusqu'au Jours d'Expiation. Les trompettes rappellent au peuple que le Jour d'Expiation approche. C'est un temps de réflexion sur l'année et l'état de votre caractère et votre relation avec Dieu. Puis, le premier jour du septième mois (Rosh Hashanah), il y a un service spécial qui présente une cérémonie élaborée de sonnerie de trompettes.
Les trompettes rappellent au Juifs au moins huit choses131:
1. De préparer pour la venue du Jour d'Expiation en examinant la vie que vous avez vécue cette année passée.
2. De célébrer la création avec Dieu comme son Roi. Parce que, selon la tradition juive, la création commença le premier jour du septième mois.
3. De se rappeler que le Seigneur descendit sur le mont Sinaï avec le son très puissant d'un shofar (Exode 19:16-19).
4. D'imaginer le son du berger céleste rappelant ceux qui s'étaient éloignés du bercail d'Israël.
5. De se réjouir en liberté de l'esclavage. Dans le passé, les esclaves furent libérés au son du shofar.
6. De se réjouir en la restauration. La propriété fut rendue au son du shofar dans l'année du Jubilée (Lév. 25:9).
7. De se souvenir de l'obéissance d'Abraham quand il offrit son fils Isaac. Quand Abraham sacrifia Isaac, un bélier fut prit par ses cornes dans un bosquet.
8. D'attendre avec impatience la venue du royaume du Messie que le son du shofar amènera.
Comme les jours sacrés du printemps représentaient la première venue du Messie, nous pouvons aussi commencer à voir que les jours sacrés de l'automne représentent Son retour. Cela est vu par l'imagerie consistante des trompettes dans le Nouveau Testament.
« Il enverra ses anges rassembler, au son des trompettes éclatantes, ses élus des quatre coins du monde, d'un bout à l'autre de l'univers.» (Matt. 24:31)
« ... en un instant, en un clin d'_il, au son de la trompette dernière. Car, lorsque cette trompette retentira, les morts ressusciteront pour être désormais incorruptibles, tandis que nous, nous serons changés. » (1 Cor. 15:52)
« En effet, au signal donné, sitôt que la voix de l'archange et le son de la trompette divine retentiront, le Seigneur lui-même descendra du ciel, et ceux qui sont morts unis au Christ ressusciteront les premiers. » (1 Thes. 4:16)
« Alors les sept anges qui tenaient les sept trompettes s'apprêtèrent à en sonner.» (Apocalypse 8:6)
« Mais le reste des hommes qui avaient survécu à ces fléaux, ne renoncèrent pas à leurs façons d'agir; ils ne cessèrent pas d'adorer les démons ainsi que les idoles d'or, d'argent, de bronze, de pierre et de bois, bien qu'elles soient incapables de voir, d'entendre et de bouger.
Ils ne renoncèrent pas à leurs meurtres, à leurs pratiques magiques, à leur immoralité et à leur malhonnêteté. » (Apocalypse 9:20,21)
Les trois premiers versets ci-dessus correspondent directement à la dernière trompette sonnée à la veille du Jour d'Expiation. Les deux suivants (Apocalypse 8:6 et 9:20,21) ont une association nette avec les trompettes annonçant la venue du Jour. Comme les trompettes qui annoncent le Seigneur comme le Roi sur Sa création, des trompettes annonceront aussi la venue du Messie comme Roi. Comme les trompettes qui annoncent l'année du Jubilée et liberté aux esclaves, des trompettes annonceront aussi la transition de notre chair corruptible à de nouveaux corps incorruptibles. Comme les trompettes sonnées avant le Jour d'Expiation appelaient les Juifs à la repentance, ces trompettes appeleront aussi toute l'humanité à se repentir avant le terrible Jour du Seigneur. Les sept trompettes dans Apocalypse, comme les shofars qui sonnaient dans les synagogues, sont un appel à la terre de se repentir. En conséquence, nous avons la signification d'Apocalypse 9:20,21 : Les trompettes ont sonnées et le monde ne s'est pas repenti. Les Coupes des Jugements, contenant la Colère de Dieu, peuvent être maintenant versées sur la terre.
En bref, les trompettes annoncent la venue du Roi. Comme telles, elles appellent le peuple de Dieu à préparer leurs c_urs pour Sa venue. Comme Jésus a dit, Il veut venir et nous trouver à nos postes. Pour les perdus, les trompettes appellent la repentance.
A défaut de repentance, les trompettes annoncent la venue du Jugement de Dieu. En conséquence, le prochain jour sacré sera, pour chaque personne, soit un Jour d'Expiation ou le Jour du Jugement.
Jour d'Expiation (Yom Kippur)
« L'Eternel parla encore à Moïse en ces termes:
---Le dixième jour de ce septième mois est le Jour des *expiations[
l]; ce sera un jour d'assemblée cultuelle, vous vous humilierez et vous offrirez à l'Eternel des sacrifices consumés par le feu.
Vous ne ferez aucun travail ce jour-là, car c'est le Jour des expiations destiné à faire l'expiation pour vous devant moi, l'Eternel votre Dieu.
Toute personne qui ne s'humilierait pas en ce jour-là sera exclue de son peuple.
Et j'en ferai moi-même disparaître celui qui fera un travail quelconque ce jour-là.
Vous ne ferez aucune sorte de travail. C'est une ordonnance en vigueur à perpétuité pour toutes les générations dans tous les lieux où vous habiterez.
Ce sera pour vous un grand jour de repos, au cours duquel vous vous humilierez. Dès le soir du neuvième jour du mois jusqu'au lendemain soir, vous observerez ce repos. » (Lév. 23:26-32)
« Puis il prendra les deux boucs et les placera devant l'Eternel à l'entrée de la tente de la Rencontre.
Il tirera au sort pour savoir lequel des deux sera destiné à être sacrifié à l'Eternel et lequel sera destiné à être un bouc émissaire.
Il fera approcher le bouc que le sort aura attribué à l'Eternel, et l'offrira en sacrifice pour le péché.
Quant au bouc désigné par le sort comme bouc émissaire, on le présentera vivant devant l'Eternel, pour servir à l'expiation et pour être chassé comme bouc émissaire dans le désert...
... Car en ce jour-là, on accomplira le rite d'expiation pour vous afin de vous purifier de toutes vos fautes; ainsi vous serez purs devant l'Eternel.
Ce sera pour vous un sabbat, un jour de repos, pendant lequel vous vous humilierez; c'est là une institution pour toujours.
Le rite d'expiation sera accompli par le prêtre qui aura reçu l'onction et l'office sacerdotal à la place de son père. Il revêtira les vêtements sacrés en lin.
Il accomplira le rite d'expiation pour le sanctuaire sacré, pour la tente de la Rencontre et pour l'autel, il fera aussi le rite d'expiation pour les prêtres et pour tout le peuple rassemblé.
C'est pour vous une ordonnance en vigueur à perpétuité: une fois par an, il faut accomplir le rite d'expiation pour toutes les fautes des Israélites.
Aaron fit tout ce que l'Eternel avait ordonné à Moïse. » (Lév. 16:7-10 ; 30-34)
Le Jour d'Expiation, ou Yom Kippur, représentait le jour quand le prêtre mit des vêtements spéciaux et fit des offrandes pour expier, ou purifier, le sanctuaire saint, le temple, et l'autel. Puis il faisait des expiations pour les prêtres et le peuple. Le jour était solennel et sérieux. C'était un jour de repos complet et de jeûne avec un but d'humilier l'âme. Comme jour sacré, il servait à nous rappeler de la gravité et de l'offense du péché. La veille du Jour d'Expiation commençait avec le son d'un shofar. Après, les shofars étaient silencieux jusqu'à l'année suivante.
