18. A Glória De Deus
Introdução
Um dos eventos mais triste do Velho Testamento está associado com o nome Icabode. Icabode nasceu quando sua mãe ouviu que seu marido e sogro morreram, o que lhe causou dar a luz de imediato e morrer em seguida.Este triste evento ocorreu por causa da tragédia que aconteceu em Israel, resultando indiretamente na morte de Eli quando ele foi informado da derrota dos Israelitas pelos Filisteus, a captura da arca da aliança e a morte dos seus dois filhos, Hofni e Finéias:
19 - E, estando sua nora, a mulher de Finéias, grávida, e próxima ao parto, e ouvindo estas notícias, de que a arca de Deus era tomada, e de que seu sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram. 20 - E, ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não temas, pois deste à luz um filho. Ela, porém não respondeu, nem fez caso disso. 21 - E chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e de seu marido. 22 - E disse: De Israel a glória é levada presa; pois é tomada a arca de Deus. (I Samuel 4:19-22)
A trágica ironia deste evento foi que os Israelitas eram grandemente encorajados pela presença da arca, porém os Filisteus eram aterrorizados por ela:
2 - E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair contra Israel; e, estendendo-se a peleja, Israel foi ferido diante dos filisteus, porque feriram na batalha, no campo, uns quatro mil homens. 3 - E voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o SENHOR hoje diante dos filisteus? Tragamos de Siló a arca da aliança do SENHOR, e venha no meio de nós, para que nos livre da mão de nossos inimigos. 4 - Enviou, pois, o povo a Siló, e trouxeram de lá a arca da aliança do SENHOR dos Exércitos, que habita entre os querubins; e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da aliança de Deus. 5 - E sucedeu que, vindo a arca da aliança do SENHOR ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu. 6 - E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do SENHOR era vinda ao arraial. 7 - Por isso os filisteus se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Tal nunca jamais sucedeu antes. 8 - Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas as pragas junto ao deserto. 9 - Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porventura não venhais a servir aos hebreus, como eles serviram a vós; sede, pois, homens, e pelejai. 10 - Então pelejaram os filisteus, e Israel foi ferido, fugindo cada um para a sua tenda; e foi tão grande o estrago, que caíram de Israel trinta mil homens de pé. 11 - E foi tomada a arca de Deus: e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram. (I Samuel 4:2-11)
Antes na história de Israel, Sansão perdeu o seu poder dado por Deus, o que ele nem mesmo notou no começo:
18 - Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o dinheiro. 19 - Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força. 20 - E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele. 21 - Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere.
Achamos a mesma coisa descrita no Novo Testamento, quando os homens tiveram uma falsa confiança da presença e poder de Deus entre eles quando isto simplesmente não era verdade:
2 - Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 - Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4 - Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 - Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (II Timóteo 3:2-5)
1 - E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. 2 - Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. (Apocalipse 3:1-3).
14 - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15 - Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! 16 - Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. 17 - Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; 18 - Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. (Apocalipse 3:14-19).
Existem aqueles que creem que a Gloria de Deus deixou a igreja de nosso Senhor já há longo tempo na nossa nação, e nós, como os homens do passado, dificilmente parecemos notar isto. A.W. Tozer é um daqueles que viram o declínio da Cristandade Americana e falou a respeito disto, escrevendo:
A mensagem deste livro não surgiu destes tempos, porém ela é apropriada para eles. Ela é chamada à frente pela condição que tem existido na Igreja por alguns anos e que está piorando constantemente. Refiro-me à perda do conceito de majestade da mente religiosa popular. A Igreja tem deixado o seu uma vez elevado conceito de Deus e o tem substituído por um tão baixo, tão ignóbil, como ser absolutamente indigno de pensar, adorando os homens. Isto ela fez não deliberadamente, porém pouco a pouco e sem seu conhecimento; e sua total desatenção somente faz sua situação ainda mais trágica.
A escassa visão de Deus mantida quase universalmente entre os Cristãos é a causa de centenas de maldades em toda parte entre nós. Toda uma nova filosofia de vida Cristã tem resultado deste erro básico em nosso pensamento religioso.
Com nossa perda de sentido de majestade veio a perda posterior do respeito e da consciência da divina Presença. Perdemos nosso espírito de adoração e nossa habilidade de recolhimento interior para encontrar Deus em adoração silenciosa. A Cristandade Moderna não está produzindo simplesmente a espécie de Cristão que pode apreciar ou experimentar a vida no Espírito. As palavras “Aquiete-se, e saiba que eu sou Deus”, significa próximo de nada para o autoconfiante, movimentado adorador nesta metade do século vinte.
A perda do conceito de majestade chegou justamente quando as forças da religião estão tendo ganhos dramáticos e as igrejas estão mais prósperas do que em qualquer tempo dentro de várias centenas de anos. Porém a coisa alarmante é que nossos ganhos são mais externos e nossas perdas totalmente internas; e desde que é a qualidade da nossa religião que é afetada pelas condições internas, pode ser que nossos supostos ganhos são porém perdas espalhadas sobre um campo vasto.
A única maneira de recuperar nossas perdas espirituais é voltar para a causa delas e fazer as correções como a verdade garante. O declínio do conhecimento do santo trouxe nossos problemas. A redescoberta da majestade de Deus irá um longo caminho para saná-los.É impossível manter nossas sólidas práticas morais e nossas atitudes guardadas certas enquanto nossa ideia de Deus é errônea ou inadequada. Se formos trazer de volta poder espiritual para nossas vidas, devemos começar a pensar em Deus mais próximo do que Ele está.1
J.I. Packer concorda como ele escreve na introdução do seu livro clássico, Conhecendo Deus,
Noventa anos atrás C.H.Spurgeon descreveu as hesitações que então viu entre os Batistas nas Escrituras, sobre a expiação e destino humano e pôde ele ‘pesquisar’ o pensamento Protestante sobre Deus no tempo presente, como imagino era de ‘se esperar’!2
Tozer tem alguns comentários úteis sobre o que podemos fazer para trazer de volta a Gloria abalada: Vejamos:
O que nós simples Cristãos podemos fazer para trazer de volta a glória? Existe algum segredo que possamos aprender? Existe uma fórmula para reavivamento pessoal que podemos aplicar à situação presente, para nossa própria situação?A resposta para estas perguntas é sim.
Entretanto a resposta pode facilmente desapontar algumas pessoas, pois ela é algo simples. Não trago criptograma esotérico, nem código místico para ser dolorosamente decifrado. Não apelo para nenhuma lei escondida do inconsciente, nenhum conhecimento oculto revelado somente para alguns. O segredo é um aberto o qual o homem caminhando pode ler. É simplesmente o velho sempre novo conselho: Reconcilia-te com Deus. Para retomar o seu poder perdido a Igreja deve ver o céu aberto e ter uma visão transformadora de Deus.
Porém o Deus que devemos ver não é o Deus utilitário que está tendo tal popularidade hoje, cuja principal alegação para a atenção dos homens é Sua habilidade de trazer para eles sucesso em suas várias atividades e quem por esta razão está sendo adulado e lisonjeado por qualquer um que queira um favor.O Deus que devemos aprender a conhecer é a Majestade nos céus, Deus Pai Todo Poderoso Criador do céu e da terra, o único Deus sábio e Salvador. É Ele que se assenta sobre o círculo da terra, que alarga os céus como uma cortina e a espalha como uma tenda para habitar nela, que traz Suas hostes estreladas pelo número e as chamam todas pelo nome através da grandeza do Seu poder, que vê os trabalhos do homem como vaidade, que não confia em príncipes e não pede conselhos aos reis.3
Ao concluir esta série, tentarei achar uma marca que servirá como uma soma bíblica dos atributos de Deus.4 Iremos considerar a relevância e importância deste assunto para os homens e mulheres hoje.
Soma dos Atributos de Deus
Uma expressão bíblica que pode abranger todos os atributos de Deus é encontrada na descrição do encontro de Moisés com Deus em Êxodo 33 e 34.
17 - Então disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome. 18 - Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. 19 - Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. (Êxodo 33:17-19).
5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR. 6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. (Êxodo 34:5-7).
Moisés pediu a Deus que Ele lhe mostrasse a Sua glória (33:18). Após deixar bem claro que Ele não revelaria toda a Sua glória para Moisés, e que Ele é soberano em outorgar Sua graça salvadora para os homens, Deus Se manifesta para Moisés. Não existe absolutamente nenhuma descrição como alguma coisa parecia para Moisés, achamos aqui somente as palavras registradas de Deus para Moisés, palavras que declaravam Seus atributos. Os atributos de Deus são a manifestação da “glória de Deus”.
Uma ligação similar dos atributos de Deus e a glória de Deus é achada no primeiro capítulo da carta de Paulo aos Romanos:
18 - Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. 19 - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 - Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 - Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 - Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 - E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. (Romanos 1:18-23).
Deus se revelou na natureza. Na natureza os atributos invisíveis de Deus são mostrados (especificamente, o poder eterno de Deus e natureza divina, versículo 20). Os homens trocaram a “glória do Deus incorruptível” pela imagem dos homens corruptíveis e outras criaturas terrenas (versículo 23). Os atributos de Deus são a glória de Deus, e os homens portanto devem glorificar a Deus em resposta à revelação de tais atributos.5 Os homens pecadores não glorificam a Deus, e consequentemente demonstram eles mesmos serem pecadores culpados, sob a condenação divina. Gostaria de enfatizar que os atributos de Deus e a glória de Deus são associados muito próximos, tanto que podemos dizer que a glória de Deus é a soma total de quem Deus é, e quem Deus é, é definido pelos Seus atributos.
A Relevância da Glória de Deus (Atributos) para os Homens
Mesmo em círculos Cristãos, o estudo dos atributos de Deus é olhado como uma espécie de coisa que os teólogos fazem com pouca ou nenhuma relevância para as pessoas no dia a dia das suas vidas. Que erro! Nada é mais relevante para os Cristãos do que a glória de Deus. Devemos considerar primeiro a glória de Deus no Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois, voltaremos para a glória de Deus e o descrente. Finalmente, abordaremos a glória de Deus e o Cristão.
A Glória de Deus em Jesus Cristo
A glória de Deus é para aparecer na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. O profeta Isaías anteviu isto e falou:
37 - E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele; 38 - Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 - Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: 40 - Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure. 41 - Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele. (João 12:37-41).6
No nascimento de nosso Senhor Jesus, achamos referências para a glória de Deus:
14 - Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. (Lucas 2:14)
32 - Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel. (Lucas 2:32.
Ambos João e o autor de Hebreus enfatizam que Jesus é a manifestação da glória de Deus:
14 - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14)
3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; (Hebreus 1:3)
Quando Jesus realizou o Seu primeiro milagre tornando a água em vinho, João viu isto como uma manifestação da glória de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo:
11 - Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (João 2:11)
Porque ficaríamos surpresos ao achar que a tentação de nosso Senhor envolveu uma oferta de Satanás de uma “gloria” inferior?
8 - Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. 9 - E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. (Mateus 4:8-9).
Os discípulos tinham uma percepção distorcida da glória de Deus, e eles queriam ser uma parte dela (veja Marcos 10:37). Somente depois eles entenderiam a glória de Deus e o fato que devemos sofrer com Ele a fim de entrar na Sua glória.
Houve alguns poucos eventos na vida de Cristo que deu aos homens um relance da total glória de nosso Senhor. O primeiro ocorreu diante da multidão:
27 - Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. 28 - Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. 29 - Ora, a multidão que ali estava, e que a ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. (João 12:27-29).
O outro evento foi a transfiguração de nosso Senhor testemunhada somente por Pedro, Tiago e João:
29 - E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. 30 - E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, 31 - Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. 32 - E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele. (Lucas 9:29-32).
Em sua oração sacerdotal registrada em João 17, Jesus ora para que o Pai o glorifique (17:5), indica que Ele deu aos Seus seguidores a glória a qual o Pai deu para Ele (versículo 22) e pede para que eles possam estar com Ele a fim de contemplar Sua glória (versículo 24). Quando Jesus foi levantado da morte, o foi pela (não somente para) a glória de Deus:
4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. (Romanos 6:4).
O Seu retorno para a terra, para derrotar Seus inimigos e estabelecer Seu reino, será em glória (ver Mateus 16:27; 24:30; 25:31).
A Glória de Deus e o Incrédulo
O problema do incrédulo é o pecado e suas consequências. A glória de Deus é o padrão pelo qual o pecado é definido, e porque todos os homens carecem da glória de Deus, eles também estão debaixo da sentença de condenação.
23 - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3:23).
23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6:23).
Embora a criação revele a glória de Deus (Salmo 19:1-6; Romanos 1:19-20), homens incrédulos rejeitaram este conhecimento, escolhendo trocar a glória de Deus pela falsa glória das coisas criadas, inclusive o próprio homem (Romanos 1:21-23). Como resultado, o homem está debaixo da divina condenação7 e goza da glória em coisas as quais são realmente vergonha para o homem (Romanos 1:24-27; Filipenses 3:19)
Para serem salvos, os homens devem reconhecer seus pecados, a justiça de Jesus Cristo, e a sentença de morte a qual os espera (veja João 16:8-12). Eles devem confiar em Jesus Cristo como provisão de Deus para os pecadores. Ele, o Filho de Deus sem pecado, morreu no lugar dos pecadores, levando a penalidade pelos nossos pecados. Sua justiça está disponível para todos que creem Nele para salvação (João 1:12; 3:16; Romanos 3:21-26; 10:9-11).Porém Satanás cegou os corações e as mentes dos incrédulos assim eles não podem ver a glória de Deus em Cristo através do evangelho (II Coríntios 4:4) Em última análise, somente o Espírito de Deus pode abrir os olhos dos cegos para verem a luz do evangelho glorioso e vir à fé (veja Lucas 4:18-19; João 6:65; 8:43-47; Atos 26:18; II Coríntios 4:6; Efésios 1:18).
Nos dias da Grande Tribulação, os homens experimentarão a ira de Deus e será dada outra oportunidade para darem glória a Deus e evitar o julgamento, porém eles recusarão (Apocalipse 14:6-7; 16:9) Todos os homens irão finalmente reconhecer que Jesus é Senhor, para a glória de Deus (Filipenses 2:11), porém não como crentes adoradores. No final, eles passarão a eternidade separados da glória de Deus (II Tessalonicenses 1:9).
A Glória de Deus e o Cristão
A igreja desempenha um papel vital em trazer glória a Deus:
21 - A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém. (Efésios 3:21)
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 - Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 - Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; (Efésios 5:24-29).
Quando Deus estabeleceu a salvação individual dos crentes, Ele o fez para Sua própria glória:
22 - E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; 23 - Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, 24 - Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Romanos 9:22-24).
3 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; 4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; 5 - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 - Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, (Efésios 1:3-6; veja também 12, 14).
5 - Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. 6 - Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 7 - Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus. 8 - Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; (Romanos 15:5-8).
Os Cristãos entendem que seu privilégio e chamado é para trazer glória para Deus. O homem não é o centro do universo espiritual, e Deus não é nosso servo, à nossa disposição e chamado para nos fazer sentir bem e nos livrar da dor. Deus é o centro do universo, e Ele faz todas as coisas trabalharem junto para nosso bem e para Sua glória (Romanos 8:28). “Todas as coisas” incluem perseguição e sofrimentos e dificuldades.8 Os Cristãos veem que Deus faz boas coisas virem do nosso sofrimento e provações:
10 - Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; 11 - Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. 12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mateus 5:10-12).
18 - Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. 19 - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. 20 - Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21 - Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. (João 15:18-21).
3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, 4 - E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. 5 - E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Romanos 5:3-5).
18 - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. 19 - Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. 20 - Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, 21 - Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 - Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. 23 - E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. (Romanos 8:18-23).
2 - Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; 3 - Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. (Tiago 1:2-3).
12 - Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 - Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. 14 - Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória9 e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. (I Pedro 4:12-14).
Qualquer sofrimento e tristeza que possamos experimentar nesta vida não se igualam à glória que nos espera:
16 - Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 - Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (II Coríntios 4:16-18).
A glória de Deus deve ser o objetivo para tudo o que fazemos e o padrão pelo qual determinamos o que devemos ou não fazer:
31 - Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. (I Coríntios 10:31).
Nesta passagem, Paulo está escrevendo referente ao exercício das nossas convicções individuais, pessoais como Cristãos. Ele não está falando sobre coisas que são claramente ordenadas, porém sobre coisas que são permissíveis. O padrão pelo qual determinamos se exercitamos uma liberdade particular não é se podemos, ou mesmo se queremos, porém se ela glorifica a Deus. Por isso, enquanto Paulo tinha o direito de ser financeiramente sustentado como um apóstolo, ele escolheu não o ser em inúmeras ocasiões para a promoção do evangelho e, portanto para a glória de Deus (veja I Coríntios 9:1-23).
Muitas pessoas agonizam sobre “saber a vontade de Deus”, e muitos livros tem sido escritos no assunto. Porém a resposta é intensamente simples no âmago. Deus manda ou proíbe alguma coisa? Então você sabe a vontade de Deus. É imperativo que leiamos nossas Bíblias, oremos, testemunhemos, e nos reunamos em adoração com outros crentes. É vontade de Deus que nos abstenhamos da imoralidade, e não mintamos. Porém em áreas não bem definidas, aquelas áreas onde Deus não deu uma ordem ou uma proibição, precisamos apenas fazer uma pergunta: Isto glorifica a Deus?
Quando oramos, o objetivo do nosso pedido deveria ser a glória de Deus. Não deveríamos focalizar em Deus “suprindo nossas necessidades sentidas”, porém em Deus recebendo glória. Podemos ser assegurados que as orações para a glória de Deus são muito mais facilmente ouvidas e respondidas do que orações que pedem a Deus atender nossos desejos egoístas (ver Tiago 4:3).
Finalmente, a glória de Deus é a chave para entender a ordem de Deus na igreja. Devemos reconhecer que a igreja é central para os propósitos de Deus nesta época como foi para Israel no Velho Testamento, e que será de novo (veja Romanos 11). A igreja é o corpo de Cristo. Através do Seu Espírito, Cristo habita na Sua igreja, e através do Seu “corpo”, Cristo continua a obra no mundo.Algumas instruções de Cristo para a igreja podem parecer difíceis para entender e mesmo mais difíceis para aplicar. Uma área é o ministério e conduta da mulher na igreja. Alguém pode dificilmente negar os ensinos do Novo Testamento para que as mulheres sejam submissas na igreja. Esta submissão relacionada à vestimenta das mulheres (I Timóteo 2:9-10; I Pedro 3:3-5), a proibição de ensinar ou exercer autoridade sobre os homens (I Timóteo 2:11-15), e a orientação que elas “mantivessem silêncio”, o que incluía inclusive o fazer perguntas nas reuniões da igreja (I Coríntios 14:34-36).
Minha intenção não é convencer você de que estas instruções sejam aplicadas hoje como elas eram aplicadas no primeiro século, embora este seja o fato simples do assunto. As principais objeções para as instruções dadas para as mulheres por Pedro e Paulo vêm da nossa própria natureza pecaminosa e da cultura na qual nós vivemos. Argumentos contra o simples, direto ensino do Novo Testamento no ministério e conduta da mulher na igreja são baseados no manuseio do Novo Testamento o qual é longe de convincente.10.
Seja o que for meu desejo é apontar no contexto desta mensagem que a glória de Deus é uma das chaves para entender porque estas instruções do Novo Testamento para as mulheres foram dadas.11 Interessantemente, é esta passagem problema em I Coríntios 11 que mais claramente lida com o aspecto da glória de Deus:
2 - E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. 3 - Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. 4 - Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 - Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 - Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 - O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 8 - Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. 9 - Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10 - Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 11 - Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. 12 - Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 13 - Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14 - Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? 15 - Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 16 - Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. (I Coríntios 11:2-16).
Enquanto a exposição deste texto não é o meu foco, está claro que enquanto eu possa argumentar sobre certos “mosquitos” deste texto, os “camelos” devem estar claros. O princípio implícito na passagem é chefia. A palavra cabeça não poderia ser mais enfática do que nestes versículos. O que a mulher faz em relação à sua cabeça está diretamente ligado à chefia de Cristo sobre Sua igreja.Chefia envolve autoridade, porém ela envolve muito mais do que apenas autoridade. Chefia também envolve glória. Isto é o que as instruções do Novo Testamento para as mulheres querem significar. Para a esposa se vestir de tal maneira que chama a atenção para si mesma é para a mulher trazer glória para si, ao invés do que para seu esposo. Para a esposa ter uma cabeça descoberta era para abertamente demonstrar sua glória (seu cabelo é a sua glória), ao invés de trazer glória para seu esposo. Para a esposa ensinar ou exercer autoridade é tomar a posição que usurpa a glória que ela deveria procurar trazer para seu esposo. Quando tudo é dito e feito, os princípios subjacentes ao ministério e conduta das mulheres na igreja são aqueles de chefia e glória. Se uma mulher deseja glorificar a Deus pela sua conduta, ela procurará trazer glória para seu esposo ao invés de procurar glória para si mesma.
Palavras duras? Talvez, porém estou convencido que elas são ambas bíblicas e verdade. Porém não pense que este assunto da Glória de Deus somente se aplica às mulheres. Nem é a chefia de Cristo e Sua glória uma desculpa para o homem procurar uma posição de proeminência na igreja, pois proeminência tem tudo a ver com a glória, e a glória deve ser do nosso Senhor. Isto é também porque nós achamos o princípio da pluralidade ensinada nas Escrituras. Há somente uma “Cabeça” da igreja, e esta “Cabeça” é nosso Senhor Jesus Cristo (I Coríntios 11:3; Efésios 1:22-23; Colossenses 1:18). E por causa disto, nenhum homem é para procurar ser proeminente, pois a glória é para ser de nosso Senhor:
1 - ENTÃO falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, 2 - Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. 3 - Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; 4 - Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; 5 - E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, 6 - E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 - E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi. 8 - Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. 9 - E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 - Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 - O maior dentre vós será vosso servo. 12 - E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mateus 23:1-12).
1 - Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 - Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. (I Pedro 5:1-4).
Que maravilhosa realidade é a glória de Deus. A glória de Deus é nossa esperança. A glória de Deus é nossa ambição e motivação, nosso objetivo. A glória de Deus deve governar nossas ações, nossas orações, nossos motivos, nosso ministério. E, como Moisés, deveríamos sempre procurar ver mais da Sua glória à medida que estudamos a Sua Palavra e procurarmos contemplar a glória da Sua natureza e atributos. Que este estudo seja apenas o começo de uma vida de procurar conhecer a Deus, de ver a Sua glória, e de procurar a Sua glória. Sua glória é o nosso mais alto objetivo e o nosso mais alto bem. À Deus seja a glória!
23 - Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, 24 - Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR. (Jeremias 9:23-24).
Traduzido por Césio J. de Moura.
1 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy (San Francisco: Harper and Row, Publishers, 1961), pp. 6-7.
2 J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove: InterVarsity Press, 1973), p. 7.
3 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy, pp. 121-122.
4 O leitor deve notar que a expressão “Os atributos de Deus” é um título teológico e não uma expressão bíblica. Deveríamos então procurar um termo bíblico ou uma expressão que se refira aos atributos de Deus.
5 Veja também João 1:14, onde a glória de Deus é explicada em termos dos dois atributos, graça e verdade.
6 O significado desta declaração de João é que a cegueira dos Judeus está explicada pela referência em Isaías 6:9-10. João nos informa que a visão de Deus de Isaías, descrita em Isaías 6:1-5, não é somente uma visão da glória de Deus o Pai, porém a visão da glória de Deus o Filho. Como Jesus disse aos Seus discípulos, “Aquele que me vê a mim vê ao Pai” (João 14:9).
7 Herodes é a mais dramática ilustração do julgamento que cai sobre aqueles que não dão a glória a Deus, porém procuram glorificar a si mesmos (veja Atos 12:20-23).
8 Por exemplo, alguém precisa apenas considerar a vida do apóstolo Paulo para ver que pessoa espiritual enfrenta adversidade e sofrimento (II Coríntios 4:7-12; 6:4-10; 11:22-29).
9 Não é de observar que o Santo Espírito, o Espírito de Deus, é chamado aqui por Pedro o Espírito de glória?
10 Aqueles que tentam rejeitar o ensino do Novo Testamento relativo às mulheres invariavelmente vão para I Coríntios 11, e lá eles fazem algumas coisas estranhas. Ao invés de basear suas conclusões nos textos claros das Escrituras, eles baseiam suas conclusões no texto mais complicado. Gosto do que B.B,Warfield disse neste ponto anos atrás. Permita-me citá-lo aqui:
Diante destas duas absolutamente simples e enfáticas passagens [I Coríntios 14:33ss. e I Timóteo 2:11ss.], o que é dito em I Cor. 11:5 não pode ser apelado em atenuação ou modificação. Precisamente qual o significado em I Cor. 11:5, ninguém quase sabe. O que é dito lá é que toda mulher que ora ou profetiza sem cobrir a cabeça desonra sua cabeça. Parece razoável inferir que se ela ora ou profetiza coberta ela não desonra sua cabeça. E parece razoável indo além inferir que ela pode apropriadamente orar e profetizar se somente ela o fizer coberta. Estamos acumulando uma série de deduções. E elas não nos levaram muito longe. Não podemos inferir que seria apropriado para ela orar e profetizar na igreja se somente ela estiver coberta. Não há nada dito sobre igreja nesta passagem ou no seu contexto. A palavra “igreja” não ocorre até o versículo 16, e então não como uma referência normativa da passagem, porém somente como suprimento suporte para a injunção da passagem. Não há razão, contudo para acreditar que “orando e profetizando” na igreja é o pretendido. Nem era um exercício confinado à igreja. B. B. Warfield, “Women Speaking In The Church,” pp. 3-4. [Reprinted by Calvary Press, as taken from The Savior of the World.]