Yom Kippur commence dans la soirée du neuvième jour du septième mois. Dans le Judaïsme moderne, il y a un chant liturgique important chanté pendant cette soirée. Il s'appelle Kol Nidre, qui en Hébreux veut dire « Tous les V_ux ». C'est l'abrogation des v_ux : une purification de v_ux qui furent faits, mais restèrent inaccomplis et irréalisables. Kol Nidre a son origine dans le septième siècle en Espagne, où les Juifs furent torturés ou brulés à moins qu'ils ne prennent serment de cesser toute expression religieuse juive. Ces Juifs, dont les constitutions ne pouvaient pas s'élever à souffrir une mort atroce et effrayante, renonçaient à leur Judaïsme. Quand une meilleure période arriva, le Kol Nidre fut crée pour les absoudre de leurs serments imprudents et ré-ouvrir une association dans la communauté. Pour moi, c'était l'esprit de la parabole du fils prodige de Jésus. C'est une expression complète de pardon pour une personne qui abandonna la communauté, mais retrouva plus tard sa raison.
If Kol Nidre est la porte ouverte pour renouveler l'association à un apostat repentant, ceux qui traitaient le jour légèrement se trouvaient sur le sentier de la destruction. Comme le Seigneur dit,
« Et j'en ferai moi-même disparaître celui qui fera un travail quelconque ce jour-là.»
Ceux qui travailleraient ce jour-là, quand le péché devait être confronté, ne comprenaient pas la gravité du péché. Cela veut dire, par mes actions, que le péché n'est pas un problème pour moi.
Avant la destruction du temple, l'expiation du peuple impliquait deux boucs. En jetant les dés, le prêtre choisit entre les boucs. Un fut choisi pour le Seigneur (hwhyl, l'yhvw), l'autre fut choisi pour Azazel (Izazul, l'azazel) (normalement traduit comme bouc émissaire). Le prêtre transférait les péchés du peuple sur le bouc émissaire, puis l'emmenait dans le désert. Le premier bouc payait la punition pour le péché du peuple, le second enlevait le péché. Les anciens Juifs considéraient que les deux boucs étaient les deux moitiés d'un seul sacrifice. Pour cette raison, ils sélectionnaient deux boucs qui se ressemblaient étroitement.
La référence à Azazel apparaît seulement dans Lévitique 16. Il n'apparaît nulle part ailleurs dans les Ecritures. Bien qu'il soit normalement traduit comme « bouc émissaire », la langue actuelle suggère un être pour qui le bouc est choisi. Lorsqu'un bouc est choisi « pour le Seigneur », l'autre est choisi « pour (a) Azazel ». Qui ou quoi est Azazel ?
Il n'y a qu'une référence extrabiblique pour lui (elle) : le Livre d'Hénoch. Il l'identifie comme étant un des anges (comme insinué par Genèse 6) qui corrompit la terre. Une connexion intrigante au Jour d'Expiation arrivait dans le chapitre 10 d'Hénoch.
« ... de nouveau le Seigneur dit à Raphael : « attachez les mains et les pieds d'Azazel et jetez-le dans l'obscurité : et faites une ouverture dans le désert, qui est dans Dudael et jette le là. Et met sur lui des roches rêches et dentelées et couvre le avec l'obscurité et permet lui de demeurer là pour toujours et de couvrir son visage qu'il ne puisse pas voir la lumière. Et le jour du grand jugement, il sera jeté dans le feu. »
Cette référence serait-elle fiable ? C'est une question difficile. Le Livre d'Hénoch n'a pas l'ancienneté qu'il réclame, mais il est quand même plusieurs milliers d'années plus près du sens d'Azazel que nous avons n' importe où ailleurs. Le fait que Jude cite de lui (Jude 14, 15) atteste, au moins, de sa pertinence culturelle. D'un autre coté, la traduction d'Azazel dans le Septante, avpoopompaiw| (« emporter »), est plus près du sens d'un « bouc émissaire ».
Néanmoins, l'image d'Hénoch est intrigante. Le bouc « pour (a) Azazel » est envoyé dans le domaine d'Azazel dans le désert. Nous avons une image des péchés d'Israël étant enlevés et jetés dans l'abysse pour attendre le jugement final.
Bien que le Jour d'Expiation concerne le payement et l'ablation des péchés d'une nation pour une année, il attend aussi avec impatience le jour du salut d'Israël. Remarquez les connections thématiques des versets suivants.
« Voici! Il vient
au milieu des nuées,
et tout le monde le verra
et même ceux qui l'ont percé
et toutes les familles de la terre
se lamenteront à cause de lui.
Oui, amen! » (Apocalypse 1:7)
« ---Je répandrai alors sur la famille de David et sur ceux qui habitent Jérusalem un Esprit de pitié et de supplication. Alors ils tourneront leurs regards vers moi, celui qu'ils auront transpercé. Ils porteront le deuil pour lui comme on porte le deuil pour un enfant unique; ils pleureront sur lui tout comme on pleure amèrement pour son fils premier-né.» (Zacharie 12:10)
« Je regardai encore dans mes visions nocturnes:
Sur les nuées du ciel,
je vis venir quelqu'un semblable à un fils d'homme.
Il s'avança jusqu'au vieillard âgé de nombreux jours
et on le fit approcher devant lui.
On lui donna la souveraineté, et la gloire et la royauté,
et tous les peuples, toutes les nations, les hommes de toutes les langues lui appor- tèrent leurs hommages.
Sa souveraineté est éternelle,
elle ne passera jamais,
et quant à son royaume, il ne sera jamais détruit. » (Daniel 7:13,14)
« C'est alors que le signe du Fils de l'homme apparaîtra dans le ciel. Alors tous les peuples de la terre se lamenteront, et ils verront le Fils de l'homme venir sur les nuées du ciel avec beaucoup de puissance et de gloire.
Il enverra ses anges rassembler, au son des trompettes éclatantes, ses élus des quatre coins du monde, d'un bout à l'autre de l'univers.» (Matt. 24:30,31)
« Frères, je ne veux pas que vous restiez dans l'ignorance de ce mystère, pour que vous ne croyiez pas détenir en vous-mêmes une sagesse supérieure: l'endurcissement d'une partie d'Israël durera jusqu'à ce que l'ensemble des non-Juifs soit entré dans le peuple de Dieu,
et ainsi, tout Israël sera sauvé. C'est là ce que dit l'Ecriture:
De Sion viendra le Libérateur;
il éloignera de Jacob toute désobéissance.
Et voici en quoi consistera mon alliance avec eux:
c'est que j'enlèverai leurs péchés.» (Romains 11:25-27)
Premièrement, Apocalypse 1:7 lie deux prophéties messianiques de l'Ancien Testament : Zacharie 12:10 et Daniel 7:13,14. C'est-à-dire, le jour du retour du Seigneur est le jour qu'Israël recevra « l'Esprit de grâce et de supplication » et trouvera le salut national. Deuxièmement, Matthieu lie ces évènements de sonner les trompettes (ou shofars) qui commence le Jour d'Expiation. Troisièmement, c'est le jour que Paul, dans Romains 11:25-27, attendait. Comme le bouc choisi pour Azazel enlève les péchés d'Israël, selon Paul, la venue du Seigneur enlèvera aussi les péchés d'Israël. Le sens de tout ça est que la future réalisation du Jour d'Expiation est la deuxième venue de Jésus Christ sur la terre et le salut d'Israël.
La Fête des Tabernacles (Souccot)
« L'Eternel s'adressa à Moïse en ces termes:
---Parle aux Israélites, et dis-leur: Le quinzième jour de ce septième mois, aura lieu la fête des Cabanes; on la célébrera durant sept jours en l'honneur de l'Eternel.
Le premier jour, il y aura une assemblée cultuelle; vous ne ferez aucune tâche de votre travail habituel ce jour-là.
Pendant sept jours, vous offrirez à l'Eternel des sacrifices consumés par le feu. Le huitième jour, vous aurez encore une assemblée cultuelle et vous m'offrirez des sacrifices consumés par le feu. C'est un jour de fête cultuelle; vous ne ferez aucune tâche de votre travail habituel ce jour-là.
Telles sont les fêtes à célébrer en l'honneur de l'Eternel, et pour lesquelles vous convoquerez le peuple pour qu'il se rassemble afin de me rendre un culte. Il m'offrira à moi, l'Eternel, en sacrifices consumés par le feu, les holocaustes et les offrandes, les sacrifices et les libations, requis pour chaque jour.
Ils viendront s'ajouter à ceux que vous offrirez lors de mes sabbats, à vos dons, aux sacrifices offerts pour accomplir un v_u ou volontairement.
Le quinzième jour du septième mois quand vous aurez récolté tous les produits de vos terres, vous célébrerez une fête en l'honneur de l'Eternel pendant sept jours. Le premier et le huitième jour seront des jours de repos.
Le premier jour, vous prendrez de beaux fruits de vos arbres, des branches de palmiers, des rameaux d'arbres touffus et de saules des rivières. Pendant sept jours, vous vous réjouirez devant moi, l'Eternel votre Dieu.
Vous célébrerez cette fête en l'honneur de l'Eternel sept jours par an. C'est une ordonnance en vigueur à perpétuité, pour toutes les générations: vous la célébrerez le septième mois.
Vous habiterez pendant sept jours dans des cabanes; tous ceux qui seront nés en Israël logeront dans des cabanes
pour que vos descendants sachent que j'ai fait habiter les Israélites sous des tentes lorsque je les ai fait sortir d'Egypte. Je suis l'Eternel votre Dieu. » (Lév. 23:33-43)
Cinq jours après le jour d'expiation, la Fête des Tentes (ou Tabernacles) commence. L'élément principal de cette célébration est « vivre dans des Tentes » pendant une semaine. La pratique actuelle parmi les Juifs consiste à construire une « cabane » derrière la maison ou sur le porche. Ils construisent la cabane en attachant des branches ensemble, parce qu'elles ne devaient pas être clouées ni être construites de toutes autres façons qui suggèreraient permanence. En fait, la cabane faite correctement aura des fuites. Cette vertu permet aux occupants de voir les étoiles. Quoique les Juifs ne vivent pas vraiment dans ces choses, ils partageront des repas dedans et quelque fois passeront au moins une nuit campant dedans. Je connais une famille juive qui des fois vont faire un voyage avec sacs à dos durant cette période.
J'aime appeler la Fête des Tabernacles, « le jour sacré de la présence manifeste de Dieu ». Voilà pourquoi. Lévitique dit,
« ... pour que vos descendants sachent que j'ai fait habiter les Israélites sous des tentes lorsque je les ai fait sortir d'Egypte. »
Les tentes permettent aux enfants de prétendre qu'ils sont des Israélites dans le désert. Alors, comment-était-ce dans ces jours ? Les douze tribus avaient leurs camps dans le nord, le sud, l'est et l'ouest. Au centre se tenait le tabernacle. Au dessus du tabernacle apparaissait la présence manifeste du Seigneur.
« L'Eternel dit à Moïse:
---Combien de temps ce peuple me méprisera-t-il encore? Quand cessera-t-il de me refuser sa confiance, alors que j'ai produit au milieu d'eux tant de manifestations extraordinaires?
Je vais le frapper de la peste pour l'exterminer, puis je formerai, à partir de toi, un peuple plus nombreux et plus puissant que lui!
Moïse répondit à l'Eternel:
---Les Egyptiens savent que c'est toi qui as fait sortir ce peuple de chez eux par ta puissance,
et ils l'ont dit aux habitants de ce pays qui ont appris que toi, Eternel, tu es parmi ce peuple à qui toi, Eternel, tu apparais de façon visible, que ta nuée se tient au-dessus d'eux, que tu marches à leur tête dans une colonne de nuée le jour, et dans une colonne de feu la nuit.
Si tu fais périr ce peuple tout entier, les nations qui ont entendu parler de toi diront:
« L'Eternel n'était pas capable de faire entrer ce peuple dans le pays qu'il leur avait promis par serment; il les a massacrés dans le désert.»
Maintenant, de grâce, que la puissance du Seigneur se manifeste dans toute sa force, selon ce que tu as déclaré en disant:
« L'Eternel est patient et riche en amour, il pardonne faute et péché, mais il n'acquitte pas le coupable et il fait payer aux fils le péché des pères jusqu'à la troisième, voire la quatrième génération.»
Pardonne, je te prie, la faute de ce peuple, en vertu de ton immense amour, tout comme tu n'as cessé de pardonner à ce peuple depuis qu'il est sorti d'Egypte.
L'Eternel répondit:
---Je lui pardonne comme tu l'as demandé.
Néanmoins, aussi vrai que je suis vivant et que toute la terre sera remplie de la gloire de l'Eternel, » (Nombres 14:11-21)
Quelle vue incroyable à voir chaque jour.
« et ils l'ont dit aux habitants de ce pays qui ont appris que toi, Eternel, tu es parmi ce peuple à qui toi, Eternel, tu apparais de façon visible, que ta nuée se tient au-dessus d'eux, que tu marches à leur tête dans une colonne de nuée le jour, et dans une colonne de feu la nuit. »
Quand le Seigneur voulait qu'ils bougent, les colonnes bougeaient. Quand le Seigneur voulait qu'ils s'arrêtent, les colonnes s'arrêtaient. C'est une histoire que les parents pouvaient raconter à leurs enfants durant le diner sous la tente. Quand la nuit tombait et que vous pouviez contempler les étoiles, les parents pouvaient raconter à leurs enfants comment l'univers manifeste la présence de Dieu. C'était alors un bon moment de lire le Psaume 19.
La Fête des Tabernacles attend aussi le Royaume Messianique. Elle attend le temps, quand la présence de Dieu, à travers le règne de Son Fils, est aussi évident sur la terre qu'il était dans les jours de voyage dans le désert. En fait, selon Zacharie, la Fête des Tabernacles sera une célébration internationale durant le Royaume.
« En ce jour-là, l'Eternel sera roi de toute la terre. En ce jour-là, l'Eternel sera le seul Dieu et on le priera lui seul...
Et il arrivera que tous ceux qui subsisteront de toutes les nations qui seront venues attaquer Jérusalem, monteront tous les ans pour se prosterner devant le Roi, le Seigneur des armées célestes, et pour célébrer la fête des Cabanes.
Si l'un des peuples de la terre refuse de monter jusqu'à Jérusalem pour adorer le Roi, le Seigneur des armées célestes, il ne recevra pas de pluie.
Et si les Egyptiens ne montent pas, oui, s'ils refusent de venir, ils subiront aussi la plaie dont l'Eternel frappera tous les peuples qui ne monteront pas pour célébrer la fête des Cabanes.
Ce sera la peine du péché de l'Egypte et celle de toute nation qui ne montera pas pour célébrer la fête des Cabanes. » (Zacharie 14:9,16-19)
Il devrait être clair maintenant, comment les jours sacrés d'automne de Lévitique suivent la piste de la Seconde Venue de Jésus Christ. Le son des trompettes représente les avertissements et le tremblement de la terre pour appeler toute l'humanité à se repentir. Le Jour d'Expiation représente le jour que Jésus reviendra physiquement et le jour qu'Israël, la nation, trouvera le salut. La Fête des Tabernacles représente le Royaume Millénaire.