11 Isto não é para dizer que devemos primeiro conhecer porque Deus ordenou alguma coisa antes de obedecer, porém dizer que há razões, se nós a entendemos e aceitamo-las ou não.
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I Sadducei
Una delle Principali difficoltà nel descriverei Sadducei è che tutto ciò che sappiamo di loro proviene dai loro avversari. Loro stessi non hanno lasciato nessun testo scritto della loro storia, la loro organizzazione o i loro punti di vista. Essi appaiono sulla scena proprio prima del grande scisma tra gli Ellenisti e gli Hasidim/Chassidim e poi spariscono in quanto gruppo nella grande distruzione del 70 D.C. Giudicando dai commenti del Nuovo Testamento, nel Mishnah e nel Josephus, essi formano un gruppo con caratteristiche difficili nel rapportarsi agli altri gruppi.
Il Nome “Sadducei”
Non c’è dubbio che il nome “Sadducei” sia collegato alla forma verbale ebraica Sadaq che vuol dire “essere giusto”, però non è chiaro il modo in cui sia collegato. L’opinione più comune è quella di associare il nome Sadaq al nome di persona Sadok. Se è collegato a questo nome – sia il Sadoc al tempo di Salomone o il Sadok del tempo successivo – il raddoppiamento della seconda consonante è difficile da spiegare in modo etimologico. Al momento non c’è un’analisi soddisfacente del nome.
L’Origine dei Sadducei
Il Significato del nome lo si ricollega alle teorie relative all’origine della setta. In riferimento a ciò che si è detto prima, una teoria dice che i Sadducei sono stati nominati così da Sadok, il padre delle famiglie dei sacerdoti ai tempi di Salomone: sarebbe quindi un nome appropriato per il gruppo che in Gerusalemme per tanto tempo fu caratteristica dei sacerdoti:1 non essendoci però evidenza di ciò, questa teoria non può avere sviluppi. Oltretutto non tutti i Sadducei erano sacerdoti e alcuni dei membri della comunità a Qumran erano sacerdoti della linea dei Sadociti. In più gli Asmonei posero fine al sacerdozio Sadocita così come a quello degli Ellenisti: ciò avrebbe comportato l’utilizzo del termine Sadducei come un appellativo senza la vera essenza di ciò.
Una seconda ipotesi è che i Sadducei furono nominati così da Zadok, un discepolo di Antigone di Socho. Antigone insegnò a Boeto e Zadok. I suoi insegnamenti mettevano in risalto il fatto che essi avrebbero dovuto servire Dio senza darsi pensiero della ricompensa.2 A causa di ciò – come dice tale teoria – essi conclusero di non credere alla resurrezione o nella vita dopo la morte. Boethus creò i Boetusiani, che potrebbero essere gli Erodiani ai tempi di Gesù. Il figlio di Boeto fu incaricato come sommo sacerdote da Erode. L’altro discepolo, Zadok, sarebbe stato uno dei primi leader nel gruppo che prese il suo nome.
Una terza ipotesi dice che il nome è semplicemente collegato al termine Saddiq, cioè “i giusti” (Saddiqim al plurale).3 Questo sarebbe stato in contrasto e allo stesso tempo molto simile agli Hasidim - cioè “gli uomini pii” – il primo titolo del gruppo dal quale avranno vita i Farisei.4 Questa teoria, così come le altre, è etimologicamente difficile. Il modo in cui è scritto il termine “Sadduceo” lascia pensare al termine come ad un passivo: cioè “i giusti” sarebbe una forma attiva.
Queste sono delle teorie possibili riguardo il nome della setta, quindi senza una soluzione convincente riguardo il problema sul nome dei Sadducei, possiamo spostare la nostra attenzione in modo soddisfacente alla breve descrizione della setta. Anche qui queste descrizioni fanno nascere ancora più domande riguardo le loro credenze.
La Natura dei Sadducei
La maggior parte degli studi riguardo i Sadducei fanno supporre che tutti i capi sacerdoti e gli altri leader dei Giudaismo erano Sadducei.5 Il testo del Josephus non dice questo, ma dice soltanto che quei sacerdoti che erano Sadducei venivano dalla classe dirigente. Il Josephus soltanto una volta si rifersice ad un Sadduceo, Anania il sommo sacerdote.6 La sua identificazione era in armonia con la classe di appartenenza: proveniva dal più alto grado della società ed era ingiusto in modo severo.7 Probabilmente un numero relativamente piccolo della classe dirigente era Sadduceo, ma non c’è modo di conoscere in termini numerici.
La classe Sadducea in genere era formata dagli aristocratici benestanti.Ciò non è però confermato dalle fonti, ma è una conclusione ragionevole dato dal fatto che vivevano vicino al Tempio e si trovavano meglio nel soddisfare i loro bisogni mischiandosi con la nobiltà.8 Il Josephus dice che essi riuscivano a persuadere soltanto i ricchi9 facendo comprendere tra le altre cose che avevano un piccolo gruppo come loro che li seguivano dato che i Farisei erano sostenuti dalle masse. La classe Sadducea forse si è sviluppata in origine al di fuori dei membri conservatori dell’aristocrazia, i sostenitori di Onias III,10 e mentre la classe ebbe la fiducia dei ricchi, non tutti i Sadducei erano ricchi.
Secondo il Josephus,11 molti Sacerdoti appartenevano ai Sadducei, ma non tutti i sacerdoti erano Sadducei. Il Nuovo Testamento mostra una stretta relazione tra i Sacerdoti e i Sadducei (Atti 4:1 e 5:17). Secondo il Josephus, Anania, un Sadduceo, ebbe cinque figli i quali diventarono tutti Sommi Sacerdoti. Mentre è probabile che i membri dell’aristocrazia sacerdotale erano Sadducei, molti sacerdoti erano Farisei. Furono i sacerdoti dei Farisei che furono mandati a chiedere a Giovanni (Giovanni 1:19-24). Secondo Atti 23 sia i Sadducei che i Farisei crearono il Sanhedrin perché l’apostolo Paolo sostenne i membri che erano Farisei al suo fianco.
I Sadducei si ritrovavano più nella posizione di Leader, ma molto più spesso dovevano sottomettersi alle richieste dei Farisei.12 Poiché il Popolo sosteneva i Farisei, i Sadducei furono forzati ad osservare la tradizione orale dei Farisei. I Sadducei non desideravano fare questa cosa, ma preferivano essere liberi dalle usanze e trattare soltanto la legge scritta. Le Leggi scritte che erano lasciate senza interpretazione erano poco chiare, il chè vuol dire che i Sadducei potevano decidere liberamente il significato di tali leggi.13 I Farisei, però la spuntavano persino quando un Sadduceo era un Sommo Sacerdote. Secondo il il Yoma 1:5 quando il Sommo sacerdote era un Sadduceo, i Farisei lo costringevano a bruciare incenso - secondo il loro punto di vista del Levitico 16:13 - dopo essere entrato nel Santo dei Santi. Secondo il Yoma 19b, un Sadduceo ha spiegato che essi si attenevano a ciò perché avevano paura dei Farisei.
La descrizione dalla letteratura raffigura i Sadducei come dei cattivi ed arroganti perché avevano il potere e competevano con altri per questo.14 Furono chiamati rozzi, rudi per i loro simili, come degli alieni, e pronti a discutere con gli insegnanti del gruppo che seguivano.15
Gli Insegnamenti dei Sadducei
La Scrittura e Tradizione. I Sadducei avevano quello che si chiama un atteggiamento conservatore verso la Scrittura: essi limitavano l’autorità della Legge scritta interpretata letteralmente e non erano aperti al cambiamento. La Domanda che si pone riguarda quanto della Scrittura accettassero come Parola di Dio. Dal Testo del Josephus sappiamo che i Sadducei odiavano le tradizioni dei Farisei e accettavano soltanto la Legge scritta.16 Riprendendo questa espressione del testo nel Josephus e il fatto che Gesù si limitò a discutere contro i Sadducei nel Pentateuco, i Padri della Chiesa, hanno concluso che i Sadducei accettavano solamente la Legge di Mosè come Scrittura.17 Ciò potrebbe sembrare un malinteso da parte dei Padri: quando il Josephus dice che i Sadducei hanno rigettato tutto tranne la legge scritta, probabilmente si vuole dire che essi non permettevano nessuna deduzione legale o dottrinale dai profeti. Molto più probabile essi volevano dire che si opponevano alle tradizioni scritte. Secondo il Talmud, nelle discussioni i Sadducei erano attaccati da altri libri della Bibbia e usavano tali argomentazioni a loro favore? Ciò suppone in modo forte che i Sadducei consideravano questi anche come Scrittura.
I Farisei avevano un vasto nucleo di interpretazione orale che era diventato obbligatorio: era questo a cui si opponevano i Sadducei. L’opinione che afferma che i Sadducei prendevano le scritture in modo letterale e rigettavano la tradizione orale non è una cosa accurata. Tutti i gruppi giudaici hanno incominciato col testo letterale ed hanno aggiunto la loro comprensione del testo giustificando il loro modo di vivere.18 I Sadducei avevano la loro Halakah personale, ma non affermavano che essa fosse divinamente autoritaria come erano le interpretazioni19 dei Farisei. Sebbene i Sadducei si attenevano alla Scrittura come l’unica autorità, essi credevano anche che essa potesse essere modificata dalla logica, specialmente nelle questioni dottrinali. Se le interpretazioni dei Farisei erano vincolanti, allora altri potevano decidere per se stessi cosa potesse significare. Da questo punto di vista i Sadducei non erano visti conservatori dai Farisei perché secondo i Farisei, i Sadducei non stavano salvaguardando la fede tradizionale.
Come tutti i giudei, i Sadducei credevano che la Torah, la legge di Mosè, si ritrovava su un piano maggiore rispetto alle altre Scritture.20 Non c’è una chiara evidenza che i Sadducei si attenevano di meno alla regola rispetto ai Farisei. Loro rigettavano completamente il materiale apocalittico o qualsiasi altro sincretismo greco. Forse i Sadducei credevano che solo la Torah fosse canonica e che la Torah fosse enormemente più importante delle altre Scritture, ma non c’è un evidenza in ciò. Comunque la protesta rilevante del fatto che i Farisei avessero esteso il “canone” nelle loro interpretazioni può essere dimostrato. Giustamente i Sadducei hanno rigettato la legge orale dei Farisei ma forse è perché essi volevano la libertà per proseguire da soli.
Una delle aree di discussione trai Sadducei e i Farisei riguardava il calendario.In Levitico 23:15-16 si inizia con la tabulazione per la festa della Mietitura usando l’espressione “dall’indomani del Sabato”. I sadducei dicevano che il “Sabato” significava lo Shabat e quindi la festa della mietitura ricadeva la Domenica.I Farisei, invece, stabilivano che lo “Shabat” era il primo giorno della Pasqua Ebraica qualsiasi fosse il giorno e quindi la festa della mietitura.21 Sandmels osserva che insieme a questo, i calendari sono sempre delle discussioni di alto profilo fino al Nicea – la Pasqua era nella settimana della pasqua Ebraica – ma il Nicea lo ha sciolto dal calendario Giudaico.22
Libertà Umana e Determinismo. Secondo il Josephus23 le tre sette principali non sono in accordo riguardo la volontà umana. Gli Esseni sono molto deterministici, i Farisei mettono insieme determinismo e libero arbitrio, ma i Sadducei credevano che tutti gli eventi umani fossero risultato della libertà umana. Il dubbio qui è se il Josephus stia facendo una distinzione troppo sottile per mettersi in armonia o meno con le idee della filosofia greca. Forse la severità dei Sadducei ha dato l’idea che essi fossero limitati al libero arbitrio: i Sadducei giustificano troppo ciò.Il fatto che i Sadducei non credevano all’intervento apocalittico di Dio nella storia potrebbe aver dato l’impressione che essi avessero rifiutato il fato e consideravano tutto sotto il controllo umano.24
Risurrezione. E’ chiaro il fatto che i Sadducei rinnegassero la dottrina della risurrezione. In Atti 23:6-8 si parla di come questo argomento avesso creato divisioni nel Sinedrio in quanto i Farisei credevano alla risurrezione dei morti e all’immortalità dell’anima. Si parla dei Sadducei riguardo a ciò anche in Matteo 22:23 e Atti 4:1-2. Ciò è probabile perché la risurrezione è stata una cosa fondamentale per il Cristianesimo tanto che il Nuovo Testamento si incentra su questo punto.
Il Josephus conferma che i Sadducei rinnegavano la resurrezione, l’immortalità dell’anima, i premi eterni o il “mondo a venire”.25 I Sadducei si incentravano sul fatto che la nazione di Israele rimanesse in questo mondo e non in un mondo a venire.
Ci sono alcuni riferimenti nel Mishnah che trasmettono questa tradizione di credenze. Secondo il Berachot 9:5 la Benedizione finisce con “di secolo/in eternità”. Poiché i Sadducei dicevano però che esisteva un solo mondo, i saggi cambiavano la benedizione in “di eternità in eternità”. Più importante, comunque, è il Sanhedrin 10:1, il quale descrive la credenza comune che tutto Israele ha una parte nel mondo a venire.
La Dottrina della risurrezione la si accenna agli inizi del Vecchio Testamento, ma è chiaramente insegnata in Daniele.26 Forse i Sadducei non hanno dato molta importanza a quest’opera che è così apocalittica.
Gowan crede che ciò apparisse in ritardo e non disponibile nel loro pensiero didattico,27 ma per certo anche se nel caso di Daniele l’idea della risurrezione la si datò in ritardo, le idee pronunciate facevano capire che tale argomento era già in atto molto tempo prima di queste discussioni. Se Daniele è stato scritto davvero prima, allora ci sarebbe stato tempo a sufficienza affinché l’insegnamento diventasse parte della fede giudaica. A Saldarini, il quale riflette l’opinione comune, non piace l’idea che il credere nella vita dopo la morte fosse stabilito dal giudaismo del secondo secolo.28 I Farisei sembrano aver pensato per certo che fosse così, ma i Sadducei erano conservatori: essi non avrebbero accettato probabilmente nessuna cosa che proveniva dalla letteratura apocalittica o che possa essere stata formulata con chiarezza ai primi tempi. Nonostante ciò, il dilemma principale riguardava più probabilmente se ciò fosse insegnato o meno nella Legge: questo era il problema di ogni Giudeo. E’ interessante notare che secondo il Sanhedrin 90b, i Farisei hanno comprovato la risurrezione di Esodo 15:1. Torneremo più tardi su questo punto.
Angeli. La Dottrina dell’angelologia è più difficile. Atti 23:8 dice che i Sadducei non credevano agli Angeli. Gowan crede che ci sia qualcosa che manca in questa frase perché degli angeli si parla chiaramente nel Vecchio Testamento, specialmente nel Pentateuco, e poiché i Sadducei accettavano il Vecchio Testamento, essi avrebbero dovuto credere negli Angeli.Questo argomento però non è convincente poiché è possibile non credere in cose chiaramente rivelate.29 Gowan pensa che ciò che s’intendeva è un angelologia elaborata, però lo rinnega in quanto nota che neanche nel Mishnah si parla mai di angeli. Lui pensa piuttosto che i due soggetti vadano di pari passo e che la dottrina degli angeli che i Sadducei rifiutano si riferisca all’idea che i morti fossero trasformati in angeli.30
I Sadducei hanno dipinto Dio e gli Umani come esseri indipendenti e distanti, sia in questa Vita che in quella dopo. I premi di giustizia sono per questa vita e quindi essi erano precisi sulla salute e sul beneficio che riportava ciò come evidenza della benedizione divina.
Osservazioni finali
La reazione verso i Sadducei era prevedibile. A dire il vero se essi non fossero stati disprezzati dai Farisei e dal popolo, sarebbero stati tollerati appena.31 Nell’opera pseudo epigrafica de I Salmi di Salomone, scritti nella metà del primo secolo A.C., i Sadducei sono chiamati semplicemente peccatori (4:2 ff). Nel mishnah i Sadducei sono citati come ignoranti della Legge, sordo muti, imbecilli e di minore importanza perché essi non ammettevano la legalità del governo riguardo l’Erub . Il Niddah 4:2 afferma che la figlia del Sadduceo è uguale alla donna Cutita o a quella Samaritana, probabilmente perché i Sadducei erano trascurati nelle loro leggi riguardanti la purezza. Infatti, i Sadducei sono raggruppati insieme ai Samaritani ed ai settari (i minim o gli “infedeli”, un termine usato per i Cristiani giudei [vedi Beracoth 9:5]). Nella tarda letteratura rabbinica essi sono descritti con toni più aspri, come se fossero degli eretici, neanche Giudei. Saldarini conclude che ciò non è esatto, ma che le frasi formano una forte difesa contro i Sadducei.32
I Sadducei, dunque, erano la setta politica e religiosa costituita in maggior parte dagli aristocratici benestanti e conservatori di cui molti erano sacerdoti. Molto spesso prendevano alti incarichi al Tempio e insieme a questo una buona parte del beneficio. Essi si opponevano alle tradizioni non scritte, perché preferivano avere la libertà di interpretare le Scritture come volevano. Rinnegavano la risurrezione, l’immortalità dell’anima, i premi della vita a venire e in qualche modo anche gli angeli. La loro influenza diminuì finchè scomparirono verso il 70 D.C.
Saldarini aggiunge che per la gente esterna a loro, le differenze tra i Farisei e i Sadducei possa apparire di poca importanza, ma “all’interno della comunità tali differenze producono generalmente conflitti ferrei riguardo al controllo e all’influenza….”33
Oggi ci sono Cristiani che assomigliano molto ai Sadducei di quei tempi, sebbene non lo siano in tutto. Sebbene essi affermino di essere cristiani, non credono in realtà alla resurrezione, specialmente alla risurrezione di Gesù. Per questi Cristiani, le dottrine degli Angeli (e demoni) sono delle espressioni mitiche riprese da una mentalità primitiva. Il loro cristianesimo è stato sottomesso alla mentalità moderna con il risultato che un sacco di insegnamenti dottrinali che vanno dai miracoli alle leggi di purità sono state troncate dalle interpretazioni e alle applicazioni conservatrici e gli è stato dato un nuovi obbiettivo. Per certo molti conservatori vedono questi “Cristiani” come dei non credenti, seguaci di un’altra fede, ma spesso è difficile comprendere cosa crede davvero il liberale moderno.
Il Problema è che i molti che credono in questo modo hanno una posizione di leadership nelle chiese, nei seminari e nelle denominazioni. Forse non sono benestanti (non tutti i Sadducei lo erano), ma poiché erano tutti ben istruiti sembra che essi a vederli si considerassero aristocratici, al di sopra della fede semplice dei cristiani comuni. La loro istruzione e la loro posizione probabilmente ha creato degli ostacoli alla loro fede. Sfortunatamente ciò ha impresso anche molti altri e ha dato do a questi Cristiani di avere dei seguaci.La loro affermazione di poter recuperare il vero punto centrale del cristianesimo può semplicemente essere un impedimento per rigettare quello per cui non riescono a credere o non riescono a mettere in pratica.
1 IDB, s.v. “Sadducees,” di A. G. Sundberg, 4:160.
2 Aboth de R. Nathan, c. 5.
3 Edersheim, Life and Times, I:323.
4 Sandmel si chiede se non sia anche un epiteto derisorio usato come disprezzo: “sedicente giusto” (p. 156).
5 Saldarini fa la lista di diversi punti di vista - sia antichi che moderni – riguardoi Sadducei (p. 299).
6 Dal Josephus, Antiquities, 20.9.1 (199-203).
7 Saldarini, p. 299.
8 Sandmel, p. 157.
9 dal Josephus, Antiquities, 13.10.6.
10 dal Gowan, p. 185.
11 Josephus, Antiquities, 20.9.1.
12 Josephus, Antiquities, 18.1.4.
13 Saldarini, p. 117.
14 Saldarini, p. 300.
15 Ibid., 110.
16 Josephus, Antiquities 13.10.6 [403].
18 Saldarini, p. 303.
19 Gowan, p. 182.
20 Oesterly and Box, The Religion and the Worship of the Synagogue, pp. 27, 138.
21 Sandmel, p. 158.
22 Ibid., p. 440.
23 Josephus, Wars, 2.8.14 [162-166]; Antiquities, 18.1.3-4 [12-17].
24 Saldarini, p. 300.
25 Josephus, Antiquities, 18.1.4 [16]; Wars, 2.8.14 [165].
26 Ci sono molti passi biblici che sembrino includere l’idea della resurrezione e per certo l’immortalità. Il problema è che i passi biblici come Salmo 49 e Salmo 73 usano un modo di parlare che in altri passi possono essere interpretati in modo diverso ( vedi le spiegazioni di A. F. Kirkpatrick, The Book of Psalms [Cambridge: At the University Press, 1930], pp. xcv-xcvii). Certamente il desiderio di essere sepolti nella terra aveva come motivo una speranza per il futuro ma alcuni accenni non hanno chiaramente spiegato che i morti risorgeranno come si afferma in Daniele.
27 Gowan, p.183. Hanno riconosciuto Daniele come Scrittura? Gli Esseni lo hanno fatto di sicuro. Non c’è stata discussione di questo nell’argomento trattato. Eppure, il testo con tono sarcastico per qualsiasi giudeo era di considerarlo o meno nella Legge (Sandmel, p. 157).
28 Saldarini, p. 307.
29 Gowan, p. 184.
30 Gowan, p. 184; vedi anche Solomon Zeitlin, “The Sadducees and the Belief in Angels,” JBL 83 (1964):67-71.
31 Josephus, Antiquities, 18.1.4; 13.10.6.
32 Saldarini, p. 302.
33 Saldarini, p. 305.
Related Topics: History, Terms & Definitions, Gospels, High Priest
La parábola de los talentos (Mateo 25:14-30, Lucas 19:12-28)
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Introduction269
13 "Por lo tanto, estar alerta, porque no sabéis el día ni la hora. 14 Porque es como un hombre que yéndose lejos, llamó a sus siervos que y les entregó sus bienes a ellos. 15 A uno dio cinco talentos, ya otro dos, ya otro uno, a cada cual según su capacidad. Luego continuó su viaje.
Introduction269
13 "Por lo tanto, estar alerta, porque no sabéis el día ni la hora. 14 Porque es como un hombre que yéndose lejos, llamó a sus siervos que y les entregó sus bienes a ellos. 15 A uno dio cinco talentos, ya otro dos, ya otro uno, a cada cual según su capacidad. Luego continuó su viaje. 16 El que había recibido cinco talentos se fue en seguida y negoció con work270 y ganó otros cinco. 17 De la misma manera, el que tuvo dos ganó otros dos. 18 Pero el que había recibido un talento salió y cavó un hoyo en tierra y escondió el dinero de su señor en el mismo. 19 Después de mucho tiempo, el señor de aquellos siervos y ajusta cuentas con ellos. 20 El que había recibido cinco talentos, trajo otros cinco, diciendo: "Señor, me entregaste cinco talentos. Mira, he ganado otros cinco. "21 Su señor le respondió:" ¡Hiciste bien, siervo bueno y fiel! Has sido fiel en unas pocas cosas. Te pondré a cargo de muchas cosas. Entra en el gozo de tu señor. '22 El de los dos talentos también vino y dijo: "Señor, me entregaste dos talentos para mí. Mira, he ganado otros dos. "23 Su señor le respondió:" ¡Hiciste bien, siervo bueno y fiel! Has sido fiel, sobre mucho te pondré. Te pondré a cargo de muchas cosas. Entra en el gozo de tu señor. "24 Y el que había recibido un talento, dijo: Señor, sabía que eres un hombre duro, que siegas donde no sembraste y recoges donde no esparciste , 25 por lo cual tuve miedo, y fui y escondí tu talento en la tierra. Mira, tienes lo que es tuyo. '26 Pero su señor respondió: "El mal y el esclavo perezoso! Así que sabías que cosecho donde no sembré y recojo donde no esparcí; 27 Entonces deberías haber entregado mi dinero a los banqueros, y al volver yo, habría recibido mi dinero con intereses! 28 Por tanto, quitadle el talento y dadlo al que tiene diez. 29 Porque al que tiene se le dará más, y tendrá más que suficiente. Pero el que no tiene, aun lo que tiene le será quitado. 30 Y a ese siervo inútil echadle en las tinieblas de afuera: allí será el lloro y el crujir de dientes "(Mateo 25:13-30). 271
Es una historia sencilla que nuestro Señor dice aquí. Un hombre que se prepara para partir en un viaje confía sus bienes a sus siervos. Él distribuye su riqueza entre los tres criados, adjudicadas a ellos sobre la base de sus capacidades. Para los primeros confió cinco talentos, ya los segundos dos talentos, y al tercero un talento. Los primeros dos siervos quickly272 se puso a trabajar con el dinero de su señor. El tercer siervo no invirtió dinero de su señor en absoluto, cavó un hoyo en la tierra y enterró el dinero de su señor. Cuando el maestro regresó, los dos primeros se reunió con impaciencia su señor, al parecer encantado con la oportunidad de multiplicar money.273 su amo Ambos fueron elogiados como "siervos buenos y fieles", ambos fueron recompensados con mayores responsabilidades en el servicio de su amo, ambos fueron invitados para compartir en la alegría de su amo.
Relaciones del maestro con el tercer siervo es un asunto muy diferente. Este siervo vino a su señor con sólo el talento de su amo tenía originalmente encomendada. No aumentar el dinero de su señor en absoluto. De hecho, si esto llegara a ocurrir hoy, ese dinero sería probablemente un valor inferior, debido a la inflación. Este servidor ofrece una débil excusa para su conducta. Le dijo a su maestro que él era un hombre duro y cruel, un hombre que estaba pidiendo, y que espera ganar en la que no había trabajado. Sostuvo que por eso tenía miedo de tomar un riesgo con cualquier tipo de inversión. De modo que simplemente escondió el dinero, y ahora se lo devolvió, sin ninguna ganancia. El maestro reprendió este esclavo por ser malo y perezoso. Tomó su talento, se lo dio al que ganó diez, y lanzar este tipo en las tinieblas de afuera, donde se lloro y el crujir de dientes.
Con cuidado deben tener en cuenta los resultados de fiel servicio, y de servicio infiel, en esta parábola. Fiel servicio dirigido a mayores responsabilidades en el reino de los cielos, y la alegría eterna en la presencia del Maestro, Jesucristo. Servicio Unfaithful la condenación, la eliminación de la propia administración, y una eternidad de llanto y crujir de dientes en las tinieblas de afuera, lejos de la presencia de nuestro Señor.
Uno debe concluir con seguridad que esta parábola no es sólo una historia interesante, pero un mensaje de significado eterno. Escuchemos con atención y luego, mirando al Espíritu de Dios que ilumine nuestros corazones y mentes, y para empoderar a nuestro servicio, para la gloria de Dios y al bien eterno.
Una parábola similares
Lucas 19:11-27
Probablemente sería prudente estudiar la parábola de los talentos en Mateo 25, sin considerar también una parábola similar en Lucas 19:11-27:
11 Mientras la gente estaba escuchando estas cosas, Jesús procedió a contar una parábola, por cuanto estaba cerca de Jerusalén, y ellos pensaban que el reino de Dios iba a aparecer de inmediato. 12 Por tanto, dijo, "Un hombre noble se fue a un país lejano para recibir un reino y volver. 13 Y llamó a diez siervos suyos, les dio diez minas, y les dijo: "Haz negocios con ellos hasta que yo vuelva. '14 Pero sus conciudadanos le aborrecían, y enviaron tras él una embajada, diciendo: No queremos que este hombre como rey sobre nosotros! '15 Cuando regresó después de recibir el reino, mandó llamar a estos esclavos a los cuales había dado el dinero. Quería saber cuánto habían ganado por el comercio. 16 Así, el primero se presentó ante él y le dijo: 'Señor, tu mina ha ganado diez minas más. "17 Y el rey le dijo:" Bien, siervo bueno! Porque has sido fiel en un asunto muy pequeño, tendrás autoridad sobre diez ciudades. "18 Y el segundo se acercó y dijo:" Señor, tu mina ha producido cinco minas. '19 Entonces el rey le dijo: "Y usted debe estar sobre cinco ciudades. '20 Entonces otro esclavo se acercó y dijo: "Señor, aquí está tu mina que dejé para su custodia en un trozo de tela. 21 Porque tuve miedo de ti, porque eres un hombre severo. Usted retira lo que no depositó y cosecha lo que no sembró. "22 El rey le dijo:" te voy a juzgar por sus propias palabras, Siervo malvado! Por lo que sabía, ¿verdad, que yo era hombre severo, retirando lo que no depositó y cosecha lo que no sembré? 23 ¿Por qué entonces, no pusiste mi dinero en el banco, para que a mi regreso lo hubiera recibido con los intereses? '24 Y dijo a sus criados:' Toma la mina de él, y le dan a la persona que tiene diez. "25 Pero ellos le dijeron: Señor, tiene diez minas! '26" Les aseguro que todo el que tiene, se le dará más, pero de quien no tiene, aun lo que tiene le será quitado. 27 Pero en cuanto a esos enemigos míos que no me querían por rey, traedlos acá y masacre en frente de mí! "
Las similitudes entre la parábola de Mateo 25 y esta parábola en el Evangelio de Lucas son fáciles de ver:
el hombre va a otro país, se queda mucho tiempo, y luego regresa.
hombre dedica sus recursos a los funcionarios, esperando que para obtener un beneficio en su ausencia.
dos primeros siervos fieles, que son elogiados por su maestro y se les da mayor autoridad.
cueros tercera siervo lo fue confiada a él.
tercer siervo busca excusarse al acusar a su amo de ser duro.
tercer siervo dice que tenía miedo de su amo.
tercer siervo no es obtener un beneficio para su amo.
primeros dos siervos son recomendados para ir al cielo, y el tercero es condenado y va al infierno.
maestro le dice a su siervo infiel que debería haber puesto el dinero en el banco.
que fue dada a la tercera (infiel) siervo quitado y entregado al siervo fiel que ganó el máximo rendimiento de su amo.
Si bien la parábola de Lucas es similar a la parábola en Mateo 25, hay algunas diferencias importantes:
parábola en Lucas se relata cuando Jesús estaba cerca de Jerusalén, antes de su entrada triunfal en Mateo, la parábola se le dice cuando Jesús estaba en Jerusalén, unos días más tarde.
Lucas hay diez siervos en Mateo, hay sólo tres.
Lucas, el hombre que se fue es un noble que deja de obtener un reino en Mateo, esa información no se da.
Lucas, el hombre que se fue da a cada empleado la misma cantidad de dinero (una mina), en Mateo, los talentos se dan a los tres esclavos en función de su capacidad.
Lucas, a los esclavos se les instruye a "hacer negocios" con el dinero que se les ha confiado, sin dicha declaración se encuentra en Mateo (aunque bien puede hacer esta inferencia).
en Lucas hay otro grupo, además de los siervos del amo - aquellos que no quieren a este hombre para convertirse en su rey, y que enviará un mensaje pidiéndole que no vuelva. Estos rebeldes son sacrificados.
Lucas, se nos dice que la razón de la parábola era corregir la idea errónea de que el reino de Dios iba a aparecer de inmediato, no tal motivo se dice en Mateo.
La tentación es que nos llevan los detalles de la parábola en el Evangelio de Lucas a la narración de Mateo, pero debemos ser cuidadosos al respecto, reconociendo que estas parábolas, aunque similares, dijeron en varias ocasiones y muy variada.
Una explicación de la División Párrafo
Mi estudio de este texto me ha llevado a concluir que el párrafo rompe relación con nuestro texto es confuso en el mejor, y el mal en el peor. En concreto, estoy hablando de Mateo 25:13:
"Por tanto, estar alerta, porque no sabéis el día ni la hora" (Mateo 25:13).
¿El versículo 13 pertenecen a los versículos 1-12, o con los versículos 14-30? Ahora estoy dispuesto a decir que el versículo 13 queda mejor con los versículos 14-30. Voy a explicar mis razones para llegar a esta conclusión, a pesar del hecho de que se diferencia con las divisiones generalmente aceptados (versículos 1-13, versos 14-30, versos 31-46).
(1) El versículo 13 en realidad no parece encajar con los versículos 1-12, o contribuir a su mensaje. ¿Cómo "no saber el día ni la hora" afecta ni a las cinco vírgenes prudentes o las cinco vírgenes insensatas? La diferencia no es que un grupo sabía la hora, y el otro no. Ninguno de los grupos sabía que el novio iba a venir. La diferencia es que un grupo trajo aceite para sus lámparas, y los otros no. Como yo estaba enseñando la parábola de las vírgenes, que no podía ver cómo el versículo 13 se desempeñó como cualquier tipo de conclusión de los primeros 12 versos.
(2) Muchos de los comentarios que reconocer lo abrupto del versículo 14 como el primer verso de un nuevo párrafo. Pero ninguno de ellos adecuadamente explicarlo. Yo sostengo que el versículo 14 no empieza el nuevo párrafo, pero sí que el versículo 13.
(3) En mi opinión, la principal razón para suponer que el versículo 13 pertenece a los versículos 1-12 es que el término (del griego ou = n) es más a menudo inferencial, con el significado de "por lo tanto" o "entonces." 274 Es no siempre es una indicación de una conclusión lógica, sin embargo. A veces, el término no se traduce en absoluto. A veces es simplemente un conectivo, un conjunto virtual. Creo que este puede ser el caso en nuestro texto.
(4) La expresión que comienza el versículo 14 (griego, w [sper ga.r) se emplea 11 veces en otras partes del Nuevo Testamento (Mateo 12:40; 24:27, 37; 25:14, Lucas 17:24; Juan 5:21, 26; Romanos 5:19; 6:19; 11:30; 1 Corintios 11:12; 15:22; Santiago 2:26). Nunca, salvo en nuestro texto (según la mayoría de las versiones), se empleaba para comenzar un nuevo párrafo. En efecto, se utiliza para explicar lo que se ha dicho antes. En Mateo, esto es especialmente claro en 12:40; 24:27, 37.
(5) En la parábola similar en Lucas 19 (si bien dijo en otro momento y con numerosas variaciones), comienza con una indicación de la hora:
Mientras la gente estaba escuchando estas cosas, Jesús procedió a contar una parábola, por cuanto estaba cerca de Jerusalén, y ellos pensaban que el reino de Dios iba a aparecer de inmediato (Lucas 19:11).
En otras palabras, Lucas nos informa que Jesús contó esta parábola específicamente para corregir algunas ideas equivocadas sobre la hora de su regreso. Por lo tanto, el tiempo parece ser un factor más importante en los versículos 14-31 que en 1-13. Yo así tomar el versículo 13 como el primer verso de este nuevo párrafo.
Claves para la interpretación de la parábola de Mateo de los Talentos
Con el fin de comprender el significado y la aplicación de la parábola de los talentos, tenemos que tomar nota de los términos cruciales y sus significados. Permítanme llamar su atención sobre los elementos más importantes de la parábola, como lo entiendo ahora.
El elemento de tiempo. El tiempo ha sido un factor importante en la enseñanza de nuestro Señor acerca de Su venida y del fin del mundo, comenzando en el capítulo 24. Jesús dejó en claro que su regreso no será inmediato, pero después de mucho trabajo y el paso de un período considerable de tiempo. Si bien habría pruebas suficientes para sus seguidores de discernir la general "temporada" de su regreso, ni el día ni la hora en que se conocería (Mateo 24:32-36, 42). Más allá de esto, Su regreso sería a un tiempo en que no se esperaba (Mateo 24:44). En la parábola de los talentos, hay dos referencias claras a tiempo. En primer lugar, el maestro se quedó fuera por un largo tiempo (Mateo 25:19). En segundo lugar, los siervos fieles de inmediato se puso a trabajar para aumentar el dinero de su señor (Mateo 25:16-17).
El elemento de dinero. De hecho, es lamentable que el término "talento" significa algo muy diferente hoy de lo que el Señor quiso decir cuando dijo esta parábola. El talento era la medida más grande de dinero en esos días. Desde un talento era en realidad una medida de peso, no tiene un valor constante. Un talento de oro, por ejemplo, tendría un valor mucho más que un talento de bronce. Mientras los analistas difieren un poco sobre el valor aproximado de un talento en la economía actual, todos estaríamos de acuerdo en que se trataba de una gran cantidad de dinero. Algunos dicen que era el equivalente al salario de 20 años de un común laborer.275 Debemos recordar, pues, que el talento es una medida del dinero, no es una referencia a las habilidades. Los talentos se distribuyen sobre la base de la capacidad, no como el otorgamiento de capacidad.
Debemos tener cuidado de reconocer que en esta parábola la mera posesión de un talento no es evidencia de la salvación. El esclavo de un talento no está claramente salvado, está condenado al infierno. De manera similar, en la parábola del sembrador (Mateo 13:3-9, 18-23) la germinación de la semilla simple no parece representar la salvación. Al parecer, sólo la cuarta suelo representa el verdadero creyente. Los suelos segunda y tercera representan a los que inicialmente muestran algún interés en el evangelio, pero luego lo rechaza cuando el significado del evangelio se hace evidente. El verdadero creyente está representada por la semilla que crece, que perdura, y que produce frutos.
A partir de la parábola de los talentos que parecen ser informados que los no creyentes se les ha confiado ciertas cosas, y que también dará cuenta de su mayordomía. Creo que hay otros textos de la Escritura que indican que Dios nos ha confiado (por gracia común, en algunos casos) ciertos activos a todos los hombres, y que todos los hombres son responsables ante Dios por la manera que utilizan (o no utilizar) estos recursos que Dios les ha confiado. Yo creo que lo vemos en Romanos 9, donde Pablo habla de las cosas que Dios ha confiado Israel:
1 Digo la verdad en Cristo (no miento!), Porque mi conciencia me asegura en el Espíritu Santo-2 que tengo gran tristeza y continuo dolor en mi corazón. 3 Porque desearía yo mismo ser anatema, separado de Cristo, por el bien de mi pueblo, mis compatriotas, 4 que son israelitas. A ellos pertenece la adopción como hijos, la gloria, el pacto, la promulgación de la ley, el culto en el templo, y las promesas. 5 Para ellos son los patriarcas, y de ellos, por la descendencia humana, vino el Cristo, el cual es Dios sobre todo, bendito para siempre! Amen (Romanos 9:1-5).
Reprensión de Nuestro Señor de los escribas y fariseos a menudo se expresa en términos de "administración". Dios confió a Israel, y especialmente sus líderes, con la verdad, y ellos no lo usan correctamente.
El elemento de trabajo. Esta es la razón por la que fue crítico de la traducción del versículo 16 (véase la nota 1). El texto original es muy claro aquí - es el primer servidor (y asumimos que el segundo, también) que de inmediato se pone a trabajar con el dinero de su señor. No es el dinero que va a trabajar, como tal, sino el trabajador. Cuando excusas tercer siervo se anule, se hace evidente que este hombre es perezoso - que no hizo ningún trabajo. Ni siquiera entregar el dinero a los banqueros, 276 a que vayan a trabajar con él.
El elemento de beneficio. A menudo me han intrigado sobre estas palabras, que se repite varias veces en el Nuevo Testamento:
"Porque al que tiene se le dará más, y tendrá más que suficiente. Pero el que no tiene, aun lo que tiene le será quitado "(Mateo 25:29, ver también 13:12; Marcos 4:25, Lucas 8:18; 19:26).
¿Cómo es que el "que no tiene" tiene algo tomado de él? ¿Cómo puedes tomar algo de distancia de una persona que no tiene nada? Ahora veo la respuesta, que parece ser consistente con todos los lugares en los que se establece este principio sucesivamente. El único "que no tiene", pero todavía no "tener" (porque lo que tiene es quitado) es el que tiene el dinero de su señor, pero no ha hecho ningún beneficio de él. El tercer siervo no tiene fines de lucro, no hay ganancia, para dar a su amo, por lo que su talento es quitada y entregada a la persona que se fue a trabajar con el dinero de su señor e hizo grandes avances para él.
Encontramos este mismo principio se manifestó en relación con la parábola del sembrador (Mateo 13:12, Marcos 4:25, Lucas 8:18). El suelo que no produce granos (en otros casos, la fruta no, o ninguna ganancia) es suelo mal. Sólo el suelo que produce un cultivo que es "bueno" del suelo. Y así es que los que más tiempo de trabajo con lo que se les confía, con el fin de obtener un beneficio para su amo, son recompensados por su fidelidad. Los que son infieles perder no sólo su recompensa, pero su cuidado.
Día del Juicio Final
La recompensa y el castigo
Después de haber desaparecido desde hace mucho tiempo, el maestro vuelve a ajustar cuentas con sus siervos (v. 19). Dos de los esclavos parecen ansiosos por demostrar su maestro lo que han logrado en su ausencia. La primera presenta a su maestro con diez talentos. Se dobló el dinero de su señor le ha confiado. El segundo esclavo presenta a su maestro con cuatro talentos. Él, también, se duplicó el dinero de su señor dejado a su cuidado. Ambos de estos esclavos fieles son bien recompensados por su servicio fiel. En primer lugar, recibirán una mención de su amo, "Bien, buen siervo y fiel" (versículos 21, 23). En segundo lugar, porque han demostrado ser fiel con lo poco que se les confían, se da ahora mayores responsabilidades por su amo.
En tercer lugar, se les invita a "entrar en el gozo de tu señor." Justo lo que significa esto, para entrar en la alegría del maestro? Hablaremos de esto un poco más adelante, pero por el momento, me inclino a entender esta expresión en contraste con otros en nuestro texto: "'Y a ese siervo inútil echadle en las tinieblas de afuera: allí será el lloro y el crujir de dientes "(Mateo 25:30). La "alegría del maestro" debe, de alguna manera, equivale a disfrutar de las delicias del cielo, con nuestro Señor. "El lloro y el crujir de dientes" en las tinieblas de afuera "que, por el contrario, implican pasar la eternidad sin Dios, y sin alegría. Me acuerdo de este pasaje en el libro de Hebreos:
1 Por tanto, teniendo en derredor nuestro tan grande nube de testigos, debemos librarnos de todo peso y del pecado que nos asedia, y corramos con paciencia la carrera que tenemos por delante, 2 puestos los ojos en Jesús, el autor y consumador de nuestra fe. Por el gozo puesto delante de él sufrió la cruz, menospreciando el oprobio, y se ha sentado a la diestra del trono de Dios. 3 Piensa en aquel que sufrió tal contradicción de pecadores contra sí mismo, para que no se canse en sus almas y renunciar (Hebreos 12:1-3, énfasis mío).
La "alegría" que era antes de que nuestro Señor le parecen incluir la salvación de los pecadores perdidos (Lucas 15:4-10). ¿Es la salvación de los pecadores perdidos no "beneficio" en el sentido eterno? ¿No es esta fruta? ¿No es esto motivo de regocijo (véase Hechos 11:19-24)? Como hombre de negocios se complace en realizar un beneficio, por lo que nuestro Señor se complace en las ganancias obtenidas por sus siervos fieles en su ausencia. Y parte de la recompensa del siervo fiel entra en el gozo de su Señor para llevar la salvación a los hombres.
El esclavo tercero es un asunto completamente diferente. Este esclavo no hace absolutamente nada con el talento que ha sido confiado a él, nada más que enterrarlo, que is.277 Tenemos que distinguir entre sus excusas y la evaluación del maestro, los cuales son transportados en nuestro texto. La excusa del esclavo era que su amo era un hombre duro, y esto le llevó a tener miedo de su amo, por lo tanto no hacer nada con el dinero que se le confía.
Asumiendo, por el momento, que el esclavo tenía razón en su evaluación, ¿por qué no estar motivado por el miedo a buscar un beneficio para su amo? Si tuviera miedo de tomar cualquier riesgo, entonces ¿por qué no al menos poner el talento en manos de los banqueros, que de manera conservadora se lo invierten para él, y obtener al menos algún interés? Por supuesto, el interés se pone en una cuenta de ahorros no es el tipo de aumento que se podría llegar a invertir en el mercado de valores, pero por lo menos sería un pequeño incremento. De esta manera el esclavo no tendría que asistir al dinero en el día a día. Un pequeño aumento podría haber sido obtenido sin gran riesgo o esfuerzo por parte del esclavo, pero prefirió no hacer nada en absoluto. Y cuanto más tiempo el maestro se había ido, más interés se perdió por la inactividad de la esclava.
¿Por qué, entonces, el tercer siervo no hacer nada? Lo que distinguía a él de los dos primeros esclavos? En primer lugar, debe considerar la evaluación de la maestría de los tres esclavos:
y fiel (los dos primeros esclavos)
y perezoso (el esclavo tercero)
Los dos primeros esclavos fueron elogiados por ser ambos "buenos" y "fieles." El término "bueno" se emplea a veces en un sentido moral.
Él le dijo: "¿Por qué me preguntas acerca de lo bueno? Sólo hay una que es bueno. Pero si quieres entrar en la vida, guarda los mandamientos "(Mateo 19:17).
Hubo una gran cantidad de quejas acerca de él entre la multitud. Unos decían: "Es un buen hombre", pero otros, "Engaña a la gente común" (Juan 7:12).
Pero este término se utiliza también de lo que es útil o beneficioso:
17 "De la misma manera, todo buen árbol da buenos frutos, pero el árbol malo da frutos malos. 18 Un árbol bueno no puede dar malos frutos, ni el árbol malo dar frutos buenos "(Mateo 7:17-18).
"La sal es buena, pero si la sal pierde su sabor, ¿cómo puede ser restaurado su sabor?" (Lucas 14:34)
"Pero Abraham le dijo: Hijo, acuérdate que durante tu vida recibiste tus cosas buenas y Lázaro también males; pero ahora éste es consolado aquí, y tú atormentado" (Lucas 16:25).
En nuestro texto, el "buen" esclavo es esclavo útil o beneficioso, porque ha ganado un beneficio para su master.278 También es "fiel", porque él ha estado trabajando con el dinero de su señor desde el momento en que dejó hasta el Cuando regresó. El esclavo tercero es todo lo contrario. Él es "el mal" en el sentido de que es "inútil" o Aviso cómo este word279 mismo se usa en Mateo 7 "no rentables".:
"De la misma manera, todo buen árbol da buenos frutos, pero el mal [literalmente podrido] árbol da frutos malos" (Mateo 7:17, énfasis mío).
El tercer siervo es holgazán e inútil por lo tanto, en lugar de ser trabajador, y por lo tanto útil. Él no "ir a trabajar" con dinero de su señor, a lo largo de un período prolongado de tiempo, y por lo tanto obtener un beneficio. Él no hace ningún trabajo durante un largo período de tiempo y por lo tanto es inútil.
Entonces, ¿cuál es la raíz del problema este esclavo tercero? Yo creo que es su punto de vista de su amo, y por lo tanto el trabajo que su maestro ha asignado.
"Y el que había recibido un talento, dijo: Señor, sabía que eres un hombre duro, que siegas donde no sembraste y recoges donde no esparciste" (Mateo 25:24, énfasis mía).
La palabra "difícil" que este esclavo usa para caracterizar su amo, dista mucho de ser halagador. Es la palabra que Moisés usa en Génesis 42:7,280 para describir disfraz de José de "dureza" ante sus hermanos. Se usa en 1 Samuel 25:3 para describir Nabal, esposo de Abigail, quien es un terco fool.281 Isaías (48:4) utiliza este término para describir la abstinencia de Israel. También se encuentra en Judas 1:15 a describir las "palabras duras", los incrédulos han dicho en contra de Dios. En otras palabras, el tercer siervo mira a su amo tan duro malo, e imposible. Esta es su excusa para no hacer nada. Es como si hubiera dicho: "Yo sabía que no era razonable, y que no había manera de complacerte, así que decidió no intentarlo siquiera."
Al pensar en la actitud de este esclavo hacia su amo, me acordé de este pasaje en el libro de Éxodo:
1 Después Moisés y Aarón fueron a Faraón, y dijo: "Así dice el Señor, Dios de Israel:" Deja ir a mi pueblo para que puedan celebrar una fiesta para mí peregrino en el desierto. '"2 Pero Faraón dijo:" ¿Quién es el Señor para que yo le obedezca por la liberación de Israel? Yo no conozco a Jehová, y no voy a liberar a Israel. "3 Y ellos dijeron:" El Dios de los hebreos ha venido a nuestro encuentro. Vayamos un viaje de tres días por el desierto, para que ofrezcamos sacrificios a Jehová nuestro Dios, para que no nos golpee con la peste o la espada. "4 Entonces el rey de Egipto les dijo:" Moisés y Aarón , ¿por qué hacer que las personas se abstengan de su trabajo? Vuelva a su trabajo "5 faraón pensaba:" El pueblo de la tierra es ahora mucho, y vosotros les están dando resto de su trabajo "6 que Faraón mismo día ordenó a los dueños de esclavos y capataces que estaban sobre el pueblo:. 7 "Usted ya no debe dar paja al pueblo para hacer ladrillos como antes. Déjalos ir y recoger paja para sí mismos. 8 Pero usted debe exigir de ellos la misma cuota de ladrillos que hacían antes. No reducirlo, porque son vagos. Es por eso que están llorando, 'Vamos sacrificios a nuestro Dios.' 9 Deje que el trabajo sea más difícil para los hombres para que se mantenga en él y no prestan atención a palabras mentirosas "(Éxodo 5:1-9)
Faraón era un "maestro severo". Exigió que los hijos de Israel a hacer ladrillos, pero él se negó a suministrar los materiales necesarios. Exigió que hacer algo de la nada, por así decirlo. Este esclavo realmente piensa de su amo como si fuera un "Faraón" en carácter. Pero el maestro nos proporcionó los medios para su esclavo para obtener un beneficio. Él le confió el dinero, el dinero se adapte a sus habilidades. No era problema del maestro, sino que era problema de la esclava.