L'Ancien Testament Le Nouveau Testament
(Ombre) (Substance)
La sonnerie des Les trompettes annoncent la venue du Une série de fléaux annonce la
trompettes Jour d'Expiation. venue du Jour du Seigneur.
Le Jour d'Expiation Expiation annuelle et ablation des Le retour de Jésus Christ et le
Péchés d'Israël. salut d'Israël.
La Fête des Souvenir des voyages dans le désert Le règne de Jésus Christ sur le
Tabernacles avec la présence de Dieu dans le Royaume d'Israël.
Camp.
Conclusion
L'Eglise de Jésus Christ devrait-elle célébrer ces choses ? Quatre fois dans Lévitique 23 on nous dit,
« C'est une ordonnance en vigueur à perpétuité pour toutes les générations dans tous les lieux où vous habiterez. »
Bien sur, le commandement est adressé aux Juifs. D'un autre coté, ces temps choisis témoignent maintes fois du travail passé et futur de notre Seigneur. Ne devrions-nous pas faire de la place pour les principaux comme Passover, le Jour d'Expiation, et la Fête des Tabernacles ? Ceux-ci représentent trois doctrines majeures de notre foi : la Mort de Jésus pour nos péchés, Son retour, et Son Royaume à venir. Réfléchissez comment ces jours sacrés représentent ces vérités, parce qu'elles sont libres de la clameur séculière qui entoure Noel et Pâque. A part ça, comme il est dit plus haut, la Fête des Tabernacles semble être le jour sacré international du Royaume Millénaire.
« Et il arrivera que tous ceux qui subsisteront de toutes les nations qui seront venues attaquer Jérusalem, monteront tous les ans pour se prosterner devant le Roi, le Seigneur des armées célestes, et pour célébrer la fête des Cabanes. » (Zacharie 14:16)
Nous pouvons partager le repas de Passover avec la famille et des amis et célébrer Jésus Christ comme notre Agneau de Passover. Nous pouvons jeûner pour le Jour d'Expiation, nous humilier devant Dieu, méditer sur Son retour, et prier que nous soyons trouvés à nos postes. Nous pouvons construire nos cabanes durant la Fête des Tabernacles et attendre le Royaume à venir. De cette façon, nos enfants peuvent commencer à apprendre les vérités importantes très jeunes, libres des signaux confus de la culture séculaire.
Avec les goûts de Passover, la présentation de la gerbe durant les Premiers Fruits, la présentation des deux pains à la Pentecôte, la sonnerie des trompettes, le jeûne du Jour d'Expiation, et les tentes de la Fête des Tabernacles, l'histoire de la libération et le salut de Dieu est racontée sans mots. Les évènements stimulent les questions des jeunes et fournissent des images mentales de concepts sublimes. Ces jours parlent de libérations passées et futures. Elles sont historiques et prophétiques en même temps. Combien est grand notre Dieu, qui peut ainsi organiser le temps et l'histoire pour utiliser les mêmes fêtes deux fois!
18. Le Chandelier, les Pains et le Blasphémateur (Lévitique 24)
Introduction
Il y a plusieurs années, j’emmenais nos enfants à l’école quand je vis un policier arrêter une maman juste devant l’école. Bien que j’aie vu ce qu’elle avait fait, je ne comprenais pas ce qu’elle avait fait de mal. Cependant, j’allais le savoir bien vite car le policier m’arrêta juste derrière elle. J’appris alors que j’étais accusé de la même offense qu’elle – j’avais fait un demi-tour illégal. J’étais en colère car je ne pouvais pas comprendre comment faire demi-tour là était illégal. Pour satisfaire mon sens de fair play, je me suis arrêté au même endroit le jour suivant, pour découvrir que beaucoup d’autres automobilistes faisaient exactement la même chose la dame et moi avions fait, manifestement ne sachant pas qu’ils enfreignaient la loi.
J’en eus assez. J’allais aller lutter contre cette injustice au tribunal. A mon avantage, avant mon audience un panneau « interdiction de tourner à gauche » fut placé ainsi qu’un panneau « demi-tour interdit » (incorrectement placé à l’intersection). Quand mon tour arriva, j’ai protesté que l’offense était incorrectement définie et que le panneau était mal placé. Le juge écouta mes objections puis demanda s’il y avait d’autres personnes dans le tribunal avec cette même offense. J’appris que je n’étais pas seul dans mon indignation. Dix autres personnes au moins levèrent leurs mains. Le juge rejeta toutes les accusations. J’avais gagné. Non, nous avions gagné.
Mon cas n’était pas monumental, mais il était important. Premièrement, il démontra que nous avons beaucoup tendance à désobéir les lois que nous ne comprenons pas, et qui ne semblent pas nous concerner, ni notre situation. Les autres et moi, qui avions « tourner à gauche », n’y pensions pas comme un demi-tour, et ainsi ne pensions pas avoir enfreigné la loi. Deuxièmement, la décision que le juge rendit avait une application bien plus grande que juste mon cas, car son jugement trouva tout ceux qui avaient aussi été accuses de la même infraction, non coupables. Une décision de court de justice peut avoir de vastes ramifications.
Les leçons que j’ai apprit de ma brève rencontre avec la loi peuvent aussi être apprises de la Loi de Moïse, comme c’est clarifié dans le chapitre 24 du Livre de Lévitique. Ici, nous trouvons le cas d’un homme qui avait blasphémé, utilisant le nom du Dieu d’Israël. Les Israélites n’étaient pas très surs comment la loi de Dieu contre le blasphème s’appliquait à cet homme, alors ils demandèrent un jugement, que Dieu donna à Moïse. En clarifiant la loi comme elle s’appliquait à l’offense de cet homme, Israël fut instruit comment la loi s’appliquait à eux personnellement. En plus, le peuple de Dieu furent enseigné quelques principes importants qui s’appliquèrent à une gamme bien plus grande d’offenses.
La Tension du Texte
Je ne vous dirais pas (encore) que ce chapitre est si critique que c’est la clef pour comprendre le Nouveau Testament tout entier. Mais je vous dirais que le chapitre est à la fois important et pertinent aux saints du Nouveau Testament. C’est comme ça parce que les principes qui sont à la base de ce chapitre sont ceux qui s’appliquent aux Chrétiens du Nouveau Testament.
La structure de notre chapitre est presque immédiatement apparente. Il y a trois sections distinctes :
Le chandelier (vs. 1-4)
Les pains (vs. 5-9)
Le blasphémateur (vs. 10-23)
J’ai choisi un titre pour ce message qui résume ces trois sections. Le titre est Le Chandelier, les pains, et le blasphémateur.
Si la structure de ce chapitre est claire, sa logique ne l’est pas. Les érudits ont de la peine à expliquer quelle relation ces trois sections du chapitre 24 ont les unes avec les autres, et aussi comment le chapitre 24 entre dans la plus grande section des chapitres 23-25.
« Il n’est pas clair quelles considérations auraient pu provoquer le compilateur à insérer ce matériel entre les régulations pour le fête annuelle (cf. 23) et celles pour l’année sabbatique et l’Année du Jubilée (chap. 25). »132« Les commentateurs ont été incapables de discerner tous rapports évidents entre le matériel dans ce chapitre et ce qui le précède et le suit. »133Notre but sera de trouver le dénominateur commun, la colle littérale qui lie ces trois paragraphes ensemble. Je vous assure, il y en a une, et je crois que notre étude du texte rendra cela clair. Le principe en est un qui a beaucoup d’applications pour le Christianisme contemporain, pour endurer avec moi comme nous travaillons à exposer le point principal de notre texte.
Notre approche de cette leçon sera d’examiner chacun des trois segments du chapitre 24 individuellement. Je vais traiter en premier avec le chandelier (vs. 1-4), puis les pains (vs. 5-9). Puisque ces deux sections sont liées, je ferais une pause à la fin du verset 9 pour faire quelques observations préliminaires. Puis je continuerais sur les versets 10-23, qui traitent avec le blasphémateur. Après avoir fait quelques observations sur cette portion du texte, je chercherais à montrer le rapport entre tous les segments du chapitre. Puis nous tracerons le principe commun de notre passage à travers le Nouveau Testament, puis chercherons à explorer ses implication et applications à nos propres vies.
« Donne-moi de l’Huile Pour mon Chandelier » (24:1-4)
Le chandelier d’or est déjà apparu dans le Pentateuque plusieurs fois (Exode 25:31-40 ; 27:20-21 ; 37:17-24 ; 40:25-26), et cela arrivera encore (Nombres 8:1-4 ; 1 Sam.3 :3). Il fut placé dans le lieu saint pour fournir de la lumière dans l’obscurité du tabernacle. Même durant la journée, les voiles couvrant la tente empêchaient la lumière d’entrer dans le tabernacle. L’accentuation de ces versets dans Lévitique 24 est que la lumière devait brûler continuellement. Quelque chose comme la flamme brûlant à la tombe du Président Kennedy, la flamme de cette lampe ne devait jamais s’éteindre. Les termes clefs dans les versets 1-4 sont « continuellement » et « en permanence », trouvés trois fois (vs. 2,3,4).
En fait, la nation entière joua un rôle dans cette tâche de garder le chandelier allumé. (Ainsi, j’ai utilisé le titre, « Donnez-moi de l’huile pour mon chandelier », probablement le seul support biblique pour le refrain populaire). Les Israélites devaient fournir un ravitaillement constant d’huile raffinée d’olive, qui devait être amené à Moïse (v. 2). Aaron fut donné la tâche de garder le(s) chandelier(s)134allumé(s), spécialement la nuit (« du soir au matin », v. 3). Cela devait être fait en permanence, et ainsi cette tâche serait héritée par les fils d’Aaron (vs. 3-4).
La raison pour le soin continu, attentionné de ce chandelier peut être trouvée en pensant au rôle que ce chandelier joua dans le tabernacle. Il fournissait pratiquement toute la lumière dans le tabernacle. Sans cette lumière, Aaron et les prêtres n’auraient pas assez vu pour accomplir leurs tâches. Et pire encore, ils auraient pu faire des erreurs dans l’obscurité (par exemple, entrer dans le lieux-très-saint !) qui aurait pu être fatal. Une chose aussi minime que ce chandelier était vitale au processus sacrificiel extrêmement important, dont un peu prenait place dans le tabernacle.
Le Pain Hebdomadaire d’Israel (24:5-9)
Dans le palais royal de Londres (on m’a dit) il y a une cérémonie connue sous le nom du « changement de la garde ». Cette cérémonie en est une qui attire beaucoup d’attention, spécialement parmi les touristes. Dans l’ancien Israël, il y avait une cérémonie hebdomadaire du « changement des pains ». Elle se passait une fois par semaine le jour du Sabbat. Douze gros pains135(chaque pain utilisé à peu près 6.5 livres de farine) étaient cuits au four, et le jour du Sabbat ces derniers étaient échangés, remplaçant les vieux pains avec les nouveaux, qui étaient arrangés136sur la table137d’or pur. Ce pain vieux d’une semaine faisait parti de la nourriture sacrée mangée par les prêtres. Bien que le terme « toujours » n’apparaisse qu’une fois (v. 8), il est clair que cet échange des pains devait arriver régulièrement, et sans aucune interruption. Elle, comme l’attention du chandelier, était une question de soin méticuleux.
Il y a au moins deux raisons pour lesquelles le changement des pains était important. Premièrement, ces pains faisaient partis des offrandes sacrificielles. Seule une part des pains était offerte, et cette portion, qui serait brûlée, serait accompagnée par de l’encens (v. 7). Manquer de fournir ces pains entraverait le processus sacrificiel, qui était symbolique d’une « alliance éternelle » (v. 8). Ainsi, ces pains étaient extrêmement importants à cause de ce qu’ils symbolisaient. Deuxièmement, ces pains (ou plus précisément ce qu’il restait d’eux) faisait parti de la nourriture qui maintenait et nourrissait les prêtres (v.9). Manquer de fournir le clergé entraverait le processus sacerdotal. Ainsi, les pains devaient toujours être prêts.
Une Leçon du Chandelier et des Pains
Ces deux premiers paragraphes ont plusieurs choses en commun. Tous les deux traitent avec des choses concernant le tabernacle et son ministère sacerdotal. Le chandelier et la table, tous les deux sont fait en or. Tous les deux furent placés dans l’endroit saint à l’intérieur du tabernacle. Tous les deux étaient sujets à une maintenance régulière, une était quotidienne (le chandelier), l’autre était hebdomadaire (les pains). Dans les deux cas, la congrégation entière en faisait partie d’une façon ou d’une autre. Le peuple devait fournir à la fois l’huile pour le chandelier et la farine pour les pains.
L’importance d’entretenir la lumière du chandelier et les pains sur la table souligne un principe très important, un qui est trouvé à la fois dans l’Ancien et le Nouveau Testaments : UN MINISTERE SPIRITUEL EXIGE UN SUPPORT PHYSIQUE.
J’ai autant à commencer par confesser que nous avons un domaine de gérance (superviser par un de nos anciens) qui est appelé « support physique ». Ainsi, la terminologie précise que j’ai employée ici pourrait différer un peu de celle que vous connaissez. Indifféremment de la terminologie, le ministère spirituel et le ministère physique sont très entrelacés. Certaines gens méprisent un ministère qui est « simplement physique », pensant que c’est un genre de « service de deuxième classe ». Notre texte montre que penser cela est faux. Vous ne pouvez pas séparer le ministère physique du ministère spirituel. Dans l’Ancien et le Nouveau Testament le ministère spirituel implique le ministère physique. Après tout, le ministère spirituel de notre Seigneur n’impliquait pas seulement l’enseignement, mais guérir les malades, ressusciter les morts, et nourrir les affamés.
Le ministère « spirituel » de sacrifice qui a lieu en dehors et à l’intérieur du tabernacle exigeait beaucoup d’édifices physiques. Il y avait un autel de laiton, où les sacrifices étaient offerts au feu. Il y avait le tabernacle, avec la table en or et le chandelier. Il y avait le coffre de l’acte de l’alliance et le voile. A part la construction et la maintenance de ces édifices physiques, Dieu n’aurait pas pu habiter au milieu de Son peuple, et les péchés du peuple n’auraient pas pu être expiés par les sacrifices qui furent offerts. La maintenance du chandelier et des pains était si vitale qu’elle nécessitait la participation d’à la fois Moïse, d’Aaron, et de ses fils.
Le ministère spirituel exige le support physique. Le ministère spirituel n’est pas divorcé du royaume physique, mais est, de certaines façons, dépendent de lui. Si ce building n’était pas proprement chauffé ou rafraichi, notre ministère serait grandement entravé. Il y a plusieurs années, nous avions eu un problème avec notre gaz de ville, et n’avions pas de chauffage pendant la partie la plus froide de l’hiver. Nous avons apprit qu’il était très difficile de vénérer pendant que nos dents claquaient. S’il n’y a pas d’électricité, la sonorisation ne marche pas, et il y a trop peu de lumière pour bien voir. Si le toit fuit et le sol est mouillé, quelqu’un pourrait facilement glisser et tomber.