¿No es esta la forma en que los adversarios de nuestro Señor miró a Él? Para justificar su rechazo de Jesús diciendo que Él era el problema. De hecho, ellos lo acusaron de ser un pecador malvado, más digno de la muerte de Barrabás. ¡Qué diferente era la perspectiva de los dos primeros esclavos. Ellos parecían deleitarse en servir a su amo, y estaban ansiosos por empezar a trabajar rápidamente para producir un beneficio para él. Y tenían razón, porque los alabó y les invitó a unirse a él como partícipes de su alegría.
Conclusión
Ha tomado un tiempo para que la idea central de esta parábola a tomar forma para mí. Esta parábola no es principalmente acerca de la fe, ni se trata de estar dispuesto a asumir un riesgo (esto no era más que la excusa del esclavo malvado). Al concluir, debemos centrarnos en lo que esta parábola es realmente. Consideremos, pues, el mensaje principal de este texto. Creo que esta parábola se centra en cuatro temas principales: los recursos, el trabajo, el tiempo y el beneficio. Si tuviéramos que hacer una ecuación de esta parábola, probablemente sería algo así:
Recursos (talentos) Laborales + (trabajo) + tiempo = Beneficio
Comencemos con el resultado final - beneficio. Dios espera ver un beneficio. No es duro, ni él requieren que nosotros hagamos lo imposible (hacer un beneficio donde no ha proporcionado los medios). Él no nos obliga a "hacer ladrillos", sin aportar tanto el barro y la paja.
Así como un hombre de negocios espera obtener un beneficio, y se regocija cuando sus empleados aumentan su riqueza, por lo que Dios espera una ganancia y se regocija en ella. Se ha concedido el tiempo y los recursos para que los hombres de obtener un beneficio para el reino de los cielos, hasta que Él vuelva. La pregunta que debemos considerar es la siguiente: ¿Qué tan medimos "beneficio espiritual"? Esto es probablemente un sermón en sí mismo - quizás incluso un libro. Creo que todos estamos de acuerdo en que la salvación de las almas perdidas es un beneficio para el reino. Por lo tanto, el evangelismo es una forma de ganancia espiritual. Sabemos que Dios espera que crezca con el tiempo, y que él está disgustado cuando dejamos de crecer:
11 Y él mismo constituyó a unos, apóstoles, a otros profetas, a otros evangelistas, a otros pastores y maestros, 12 para equipar a los santos para la obra del ministerio, es decir, para la edificación del cuerpo de Cristo, 13 hasta que todos lleguemos a la unidad de la fe y del conocimiento del Hijo de Dios, al hombre perfecto, a la medida de la estatura de la plenitud de Cristo (Efesios 4:11-13).
12 Porque aunque en realidad debería ser maestros de este tiempo, usted necesita a alguien que le enseñe los elementos a partir de los enunciados de Dios. Ha vuelto a necesitar leche, no alimento sólido. 13 Porque todo aquel que participa de la leche es inexperto en el mensaje de la justicia, porque es niño. 14 Pero el alimento sólido es para los maduros, cuyas percepciones son entrenados por la práctica en el discernimiento del bien y del mal (Hebreos 5:12-14).
Por lo tanto, podemos concluir con seguridad que el crecimiento de la edificación o espiritual también es rentable porque el reino de los cielos.
Lo más importante es darle la gloria a Dios es rentable. Vamos a llamar a este aspecto de la exaltación de lucro.
27 "Ahora mi alma está muy afligida. ¿Y qué le digo? 'Padre, líbrame de esta hora? No, pero precisamente por eso he llegado a esta hora. 28 Padre, glorifica tu nombre. "Entonces vino una voz del cielo:" Lo he glorificado, y lo glorificaré otra vez "(Juan 12:27-28).
Porque habéis sido comprados por precio. Glorificad, pues, a Dios en vuestro cuerpo (1 Corintios 6:20).
Así que si usted come o bebe, o hacéis otra cosa, hacedlo todo para la gloria de Dios (1 Corintios 10:31).
Mi esperanza es que confía en que de ninguna manera se avergüence, sino que con audacia completo, incluso ahora como siempre, Cristo será exaltado en mi cuerpo, ya sea vivo o muero (Filipenses 1:20).
¿Y si la iglesia tuviera que ser analizado como un negocio? La primera pregunta que se hacen es: "¿Cuánto beneficio más daba?" Estamos tan acostumbrados a pensar en "no lucrativas", términos que estamos casi sorprendieron al oír tal pregunta planteada. Sin embargo, no es esto lo que nuestro Señor nos enseña en esta parábola? Dios espera un beneficio, y Él nos hará responsables de lo que hemos hecho con lo que Él nos ha confiado.
Al pulsar este asunto un poco más lejos, si la iglesia tuviera que ser considerado como un negocio y todos los miembros debían ser vistos como empleado, ¿cuántos de nosotros razonablemente esperar para "mantener nuestros puestos de trabajo"? Cada uno de nosotros tiene que hacer la pregunta, "¿qué es lo que estoy haciendo es el trabajo del reino?" "Así que es lo que estoy haciendo por Cristo y su reino que es" rentable "? Esta es una cuestión preocupante.
Todo este asunto del "beneficio" se expande la enseñanza de nuestro Señor en Mateo 6:
19 "No acumulen para sí tesoros en la tierra, donde la polilla y el orín corrompen, y donde ladrones minan y hurtan. 20 Pero acumular para sí tesoros en el cielo, donde ni la polilla ni el orín corrompen, y donde los ladrones se meten a robar. 21 Porque donde esté vuestro tesoro, allí estará tu corazón también "(Mateo 6:19-21).
Yo estaba hablando de este texto con un amigo, y me dijo: "Dios espera que el principio, más intereses." Creo que tiene razón. Demasiado a menudo pensamos en las palabras de nuestro Señor en Mateo 6 en cuanto a la ofrenda. Tomamos un poco de dinero y lo puso en el plato, y al hacerlo estamos "haciendo tesoros en el cielo." No niego que esto sea cierto en parte, pero no es la totalidad de la misma. Enseñanza de nuestro Señor en la parábola de los talentos es lo que Dios espera de lucro que es el producto de nuestro trabajo. Él proporciona el dinero y la capacidad, pero se espera que trabajen duro con lo que Él nos ha dado, para el beneficio del reino. En nuestra parábola, el dinero se nos ha dado para usar, para trabajar con, no sólo de retribuir. Me pregunto cuántos de nosotros estamos simplemente devolver el dinero que no hemos puesto en uso.
Tenemos que buscar el elemento de trabajo un poco más lejos. En primer lugar, vamos a estar claro que no estamos hablando acerca de la salvación por las obras. No somos salvos por las buenas obras, pero somos salvos para buenas obras:
8 Porque por gracia sois salvos por medio de la fe, y esto no de vosotros, pues es don de Dios; 9 no por obras, para que nadie se gloríe. 10 Porque somos hechura suya, creados en Cristo Jesús para buenas obras que Dios preparó de antemano para que anduviésemos en ellas (Efesios 2:8-10).
4 Sin embargo, "cuando la bondad de Dios nuestro Salvador y su amor a los hombres aparecieron, 5 él nos salvó, no por obras de justicia que nosotros hubiéramos hecho, sino sobre la base de su misericordia, por el lavamiento de la regeneración y por la renovación en el Espíritu Santo, 6 el cual derramó en nosotros abundantemente por Jesucristo nuestro Salvador. 7 Y así, ya que hemos sido justificados por su gracia, viniésemos a ser herederos conforme a la esperanza de la vida eterna. "8 Este dicho es digno de confianza, y quiero insistir en tales verdades, para que aquellos que han puesto su fe en Dios puede tener la intención de participar en las buenas obras. Estas cosas son buenas y beneficiosas para todos los hombres (Tito 3:4-8).
Las obras son el resultado de la fe, no un sustituto de la fe. Las obras son "frutos" que son evidencia de la fe verdadera (ver Santiago 2). Obras que producen un beneficio para los kingdom282 son la base de nuestras recompensas.
La relación de trabajo a la jubilación:
Es la jubilación Enterrar tu talento?
En uno de mis primeros viajes a la India, fui al zoológico. He visto algo allí que tanto asombró y me turbaron. Un hombre pobre (una especie de mendigo emprendedor, tal vez) estaba ocupado entreteniendo a los visitantes al zoológico. Expresó la esperanza de que al hacer algo espectacular que podría recibir un regalo o donación. Su entretenimiento era atormentar a uno de los tigres. Se abrió camino hasta los bares, y luego procedieron a hostigar a esta bestia impresionante. Como su gran final, el hombre metió la mano y sacó los bigotes del tigre. En mi opinión, eso es vivir peligrosamente.
Me doy cuenta de que voy a tirar unos bigotes por lo que voy a decir, pero creo que estoy siendo fiel a nuestro texto, y con la Biblia en su totalidad. Me temo que para todos los cristianos muchas (no todas) de jubilación se ha convertido en una forma socialmente aceptable de enterrar el talento de uno. Déjame ver si puedo defender mi alegato.
Mi forma de pensar en la jubilación en esta lección comenzó con la observación de que el cielo no es el fin del trabajo, pero la multiplicación y la continuación de los trabajos:
20 "El que había recibido cinco talentos, trajo otros cinco, diciendo:" Señor, me entregaste cinco talentos. Mira, he ganado otros cinco. "21 Su señor le respondió:" ¡Hiciste bien, siervo bueno y fiel! Has sido fiel en unas pocas cosas. Te pondré a cargo de muchas cosas. Entra en el gozo de tu señor "(Mateo 25:20-21).
Probablemente harían bien en comparar este texto con un par de pasajes en el Evangelio de Lucas:
16 "Así que la primera de ellas se presentó ante él y le dijo: 'Señor, tu mina ha ganado diez minas más." 17 Y el rey le dijo: "Bien, siervo bueno! Porque has sido fiel en un asunto muy pequeño, tendrás autoridad sobre diez ciudades "(Lucas 19:16-17).
10 "El que es fiel en lo muy poco, también es fiel en lo mucho, y el que es deshonesto en lo poco, también es deshonesto en lo mucho. 11 Si, pues, no fuisteis fieles en las riquezas injustas, ¿quién os confiará las riquezas verdaderas? 12 Y si no fuisteis fieles con la propiedad de otro, ¿quién os dará vuestro? "(Lucas 16:10-12)
"El cielo no es para ser pensado como me colocada al lado de la piscina, bebiendo un hombre alto, bien", como uno de mis compañeros ancianos comentó la semana pasada. El cielo se describe en términos de trabajo, no tocar, de actividad, no pasividad. El que ha sido fiel en la tierra con una pequeña cosa como el dinero se le dará un mayor trabajo por hacer en el cielo. El cielo no es una hamaca, no son unas vacaciones glorificado. El cielo consiste en el trabajo, pero es un trabajo rentable. Cristianos pasará la eternidad en el trabajo, y este trabajo incluirá gobernante con nuestro Señor y alabarlo.
Obra del Cielo será trabajo alegre. "Entrando en el gozo de nuestro Señor" es, en el contexto de nuestro texto, que entró en trabajo provechoso para toda la eternidad. El grado en que nuestra labor terrenal ha sido fiel y rentable determinará el grado en que entramos en el trabajo alegre en el cielo.
En este punto es probable que harían bien en mirar el trabajo desde una perspectiva más amplia, tenemos que considerar el trabajo desde el principio de los tiempos hasta la eternidad futura. Cuando Dios creó a Adán y Eva y los puso en el Jardín del Edén, les dio trabajo por hacer. Esto era el paraíso, mi amigo, y por lo tanto su trabajo no era trabajo pesado, sino que era una delicia:
8 El Señor Dios plantó un huerto en el oriente, en Edén, y puso allí al hombre que había formado. 9 Y Jehová Dios hizo todo tipo de árboles crecen desde el suelo, todo árbol que era agradable a la vista y bueno para comer. (Ahora el árbol de la vida y el árbol del conocimiento del bien y el mal estaban en medio de la huerta.) ... 15 El Señor Dios tomó al hombre y lo puso en el huerto del Edén para cuidar y mantener él (Génesis 2 :8-9, 15).
No fue sino hasta después de la caída del hombre que el trabajo del hombre se convirtió en fatiga:
17 Y al hombre dijo: "Debido a que obedeció su mujer, y comiste del árbol de que te mandé:" No deben comer de él: "Maldito sea el suelo gracias a ti, en penoso trabajo comerás de ella todos los días de tu vida. 18 De ello se producirá espinos y cardos para usted, pero usted va a comer el grano del campo. 19 Con el sudor de tu rostro comerás el pan hasta que vuelvas a la tierra, porque de ella fuiste tomado; pues polvo eres, y al polvo volverás "283 (Génesis 3:17-19).
A partir de entonces el trabajo era diferente, había una cierta "inutilidad" para trabajar:
18 Pues tengo por cierto que las aflicciones del tiempo presente no puede compararse con la gloria que habrá de revelarse a nosotros. 19 Porque la creación es el aguardar la manifestación de los hijos de Dios. 20 Porque la creación fue sujetada a vanidad, no voluntariamente, sino por Dios, que la sometió, en la esperanza 21 de que la creación misma será libertada de la servidumbre de la corrupción a la libertad gloriosa de los hijos de Dios. 22 Porque sabemos que toda la creación gime y sufre hasta ahora; (Romanos 8:18-22).
Si el pecado de Adán trajo sobre el trabajo doloroso para la humanidad, la muerte sacrificial de Jesucristo (el "último Adán" - 1 Corintios 15:45) trajo resto:
28 "Venid a mí todos los que estáis trabajados y cargados, y yo os haré descansar. 29 Llevad mi yugo sobre vosotros, y aprended de mí, que soy manso y humilde de corazón, y hallaréis descanso para vuestras almas. 30 Porque mi yugo es fácil de llevar, y mi carga no es difícil de llevar "(Mateo 11:28-30).
Este "resto" no es el final de todo el trabajo, sin embargo:
Por lo tanto, debemos hacer todo lo posible para entrar en aquel reposo, para que ninguno caiga siguiendo el mismo patrón de desobediencia (Hebreos 4:11).
En el libro de Apocalipsis, el cielo se describe como un retorno al paraíso perdido:
1 Después me mostró un río limpio de agua de vida, claro como el agua cristalina saliendo desde el trono de Dios y del Cordero, 2 que fluye por el medio de la calle principal de la ciudad. A cada lado del río está el árbol de la vida produce doce clases de fruto, dando su fruto cada mes del año. Sus hojas son para la sanidad de las naciones. 3 Y no habrá más maldición, y el trono de Dios y del Cordero estará en la ciudad. Sus siervos le servirán, 4 y verán su rostro, y su nombre estará en sus frentes (Apocalipsis 22:1-4).
Cuando nuestro Señor habla acerca del reino de los cielos en nuestro texto y en otros lugares, habla de ella en términos de trabajo, no de la relajación o de juego. Cielo no puede ser descrito en términos de retiro. Santos fieles se dan mayores responsabilidades y trabajo aún más. Pero este trabajo es alegre. Ese trabajo es, en gran medida, de entrar en el gozo de nuestro Señor. Es el fin de la maldición, y por lo tanto la eliminación del trabajo inútil. Es la continuación de una labor fructífera y rentable.
Me pregunto cuántos han pensado seriamente en lo que podría llamarse "la teología de la jubilación." Me gustaría desafiar a todos los cristianos a repensar el tema de la jubilación. Por ejemplo, si el trabajo es trabajo, una parte de la maldición, pues es la jubilación sólo una excusa para tratar de escapar de las consecuencias del pecado, Dios ha decretado? Es una negación de jubilación, en efecto, de la maldición?
Es evidente que nuestro Señor Jesús quiso que se encuentra "trabajando" cuando regrese:
45 "¿Quién es, pues, el siervo fiel y prudente a quien su señor ha puesto al frente de su casa, para dar a los otros esclavos la comida a su tiempo? 46 Bienaventurado aquel siervo a quien el señor encuentre en el trabajo cuando él venga. 47 Les digo la verdad, el amo lo pondrá a cargo de todos sus bienes "(Mateo 24:45-47).
Si este es el caso, y tenemos que estar en el trabajo hasta que Él venga, ¿por qué pensamos que llegar a cierta edad nos da derecho a cesar nuestras labores para Él?
No estoy argumentando en contra de la jubilación en el sentido económico. No estoy diciendo que nunca se debe dejar su empleo ni poner fin a su carrera. Estoy diciendo que nuestro trabajo por el reino no tienen un punto de terminación, excepto para el regreso de nuestro Señor, y aun así fructífera labor continuará en el cielo. Estoy sugiriendo que hemos llegado a considerar la jubilación como ese momento en la vida en que puede reducir o poner fin a nuestro dar, y cuando podemos dejar nuestro servicio. Jubilación se piensa más en términos del campo de golf de "terminar nuestro curso" en el sentido paulino (2 Timoteo 4:7).
El cristiano debe pensar en el retiro de la misma manera que él o ella piensa de ser único (si es que lo eres):
32 Y yo quiero que seas libre de preocupaciones. El soltero se preocupa por las cosas del Señor, de cómo agradar al Señor. 33 Pero un hombre casado se preocupa de las cosas del mundo, de cómo agradar a su mujer, de 34 años y está dividido. Una mujer soltera o una virgen se preocupa por las cosas del Señor, para ser santa así en cuerpo y espíritu. Pero una mujer casada se preocupa por las cosas del mundo, de cómo agradar a su marido. 35 Yo estoy diciendo esto para su beneficio, no constituyan una limitación en usted, sino para que sin impedimento os puede dar servicio notable y constante con el Señor (1 Corintios 7:32-35).
La jubilación es el período de edad cuando uno ya no tiene la distracción de tener que trabajar para ganarse la vida. Es un momento en que uno debe tener la sabiduría de la edad, la libertad financiera y la flexibilidad. La jubilación es como la segunda etapa de un cohete. La velocidad y aumento de empuje. Nuestros trabajos para el maestro debe aumentar, no disminuir, si estamos reino de mente.
El esclavo perezoso, malvado de nuestra parábola es que la persona que se niega a ir a trabajar con los recursos que Dios ha provisto para producir ganancias para el reino de los cielos. Estoy sugiriendo que la forma en que algunos cristianos que esperar, o en la práctica, la jubilación es una forma de enterrar tu talento. No hay fin a nuestra labor para nuestro Dios. Si nos encantó nuestro Maestro, deseamos ver nuestro trabajo para él como alegría. Trabajo duro para el beneficio del reino y el rey está entrando en el gozo de nuestro Señor. Y si nuestros trabajos son alegres, nos deleitará en el pensamiento de mano de obra adicional. Si tratamos de huir de la obra de nuestro Señor nos ha dado, revela una actitud equivocada y la relación con nuestro Maestro.
Y voy a concluir preguntándole esto, mi amigo: ¿Usted conoce y ama al Maestro, Jesucristo? Por la fe, ¿ha entrado en su trabajo, su obra de salvación en su nombre en la cruz del Calvario? ¿Has venido a ver que tan lejos como su salvación se refiere, todas sus obras son como trapos de inmundicia a la vista (Isaías 64:6, Romanos 3:9-20)? ¿Has confiado en la justicia de Jesucristo y en Su muerte en el Calvario por nuestros pecados, y no en sus obras (Romanos 3:21-26)? Si es así, entonces ¿cuál es el trabajo fecundo de Dios te ha dado? ¿Cuál es su ministerio, su contribución única al reino de Dios? ¿Qué es lo que usted quiere que él para encontrar haciendo cuando Él regrese? No enterrar lo que Dios te ha confiado, ir a trabajar con ella, porque la gloria de Dios, y para sus recompensas eternas.
Puede ser que usted no es como los dos primeros esclavos, pero al igual que el tercero. No echarle la culpa a Dios. Ha ricamente provisto todo lo que necesitamos para la vida ya la piedad (2 Pedro 1:1-4). Confía en Jesús, porque es su trabajo que te salvará.
Voy a terminar con estas palabras de nuestro Señor a la iglesia de Sardis. Por favor, considere su relación con nuestro texto, y con el dinero, tiempo, trabajo, y el beneficio:
1 "Escribe al ángel de la iglesia en Sardis escribe lo siguiente:" Este es el pronunciamiento solemne de aquel que tiene los siete espíritus de Dios y las siete estrellas: "Yo conozco tus obras, que tienen una reputación que estás vivo , pero en realidad estás muerto. 2 Despierta entonces, y fortalecer lo que queda de que estaba a punto de morir, porque no he hallado tus obras perfectas delante de mi Dios. 3 Por tanto, recuerda lo que has recibido y oído, y guárdalo, y arrepiéntete. Si no despiertas, vendré sobre ti como ladrón, y no sabrás a qué hora vendré en tu contra. 4 Pero tienes unas pocas personas en Sardis que no han manchado sus vestidos y que andarán conmigo vestidos de blanco, porque son dignos. 5 El que venciere será vestido como ellos en la ropa blanca, y nunca borraré su nombre del libro de la vida, y declarar su nombre delante de mi Padre y delante de sus ángeles. 6 El que tiene oído mejor que escuchar lo que el Espíritu dice a las "iglesias" (Apocalipsis 3:1-6, énfasis mío).
269 Copyright © 2005 por Community Bible Chapel, 418 E. Main Street, Dallas, TX 75081. Este es el manuscrito editado de 78 lecciones en los estudios realizados en el Evangelio de Mateo serie preparada por Robert L. Deffinbaugh el 24 de abril de 2005. Cualquier persona es libre de usar esta lección para fines educativos, con o sin crédito. La Capilla cree que el material que se presenta en este documento para ser fiel a la enseñanza de las Escrituras, y los deseos de seguir, no restringen, su uso potencial como una ayuda en el estudio de la Palabra de Dios. La publicación de este material es un ministerio de gracia Comunidad Capilla Biblia.
270 No me gusta estar de acuerdo con la traducción de la Biblia NET aquí, pero me parece que esta traducción no basta para subrayar la fuerza de las palabras cuidadosamente elegidas del Señor, sobre todo en su contexto. El término empleado en Mateo 25:16 hace hincapié en el trabajo. Énfasis nuestro Señor aquí no está en "poner el dinero a trabajar", pero en el servidor "ir a trabajar" con el dinero de su señor. El tercer siervo es holgazán, porque él no va a trabajar con el dinero. Él ni siquiera se toman la molestia de llevarlo a los cambistas, y hacerles trabajar con ella para ganar algo para su amo.
271 A menos que se indique lo contrario, todas las citas bíblicas son de la Biblia NET. La nueva traducción al inglés, también conocida como la Biblia NET, es una traducción completamente nueva de la Biblia, no una revisión o una actualización de una versión anterior Inglés. Fue realizada por más de una veintena de estudiosos de la Biblia que trabajaron directamente de los mejores disponibles en la actualidad hebreo, arameo y griego. El proyecto de traducción originalmente comenzó como un intento de proporcionar una versión electrónica de una traducción moderna para la distribución electrónica a través de Internet y en CD (disco compacto). Cualquier persona en cualquier lugar del mundo con conexión a Internet será capaz de utilizar e imprimir la Biblia NET sin costo para el estudio personal. Además, cualquier persona que quiera compartir la Biblia con otros puede imprimir copias ilimitadas y les dan gratuitamente a los demás. Se encuentra disponible en Internet en: www.netbible.org.
272 Estoy asumiendo que el segundo siervo actuado con la misma rapidez que la primera, porque el Señor nos dice que actuó de una manera similar. Parece seguro para hacer frente a los dos primeros siervos juntos, ya que son muy similares. La única diferencia parece estar en sus capacidades, y por lo tanto en los talentos que le fueron encomendadas a ellos. Pero cada hombre se duplicó el dinero de su señor.
273 William Hendriksen, en su comentario sobre Mateo, encuentra entusiasmo y alegría en la contabilidad de los dos primeros siervos le dio a su amo. William Hendriksen, El Evangelio de Mateo (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1973), p. 881.
274 Si mi programa concordancia es correcta, este término aparece 526 veces en el Nuevo Testamento. En la versión King James, que se traduce como "por lo tanto" 263 veces y "luego" tiempos 197.
275 Véase William Hendriksen, El Evangelio de Mateo (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1973), p. 879.
276 Huelga decir que los banqueros y los bancarios no fueron los mismos en aquellos días. Estas personas eran más honestos (esperemos) la versión del cambiador de dinero que los que hicieron negocios en el recinto del templo. Mientras que el interés no puede ser acusado de hermanos israelitas, podría ser acusado de extranjeros (véase Deuteronomio 23:19-20).
277 Hay quien sugiere que este esclavo enterrado el talento con la esperanza de que el maestro nunca podría regresar. Esto es sólo especulación. En mi opinión, no hay nada en nuestro texto nos obliga a pensar (o incluso implicar) que este podría ser el caso.
278 En realidad, el "buen" esclavo es moralmente bueno y útil, pero su utilidad es más destacado en el contexto.
279 Griego, ponhrouj.
280 referencias del Antiguo Testamento aquí son de la Septuaginta, la traducción griega del Antiguo Testamento hebreo.
281 Recuerde que una manifestación de la "dureza" o "dureza" de Nabal era que él se negó a premiar a David por su fiel servicio a él (1 Samuel 25:2-13). ¿Esta esclavo tercera parte piensa que no habría ninguna recompensa por su servicio fiel porque su amo era un "hombre duro"?
282 Estoy tratando de ser cuidadosos en este punto, ya que algunas obras no son rentables para el reino, y estas no serán recompensados, pero será destruido. Vea 1 Corintios 3:10-15.
283 Hay que recordar que Eva le dio su propio tipo de trabajo (Génesis 3:16).
14. Tragédia na Família Real (II Samuel 13:1-36)
Introdução
Há alguns anos, eu, Jeanette, minha esposa, e algumas de nossas filhas, voltávamos para casa depois de uma festa escolar. Paramos numa mercearia para comprar sorvete para a sobremesa. Ao retornar à estrada em direção de casa, repentinamente apareceu atrás de nós um carro em alta velocidade. Quando notei sua aproximação, pensei que fosse bater na nossa traseira, por isso, rapidamente mudei de faixa. Não devia ter mudado. Ou o motorista não estava prestando atenção (ou não estava sóbrio) ou pretendia mudar de pista no último instante. Não tenho certeza. Assim que mudei da direita para a faixa do meio, ele fez o mesmo. Como eu dirigia um carro a diesel, não tive tempo de acelerar com rapidez. O motorista percebeu e conseguiu desviar para a esquerda em cima da hora — rápido demais — e veloz demais.
Vimos quando o homem passou disparado por nós, perdeu o controle da direção e deslizou sobre o canteiro central. Ao passar pela mureta de concreto, o tanque de combustível se rasgou e a gasolina espalhou-se, deixando um rastro atrás do carro em velocidade. O metal da parte inferior do veículo também entrou em atrito com o concreto, criando uma chuva de faíscas. O que aconteceu em seguida foi inevitável. As faíscas atearam fogo ao rastro de gasolina deixado pelo carro desgovernado. Tudo se passou bem diante dos nossos olhos. Também não conseguimos parar. Finalmente, o outro carro saltou sobre o canteiro central, passou pelas três pistas em sentido contrário, e foi parar do outro lado da rodovia. Nós presenciamos tudo, horrorizados com a cortina de fogo que se levantou, separando-nos do outro carro e seu motorista. Impotentes, vimos a trilha de fogo envolver o automóvel, finalmente parado. O tanque de gasolina pegou fogo e, de onde estávamos, parecia que o motorista tinha sido engolfado pelas chamas. Não podíamos nos aproximar porque, além de estarmos muito longe, a cortina de fogo estava entre nós. Foi com grande alívio que vimos alguém puxando o homem para fora do carro, o qual logo depois foi levado por uma ambulância.
Quando leio o capítulo 13 de II Samuel, tenho a mesma sensação de tragédia iminente, sabendo que não vou conseguir parar o que está para acontecer. Lemos a história de Amnom, filho de Davi, o qual deseja Tamar, filha do rei com outra mulher. Vemos, incrédulos, quando Davi ordena a ela que vá à casa de Amnom, admirados com sua ingenuidade. Sentimos um calafrio quando ouvimos Amnom ordenando a todos que se retirem, menos Tamar. Observamos impotentes quando ela tenta resistir, mas acaba sendo violentada por ele. E, então, para piorar as coisas, vemos o “amor” de Amnom se transformar em ódio, de modo que ele expulsa Tamar de sua casa, condenando-a a viver desolada pelo resto da vida.
Como isso pôde acontecer? Como Davi pôde tomar parte disso? Por que Deus permite que o inocente sofra nas mãos do ímpio? Qual a relevância desse incidente para a vida atual? Quais as lições de Deus para os santos do Antigo Testamento que leram essa história? Quais as lições para nós? Vamos ouvir e prestar bastante atenção, pois há muito no que refletir, muito a aprender e muito a aplicar à nossa vida.
O título desta mensagem é “Tragédia na Família Real”. Não estou tentando ser engraçadinho, nem tentando tirar proveito da tragédia ocorrida com a morte da Princesa Diana. O título descreve exatamente o conteúdo do nosso texto e desta mensagem. Há grandes benefícios em se fazer parte da família real e, como demonstram os fatos ocorridos na época da morte da princesa, há também muitas responsabilidades. Do ponto de vista da mídia (pelo menos daquela época), a privacidade da família real foi invadida e atacada por alguns papparazzi, os quais aparentemente queriam uma foto exclusiva, sem se importar com as consequências para os membros da família real. No nosso texto não há nenhum papparazzi intrometido. Os pecados cometidos dentro da família real se tornam de conhecimento público, expostos por suas próprias ações e registrados pelo autor inspirado para nossa edificação. Não nos atrevemos a ler a história desta tragédia como alguns a leriam num sórdido tablóide. Esta é a Palavra de Deus para nós, ensinando-os o alto preço do pecado.
Breve Revisão
Saul, que vivia tentando matar Davi para garantir a longevidade do seu próprio trono, está morto, e agora Davi é rei tanto de Judá (sua tribo) quanto de Israel (as outras tribos). Ele já subjugou a maioria das nações circunvizinhas e capturou Jebus, fazendo-a capital do reino e mudando seu nome para Jerusalém. Davi também levou a Arca da Aliança para lá, com a intenção de construir um templo para Deus, pelo que foi gentilmente repreendido, mas animado pelo fato de que o Senhor iria edificar-lhe uma “casa” eterna, um reino sem fim.
Mas o poder e sucesso de Davi parecem subir à sua cabeça. Em vez de liderar os soldados na guerra, ele fica em casa, enviando Joabe e o exército de Israel contra Rabá, capital dos amonitas, para tomá-la e completar seu triunfo sobre os inimigos. Enquanto está em casa, em Jerusalém, Davi tem a vantagem de levar a “boa vida” de um rei. Ele se deita tarde e se levanta no horário em que os outros estão indo para a cama. Uma tarde, enquanto perambula pelo terraço do palácio, ele acaba vendo algo que não pretende, nem imagina: uma adorável mulher se banhando, provavelmente em obediência à lei cerimonial. Ele a observa atentamente durante muito tempo, e decide que a quer, não para esposa, nem para amante, mas só por uma noite. Quando manda os servos perguntarem quem é ela, eles o informam que ela é casada, e esposa de Urias, o heteu, um dos heróis militares de Israel.
Isso deveria colocar um ponto final na questão, mas não coloca. Davi manda os mensageiros pegarem Bate-Seba e levarem-na ao palácio, e lá ele dorme com ela. Algum tempo depois, ela manda lhe dizer que está grávida. Ele, então, faz o possível para Urias se deitar com ela, de modo a parecer que ele é o pai da criança; mas Urias tem muita personalidade e integridade para se deixar usar por Davi. Por isso, o rei dá ordens a Joabe, comandante das forças militares, para Urias ser morto de forma a parecer apenas outra baixa de guerra. Duvido que isso engane muitos israelitas, mas, com certeza, não engana a Deus, nem ao profeta Natã. Natã chega para Davi com uma historinha sentimental sobre um homem rico que rouba a cordeirinha de um homem pobre e, quando Davi condena o homem rico, Natã lhe diz que ele é o homem. Davi se arrepende e confessa seu pecado, não só para Deus, mas para toda nação nos Salmos 32 e 51.
A primeira das muitas consequências dolorosas do pecado de Davi vem com a morte do seu primeiro filho com Bate-Seba, a criança fruto do seu pecado. Embora Davi chore e suplique fervorosamente a Deus pela vida do menino, Deus não atende seu pedido e a criança vem a morrer. A reação de Davi à resposta de Deus é acertada, para grande espanto dos seus servos. Quando ouve que a criança está morta, ele se levanta, se lava e vai à casa do Senhor para adorar; depois, volta para casa e se alimenta. Davi esperou em Deus pela vida do filho, confiou nEle e dependeu dEle, mas Deus não o atendeu. No capítulo 13, chegamos às próximas consequências dramáticas do seu pecado: o estupro da sua filha Tamar, e o assassinato do seu filho Amnom. Davi, mais uma vez, lamentará a perda de um filho. Na verdade, ele lamentará a perda de dois: Amnom, que será assassinado por Absalão, e Absalão, que fugirá para escapar da punição.
O Primeiro Pecado de Amnom Contra Tamar (13:1-14)
“Tinha Absalão, filho de Davi, uma formosa irmã, cujo nome era Tamar. Amnom, filho de Davi, se enamorou dela. Angustiou-se Amnom por Tamar, sua irmã, a ponto de adoecer, pois, sendo ela virgem, parecia-lhe impossível fazer-lhe coisa alguma.”
“Tinha, porém, Amnom um amigo cujo nome era Jonadabe, filho de Simeia, irmão de Davi; Jonadabe era homem mui sagaz. E ele lhe disse: Por que tanto emagreces de dia para dia, ó filho do rei? Não mo dirás? Então, lhe disse Amnom: Amo Tamar, irmã de Absalão, meu irmão. Disse-lhe Jonadabe: Deita-te na tua cama e finge-te doente; quando teu pai vier visitar-te, dize-lhe: Peço-te que minha irmã Tamar venha e me dê de comer pão, pois, vendo-a eu preparar-me a comida, comerei de sua mão.”
“Deitou-se, pois, Amnom e fingiu-se doente; vindo o rei visitá-lo, Amnom lhe disse: Peço-te que minha irmã Tamar venha e prepare dois bolos à minha presença, para que eu coma de sua mão. Então, Davi mandou dizer a Tamar em sua casa: Vai à casa de Amnom, teu irmão, e faze-lhe comida.”
“Foi Tamar à casa de Amnom, seu irmão, e ele estava deitado. Tomou ela a massa e a amassou, fez bolos diante dele e os cozeu. Tomou a assadeira e virou os bolos diante dele; porém ele recusou comer. Disse Amnom: Fazei retirar a todos da minha presença. E todos se retiraram. Então, disse Amnom a Tamar: Traze a comida à câmara, e comerei da tua mão. Tomou Tamar os bolos que fizera e os levou a Amnom, seu irmão, à câmara. Quando lhos oferecia para que comesse, pegou-a e disse-lhe: Vem, deita-te comigo, minha irmã. Porém ela lhe disse: Não, meu irmão, não me forces, porque não se faz assim em Israel; não faças tal loucura. Porque, aonde iria eu com a minha vergonha? E tu serias como um dos loucos de Israel. Agora, pois, peço-te que fales ao rei, porque não me negará a ti. Porém ele não quis dar ouvidos ao que ela lhe dizia; antes, sendo mais forte do que ela, forçou-a e se deitou com ela.”
Se você é como eu, deve ficar zonzo ao ler a história dos parentes de Davi. Os personagens que fazem parte desta trama são: Jonadabe, sobrinho de Davi, filho de seu terceiro irmão, Simeia; Amnom, primogênito de Davi com Ainoã; e Tamar e Absalão, filhos de Davi com Maaca, sua terceira esposa (que era filha de Talmai, rei de Gesur). É bem difícil lembrar quem é filho de quem, não é?
Talvez seja útil resumir na tabela abaixo algumas informações genealógicas relativas ao nosso texto, para que possamos, pelo menos, visualizar esses relacionamentos.
Davi e Seus Irmãos1 (I Crônicas 2:13-17)

Algumas das esposas e filhos de Davi2 (I Samuel 18; 25:39-44; II Samuel 2:2; 3:2-5 [ver também I Crônicas 3:1-9])
Há uma porção de membros da família real — ou próximas a ela (os servos, por exemplo) que, querendo ou não, estão envolvidos nesta tragédia da família de Davi. Tudo começa com Amnom, o primogênito do rei (a primeira esposa de Davi, Mical, foi dada a ele por Saul, depois tirada e, finalmente retomada, mas nunca gerou um filho de Davi — II Samuel 6:23). Ainoã é sua segunda esposa, e a primeira a lhe dar um filho. Isso faz de Amnom seu primogênito, o sucessor mais provável do trono como rei de Israel, pelo menos de acordo com o costume da época. Tamar e seu irmão Absalão são filhos de outra esposa de Davi, Maaca, a qual também é filha do rei de Gesur.
Amnom tem um problema sério. Ele está “apaixonado”3 por sua bela meia-irmã, Tamar4. De acordo com a lei de Moisés, não há maneira possível de ele ter essa mulher como esposa.
“Se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela vir a dele, torpeza é; portanto, serão eliminados na presença dos filhos do seu povo; descobriu a nudez de sua irmã; levará sobre si a sua iniqüidade.” (Levítico 20:17)
Pelo que entendo do texto, a lei de Moisés que proíbe o casamento e sexo com uma irmã não é a principal preocupação de Amnom. Na verdade, é uma preocupação de Tamar, não dele. O autor continua a falar dos dois como irmão e irmã, mas quando menciona a frustração de Amnom, é por outra razão:
“Angustiou-se Amnom por Tamar, sua irmã, a ponto de adoecer, pois, sendo ela virgem, parecia-lhe impossível fazer-lhe coisa alguma.” (13:2, ênfase do autor)
Amnom adoece porque ela é virgem, e por isso “parece-lhe impossível fazer-lhe coisa alguma”. Não é dito que ele a ama e quer casar-se com ela. Acho que o texto diz que Amnom quer fazer sexo com Tamar, mas ela é virgem e pretende se manter assim até o casamento5. Ele quer ter relações sexuais com ela. Ele quer, mas ela não. Ela é virgem e parece disposta a permanecer assim. Não é de admirar que ele não consiga nada com ela. E não é de admirar que esteja frustrado. Sua frustração chega a ponto de deixá-lo doente (doente de amor?). Os sintomas da sua “doença” não são informados, mas imagino que sejam dor de estômago, falta de apetite e insônia.
Não é nenhuma surpresa que um dos sobrinhos de Davi, Jonadabe, filho de um de seus irmãos mais velhos, seja amigo de Amnom. Afinal, eles são primos e fazem parte da família real que vive em Jerusalém (ou nas proximidades). Jonadabe não deixa de notar que dia após dia Amnom está cada vez mais deprimido. Por isso, ele lhe pergunta o que há de errado. Amnom lhe conta o problema — ele está apaixonado por Tamar, sua irmã, cujo irmão é Absalão6. Jonadabe é um cara astuto e, para ele, o dilema de Amnom não é um grande problema. Afinal, não é Amnom “filho do rei” (verso 4)? A inferência é que, sendo “filho do rei”, Amnom tem direito de e autoridade para satisfazer a si mesmo; então, por que ficar tão deprimido? Isso me faz lembrar das palavras da terrível Jezabel a seu marido Acabe:
“Então, Acabe veio desgostoso e indignado para sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, voltou o rosto e não comeu pão. Porém, vindo Jezabel, sua mulher, ter com ele, lhe disse: Que é isso que tens assim desgostoso o teu espírito e não comes pão? Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabote, o jezreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, dar-te-ei outra em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha. Então, Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita.” (I Reis 21:4-7)
Não posso dizer com certeza onde Jonadabe pretende chegar com sua estratégia. Não estou muito disposto a dizer que seu plano fará com que seu amigo violente Tamar. Seria esse um plano que daria a Amnom a chance de ficar a sós com ela para depois seduzi-la, ou talvez para convencê-la a se casar com ele? Não tenho certeza. É certo, porém, que o estratagema proposto por ele é traiçoeiro. Amnom tem de fingir que está doente, tão doente que não possa se levantar da cama. Quando o pai for visitá-lo, ele deve lhe pedir para deixar sua irmã ir à sua casa e lhe preparar a refeição.
O plano proposto por Jonadabe só vai até aí. De acordo com o texto, pelo menos, ele não diz a Amnom o que fazer a partir daí. Ele só lhe diz como se aproximar de Tamar. Não está escrito que ele diga a Amnom para mandar os servos se retirar (embora possa ter dito), ou para agarrá-la à força na tentativa de persuadi-la a fazer sexo com ele. Se Jonadabe é tão astuto quanto diz o texto, certamente ele deve imaginar o que pode acontecer quando Amnom ficar sozinho com ela. Ou ele sabe o que Amnom pretende e o ajuda a conseguir, ou suspeita mas não pergunta, ou então, não leva em consideração as opções. Ele é esperto demais para a última opção. Com certeza, ele também tem culpa no cartório7.
Amnom põe em prática o plano de Jonadabe, o qual funciona exatamente como previsto. Esse plano facilita a realização dos desejos ilícitos de Amnom. E também faz de Davi um cúmplice inconsciente e involuntário desse esquema perverso. O rei vai visitar Amnom, como era de se esperar. Quando este lhe pede para Tamar ir lá e preparar a comida sob as suas vistas, Davi consente. É o “decreto executivo” de Davi (pelo menos é sua ordem como chefe executivo de Israel — quem lhe diria não?) que “manda” os mensageiros à casa de Tamar, não muito diferente de quando foram mandados para convocar Bate-Seba. E assim, Davi é o meio pelo qual Amnom consegue ficar a sós com Tamar.
É surpreendente que tudo passe despercebido a Davi. Ele parece incrivelmente crédulo. Talvez ele saiba que Amnom não está se alimentando e está doente, mas ele pensa mesmo que essa jovem é melhor cozinheira que as experientes profissionais (perdão pelo trocadilho) à disposição de Amnom? Davi acredita mesmo que é uma boa terapia para Amnom ter uma bela jovem cozinhando para ele e servindo-o (na cama!)? Davi seria tão ingênuo? É preciso ler essa história com bastante desconfiança. Como ele pode ser tão crédulo a ponto de participar involuntariamente do esquema perverso de Amnom?
Conforme as instruções de Davi, Tamar vai à casa de Amnom e começa a preparar a comida para ele. Fico me perguntando o que se passa em sua cabeça enquanto ela vai para lá. Teria ele lhe passado alguma “cantada” anterior? Se sim, é provável que tenha sido repelido. Quando ela chega, ele está deitado. Ela começa a fazer o serviço, preparando, amassando e enrolando a massa em pequenos bolos. Durante todo o tempo, Amnom fica observando. Quando os bolos estão assados, ela tenta servi-los a ele, mas ele não quer. O filho do rei, então, ordena a todos que se retirem. Davi levou Tamar até lá e agora todos os presentes estão sob a autoridade de Amnom. Quem ousará desafiá-lo ou negar-lhe alguma coisa? E assim todos se retiram, deixando-o a sós com Tamar. Ele, então, diz a ela para levar-lhe a comida, no quarto, para “que ele coma de sua mão”. Assim, ela pega os bolos que fez e os leva para ele no quarto.
Nossa cabeça entra em parafuso quando lemos esse trecho. Será possível que nenhum dos que estavam presentes percebeu o que viria a seguir? Estavam todos com medo de fazer alguma objeção ou dizer não? E como Tamar não percebe nada? Ela não pode fugir? Os sinais de perigo estão lá, mas ela está na casa de Amnom a mandado do rei. É como observar um acidente de carro ocorrendo diante dos nossos olhos, vendo o que vai acontecer, mas impotentes para fazer alguma coisa.
Uma vez a sós, todas as sutilezas desaparecem. Amnom agarra Tamar, forçando-a a se deitar com ele. Ele não pede para eles se casarem — mas para ela dormir com ele. É interessante observar como ele expressa seu pedido: “Vem, deita-te comigo, minha irmã.” (verso 11, ênfase do autor). Por que ele ressalta este fato, relembrando Tamar exatamente daquilo que deveria impedi-lo de levar adiante seus desejos? Receio que a mesma coisa que deveria afastá-lo é o que o atraia a ela. Não teria ocorrido o mesmo com Davi? Conhecer o estado civil de Bate-Seba não o impediu de tomá-la; talvez até tenha reforçado seu desejo e sua determinação. Quando a “Dona Loucura” tenta atrair o “Sr. Simples”, no livro de Provérbios, ela usa coisas proibidas como parte da sua sedução (Provérbios 9:17). Isso deveria nos surpreender? Paulo não nos ensina que, quando a lei proíbe alguma coisa, o pecado usa essa mesma lei para nos instigar a fazer coisas ilícitas (Romanos 7:7ss)?
Tamar é realmente uma vítima inocente nessa história. Ela não encoraja Amnom; na verdade, ela o deixa frustrado com sua decisão de continuar virgem até se casar. Ela só vai à casa dele porque Davi mandou. Amnom ordena a todos que se retirem, para ninguém defendê-la. É difícil acreditar que ninguém saiba — ou pelo menos suspeite — das intenções dele. Quando ele faz o rude pedido a Tamar, ela responde exatamente como está na lei de Moisés. Quando ela fala: “Não, meu irmão” (ênfase do autor), ela dá a razão pela qual o pedido dele é errado. Ela fala da intimidade sexual desejada por ele como uma violação a ela, e será mesmo. O que ele fará com ela jamais poderá ser desfeito. A vergonha de Tamar nunca será removida, pois ele irá tirar sua virgindade. Ela não suplica só por si mesma, mas também para que ele aja em seu próprio interesse. Ao estuprá-la, ele se tornará como um dos loucos de Israel. Ele, o primogênito do rei, será como um dos homens mais vis da nação.
Suspeito que ela lhe faça um último apelo quando percebe que não poderá impedi-lo de tê-la. Que Amnom procure seu pai, Davi, e a peça em casamento. Certamente o rei não negará seu pedido. Há um certo precedente para suas palavras. Afinal, Sara era para Abraão o que Tamar será para Amnom. Eles tinham o mesmo pai, mas mães diferentes (ver Gênesis 20:12). Não acho que Tamar queira se casar com Amnom, mas casamento é melhor que estupro e desonra. Talvez ela espere que, ao falar com seu pai, ele seja repreendido e advertido a não pensar em tal coisa novamente ou a se aproximar dela.
Seu apelo não funciona. Amnom está determinado a se deitar com ela ali mesmo e naquele momento. Se ela não fizer de boa vontade, fará de qualquer jeito. Ele é maior e mais forte, e para ele, nesse momento, talvez não seja certo, mas vai acontecer.
Com certeza esta não é a cena que ele deve ter passado e repassado em sua cabeça, enquanto aguardava a ocasião propícia. Ela não quer, e este ato de violência nada tem a ver com amor. Da atração intensa e insuportável, os sentimentos de Amnom por Tamar se transformam em repulsa. Ele mal consegue olhar para a mulher que violentou. Ele ordena que ela saia. Novamente Tamar resiste. Ela lhe diz que, apesar de todo o mal feito por ele ao estuprá-la, será muito pior se ele lançá-la fora, pois deixará claro que não a terá como esposa. Quanto a se casar e ter filhos, ela não tem mais nenhuma opção. Mais uma vez, ele não dará ouvidos à razão ou à justiça.
Novamente vemos semelhanças entre o pecado de Amnom contra Tamar e o pecado de Davi contra Bate-Seba e Urias. Já foi mal suficiente Davi dormir com Bate-Seba, mas matar seu marido foi ainda pior. O segundo pecado de Amnom é a mesma coisa, quando ele lança fora Tamar depois de violentá-la.
Se antes foi Amnom quem agarrou Tamar, para não deixá-la ir, agora parece ser ela quem o agarra, para não ir. Já que ele a violentou, pelo menos que faça algo honroso e se case com ela. Amnom sente ainda mais aversão por isso, ordenando a seu servo que a lance para fora e tranque a porta. O servo obedece, e Tamar deixa a casa, rasgando sua túnica talar de mangas compridas e colocando cinzas sobre a cabeça. Enquanto segue seu caminho, ela põe as mãos na cabeça e chora. Com certeza, quem a vê, se não sabe exatamente o que aconteceu, pelo menos sabe que algo terrível lhe sucedeu.
Absalão, Amnom, Davi e Jonadabe (13:20-36)
Absalão, seu irmão, lhe disse: Esteve Amnom, teu irmão, contigo? Ora, pois, minha irmã, cala-te; é teu irmão. Não se angustie o teu coração por isso. Assim ficou Tamar e esteve desolada em casa de Absalão, seu irmão. Ouvindo o rei Davi todas estas coisas, muito se lhe acendeu a ira. Porém Absalão não falou com Amnom nem mal nem bem; porque odiava a Amnom, por ter este forçado a Tamar, sua irmã. Passados dois anos, Absalão tosquiava em Baal-Hazor, que está junto a Efraim, e convidou Absalão todos os filhos do rei. Foi ter Absalão com o rei e disse: Eis que teu servo faz a tosquia; peço que com o teu servo venham o rei e os seus servidores. O rei, porém, disse a Absalão: Não, filho meu, não vamos todos juntos, para não te sermos pesados. Instou com ele Absalão, porém ele não quis ir; contudo, o abençoou. Então, disse Absalão: Se não queres ir, pelo menos deixa ir conosco Amnom, meu irmão. Porém o rei lhe disse: Para que iria ele contigo? Insistindo Absalão com ele, deixou ir com ele Amnom e todos os filhos do rei. Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes. E os moços de Absalão fizeram a Amnom como Absalão lhes havia ordenado. Então, todos os filhos do rei se levantaram, cada um montou seu mulo, e fugiram. Iam eles ainda de caminho, quando chegou a notícia a Davi: Absalão feriu todos os filhos do rei, e nenhum deles ficou. Então, o rei se levantou, rasgou as suas vestes e se lançou por terra; e todos os seus servos que estavam presentes rasgaram também as suas vestes. Mas Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, respondeu e disse: Não pense o meu senhor que mataram a todos os jovens, filhos do rei, porque só morreu Amnom; pois assim já o revelavam as feições de Absalão, desde o dia em que sua irmã Tamar foi forçada por Amnom. Não meta, pois, agora, na cabeça o rei, meu senhor, tal coisa, supondo que morreram todos os filhos do rei; porque só morreu Amnom. Absalão fugiu. O moço que estava de guarda, levantando os olhos, viu que vinha muito povo pelo caminho por detrás dele, pelo lado do monte. Então, disse Jonadabe ao rei: Eis aí vêm os filhos do rei; segundo a palavra de teu servo, assim sucedeu. Mal acabara de falar, chegavam os filhos do rei e, levantando a voz, choraram; também o rei e todos os seus servos choraram amargamente.