Notre église a un bulletin qui doit être rédigé et imprimé chaque semaine. Nous avons des cassettes qui sont faites aussi chaque semaine, et distribuées aux enseignants de la classe dominicale qui ne peuvent pas assister au service. Nous avons une bibliothèque merveilleuse, contenant à la fois des livres et des vidéos. Les services d’aujourd’hui, bien qu’ils diffèrent des services d’Israël, ont toujours besoin certains édifices physiques, et ceux-ci, je crois devraient être méticuleusement entretenus, avec la reconnaissance que le ministère spirituel exige des édifices physiques, et souffre quand ces édifices ne sont pas proprement entretenus.
Le blasphémateur (24:10-23)
Quand nous arrivons à la troisième, de loin la plus grande section du chapitre 24, nous trouvons une situation très différente. C’est cette différence qui questionne la continuité des segments qui font ce chapitre. Les deux premiers paragraphes concernent le tabernacle, et l’entretien de deux éléments physiques regardant le ministère sacerdotal et la vénération d’Israël. Ici, nous traitons avec un individu qui blasphème, utilisant le nom de Dieu, qui résulte à la fin par l’action de l’exécution du blasphémateur « à l’extérieur du camp ».
Un jeune homme, dont le père était égyptien et dont la mère était israélite, fut engagé dans une dispute qui en vint aux mains. On ne nous dit pas qui commença le bagarre, ni qui la gagna. A un moment durant l’échange des coups, le jeune homme, à moitié israélite, prononça le nom de Dieu en jurant138contre son adversaire. Il y a une note évidente de mépris pour ce métis. Le nom de son père n’est pas donné, ni sa lignée de famille. Cependant, le nom de sa mère est donné, avec les informations de sa lignée de famille. Puisqu’Israël doit rester une race pure, et ne pas marier un païen, le produit de ce mariage interracial n’est pas présenté favorablement.
Il n’y a pas de question sur le fait que le blasphème était déjà interdit. Les interdictions que les Israélites avait déjà été donnés sont :
« Tu n'utiliseras pas le nom de l'Eternel ton Dieu pour tromper, car l'Eternel ne laisse pas impuni celui qui utilise son nom pour tromper. » (Exode 20:7)
« Celui qui frappe son père ou sa mère sera puni de mort. » (Exode 21 :17)
« ---Tu n'insulteras pas Dieu et tu ne maudiras pas celui qui gouverne ton peuple. » (Exode 22 :28)
Il apparaît comme si ce fut la première violation de la loi interdisant le blasphème. Ainsi, il y aurait quelques questions sur le cas qui ne seraient pas posées plus tard. La première est celle-ci : quelle est la punition pour le blasphème, et comment devait-elle être exécutée ? Bien que le blasphème était interdit par la loi, il n’était pas clair qui (il semblerait que Dieu avait indiqué qu’il punirait le blasphémateur dans Exode 20:7) exécuterait la sentence, ce que la punition serait, et comment elle serait accomplie (il y avait plusieurs façons d’exécuter une personne, aucune desquelles avait été précisée). Deuxièmement, puisque la partie coupable n’était pas un Israélite cent pourcent, est-ce que la loi s’appliquait à lui de la même façon qu’elle s’appliquait à un Israélite ? Le blasphème n’était pas surprenant venant des lèvres d’un païen, et les Israélites auraient pu être plus enclins à voir ce jeune homme comme un païen qu’un Israélite (cela aurait-il pu contribuer à la bagarre ?).
La nature exceptionnelle de ce crime exige un mot de clarification, comme elle l’a fait dans ces autres cas :
En ce qui concerne ceux qui ne peuvent pas observer Passover ? (Nombres 9:6-14)
En ce qui concerne l’homme prit ramassant du bois le jour du Sabbat (Nombres 15:32-36)
En ce qui concerne les filles et l’héritage de leur père (Nombres 27:1-11)
La situation dans chacun de ces cas n’est pas si différente de ce qui arrive dans l’application de la loi aujourd’hui. Quand une loi est passée, une décision judiciaire est exigée pour clarifier l’interprétation et l’application de cette loi. Quand le Congrès passe une loi, les cours, par moyen de décisions spécifiques, relaient l’interprétation et l’application de cette loi. Que nous soyons d’accord ou non avec la décision de la Court Suprême dans le cas infâme de Roe contre Wade, cette décision rendit beaucoup de lois d’état interdisant l’avortement inconstitutionnelles et invalides, légalisant ainsi les millions d’avortements qui ont résulté depuis cette décision. Les décisions judiciaires clarifient le sens et l’application de la loi. La décision de Dieu donnée ici clarifia la loi concernant le blasphème.
Dieu donna une réponse précise à ces questions, puis suivit avec quelques principes de punition qui s’appliquaient bien plus généralement. La réponse spécifique était que ce jeune homme dut être lapidé jusqu'à ce que mort s’ensuive. Tous les témoins – ceux qui entendirent le blasphème – durent poser leurs mains sur la tête de celui qui devait être mis à mort.139Dans cet acte, je comprends que les témoins s’identifiaient eux-mêmes d’une façon spéciale avec sa mort (Deut. 13:9 ; 17:7). Après tout, ce fut leur action et leur témoignage qui conduisit à l’exécution. La lapidation du blasphémateur devait être réalisée par chaque Israélite. Combien il serait facile de nos jours d’engager quelques camions de pierre de venir et d’enterrer le pécheur sous plusieurs tonnes de pierres. Chaque Israélite devait prendre une pierre et la jeter au coupable, ou au moins sur la pile de pierres sous laquelle il était enterré. S’il y avait deux millions d’Israélites, alors j’imagine qu’il y aurait deux millions de pierres sur cette première pile de pierres. Ainsi, chaque Israélite s’identifiait avec Dieu et Sa loi dans l’exécution du blasphémateur.
Principe de Justice
En plus de la révélation spécifique concernant le destin du blasphémateur, Dieu donna deux principes généraux de peine, qui étaient évident dans ce cas, mais qui devaient aussi gouverner les punitions d’une classe bien plus large d’offenses :140Le châtiment devra être égal au crime. Le châtiment devrait toujours être infligé en proportion au sérieux du crime. Cela, incidemment, est un des sens primaires du mot justice. Le standard, « un œil pour un œil », exprime ce principe. Dans l’ancien Proche-Orient, ce n’était pas le cas.
A travers l’ancien Orient, la peine de mort était imposée pour beaucoup plus de genres de crimes qu’actuellement dans notre société occidentale. Cela s’applique aussi autant à l’Ancien Testament qu’aux systèmes mésopotamiens, mais bien que les lois d’Hammurabi regardent les offenses de propriété et les crimes similaires comme capitales, l’Ancien Testament ne le fait pas. A ses yeux, les péchés contre la famille et la religion sont les plus sérieux, et de là, attirent souvent la peine de mort, alors que les questions économiques sont traitées plus légèrement.141La disproportion dans la punition des agresseurs peut être trouvée plus tard dans l’histoire de l’humanité, autant que dans nos jours :
« Dans des années 1800, l’Angleterre avait cent soixante crimes punissables par la pendaison, incluant certaines aussi triviales que le vol d’un pain »142« Je pensais à cela quand je lisais dans le Gulag Archipelago par Alexander Solzhenitsyn les longues sentences de prisons que les enfants russes recevaient pour voler alors qu’ils avaient faim. »143Le châtiment devrait être administré identiquement, sans tenir compte de la race, statut social ou économique d’une personne. A part du problème avec cette instance spécifique du blasphème était le fait que l’offense était commise par un homme qui était partiellement israélite. La question qui avait besoin d’une réponse était celle-ci : « La loi s’applique-t-elle différemment à un Israélite pur qu’à un étranger ? » La réponse est clairement donnée : « Non ! » Dans les versets 15, 16, et 22 il est clairement dit que, que la partie soit un étranger ou un Israélite, la peine était la même.