Uma das pessoas cientes dos fatos acontecidos com Tamar é Absalão, seu irmão (por parte de pai e mãe). Ele a deixa saber que ele sabe o que Amnom fez a ela, e então faz algo surpreendente — nada, aparentemente. Ele parece dizer-lhe para manter segredo sobre isso, deixando tudo em família. Ela deve ficar em silêncio e não se angustiar. Será que ele acha mesmo que ela pode fazer isso? Talvez para mantê-la calada, ou para ajudá-la a lidar com o trauma, ele a leva para sua própria casa. Nesta passagem, pelo menos, ele não conta à irmã quais são suas intenções. No entanto, segundo as palavras de Jonadabe a Davi dois anos depois, Absalão já tinha intenção de matar Amnom desde quando soube que o irmão tinha violentado Tamar (verso 32). Jamais esta linda mulher poderá se casar ou ter filhos. É quase impossível calcular tudo o que Amnom roubou de sua irmã nesse dia terrível.
Superficialmente, a reação de Davi à notícia do estupro de sua filha parece semelhante à de Absalão. No entanto, ele não esconde sua raiva. O autor nos diz que ele sabe de tudo o que aconteceu (verso 21). Contudo, ele parece não fazer absolutamente nada. Por que será? Seria ele incapaz de obter o tipo de testemunho requerido pela lei? Pode ser, mas não parece provável. Estaria ele com medo de ser hipócrita? Como poderia punir o filho por fazer algo que ele mesmo fez? Ou ainda, Davi estaria indeciso por também ser parcialmente culpado? Afinal, foi ele quem mandou Tamar à casa de Amnom.
Ao que tudo indica, ele extravasa sua raiva, embora não lide com Amnom como deveria. Absalão, entretanto, parece a essência do autocontrole. Ele esconde o ódio e a fúria e age como se nada tivesse acontecido. No íntimo, porém, ele tem intenção de fazer com que Amnom pague por arruinar a vida da sua irmã. Motivo ele já tem. Só faltam os meios e a oportunidade. Eles virão dentro de dois anos. Até lá, ele nem mesmo fala de Amnom. Ele o trata como se Amnom nem existisse; e logo não existirá.
Dois anos se passam. Aparentemente tudo foi esquecido e Amnom escapou impune do seu crime. Talvez Absalão tenha feito outras tentativas para afastá-lo do olhar atento e protetor de Davi, e não tenha conseguido; mas desta vez seu plano será bem sucedido. Chega a época da tosquia, e ele, como muitos outros, termina o serviço e planeja uma comemoração. Ele sabe o quanto Davi aprecia essas coisas, não só por ter sido pastor quando garoto, mas também por suas experiências em um passado mais recente (ver I Samuel 25:2 e ss). Eis o pretexto pelo qual Absalão vem esperando.
Duvido muito que ele queira a presença de Davi na comemoração em Baal-Hazor, distante uns 30 km ao norte e a leste de Jerusalém. Davi não está disposto a fazer a jornada, e acho que Absalão sabe disso. Além do mais, Davi e seu séquito formarão um grupo enorme, grande demais para ser acomodado com facilidade. E assim, Davi não vai, mas dá a Absalão sua bênção. Absalão já esperava por essa resposta, e não desiste. Ele, então, pressiona o pai para obter aquilo que realmente deseja — que Davi mande8 Amnom. Estaria Absalão sugerindo que Amnom represente Davi como seu primogênito? Não sabemos, pois o texto não diz.
Davi, entretanto, estranha o pedido. Por que Absalão pede justamente a presença de Amnom? Ele pressiona o filho, mas este parece se esquivar da pergunta, continuando a insistir para o rei mandar Amnom. Será ideia de Davi mandar todos os filhos junto com Absalão? Talvez. Isso aparentemente acalma suas suspeitas. De uma forma ou de outra, Davi fica em casa (Ô cara, já viu esse filme?), enviando seus filhos em seu lugar.
Absalão já bolou um plano e deu instruções aos servos. Da mesma forma que Davi instruiu Joabe a matar Urias, agora é Absalão quem instrui os servos a matar Amnom9. Ele cuidará para que Amnom beba com ele, e assim fique “alegre de vinho” (isso também parece dar uma estranha sensação de deja vu, quando nos lembramos de que Davi também tentou deixar Urias de coração alegre para conseguir dele o que queria). Quando Amnom estiver suficientemente bêbado, Absalão dará a ordem, e os servos o matarão. Eles não devem temer; ele assumirá total responsabilidade pelo que fizerem a Amnom. Chegada a hora, Absalão ordena e a vida de Amnom é tirada.
Os outros filhos de Davi ficam apavorados quando veem Amnom ser morto pelos servos de Absalão. Será que Absalão pretende matá-los também? Eles não ficam esperando para descobrir. Todos montam em suas mulas e fogem de volta para Jerusalém. As notícias alcançam Davi antes de seus filhos serem avistados. Como quase sempre acontece, as primeiras informações são exageradas. Dizem a Davi que todos os seus filhos foram mortos e nenhum sobreviveu. Bem, antes que nossos pensamentos coloquem essa falsa informação de lado, deixe-me chamar a atenção para o intenso sofrimento vivido por Davi quando ele ainda acredita que a informação seja verdadeira. Seu sentimento deve ser muito parecido com o de Jó, quando este soube da morte de todos os seus filhos (ver Jó 1). Quanto sofrimento para tão pouco tempo! É como a morte do filho de Davi com Bate-Seba multiplicada muitas e muitas vezes (ver 12:14 e ss). Ele rasga suas vestes e se prostra no chão, seguido por todos os servos.
Nesse meio-tempo, entre a primeira informação (incorreta) e a chegada dos filhos de Davi, Jonadabe se aproxima dele, garantindo que a notícia não é verdadeira. Ele diz a Davi que apenas um de seus filhos está morto — Amnom — e que Absalão já tinha intenção de matá-lo desde quando sua irmã, Tamar, fora estuprada por ele. Por isso, insta Jonadabe, o rei não deve se afligir demais, como se todos estivessem mortos (versos 32-33).
Observe algo interessante sobre as palavras de Jonadabe: só há uma maneira de ele saber o que diz a Davi. Ele não foi à festa na fazenda de Absalão junto com os filhos do rei. Ele não estava lá para saber o que ocorreu. As informações iniciais vieram (direta ou indiretamente) de quem estava lá, em Baal-Hazor. Como ele pode garantir a Davi que as informações não são verdadeiras, quando não estava lá para ver o que aconteceu? Só há uma resposta, pelo que posso dizer. Jonadabe já sabia quais eram as intenções de Absalão com relação a Amnom. Ele conhecia seus planos, mas não disse nem fez nada para impedi-lo.
Não gosto do que vejo em Jonadabe neste capítulo. Talvez ele seja um rapaz muito esperto, mas também parece oportunista e sem escrúpulos. Ele devia ter ideia das intenções de Amnom com relação a Tamar, mas nada fez para impedi-lo. Em vez disso, ele lhe disse como alcançar seu vil objetivo. E agora, depois de ter sido apenas um coadjuvante antes do estupro de Tamar, ele aumenta ainda mais o seu pecado por saber dos planos de Absalão para matar Amnom e não fazer nada quanto a isso (francamente, me deixa surpreso ele não ter dito a Absalão como levar Amnom para a fazenda). Além do mais, ele usa esse conhecimento para tentar se promover diante de Davi. Ele parece ter uma razão bem matreira para lhe dizer que somente Amnom foi morto, antes do retorno dos filhos do rei a Jerusalém. Seu regresso prova que ele sabe do que está falando. Quando eles chegam, ele diz: “Eis aí vêm os filhos do rei; segundo a palavra de teu servo, assim sucedeu.” (verso 35). Acho que ele está tentando ganhar pontos com Davi.
Pouco depois de Jonadabe garantir a Davi que apenas um filho está morto, o vigia olha e vê muitos homens chegando. Logo, todos os filhos de Davi alcançam Jerusalém, exceto dois: Amnom, que está morto, e Absalão que o matou e fugiu. Nesse momento os filhos de Davi começam a chorar, e ele se junta a eles no lamento pela morte de Amnom. Todos choram amargamente.
Conclusão
Ao concluir esta lição, deixe-me sugerir algumas maneiras desta passagem nos instruir.
Primeira, o texto é colocado imediatamente após o trecho que descreve o pecado de Davi e suas consequências pessoais com a morte do seu primeiro filho com Bate-Seba. Isso ocorre não só devido aos acontecimentos do capítulo 13 se seguirem aos do capítulo 12, mas também porque o capítulo 13 descreve outras consequências do pecado de Davi. Esse pecado, antes pessoal e particular, agora tem impacto sobre toda nação. O pecado de Davi o afetou mesmo, afetou sua esposa e seu filho, e agora afeta os outros membros da sua família. Em breve, ele dividirá a nação e afastará Davi do trono durante um certo período.
Creio que a morte do bebê de Davi (capítulo 12), e agora o estupro da sua filha e assassinato do seu filho (capítulo 13) não sejam punições divinas por causa do seu pecado, mas disciplina de Deus. Se Davi tivesse de ser punido por seu pecado, ele teria de morrer. Natã lhe disse que ele não morreria, pois seus pecados foram removidos. As tragédias ocorridas a partir daqui são destinadas a educar e corrigir, mesmo sendo também dolorosas. Isso é totalmente condizente com os ensinamentos da Palavra de Deus (ver Hebreus 12:1-13).
Hugh Blevins, amigo e companheiro de conselho, fez uma observação a respeito deste texto. Deus orquestra os acontecimentos de forma que Davi viva o seu próprio pecado da perspectiva dos outros. De fato, algumas pessoas da sua família fazem a ele o que ele fez a Deus. Assim como ele abusou da sua autoridade como “rei de Israel” para pecar contra Deus aproveitando-se de Bate-Seba, Amnom agora abusa da sua autoridade e posição como “filho do rei” para se aproveitar de Tamar. Assim como Davi pecou matando Urias, Absalão peca ao matar Amnom. Agora Davi pode sentir o mesmo que Deus, Bate-Seba e outras pessoas afetadas por seu pecado sentiram.
Segunda, o texto tem muito a ensinar para Davi e para nós sobre pecado. Observe que o pecado quase sempre tem início com algum tipo de “fruto proibido”. Para Adão e Eva, foi comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Para José, a esposa de Potifar. Para Daniel e seus amigos, as iguarias do rei. Para Davi, Bate-Seba. Para Amnom, Tamar. Vemos que, embora o pecado geralmente comece pequeno e pessoal, ele cresce rapidamente, tornando-se maior e mais conhecido. E ainda, de acordo com o texto, o pecado não compensa. O preço é sempre muito mais alto que o valor. O pecado e suas consequências jamais serão motivo de riso para Davi, para sua família, ou para a nação de Israel. Como disse Mark Twain certa vez: “É melhor ficar do lado de fora do que ter de sair.” Com certeza isso se aplica ao pecado.
Esta passagem certamente nos encoraja a ficar do lado de fora do pecado. Mas ela também nos ensina que, uma vez começado, quanto mais cedo for interrompido, melhor para todos. Como teria sido melhor para todo mundo se o astuto Jonadabe tivesse repreendido Amnom pelo seu desejo pecaminoso ao invés de dizer-lhe como conseguir o que queria. Como teria sido melhor se Davi tivesse reconhecido a maldade do pedido de Amnom e não tivesse deixado sua filha ir vê-lo, e nem Amnom ir à fazenda de Absalão. Eis aqui uma passividade dolorosamente evidente diante do pecado dos outros. Quem não corrige aqueles que pecam torna-se coconspirador na ampliação do seu pecado. Quantas famílias já não tiveram grande sofrimento devido à mãe ou ao pai não querer disciplinar o filho teimoso ou rebelde? Quantos casamentos já não foram desfeitos devido ao marido ou a esposa não querer lidar com o pecado na sua vida ou na vida do seu cônjuge? Como é comum as famílias seguirem a recomendação de Absalão — mantendo o pecado como segredo de família.
Sem dúvida, vemos que o pecado separa. Nós sabemos (ou deveríamos saber) que ele nos separa de Deus. E também nos separa dos outros. O pecado de Adão e Eva provocou sua separação de Deus, e logo depois, o pecado separou Caim e Abel. O pecado separou José e seus irmãos. O pecado dividiu a família de Davi. O pecado separou Amnom e Tamar, Amnom e Absalão, Davi e Absalão e, finalmente toda a nação. O pecado é a raiz da falta de união e da divisão.
Terceira, cada um dos personagens do texto tem algo a nos ensinar. Amnom nos adverte a respeito da busca por paixões carnais (compare com I Coríntios 10). Jonadabe, sobre o perigo de usar o pecado alheio para favorecimento próprio, tornando-o parte dos nossos interesses, em vez de pagarmos o preço de repreender e corrigir. Davi nos ensina a respeito da passividade diante do pecado. Ele sabia de tudo sobre o crime cometido contra sua filha, e mesmo assim parece não ter feito nada a esse respeito. Por que não? Seria devido à sua própria culpa pelo pecado cometido com Bate-Seba? Estaria ele receoso de que, se corrigisse Amnom, alguém lhe dissesse quem era ele para atirar pedra em pecadores? Quaisquer que fossem as razões da sua inércia, isso só facilitou o pecado dos outros. E da parte de Absalão, aprendemos sobre os perigos do ressentimento e da amargura. Ele não quis resolver o problema com Amnom de forma bíblica. Ele preferiu se vingar do seu próprio jeito. Por isso, quando o fez, ele se tornou assassino e fugitivo.
Quarta, este texto tem muito a nos ensinar sobre amor. Nem tudo que é chamado de amor é necessariamente amor. É óbvio que Amnom acha que está amando, mas também é óbvio que não está. Para ele, amor é sinônimo de sexo. Seu tipo de “amor” é frustrado pela castidade, e não está nenhum pouco preocupado com a justiça (tal como a conduta prescrita pela lei de Deus). O “amor” de Amnom não passaria no teste de I Coríntios 13. Tamar nunca foi enganada por ele a esse respeito. Como é triste ver tantas jovens perdendo a virgindade devido a umas poucas palavras melosas, ditas por um jovem dominado por seus hormônios. Hoje em dia, há moças que não conseguem manter os mesmos valores ou o mesmo padrão de Tamar. Elas não veem a pureza sexual como algo a ser valorizado e protegido; elas a veem como maldição, a qual deve ser perdida o mais rápido possível. Que esta passagem nos ensine o verdadeiro significado do amor e o grande valor da pureza sexual, seja do homem ou da mulher.
Finalmente, esse texto lança luz sobre a boa nova do evangelho de Jesus Cristo. Pense em como Absalão se sentiu sobre o abuso de Amnom a Tamar, sua irmã. Pense em como Davi se sentiu sobre o abuso sofrido por sua filha. Só podemos imaginar como ele conseguiu não fazer nada a Amnom. Agora, com isso em mente, pense em como Deus Pai deve ter se sentido, e ainda se sente, sobre quem rejeita, e se rebela e blasfema contra Seu Filho inculpável, Jesus Cristo. Quando Deus O enviou ao mundo, há pouco mais de 2.000 anos, os homens O rejeitaram e O consideraram como pecador, crucificando-O na cruz do Calvário. Se você fosse Deus, como se sentiria em relação àqueles que fizeram isso, e em relação àqueles que não aceitam Cristo ainda hoje?
Tenho uma notícia boa e outra má para você. Deixe-me começar pela má. A má notícia é que Deus vai punir todos os que rejeitam Seu Filho. Quando voltar à terra, Cristo virá em glória e com poder para subjugar Seus inimigos:
“Respondeu-lhe (ao sumo sacerdote) Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis O FILHO DO HOMEM ASSENTADO À DIREITA DO TODO-PODEROSO e VINDO SOBRE AS NUVENS DO CÉU.” (Mateus 26:64)
“A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: DISSE O SENHOR AO MEU SENHOR: ASSENTA-TE À MINHA DIREITA, ATÉ QUE EU PONHA OS TEUS INIMIGOS POR ESTRADO DOS TEUS PÉS. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” (Atos 2:32)
“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:30-31)
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:5-11)
“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.” (Salmo 2)
Ninguém que tenha vivido é digno da vida eterna. Todo ser humano é nascido em pecado e incapaz de alcançar o padrão de justiça estabelecido por Deus (Romanos 3:23; 6:23). Todos nós merecemos a condenação da morte. Deus, em Sua graça e misericórdia, deu a solução na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo. Ele veio à terra, acrescentando perfeita humanidade à Sua plena divindade. Ele viveu uma vida sem pecado, revelando a Si mesmo como o único caminho Deus para a vida eterna (João 14:6). Deus colocou sobre Seus ombros a culpa pelos nossos pecados e, quando Ele morreu na cruz e ressuscitou da morte, Ele providenciou um meio de salvação para todos os que a recebem.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.” (João 1:12)
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Romanos 3:21-26)
“De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Coríntios 5:20-21)
“Se admitimos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; ora, este é o testemunho de Deus, que ele dá acerca do seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.” (I João 5:9-13)
A grande nova do evangelho é que nós não precisamos sofrer a ira de Deus por causa do nosso pecado. Cristo já pagou a pena para todos quantos recebem a sua salvação. A má notícia é que, quem rejeita o Filho, e a penalidade paga por Ele, algum dia estará diante Dele como inimigo derrotado, reconhecendo-O como o Rei soberano de toda terra. Oro para que você receba esta dádiva de perdão e vida eterna, a fim de que possa se tornar parte da família real de Deus, em vez de permanecer como um de Seus inimigos.
Tradução: Mariza Regina de Souza
1 Separei os três primeiros irmãos de Davi dos três últimos porque eles são mencionados em I Samuel 16 como seus irmãos mais velhos, e no capítulo 17 como as únicas pessoas da sua família que vão para a guerra. O nome dos últimos está em I Crônicas 2. Jonadabe, filho de Simeia, é citado várias vezes em nosso texto. Abisai, Joabe e Asael são filhos de Zeruia, irmã de Davi, os quais desempenham papel significativo em sua vida. Amasa, filho de Abigail, será designado comandante do exército de Israel por Absalão, quando este temporariamente se apossar do reino de Davi em II Samuel 17. Ao retomar o trono, Davi o colocará em lugar Joabe (capítulo 19) e, logo em seguida, ele será morto por Joabe (capítulo 20).
2 Os três filhos de Davi que nos interessam aqui são: Amnom, filho de Ainoã, e Absalão e Tamar, filhos de Maaca. Adonias, filho de Hagite, é o único que tentará firmar-se como sucessor de Davi, conforme descrito em I Reis.
3 Talvez este seja um bom lugar para uma observação. A palavra “amor” é usada quatro vezes em nosso texto. É claro que o “amor” de Amnom nada mais é do que lascívia, e ainda assim, nessas quatro vezes os tradutores da Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, usaram a palavra grega agapao. Quem sugere ou afirma que o “amor ágape” é amor divino, a forma mais sublime de amor, tome nota de que isso não condiz com o uso da palavra, seja na Septuaginta, seja no Novo Testamento. Sejamos cautelosos com as simplificações.
4 Há outras “Tamares” no Antigo Testamento. Uma é a nora de Judá, que se encontra em Gênesis 38, e outra é a “Tamar”, filha de Absalão (II Samuel 14:27). Será que ele honrou sua irmã (a qual permaneceu estéril pelo resto da vida), colocando o nome dela em sua filha?
5 Observe que, quando se torna evidente para ela quais são as intenções de Amnom, ela, então, se propõe a se casar com ele, de uma forma ou de outra (veja o verso 13).
6 Definitivamente tem-se a impressão de que Amnom tem um respeito saudável por (ou até medo de) Absalão. Não é só o fato de Tamar querer se manter virgem, mas ela também tem Absalão para proteger sua virtude. Irmãos adultos (e pais) têm uma certa forma de suscitar o temor de Deus nos pretendentes de suas irmãs (e filhas).
7 Ainda não terminamos de falar sobre Jonadabe. Este é apenas o primeiro de seus atos perversos, o segundo logo será mostrado.
8 A palavra “enviar” ou “enviou” (ou as equivalentes implícitas) continua aparecendo no texto. Inúmeras vezes ela é encontrada no capítulo 11, onde Davi usa sua autoridade para (manda) realizar, e aumentar, seu pecado com relação a Bate-Seba e Urias. Aqui no capítulo 13, ele “envia” Tamar para Amnom (verso 7) e, praticamente, Amnom (junto com os demais filhos) para Absalão (verso 27).
9 A diferença é que Urias foi morto por ser justo, enquanto Amnom é morto por ser depravado.
12. A Imutabilidade De Deus
Introdução
Após decidir trocar seu automóvel, uma família que conheço determinou finalmente que a melhor decisão seria comprar uma minivan nova. Embora fosse cara, eles planejaram cuidar muito bem do veículo e fazê-lo durar por muitos anos. Enquanto ele ainda era virtualmente novo, eles fizeram uma viagem. A correia que movimenta a direção hidráulica e o alternador para a bomba d’água, quebrou, e o carro superaqueceu. Eles imaginavam quanto o superaquecimento causou de dano, e eu não fui capaz de dar a eles muito encorajamento. O vendedor garantiu para eles que uma nova correia concertaria o carro inteiramente. No caminho de volta de um piquenique para casa, eles foram pegos numa tempestade repentina e atingidos com granizo do tamanho de uma bola de golfe durante um tempo suficiente para dar ao carro inteiro uma aparência ondeada. Logo depois, enquanto dirigindo no centro da cidade, alguém bateu na traseira da minivan danificando-a ainda mais. Meu amigo me disse que chegaram ao ponto de até pararem de lavar o carro.
O carro novo do meu amigo envelheceu rapidamente em pouco tempo. As coisas mudam tão rapidamente. Muito frequentemente, mudança é uma realidade desagradável da vida que evitaríamos se pudéssemos. Recentemente encontrei uma das nossas primeiras diretorias da igreja. Puxa, ter alguns dos nossos amigos mudados!Alguns não têm mais o que eles costumavam ter, e alguns de nós têm uma quantidade maior de algumas coisas do que tínhamos antes. Uma olhada no mapa do mundo de 20 anos atrás revela a existência de nações que não eram nem concebidas 20 anos atrás. As mudanças recentes na antiga URSS vieram rápida e inesperadamente.
A tecnologia viu talvez as mais dramáticas mudanças nos tempos recentes. Computadores que uma vez sonhei de possuir agora vejo em bazares e escolho ir embora dificilmente com uma pontada de dor de tentação, mesmo embora o preço seja abaixo de dez dólares. O computador no qual estou escrevendo esta mensagem é 50 vezes mais rápido do que o primeiro computador de mesa IBM que usei, o qual custa o dobro. As coisas mudam tão depressa que não podemos confiar num jornal diário para notícias de última hora; devemos ter programas de notícias durante o dia todo. Um fazendeiro que encontrei recentemente tem um terminal de computador na sua mesa de cozinha funcionando constantemente assim ele pode se manter atualizado.
Algumas mudanças são bem vindas; outras não. Um grande conforto para os Cristãos que vivem nestes tempos turbulentos e problemáticos é a confiança que temos de que Deus não muda. Teólogos referem a este atributo de Deus como a “imutabilidade de Deus”. Deus não muda. Esta verdade é registrada inúmeras vezes nas Escrituras e mesmo nos hinos que cantamos na igreja. Reflitamos neste grande atributo, a imutabilidade de Deus, antes de considerarmos as aplicações desta verdade nas nossas vidas.
Deus Não Muda
29 - E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa. (I Samuel 15:29).
Saul tornou-se rei de Israel. Como tal, ele teve de liderar os Israelitas na batalha contra os Amalequitas. Ele foi instruído por Deus para destruir totalmente o rei e cada criatura viva, homem, mulher, criança, e mesmo todo o gado (I Samuel 15:2-3). Saul obedeceu às instruções de Deus somente parcialmente, permitindo ao rei viver e mantendo o melhor do gado (versículos 7-9). Saul simplesmente não levou a sério a Palavra de Deus. Como resultado, Deus tirou seu reinado (versículos 22-26). Saul então expressou um pedido desesperado para Samuel, na esperança que Deus restauraria seu reinado; em lugar disto, Samuel expressou as palavras do versículo 29. Samuel informou a Saul que Deus, a Glória de Israel, não era um homem. Porém como um Deus imutável, Ele poderia e não alteraria Sua palavra ou mudaria Sua mente para reverter as consequências que Ele tinha pronunciado sobre o pecado de Saul. Saul, como muitas pessoas hoje em dia, deliberadamente desobedeceu a Palavra de Deus esperando que Deus de alguma forma deixasse de fazer como Ele disse. Saul teve muito pouca consideração pela Palavra de Deus e não viu quão sério Deus é em relação à desobediência da Sua Palavra. Ele esperava que Deus fosse levar Sua própria Palavra levemente revertendo a sentença que Ele tinha pronunciado contra o pecador. Deus sempre leva Sua Palavra muito seriamente. Ele não somente espera e requer de nós que Lhe obedeçamos, como Ele muito certamente irá manter Sua Palavra em relação à punição daqueles que a desconsideram. Deus, porque Ele é Deus, é imutável, e podemos estar certos de que Ele irá manter a Sua Palavra. Todas as demais coisas na criação estão sujeitas à mudança exceto o Criador, pois Ele, como Deus, não mudará:
12 - Mas tu, SENHOR, permanecerás para sempre, a tua memória de geração em geração. 25 - Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos. 26 - Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás, e ficarão mudados. 27 - Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim. 28 - Os filhos dos teus servos continuarão, e a sua semente ficará firmada perante ti. (Salmo 102:12, 25-28).
6 - Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. (Malaquias 3:6).
Em Malaquias, o profeta adverte a nação de Israel da ira vindoura de Deus. Ele fala da vinda de ambos, João Batista e de Jesus, o Messias (3:1). O dia da Sua vinda será um dia de ira, e também será um dia de libertação e salvação. Ninguém pode suportar o dia da Sua vinda, fora da divina graça (versículo 2), e assim de alguma foram Israel será purificada, e seus sacrifícios e louvores serão aceitos por Deus (versículos 3-4). Deus irá trazer Seu povo para julgamento (versículo 6). No meio destas palavras de alerta e conforto, o Senhor fala da Sua imutabilidade como a razão para Israel não ser totalmente consumida em julgamento divino (versículo 6).
Que ironia quando comparamos este texto com I Samuel 15:29. A “esperança” de Saul estava na possibilidade de que Deus pudesse mudar e não levasse adiante as consequências para o seu pecado. A profecia de Malaquias nos diz exatamente o contrário. Como Saul, Israel pecou, e o julgamento divino é certo. A imutabilidade de Deus significa que Deus irá continuar com o julgamento. Também significa que Deus continuará com a Sua promessa de salvação. Como alguém pode achar conforto e ser assegurado de salvação enquanto também for assegurado do julgamento divino? A resposta é simples quando vista da perspectiva da cruz de Cristo. O julgamento certo de Deus caiu em Seu Filho, Jesus Cristo, e, portanto pela fé Nele, os homens são salvos dos seus pecados e da ira de Deus. Nossa esperança não é no pensamento desejando que Deus não continue com a punição do pecado; nossa esperança é na certeza de que, em Cristo, Deus julgou o pecado na carne de uma vez por todas e assim podemos ser salvos. A imutabilidade de Deus é uma parte significativa da nossa esperança, pois Ele que prometeu julgar o pecado é o mesmo Deus que prometeu nos salvar dos nossos pecados julgando o pecado na pessoa e obra de Jesus Cristo, Seu Filho.
7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. 8 - Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. 9 - Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram. (Hebreus 13:7-9).
O Livro de Hebreus foi escrito para os Judeus santos que estavam começando a enfrentar perseguição, provavelmente dos seus irmãos Judeus não crentes. Eles eram tentados a cair renunciando sua fé em Cristo e abraçando o Judaísmo novamente. O autor desta epístola repetidamente demonstrou que a velha aliança Mosaica nunca pretendeu salvar os homens, porém prepara-los para a nova aliança a qual foi realizada em Cristo. Esta nova aliança é “melhor”, uma palavra chave em Hebreus, e não deveria ser abandonada para retornar à velha. Estes santos eram exortados a persistirem em sua fé, mesmo no meio da perseguição. A exortação de seguir os passos dos homens fiéis através dos quais eles chegaram à salvação é seguida imediatamente por esta lembrança da imutabilidade de Jesus Cristo.
8 - Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. (Hebreus 13:8).
Esta declaração é muito importante, pois é uma alegação de divindade. Somente Deus é imutável; somente Ele não pode mudar e não muda. Para o escritor nos dizer que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente é para nos lembrar de que Ele é Deus. Não é de admirar que o Seu sacrifício é superior a qualquer um e a todos sacrifícios do Velho Testamento! Também é um incentivo à fé. Quem melhor para confiar nossa salvação e eterno bem-estar do que Ele que não é somente Deus, porém é O que não pode mudar e não muda. Nosso destino eterno não poderia estar em melhores mãos.
17 - Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tiago 1:17).
Como o escritor de Hebreus, Tiago escreve para aqueles que estavam sofrendo perseguição pela sua fé. Ele instrui a eles para se regozijarem quando entrarem em provações, sabendo que isto é divinamente pretendido para aumentar nossa fé pela produção da perseverança (Tiago 1:2-4; compare Romanos 5:3-5). Se a alguém falta sabedoria para saber como responder às provações da vida, ela precisa somente pedir a Deus por sabedoria. Ela não deve duvidar, pois tal pessoa é instável em todos os seus caminhos (versículos 6-8). Aqueles que perseveram debaixo de provação irão, quando forem aprovados, receber a coroa da vida (versículo 12)
Enquanto Deus nos testa através de tribulações e provações, Ele nunca nos tenta para pecar. Tal tentação vem de outra fonte. O mundo e o demônio certamente procuram nos extraviar, porém devemos também olhar dentro de nós mesmos para a explicação pelo nosso pecado. Um homem que é tentado e então peca ele o faz porque ele deu lugar à sua própria luxuria. Não devemos certamente culpar a Deus (versículos 13-15). Deus não é certamente a fonte do mal, porém a fonte do bem. Cada coisa boa provém de Deus como uma dádiva. Somente coisas boas provêm de Deus. Desde que Ele é imutável, podemos dizer que isto é uma regra, e que não há exceções. O Deus que é bom, e a fonte de tudo o que é bom, é consistentemente bom para aqueles que são Seus (versículo 17; veja também Romanos 8:28).
Nestes quatro textos, dois dos quais são do Velho Testamento e dois do Novo, vemos que a imutabilidade de Deus é claramente ensinada na Bíblia e que ela é uma verdade intensamente prática. Antes de considerarmos as implicações práticas da imutabilidade de Deus, lidemos primeiro brevemente com duas circunstâncias com as quais alguém possa erradamente concluir que Deus não é imutável. Em várias ocasiões, as Escrituras falam de Deus se “arrependendo” ou “mudando Sua mente” (veja Gênesis 6:5-6; Êxodo 32:14; Jonas 3:10; II Samuel 24:16). Tais textos comprometem nossa confiança na imutabilidade de Deus? Certamente não! Primeiro, devemos esclarecer o que imutabilidade significa. Imutabilidade se aplica à natureza de Deus. Ele é sempre Deus, e Ele é sempre infinitamente poderoso. Nunca Deus falhará em cumprir Seu desejo devido à mudança em Seu poder para cumprir Seus propósitos. Segundo, Deus é imutável em relação ao Seu caráter ou atributos:
“… Deus é imutável em Seus atributos. Quaisquer que fossem os atributos de Deus antes da criação do universo, eles são precisamente os mesmos agora, e irão permanecer assim para sempre. Necessariamente assim; pois eles são as mesmas perfeições, as qualidades essenciais do Seu ser. Semper idem (sempre o mesmo) está escrito através de cada um deles. Seu poder é intenso. Sua sabedoria não reduzida, Sua santidade imaculada. Os atributos de Deus não podem mudar mais do que a divindade possa cessar de ser. Sua veracidade é imutável, pois Sua Palavra é “para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu” (Salmo 119:89).
Seu amor é eterno: “com amor eterno te amei,” (Jeremias 31:3) e, “como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim”. (João 13:1).
Sua misericórdia não cessa, pois ela é “eterna” (Salmo 100:5).1
Quando Jonas protestou contra os negócios de Deus com os Ninivitas, ele deixou claro que Deus não estava agindo inconsistentemente com o Seu caráter, porém ao contrário Ele estava agindo de maneira previsível. Jonas pensou fugir da presença de Deus numa tentativa fútil de frustrar Deus de agir consistentemente com o Seu caráter:
1 - MAS isso desagradou extremamente a Jonas, e ele ficou irado. 2 - E orou ao SENHOR, e disse: Ah! SENHOR! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. (Jonas 4:1-2).
Quando Deus “cedeu em relação à calamidade a qual Ele declarou que Ele iria trazer sobre” os Ninivitas, Deus não estava somente agindo consistentemente com Seu caráter; Ele estava consistentemente agindo com Sua Palavra:
7 - No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, 8 - Se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. (Jeremias 18:7-8).
Esta esperança incentivou o rei dos Ninivitas se arrepender, juntamente com o restante da cidade (Jonas 3:5-9). As ações de Deus são previsíveis porque Ele é imutável. Esta foi à esperança do arrependido rei dos Ninivitas e o receio do profeta Jonas.
Terceiro: os propósitos e as promessas de Deus são imutáveis (veja Romanos 11:29).2 Deus termina o que Ele começa. Esta foi a base para o apelo de Moisés a Deus em Êxodo 32 (versículos 11-14). Aqui, as ações de Deus em resposta ao apelo de Moisés não eram uma contradição à Sua imutabilidade, porém uma confirmação daquela imutabilidade.
As várias dispensações evidentes na Bíblia3 não são contradições à imutabilidade de Deus. A imutabilidade de Deus não O impede de incorporar diferentes economias no Seu plano geral de redenção. Em Romanos 9-11, o apóstolo Paulo mostra como toda a história é uma parte do plano eterno de Deus. A falha da nação de Israel e a salvação dos Gentios são parte deste plano. As Escrituras do Velho Testamento frequentemente falam de tais assuntos, embora os Judeus não fossem abertos a ouvir ou aprender. Cedo em Seu ministério terreno, Jesus lembrou Seus irmãos Judeus do propósito de Deus de abençoar os Gentios assim como os Judeus, consistente com a aliança Abrâmica (Gênesis 12:1-3) e com muitos outros textos (ver Lucas 4:16-27; Romanos 9-11).
Pedro e a Imutabilidade de Deus
Quando considerei o assunto da imutabilidade de Deus, fiquei impressionado com a ênfase de Pedro nesta realidade. A imutabilidade de Deus permeia seus pensamentos e é a base para muito do que Pedro ensina. Primeiro achamos esta doutrina referida no sermão de Pedro em Pentecoste registrada em Atos 2. Pedro estava proclamando a ressurreição de Jesus Cristo da morte, não somente como um fato histórico do qual os apóstolos eram testemunhas, porém também como cumprimento das Escrituras (veja Atos 2:22-35). Ele estava argumentando também que a ressurreição de nosso Senhor era uma necessidade teológica e prática, procedente da doutrina da imutabilidade de Deus:
22 - Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; 23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; 24 - Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela; 25 - Porque dele disse Davi: Sempre via diante de mim o Senhor, Porque está à minha direita, para que eu não seja comovido; 26 - Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; E ainda a minha carne há de repousar em esperança; 27 - Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção; (Atos 2:22-27).
Pedro mantém que “foi impossível” para o nosso Senhor não se levantar da morte (versículo 24). Por que isto é assim? Pedro então cita o Salmo 16, versículos 8-11, onde a profecia declara, “nem permitirás que o teu Santo veja corrupção (decadência).” Decadência é uma mudança de estado, uma mudança para baixo. Desde que Jesus Cristo é Deus e Deus não pode decair, Deus não decai. Não foi impossível para Jesus levantar da morte como alguns podem argumentar. Ao contrário, foi impossível para Ele não levantar porque Ele é imutável, e decadência é mudança. Pode ter havido mau cheiro de morte no túmulo de Lázaro após três dias (ver João 11:39), porém não houve mau cheiro no túmulo onde Jesus foi colocado. Foi impossível para Ele sofrer decadência. A ressurreição de nosso Senhor foi uma necessidade teológica.
Na primeira epístola de Pedro, a imutabilidade de Deus e Suas obras são proeminentes. Em I Pedro 1:3-9, Pedro fala da nossa salvação a qual é incorruptível ao contrário da que é corruptível. Ele fala da nossa herança como incorruptível (versículo 4) e também nossa fé (versículo 7). Nos versículos 18-19, Pedro fala do derramamento de sangue de nosso Senhor como precioso porque é incorruptível. A expiação pela qual nossa salvação foi alcançada foi por meio de um sacrifício incorruptível assim que nossa salvação é da mesma forma incorruptível. Nos versículos 22-25, Pedro continua falando da Palavra de Deus como incorruptível. É esta Palavra que serve como a semente incorruptível pela qual fomos gerados. Desde nosso nascimento é através de uma semente incorruptível, não somente é a Palavra incorruptível, mas também nossa vida e nosso amor que nascem da Palavra. Finalmente, em I Pedro 5:4, Pedro fala aos anciãos da sua recompensa incorruptível, a “a incorruptível coroa de glória”. Nossa salvação é segura porque é incorruptível. Portanto nossa salvação, como Deus, é imutável.
Conclusão
A imutabilidade de Deus está longe de ser somente uma observação teológica ou uma verdade hipotética. É uma verdade transformadora de vida da qual podemos tirar um número de implicações para nossas vidas.
(1) A imutabilidade de Deus tem implicações tremendas em relação a Bíblia, a Palavra de Deus.
J.I. Packer, no seu excelente livro, Conhecendo Deus, inclui um capítulo na imutabilidade de Deus, onde ele enfatiza a relevância deste atributo para nossas vidas como Cristãos:
Onde está o senso de distância e diferença, então, entre crentes no tempo da Bíblia e nós mesmos? Está excluído. Em que termos? Em termos de que Deus não muda. Comunhão com Ele, confiar na Sua palavra, viver pela fé, “firmes nas promessas de Deus”, são essencialmente as mesmas realidades para nós hoje como eram para os crentes do Velho e Novo Testamento. Este pensamento traz conforto à medida que entramos nas perplexidades de cada dia; entre todas as mudanças e incertezas da vida numa era nuclear, Deus e Seu Cristo permanecem o mesmo – poderoso para salvar. Porém o pensamento traz um desafio também. Se nosso Deus é o mesmo Deus dos crentes do Novo Testamento, como podemos nos justificar em conteúdo restante com uma experiência de comunhão com Ele, e um nível de conduta Cristã, que fica tão abaixo deles? “Se o Deus é o mesmo, esta não é uma questão que qualquer um de nós pode evitar”.4
A imutabilidade de Deus está intimamente relacionada com a imutabilidade da Palavra de Deus (Mateus 24:35; I Pedro 1:2-25), o que significa que a Sua Palavra nunca está desatualizada, nunca irrelevante para nossas vidas ou épocas.
(2) A imutabilidade de Deus é uma certeza para os Cristãos
Certeza provê estabilidade e confiança em tempos de incerteza e circunstâncias que parecem ameaçadoras. Porque nosso Deus não muda, Suas promessas e Seus propósitos são certos; eles não podem, e eles não falharão. Temos um sacrifício incorruptível, o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, que consumou redenção eterna para todos aqueles que o recebem (I Pedro 1:3-9, 17-21; Hebreus 9:12). Temos um “reino que não pode ser abalado” (Hebreus 12:28). Temos um Deus que lida conosco consistentemente com Seu caráter e Sua Palavra (veja Tiago 1:12-28). Temos um Grande Sacerdote que “permanece para sempre e tem um sacerdócio perpétuo” (Hebreus 7:24). Nossa esperança e confiança não são na “incerteza dos ricos”, porém ao contrário em “ Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (I Timóteo 6:17). O profeta Isaías contrastou a “criação que muda com o Criador que não muda” como um encorajamento para a certeza e fidelidade, mesmo nos dias negros da história (Isaías 50:7-51:16).
(3) A imutabilidade de Deus é um padrão para os Cristãos.
Como “filhos de Deus” devemos imitar a Deus, refleti-Lo em nossas vidas diárias (veja Mateus 5:43-48). Enquanto existe muita necessidade de mudança em nossas vidas (sobre a qual falaremos num momento), há também a necessidade de não mudarmos. Não devemos permitir que o mundo nos mude conformando-nos com o seu modelo herege (Romanos 12:1-2). Não devemos mudar perdendo o coração e abandonando nossa confissão de fé (veja Hebreus 6:11-20; 10:19-25, 32-39). Não devemos mudar abandonando nossos compromissos quando os cumprindo é oneroso para nós (Salmo 15:4).
(4) A imutabilidade de Deus é também um impressionante alerta que Deus irá cumprir Sua Palavra em relação ao julgamento pelo pecado.
A imutabilidade de Deus não é somente uma certeza confortadora em relação às bênçãos que Deus tem prometido, porém também um impressionante alerta de que Deus irá cumprir Sua Palavra em relação ao julgamento pelo pecado. Quando Deus falou para Judá em relação ao julgamento prestes a vir sobre a nação pelos seus pecados, Ele falou de um julgamento que era certo, que não mudaria porque Ele não mudaria Sua mente:
27 - Porque assim diz o SENHOR: Toda esta terra será assolada; de todo, porém, não a consumirei. 28 - Por isto lamentará a terra, e os céus em cima se enegrecerão; porquanto assim o disse, assim o propus, e não me arrependi nem me desviarei disso. (Jeremias 4:27-28).
Em Jeremias 18:7-8, Deus prometeu que Ele iria ceder do desastre que Ele pronunciou contra uma nação ímpia se ela se arrependesse. Aqui em Jeremias 4, Deus indica que o julgamento do qual Ele falou é irreversível. Há um tempo para arrependimento, e durante este tempo os homens podem se arrepender com a certeza de que Deus irá perdoar seus pecados em lugar do julgamento que Ele ameaçou. Porém o tempo para arrependimento termina, e então os homens devem enfrentar as consequências dos seus pecados. Em Jeremias 4, Deus estimula Judá para se arrepender (veja versículo 14), porém seu pleito será ignorado, e assim o julgamento virá. Quando o tempo para arrependimento passar, a ira de Deus certamente virá. Deste ponto, Deus não voltará do julgamento que Ele anunciou através dos Seus profetas. Tal foi o caso nos dias de Noé. O evangelho foi proclamado por mais de 100 anos, porém quando Deus fechou a porta da arca, o tempo para arrependimento passou e o tempo para o julgamento chegou. Deus certamente não “mudará” em relação ao julgamento, uma vez que o tempo para arrependimento passou. Não erre olhando para a graça e misericórdia de Deus ao dar um tempo para arrependimento como uma evidência de apatia divina e certeza de que Deus não julgará os homens pelos seus pecados. Julgamento é certo e seguro para os pecadores que se rebelam contra Deus.
Aqui está o terror para o ímpio. Aqueles que O desafiam, quebram Suas leis, não se preocupam com Sua glória, porém vivem suas vidas como se Ele não existisse, não devem supor que, quando finalmente eles gritarem para Ele por misericórdia, Ele irá alterar Sua vontade, revogar Sua palavra, e rescindir Suas ameaças horríveis. Não, Ele declarou, ‘Por isso também eu os tratarei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei’ (Ezequiel 8:18). Deus não irá negar a Si mesmo para gratificar suas paixões. Deus é santo, imutável. Portanto Deus odeia o pecado, eternamente o odeia. Logo a eternidade da punição de todos os que morrem em seus pecados.
A imutabilidade divina, como a nuvem que se interpôs entre os Israelitas e o exército egípcio, tem um lado escuro assim como um claro. Ela assegura a execução das Suas ameaças, assim como a realização das Suas promessas; e destrói a esperança que o culpado afetuosamente estima que Ele seja todo indulgente para Suas frágeis e enganadas criaturas, e que eles serão tratados muito mais levemente do que as declarações da Sua própria Palavra lidariam como esperado. Opomo-nos a estas especulações enganadoras e presunçosas com a solene verdade, que Deus não muda em veracidade e propósito, em fidelidade e justiça (J. Dick, 1850).5
(5) O ímpio frequentemente emprega mal a imutabilidade de Deus, fazendo-a um pretexto para viver em pecado sem medo de retribuição.
Homens e mulheres pecadores frequentemente abusam da doutrina da imutabilidade de Deus. O Deus imutável é Aquele que é o sustentador de todas as coisas. Naturalmente, todas as coisas continuam como elas são desde a fundação do mundo (Colossenses 1:16-17; veja também II Pedro 3:3-4) A constância do mundo em que vivemos é um assunto de graça comum, e é um que testifica da Sua bondade e graça. Os descrentes interpretam mal a consistência da ordem da criação, fazendo dela uma “prova” de que Deus não irá julgar o mundo pelo pecado (II Pedro 3:3-4). Como então podemos estar certos do Seu julgamento? (1) Por causa da Palavra de Deus que nos alerta do julgamento, e a Palavra de Deus, como Deus, não muda. (2) Porque a história da Bíblia está cheia de exemplos da intervenção de Deus na história humana para julgar o pecado. Este julgamento toma algumas vezes uma forma espetacular, como a vista no dilúvio (Gênesis 6-7) ou na destruição de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19).
Outras vezes, o julgamento é adiado de forma que os homens possam se arrepender e serem salvos. E algumas vezes o julgamento de Deus chega em forma não reconhecida de imediato como julgamento divino. Este é o caso em Romanos 1:18-32. A ira de Deus está evidente em permitir aos homens sofrerem a degradação e a corrupção do pecado, portanto eles são corrompidos tanto na mente como no corpo. Ele julga pecadores permitindo que eles persistam em seus pecados sem interrupção divina, colhendo então o redemoinho de consequências pelo pecado. Hoje em nossa cultura muitos olham a imoralidade, perversão, e coisas deformadas como progresso, como uma benção. Porém deveríamos vê-la pelo que ela é – julgamento divino – uma pequena amostra do que está por vir.
(6) O Deus que não muda é o único meio pelo qual os homens pecadores podem ser mudados de forma a entrarem nas bênçãos eternas de Deus.
Enquanto Deus não muda, os homens pecadores devem mudar a fim de entrarem no reino de Deus. Esta “mudança” é de um que é um vil pecador, merecedor da ira eterna de Deus, para um pecador perdoado, que agora permanece na justiça de Deus, através da fé em Cristo. É Deus quem prove os meios pelos quais os pecadores podem ser mudados, transformados em novas criaturas, perdoados, justificados, tendo uma esperança imperecível. O que é requerido dos homens é se arrependerem, cessarem de pensar e agir como faziam anteriormente, reconhecerem seus pecados, e confiarem em Jesus Cristo.
Este não é um bom trabalho o qual os homens fazem a fim de ganhar o favor de Deus. Ao contrário, é um bom trabalho o qual Deus realiza em nossas vidas, o resultado da Sua bondade e graça. A única mudança que Deus aceita é a mudança que Ele produz em e através de nós, pelo trabalho de Cristo de do Espírito Santo.
Não há maior receio do que saber que somos pecadores, e que Deus não somente odeia pecado, porém Ele irá certamente julgar os pecadores. Não há conforto a ser achado na imutabilidade de Deus para o pecador. Porém para aqueles que confiaram na provisão de Deus pelos pecadores, não existe maior conforto do que saber de que Deus que nos escolheu, que nos chamou e que nos prometeu salvação eterna não muda.
Traduzido por Césio J. de Moura
1 Arthur W. Pink, Gleanings in the Godhead (Chicago: Moody Press, 1975), pp. 35-36.
2 Alguns dos propósitos de Deus são temporais e temporários. A aliança Mosaica, por exemplo, foi uma provisão temporária que de nenhuma forma altera ou coloca de lado Sua eterna aliança com Abraão (veja Gálatas 3:17).
3 Deveria ser dito que mesmo os não dispensacionalistas creem em dispensações, que estão em certas distinções no programa de Deus sobre o curso da história bíblica. A não concordância surge não sobre o fato de tais diferenças, porém sobre a interpretação destas diferenças. Como regra, dispensacionalistas tendem a enfatizar as diferenças enquanto teólogos da aliança enfatizam a unidade de todo o plano que abrange as várias dispensações.
4 J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove: Inter-Varsity Press, 1973), p. 72.
5 Arthur W. Pink, Gleanings in the Godhead (Chicago: Moody Press, 1975), p. 37.
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13. A Alegria De Deus
Introdução
Devo confessar que nunca fui muito animado com a “cara sorridente” achada nos para-choques e nas cartas pessoais. Em particular nunca me importei com a “cara sorridente” como uma logomarca ou símbolo Cristão. Lamentavelmente, a maioria das pessoas pensa em Deus em termos de uma face franzida. Deus odeia o pecado, e se entendo as Escrituras corretamente, Ele até odeia os pecadores. Ele é um Deus de ira que está bravo contra os pecadores. Porém esta é somente uma das emoções de Deus, somente um aspecto do Seu caráter. Deus é também um Deus que sente grande prazer em Suas criaturas e criação. Nosso Deus tanto é alegre como é a origem da nossa alegria. Quão agradecidos deveríamos ser por este atributo do nosso grande Deus.