Le principe d’égalité dans le châtiment était constamment enseigné dans l’Ancien Testament.144Dans Deut. 17:2 et 7, le principe d’égalité dans le châtiment était appliqué aux hommes et aux femmes. Il était enseigné plus clairement dans le Livre de Nombres :
« L'Israélite de naissance suivra ces prescriptions pour offrir les sacrifices consumés par le feu dont l'odeur apaise l'Eternel.
Et l'étranger séjournant parmi vous ou établi depuis plusieurs générations au milieu de vous procédera de la même manière que vous pour offrir un sacrifice consumé par le feu dont l'odeur apaise l'Eternel.
La communauté aura un seul et même rituel, qui s'appliquera aux uns comme aux autres. Ce sera un rituel immuable pour les générations à venir, et il en sera de même pour vous et pour l'immigré, devant l'Eternel.
Une même loi et une même ordonnance vous régiront, vous et l'étranger qui réside parmi vous. » (Nombres 15:13-16 ; aussi Deut. 29:10-13 ; 31:11-12)
La raison pour l’hésitation d’Israël et pour leur question concernant l’égalité dans le châtiment était établie dans le fait que certaines nations environnantes avaient des châtiments selon des distinctions ethniques et sociales.
L’administration injuste de « justice » est autant un problème aujourd’hui qu’elle l’était dans l’ancien Israël :
Tout comme le pauvre et les minorités sont surreprésentés parmi les victimes, nos prisons sont disproportionnées avec eux. Un auteur écrivit sur cette inégalité dans un livre avec un titre résumant le problème : The Rich get Richer and the Poor get Prison.145
Bien qu’il y eu des réformes importantes dans les procédures de jugement, les évidences restent que la peine de mort est toujours appliquée d’une façon racialement discriminatoire. Une étude récente trouva que la peine de mort est plus souvent imposée quand une personne noire tue une personne blanche. Des blancs qui tuent des blancs sont condamnés à mort un-tiers moins souvent, et seule une petite fraction de gens (noirs ou blancs) qui tue des noirs sont condamnés à mort.146C’est mon avis, que le gouvernement ferait un meilleur travail de traiter les crimes s’il prenait ces deux simples principes plus au sérieux, au point de les appliquer pratiquement et constamment.
Il n’y a aucun gouvernement sur la terre qui fait « justice » à ces deux principes. Cependant, il est assez intéressant que le Nouveau Testament applique ces principes de l’Ancien Testament à la pratique de la discipline de l’église. Tout comme les parties témoignant dans Israël devaient initier et exécuter le processus de justice (même poser leurs mains sur la tête de la victime, puis jeter la première pierre), la personne qui voit un frère « en faute », doit prendre l’initiative, même au point de suivre le processus (Matt. 18:15-20) ; Gal. 6:1-2). Si la partie coupable refuse de se repentir, alors l’église entière doit « exclure l’offenseur », d’une façon pas si différente des Israélites emmenant l’offenseur « à l’extérieur du camp » (Matt. 18:17 ; 1 Cor. 5). Comme je comprends les Ecritures, si le rebelle du Nouveau Testament refusait de se repentir, la peine de mort était exécutée par Dieu, utilisant peut-être Satan comme instrument de châtiment (1 Cor. 5:5 ; 11:30 ; 1 Tim. 1:20 ; Jacques 5:14-16).
Le Péril de la Profanation
Si notre texte ne nous apprend rien d’autre, il nous apprend le péril de la profanation. Le blasphème est pris plus que sérieusement dans la Bible. Si le châtiment doit être égal au crime, alors le blasphème est l’offense la plus sérieuse. Il y a deux questions que nous devons nous poser. La première est celle-ci : Qu’est-ce que le blasphème ? En bref, nous pouvons dire que, le blasphème est, par la parole ou l’action, la diffamation du caractère et de la gloire de Dieu.
La seconde question suit : comment est-il possible que les hommes puissent blasphémer Dieu ? La Bible nous informe qu’il y a plusieurs façons par lesquelles nous pouvons blasphémer. Parmi celles-ci :
Désobéissance volontaire – Nombres 15:30
Rejeter de la Parole de Dieu – 2 Rois 18:17-25 (Esaïe 37:1 -7,23)
Agir déloyalement contre Dieu – Eze. 20:27 ; 36:20-32
Ne pas donner à Dieu la gloire qu’Il mérite – Rom. 1:18 ; Apoc. 16:9,11
Rejeter l’Evangile – Actes 13:45 ; 1 Tim. 1:13
Le blasphème est diffamer le nom de Dieu, et le caractère et la réputation de Dieu sont reflétés par Son nom(s). La restauration d’Israël par Dieu (Eze. 36:20-32), ainsi que Son salut pour les Païens (Eph. 1, vs. 6,12,14) est pour la louange de Sa gloire, pour l’honneur de Son nom. Ainsi, diffamer le nom de Dieu est se rebeller contre Son caractère et Ses buts.
Ceux qui blasphèment le nom de Dieu aujourd’hui minimisent le sérieux de leurs paroles par les excuses penaudes comme « Oups, je m’excuse ». Peut-être la réalité la plus merveilleuse pour ceux qui blasphèment est cette phrase par l’apôtre Paul, qui, lui-même, fut une fois un blasphémateur (1 Tim. 1:13) :
« C'est pourquoi Dieu l'a élevé
à la plus haute place
et il lui a donné le nom
qui est au-dessus de tout nom,
pour qu'au nom de Jésus
tout être s'agenouille
dans les cieux, sur la terre
et jusque sous la terre,
et que chacun déclare:
Jésus-Christ est Seigneur
à la gloire de Dieu le Père. » (Phil. 2:9-11)
Ceux qui utilisent le nom du Seigneur en vain, qui blasphèment Son nom, devront un jour s’agenouiller devant Lui et, façon de parler, manger leurs paroles, reconnaissant Son autorité, Sa sainteté, Sa majesté. Quelle chose horrible pour quelqu’un de faire, qui ne L’a par reçu comme Sauveur et Seigneur. Pour ceux qui Lui ont fait confiance, le nom du Dieu est l’objet de nos louanges, qui seront notre occupation éternelle au ciel (Rév. 4 et 5).
Le Principe Unificateur de ce Passage
Dans l’introduction de ce message, j’ai dit que j’essayerai d’identifier le « dénominateur commun » de ce chapitre, que la vérité ou principe qui souligne son unité et son point principal. Il est temps pour nous de déterminer ce que ce principe est.
Nous devons commencer par regarder au Livre tout entier et spécifiquement au segment plus grand duquel le chapitre 24 fait parti. Le grand segment est les chapitres 23-24, qui traitent avec les rites religieux de toutes sortes. Une personne peut facilement voir que le Livre, dans son entièreté, traite avec les rites religieux, dans lesquels les prêtres lévitiques jouent un rôle clef. Ainsi, le chapitre 24 doit avoir quelque chose à voir avec les rites religieux.
Dans les versets 1-4 du chapitre 24, le point principal est résumé par les mots « continuellement » et « en permanence » (vs. 2, 3, 4). La flamme des lampes du chandelier doivent brûler continuellement. Dans les versets 5-9, c’est les pains qui doivent être gardés en permanence sur la table d’or, fraichement cuits au four et changés chaque semaine. Cela, aussi, devait être fait continuellement pour qu’il y en ait toujours (v. 8). Nous pouvons dire que les 9 premiers versets concernent le rite d’entretenir les lampes et les pains. Ils devaient tous être surveillés régulièrement, rituellement, sans interruption.
La justice devait aussi devenir une question rituelle, ce qui est le point sous-entendu des versets 10-33. Je veux dire par cela que la décision que Dieu donna, avec les principes gouvernant, fut donnée aux Israélites pour que la justice soit accomplie constamment, de la même façon chaque fois, sans variation, sans déviation, sans cessation.
Dans les trois sections du chapitre 24, les éléments de continuité, de rite rigoureux sont présents. J’aimerais suggérer que dans l’Ancien Testament, la vertu devait être vue (pas entièrement, mais en grande partie) en termes rituels. Les sacrifices étaient des rites religieux, à être réalisés à des moments spécifiques, et de façons précisément définies. La déviation de ces rites avait déjà (chapitre 10) résulté en la mort de Nadab et d’Abihou. La profanation était rituellement prononcée et rituellement purifiée. Maintenant, le chandelier et les pains devaient être rituellement réapprovisionnés. La justice devait être administrée uniformément pour qu’elle soit, en un sens, un rite.
Il faut en convenir, les rites peuvent devenir des activités insensées, des activités poursuivies sans un cœur ou un esprit sincère :
« Le Seigneur dit encore: «Ce peuple se tourne vers moi,
mais ce n'est qu'en paroles, et il me rend hommage, mais c'est du bout des lèvres:
car au fond de son cœur, il est bien loin de moi,
et la vénération qu'il me témoigne
n'est faite que de règles que des hommes lui ont enseignées. » (Esaïe 29:13)
Néanmoins, il y a des rites vertueux et des rites impies. Par « rite » je veux dire ce genre d’activité qui est habituelle, qui est consistante, qui a une certaine prévisibilité. Par exemple, Daniel avait un rite quotidien de prière, même ses ennemis savaient quand il était dans sa chambre en train de prier (Dan. 6:5-11). Le Livre de Proverbes est basé sur le fait que les actions du peuple pouvaient être présagées sur la base de leur caractère. Le sage agira d’une certaine façon, alors que paresseux agira d’une autre façon (prédictible). Notre caractère résulte en certaines habitudes ou rites et ces rites révèlent notre caractère. Ainsi, la « façon » d’un individu est, jusqu'à un certain point, sa conduite rituelle.
Quand le Seigneur réprimanda les scribes et les pharisiens pour leur austérité (Matt. 23), il était apparent que Lui, Lui-même, avait certaines caractéristiques de modèle de conduite :
« Il se rendit aussi à Nazareth, où il avait été élevé, et il entra dans la synagogue le jour du sabbat, comme il en avait l'habitude. Il se leva pour faire la lecture biblique,» (Luc 4:16)
Aller à la synagogue le jour du Sabbat était un rite pour Jésus, comme l’était enseigner (Marc 10:1), et prier (Luc 22:39). Paul avait aussi ses rites (Actes 17:2).
Les rites religieux sont simplement des habitudes de conduite vertueuse, un modèle de piété. Il est stupéfiant pour moi que les Chrétiens peuvent questionner la valeur des rites vertueux. Nous résistons impitoyablement la théorie d’évolution parce qu’elle maintient que toute la création est le produit du temps et de la chance, insistant que ce que nous voyons est le résultat d’un plan divin et du processus créatif de Dieu. Alors, pourquoi pensons-nous que la sainteté, d’une façon ou d’une autre, évoluera par chance, plutôt que par un plan, une méthode, et une routine ?
C’est mon assertion que beaucoup de ce qui est impliqué dans notre sanctification a à voir avec enlever les rites, les modèles d’habitudes de la chair, et mettre les rites de sainteté. Presque tous les maux entrainent un rite. Comme j’ai appris de mon régime (je l’appelais ma « classe de graisse »), il y a un rite de s’engouffrer. Il y a aussi un rite d’alcoolisme, d’abus de drogue, et de violence (par exemple batteurs de femme et d’enfants).
Tout comme il y a des rites impliqués dans les péchés, il y a des rites impliqués dans la sainteté. Ainsi, nous devons chercher à développer des habitudes compatibles avec une bonne conduite qui deviendra un style de vie. La sainteté n’est pas quelque chose qui devrait arriver seulement une fois de temps en temps, un genre d’ « excentricité» dans notre nature spirituelle », mais devrait plutôt être recherchée pour devenir un style de vie. Bien que cela ne sera pas un modèle ininterrompu, cela devrait en être un qui reflète quelques degrés de régularité.
J’ai observé ceux qui ont du talent à ce qu’ils font et de telles personnes ont un genre de rite associé avec leur dextérité. Le menuisier-ébéniste a une certaine façon de faire son travail qui est méthodique. Le chirurgien, de même, suit certaines procédures méticuleusement. Chaque travailleur qualifié que je connais utilise des rites dans la façon ils ou elles font leur travail. Pourquoi devrions-nous, nous qui nommons le nom de Christ, penser que le travail de Dieu ait besoin d’être fait inconsidérément, spontanément, et sans cohérence ?
Les rites que nous devrions nous efforcer de développer devraient certainement être qdans le domaine de l’étude de la Bible, de la prière, des dons, et du ministère. Les exceptions de nos rites devraient être rares. Cela, je crois, est l’évidence du travail de l’esprit de Dieu, qui produit la discipline dans nos vies plutôt que le désordre.
Gordon MacDonald, dans son excellent livre, Ordering Your Private World, a beaucoup à dire sur la discipline personnelle, mais cette histoire servira à illustrer ce point, et celui de notre texte :
J’ai le souvenir d’un temps quand mon professeur de missiologie au séminaire, Dr. Raymond Buker, m’approcha à la fin d’une réunion où j’ai lu un document sur un problème moral qui brûlait dans les cœurs de la génération étudiante de ce jour. J’ai du le diviser en deux classes ce jour pour préparer la leçon, et ce n’est pas passé inaperçu.
« Gordon », il dit, « l’article que vous avez lu ce soir était un bon article mais il n’était pas super. Voudriez-vous savoir pourquoi ? »
Je n’étais pas sur que je voulais savoir parce que j’anticipais recevoir une dose d’humiliation, mais je dis quand même a Dr. Buker que je voulais entendre son analyse.
« L’article n’était pas super », il dit pointant son index sur ma poitrine, « parce que vous avez sacrifié la routine pour l’écrire. »
Douloureusement, j’ai appris une des plus importantes leçons que j’avais vraiment besoin d’apprendre. Parce que mon temps comme leader Chrétien est généralement une période que j’utilise comme je le veux, il serait très facile d’éviter la routine, les devoirs pas spectaculaires, et faire seulement les choses excitantes qui me viennent. Mais j’ai vécu la plupart de ma vie dans la routine, et Buker avait raison : l’homme ou la femme qui apprend à faire la paix avec les responsabilités et les obligations de la routine feront à la longue les plus grandes contributions.147Que Dieu nous donne, à vous et à moi la grâce de développer les rites vertueux dans nos vies, de développer et de maintenir les routines qui deviennent les habitudes de sainteté, pour que nous puissions Le servir plus fidèlement.
ABCs for Christian Growth--portuguese-brazil
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