Quando alguém lê os muitos trabalhos sobre os atributos de Deus, o tópico da “alegria do Senhor” não é frequentemente achado. Por alguma razão, a “alegria do Senhor” parece ser um aspecto negligenciado da natureza e do caráter de Deus. Anos atrás, um dos meus professores do seminário chamou nossa atenção para isto quando se referiu a I Timóteo 1:
9 - Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, 10 - Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, 11 - Conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado. (I Timóteo 1:9-11, ênfase do autor).
A palavra bem-aventurado usada aqui por Paulo é o mesmo termo que nosso Senhor empregou no Sermão do Monte, o qual é “bem-aventurado” na Versão King James, na Nova Versão King James, na NIV e na NASB. J.B. Phillips e numas poucas outras interpretam o termo como “feliz”. Meu professor indica que alguém poderia interpretar a expressão em I Timóteo 1:11, o “Deus feliz”, uma sugestão que me surpreendeu. O termo empregado poderia ser usado neste sentido, e a teologia bíblica não o proíbe. Por alguma razão, nós raramente pensamos de Deus como sendo feliz.
Infelizmente, a palavra “feliz” tem sido redefinida e tão trivializada em nossa cultura que é pouca surpresa que hesitamos em usá-la com referência aos Cristãos ou ao nosso Deus. Portanto creio que deveríamos redefinir e procurar recuperar o termo. Por ora, no entanto, é mais seguro usarmos o termo alegria, um termo mais frequentemente usado para Deus e os Cristãos. Em Neemias achamos esta declaração familiar:
18 “A alegria do Senhor é a nossa força” (Neemias 8:10).
Eu sempre pensei da alegria referida aqui como a alegria a qual Deus dá,e assim é. Agora percebo que isto não diz quase nada. Ela também é a alegria a qual Deus possui e experimenta. Deus nos dá alegria porque Ele é alegria. Ele é a fonte da alegria, assim como Ele é a fonte de amor, de verdade, de misericórdia, e assim por diante. Alegria é tanto uma descrição de Deus como a descrição do que Ele dá.
Iremos começar pesquisando as Escrituras procurando as evidências da satisfação e prazer de Deus (Sua alegria). Depois iremos considerar a alegria de nosso Senhor Jesus Cristo, como mostrado nas profecias do Velho Testamento e no Novo Testamento. Finalmente, tentaremos mostrar como a “alegria do Senhor” pode impactar as vidas dos homens, especialmente daqueles que são verdadeiros crentes em Jesus Cristo. Que essa lição possa ser um reflexo da alegria de Deus e uma fonte de verdadeira alegria para cada um de nós.
A Alegria de Deus o Pai
Alguns podem dizer que estou me excedendo aqui, porém parece como se Deus tivesse prazer – Ele achou alegria – em Sua criação. Repetidamente em Gênesis achamos a expressão “e viu Deus que era bom” (veja versículos 4, 10, 12, 17, 21, 25, 31). Creio que Moisés estava indicando o prazer de Deus por repetidamente dizer que Deus viu Sua criação ser boa. Quando alguém nos serve um pedaço de torta feita em casa e exclamamos, “Está gostosa” estamos expressando não somente nossa aprovação, mas também nosso prazer. Frequentemente, quando “crio” alguma coisa na minha garagem, me pego indo de volta várias vezes nos próximos dias para ver aquilo tendo prazer no que fiz. O Pai parece ter alegria no que Suas mãos fizeram. Quando os homens pecam, a alegria de Deus se torna tristeza:
5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 - Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. 7 - E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de havê-los feito. (Gênesis 6:5-7).
A criação de Deus entra na alegria do seu Criador:
8 - E os que habitam nos fins da terra temem os teus sinais; tu fazes alegres as saídas da manhã e da tarde. (Salmo 65:8). 13 - Os campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam. (Salmo 65:13).
12 - Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então se regozijarão todas as árvores do bosque, (Salmos 96:12). 8 - Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas, (Salmo 98:8).
Deus o Pai tem prazer em escolher e selecionar. Deus se deleita sobre a nação de Israel, selecionando seu povo como alvo das Suas bênçãos, assim como Ele também se deleita sobre Israel como alvo da Sua ira (Deuteronômio 28:63), não porque Deus tem prazer na morte dos homens, mesmo homens ímpios (Ezequiel 18:23, 32; 33:11), porém porque Deus disciplina Seu “filho” a fim de trazê-lo para a bondade (veja Provérbios 3:12; Hebreus 12:3-10).
Deus da mesma forma teve prazer em tornar Davi rei sobre Israel e então salvá-lo do perigo.
20 - E tirou-me para um lugar espaçoso, e livrou-me, porque tinha prazer em mim. (II Samuel 22:20).
9 - Bendito seja o SENHOR teu Deus, que teve agrado em ti, para te pôr no trono de Israel; porque o SENHOR ama a Israel para sempre, por isso te estabeleceu rei, para fazeres juízo e justiça. (I Reis 10:9).
A Alegria de Jesus, o Messias Prometido.
De acordo com o profeta Isaías o Messias prometido é Aquele no qual o Pai se apraz (42:1). Ele é descrito como Aquele que “deleitar-se-á no temor do Senhor” (11:3). E, Ele é Aquele que será caracterizado pela alegria, alegria que ultrapassa a de todos os Seus irmãos:
6 - O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. 7 - Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. (Salmo 45:6-7).
O escritor aos Hebreus fala do Senhor Jesus como sendo motivado para levar adiante o Seu trabalho na cruz do Calvário pela alegria a qual Ele entraria pelo Seu sacrifício expiatório:
1 - PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, 2 - Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. 3 - Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. (Hebreus 12:1-3).
Jesus disse aos Seus discípulos que eles iriam ter grande alegria. A alegria que eles experimentariam era primeira e antes de tudo Sua alegria, a alegria na qual eles também entrariam.
11 - Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. (João 15:11).
13 - Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. (João 17:13).
Em Mateus 25, Jesus contou uma parábola a qual tem muito a nos ensinar sobre alegria.
14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. 15 - E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. 16 - E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. 17 - Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. 18 - Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19 - E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. 20 - Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. 21 - E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 22 - E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. 23 - Disse-lhe o seu SENHOR: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 24 - Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; 25 - E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. 26 - Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? 27 - Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. 28 - Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. 29 - Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. 30 - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. (Mateus 25:14-30).
Esta parábola tem muito a nos ensinar sobre o serviço Cristão. Devemos concluir que destes três servos, somente os dois primeiros eram verdadeiros crentes. O terceiro “escravo” foi lançado em densas trevas, um lugar onde haverá choro e ranger de dentes (versículo 30). Os dois primeiros “escravos” eram bons e fiéis, e o terceiro foi infiel e ímpio. Acho interessante e instrutivo considerar esta história da perspectiva da alegria.
Os dois primeiros escravos foram fiéis, e sua recompensa foi “entrar no gozo” do seu Senhor. Estas palavras não indicam que seu mestre era alegre e que estes escravos foram abençoados por entrarem no seu gozo com ele? O mestre era (ou seria) alegre, e seus escravos fiéis entrariam na sua alegria também. O “mestre” nesta história muito certamente representa nosso Senhor e os fiéis “servos”, Seus seguidores. As bênçãos do mestre e seus escravos são resumidas pela palavra “alegria”.
Este terceiro escravo me fascina. No passado, sempre focalizei no que este ímpio, preguiçoso escravo não fez. Agora, estou especialmente interessado em porque este escravo falhou em fazer o que ele devia fazer. Foi este escravo preguiçoso porque ele não fez o trabalho para ganhar um lucro para o seu mestre? Naturalmente. Porém ele não foi mal ao pensar erradamente do seu mestre? Ele pensou do seu mestre como um que esperava lucro onde ele não tinha feito provisões.
24 - Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; (Mateus 25:24).
A avaliação deste escravo sobre o seu mestre estava errada. É verdade que Jesus julga este homem na base da sua avaliação do seu mestre, porém é, contudo uma percepção errada. Deus não é um mestre cruel, que espera ganhar lucro onde Ele não nos deu nenhuma provisão. Ele lida conosco em graça. Ele nos dá os meios para fazermos aquilo que Ele espera e requer. Podemos preencher nossas responsabilidades para com Ele somente pela Sua graça. Esta é a razão pela qual nós somente podemos vangloriar Nele e não naquilo que fizemos. Este escravo foi mau porque ele não viu seu mestre como gracioso e (talvez eu seja tão ousado em dizer) feliz. A recompensa dos escravos fiéis foi entrar no gozo do seu mestre. O mestre era alegre. Os servos fiéis eram para entrar na sua alegria. E o homem mau não recebeu nada da alegria de Deus. Quantos de nós tivemos esta mesma visão distorcida de Deus como um resmungão, exigente mestre ao invés de um mestre alegre em cuja alegria nós também podemos entrar? E o serviço que Ele requer de nós mesmo agora é para ser feito alegremente e não pesadamente.
Lucas 15 é ainda outro exemplo da disposição alegre de nosso Deus. A alegria de Deus (pelo arrependimento e salvação dos pecadores) é contrastada com a dureza dos escribas e Fariseus e suas queixas contra a associação do nosso Senhor com os cobradores de impostos e pecadores (15:1-2). Em resposta, Jesus conta duas parábolas, ambas apontando para a alegria de Deus sobre o fato de alguém que estava perdido e foi achado:
3 - E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: 4 - Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la? 5 - E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso; 6 - E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. 7 - Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. 8 - Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? 9 - E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. 10 - Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. (Lucas 15:3-10 ênfase do autor).
Em ambas as histórias, algo se perdeu, foram procuradas depois, e achado. Quando o objeto perdido foi recuperado, quem procurou por ele se regozijou e convidou outros para se ajuntar em celebração na alegria desta recuperação. Os itens perdidos – uma ovelha e uma moeda – foram achadas porque o proprietário que as tinha perdido procurou por elas.
Jesus deixa claro que estas duas histórias são entendidas como ilustrativas da Sua procura pelos pecadores e então regozijo pela sua salvação. Um dos “gozo que lhe estava proposto” (Hebreus 12:2) foi a salvação dos pecadores perdidos. Outros eram esperados se regozijarem com nosso Senhor sobre o fato de pecadores perdidos estarem vindo para a fé Nele e serem “achados” Nele. Os escribas e Fariseus não podiam entrar nesta alegria porque eles ainda estavam perdidos e não queriam ser achados. Eles estavam bravos porque Jesus estava manifestando graça em relação àqueles pecadores sem valor. Eles não queriam tais pessoas em “seu” reino.
As palavras ditas aqui pelo nosso Senhor são muito familiares para mim, porém de alguma forma falhei em tomá-las a sério o suficiente. Sempre pensei que Jesus estava dizendo que eram os anjos que se regozijavam pela salvação dos pecadores perdidos. Sem dúvida os anjos se regozijam, porém esta não é a ênfase do texto. Na primeira história, Jesus disse que houve “alegria no céu” por aquele que se arrependeu (versículo 7). Na segunda história, Jesus declarou que houve “alegria na presença dos anjos”. Os anjos não estavam sozinhos no seu regozijo, os anjos estavam se regozijando junto com Deus. Deus está se regozijando no céu e na presença dos anjos. A implicação das palavras de nosso Senhor é que porque Deus se regozija sobre a salvação de um pecador perdido, os anjos o fazem da mesma forma. Nas palavras de Jesus em Mateus 25, eles “entram na alegria do seu Mestre”. O fato de que os escribas e os Fariseus não estavam se regozijando é, portanto um problema sério. Eles não estavam em harmonia com o céu e, mais do que tudo, com Deus. Por quê? Porque eles não acreditavam que eram pecadores, e eles não queriam a graça de Deus. Eles não queriam pensar deles mesmos como cidadãos que entraram no reino de Deus da mesma forma que estes cobradores de impostos e pecadores. De fato, eles não eram salvos de maneira alguma. Como o escravo ímpio de Mateus 25, eles eram descrentes, que pensavam muito mal do Mestre e que não tinham parte no Seu reino nem na Sua alegria.
A última metade de Lucas 15 é a história do filho pródigo, a qual continua a enfatizar o contraste dramático entre Deus e a hoste celestial e os escribas e Fariseus descrentes. O filho pródigo se arrepende e retorna para o seu pai. O pai se regozija e chama para um tempo de celebração e regozijo. O outro filho mais velho se regozija que o filho perdido retornou? Certamente que não! Ele está bravo com o irmão e também com seu pai. Ele não pode entender porque ele não foi permitido celebrar. Ele transpira justiça própria ao contrário de gratidão e alegria, que deveria caracterizar a resposta de um pecador à graça de Deus tanto na sua vida como na vida de outros. O pai do pródigo novamente representa a alegria do Pai Celestial pelo arrependimento e conversão dos pecadores perdidos.
O Espírito Santo e a Alegria
Para que não pensemos que alegria ou “felicidade” é um atributo somente do Pai e do Filho deixe-me chamar sua atenção para estes versículos que ligam a alegria do crente com o Espírito Santo.
52 - E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.(Atos 13:52).
17 - Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. (Romanos 14:17).
13 - Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. (Romanos 15:13).
6 - E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. (I Tessalonicenses 1:6)
O Espírito Santo é o meio pelo qual a alegria do nosso Senhor, a alegria do nosso Mestre, é transmitida para a vida dos Cristãos. Devemos concluir destes versículos que aqueles que não são Cristãos, nos quais o Espírito Santo não habita, não experimentam nem podem experimentar a alegria de Deus. Isto é certamente certo dos escribas e Fariseus descritos em Lucas 15 e em outros lugares nos Evangelhos.
Conclusão
Deus é um Deus de alegria, um “Deus feliz”. Ele se regozija com a Sua criação, e Ele especialmente se regozija na salvação dos pecadores perdidos. Se somos filhos de Deus então estamos afinados com o coração e o caráter de Deus e isto deveria ser caracterizado pela alegria também. Esta alegria vem de Deus e é mediada através do Espírito Santo para cada Cristão. “A alegria do Senhor” deveria caracterizar nosso serviço e nossa adoração. É uma alegria que será ainda maior no céu, uma alegria com a qual entraremos no céu. Para o Cristão, alegria não é uma opção, pois somos mandados experimentar e expressar alegria como Cristãos:
12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mateus 5:12).
20 - Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. (Lucas 10:20).
36 - E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. (João 4:36).
20 - Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria. (João 16:20)
22 - Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará. (João 16:22)
15 - Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; (Romanos 12:15).
10 - E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o seu povo. (Romanos 15:10)
26 - De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. (I Coríntios 12:26).
6 - Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; (I Coríntios 13:6)
11 - Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco. (II Coríntios 13:11).
27 - Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido. (Gálatas 4:27).
18 - Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. (Filipenses 1:18).
17 - E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. 18 - E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo. (Filipenses 2:17-18).
1 - RESTA, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. (Filipenses 3:1).
4 - Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos. (Filipenses 4:4).
24 - Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja; (Colossenses. 1:24).
9 - Porque, que ação de graças poderemos dar a Deus por vós, por todo o gozo com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus, (I Tessalonicenses 3:9).
16 - Regozijai-vos sempre. (I Tessalonicenses 5:16).
6 - Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, (I Pedro 1:6).
8 - Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; (I Pedro 1:8).
13 - Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. (I Pedro 4:13).
7 - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. (Apocalipse 19:7).
Você pode pensar que a falta de alegria é um dos males menores, porém este não é o caso. Deus falou do pecado de Israel como sendo evidente pela sua falta de alegria:
45 - E todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste à voz do SENHOR teu Deus, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te tem ordenado; 46 - E serão entre ti por sinal e por maravilha, como também entre a tua descendência para sempre. 47 - Porquanto não serviste ao SENHOR teu Deus com alegria e bondade de coração, pela abundância de tudo. 48 - Assim servirás aos teus inimigos, que o SENHOR enviará contra ti, com fome e com sede, e com nudez, e com falta de tudo; e sobre o teu pescoço porá um jugo de ferro, até que te tenha destruído. (Deuteronômio 28:45-48).
A falta de um coração agradecido foi a origem do pecado de Israel e do julgamento divino. Falta de alegria leva ao pecado. E, inversamente, o pecado leva à falta de alegria:
10 - Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. 11 - Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo. 12 - Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. 13 - Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão. (Salmo 51:10-13).
Além disso, vemos que a alegria é a motivação para o Cristão testemunhar e servir. Muito frequentemente tentamos motivar os Cristãos para testemunharem fazendo-os se sentirem culpados. Este texto indica que a “alegria da Tua salvação” atua como o motivador do nosso serviço, não culpa ou medo. “A alegria do Senhor é a nossa força” (Neemias 8:10). O Espírito de Deus e a Palavra de Deus são dois meios primários pelos quais a alegria do Senhor é transmitida aos homens (veja Salmo 119:111; Jeremias 15:16; versículos sobre o Espírito Santo e a alegria acima).
Fazemos um grande desserviço para Deus e outros quando mostramos Deus de uma forma que se iguala com a falsa percepção do escravo mau de Mateus 25. O escravo mau temia o seu mestre, porém ao invés de se incentivar para servir seu mestre, o medo produziu justamente a resposta contrária. Deus tem grande prazer e acha grande alegria em Suas criações, incluindo a nova criação dos crentes em Jesus Cristo. Ele também se regozija no crescimento e bondade do Seu povo.
Alegria serve como uma tremenda fonte de orientação em relação à “vontade de Deus”. Muitos pensam e falam da “vontade de Deus” como um grande mistério, difícil de discernir e ainda mais difícil de defender. Porém a Bíblia não fala da vontade de Deus desta forma. Em Romanos 7, Paulo não disse que a vontade de Deus era difícil de conhecer; ele disse que era impossível de fazer. Ele sabia o que era certo, ele somente não o fazia. Ele sabia o que era errado, ainda assim persistia em fazê-lo. Não é o conhecer da vontade de Deus, porém o fazê-la, que é difícil.
Se você deseja saber a vontade de Deus, aborde as decisões que você deve fazer na vida por este padrão: O que agrada a Deus, o que Lhe dá alegria, e o que entristece a Deus? Esta é a forma como Paulo abordou a vida:
9 - Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. (II Coríntios 5:9).
10 - Aprovando o que é agradável ao Senhor. (Efésios 5:10).
20 - Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, 21 - Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém. (Hebreus 13:20-21).
A Bíblia não deixa nenhuma dúvida sobre o que agrada e desagrada Deus. Deus se regozija em Seu povo. (Salmo 149:4). Ele acha alegria na sinceridade (1 Crônicas 29:17) e na lealdade (Oseias 6:6) e benignidade (Miquéias 7:18). Ele se agrada de beneficência, juízo e justiça (Jeremias 9:24). Ele se agrada nos “filhos” os quais ele disciplina (Provérbios 3:12; veja Hebreus 12:3-13).Ele ama pesos justos (Provérbios 11:1) e os de caminho sincero (Provérbios 11:20). Ele tem prazer naqueles que agem fielmente (Provérbios 12:22). Deus não se regozija em meros rituais religiosos, divorciados do viver santificado (Salmo 51:16-17; veja também versículos 18 e 19). Aquelas coisas que nos impressionam não causam prazer em Deus, tais como a força de um cavalo ou as pernas de um homem (Salmo 147:10-11). Ele não acha nenhuma alegria em tolos (Eclesiastes 5:4) ou na morte do ímpio (Ezequiel 18:23, 32; 33:11).
Observe cuidadosamente que a forma de “alegria” do mundo não é a mesma alegria que os Cristãos possuem. As duas “alegrias” são bastante diferentes. De fato, o Cristão pode ser distinguido do descrente por aquelas coisas as quais são origem da nossa alegria. Os homens maus se regozijam nas suas abominações (Isaías 66:3) e escolhem o que Deus não gosta (Isaías 65:12; 66:4). Eles não se deleitam na Palavra de Deus (Jeremias 6:10). Eles se satisfazem com um ladrão, e com adúlteros (Salmo 50:18) e em impiedade (II Tessalonicenses 2:12).
O filho de Deus tem uma origem diferente de prazer ou regozijo. Sua alegria está no Senhor (Salmo 37:4; 43:4), na Sua Palavra (Salmo 1:2; 112:1; 119:16, 24, 70, 77, 92, 143, 174). Ele tem alegria em fazer a vontade do Senhor (Salmo 40:8) e em louvar a Deus (Salmo 147:1). Ele escolhe o que está agradando a Deus (Isaías 56:4). Ele se regozija com a justiça (Provérbios 21:15). Seu prazer não é pessoal, egoísta, prazeres sensuais, porém ele acha prazer em Deus:
13 - Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falares as tuas próprias palavras, 14 - Então te deleitarás no SENHOR, e te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do SENHOR o disse. (Isaías 58:13-14).
Tantos não Cristãos parecem pensar que se tornar um Cristão significa o final de prazer e o começo de uma vida tediosa e sem alegria. O termo “puritano” está longe de ser um cumprimento hoje para qualquer pessoa, porque os Puritanos do passado são considerados um povo sem prazer. Tal caracterização dos Puritanos simplesmente não é verdade.1 Nada poderia estar longe da verdade. Não há alegria como aquela de conhecer a Deus e serví-Lo, nenhuma alegria como aquela de conhecer que nossos pecados foram perdoados e estamos certos com Deus através do sangue derramado de Jesus Cristo. Não há alegria que suporta dor e sofrimento e perseguição como a alegria dos Cristãos, cuja esperança e alegria estão no Senhor, e não nas nossas circunstâncias.
O autor John Piper recentemente abordou o tema do prazer numa forma restauradora a qual recomendo ao leitor. Seu primeiro livro intitulado, Desejando Deus: A Meditação de um Cristão Hedonista; foi seguido do Os Prazeres de Deus, o qual aborda os atributos de Deus. Mais recentemente, ele escreveu um livro intitulado, Deixem as Nações Se Alegrarem: A supremacia de Deus em Missões. Piper algumas vezes tende a contrastar prazer ou alegria com tarefa, quando as duas deveriam ser vistas juntas. Nossa tarefa deveria ser nosso prazer. Contudo, recomendo fortemente os seus escritos como uma fonte de edificação e estímulo para a busca da alegria.
Piper diz algo muito importante sobre alegria ou prazer. Ele insiste que não é errado para o Cristão ter prazer ou procurar prazer; é somente errado procurar prazer no lugar errado. Vamos procurar alegria em Deus e no serviço e adoração a Ele. A alegria do Senhor é a nossa força.
Traduzido por Césio J. de Moura.
1 Recomendo para seu entendimento dos Puritanos o excelente livro de J.I. Packer, A Quest For Godliness, um estudo dos Puritanos que corrige muitas concepções contemporâneas errôneas (Wheaton: Crossway Books, 1990). Também recomendo Worldly Saints, com o sub-título: “The Puritans As They Really Were,” by Leland Ryken (Grand Rapids: Academie Books, 1986).
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Petunjuk, Petunjuk dan lebih banyak Petunjuk
Pernahkan Anda bermaksud pergi ke pertemuan namun ternyata Anda salah alamat? Maksudku, pernahkah Anda berdiri di depan pintu rumah seseorang, membukanya, tanpa rasa bersalah masuk ke dalam hanya untuk mengetahui – bercampur rasa takut- tanpa sadar salah masuk rumah? Bisakah Anda bayangkan bagaimana perasaan tuan rumah saat mereka pasrah melihat orang asing dengan santai dan tenang, tanpa rasa bersalah terganggu masuk ke rumahnya? Bisakah Anda bayangkan betapa merahnya pipimu saat menyadari keadaan yang sesungguhnya?
Baiklah...gereja kami mengadakan jam doa setiap minggu. Jam doa dimulai pada pukul 6 pagi setiap hari Senin di salah satu rumah pengurus gereja. Saat itu pukul 6 pagi di Kanada hari masih gelap (setidaknya sampai bulan Maret). Walaupun begitu, salah seorang teman pergi ke jam doa tersebut, dia sudah pernah ke rumah itu walaupun bisa dihitung dengan jari. Rumah itu terletak di sebuah tempat dimana ada beberapa rumah mempunyai model yang sama. Saat dia tiba pada pukul 5.50 pagi dia memarkirkan mobilnya, keluar, menggosok-gosok matanya yang lelah dan mengantuk, tersandung gundukan salju dan terus melangkah di jalan setapak halaman.
Kemungkinan ada beberapa detail ceritaku ini yang tidak sama persis, tetapi pada dasarnya kejadian itu seperti berikut ini: Temanku menegaskan dia ingat ada mobil yang terlihat berbeda di halaman. Petunjuk #1. “Wow,”katanya pada diri sendiri, “Jordy pastilah membeli mobil baru.” Kemudian dia memperhatikan pintu garasi. Di bawah sinar pagi dia menyadari bahwa warna pintu garasi juga beda! Petunjuk #2, “ya ampun,” omelnya lagi, “Jordy pastilah mengecat pintu garasinya minggu ini! Dia sangat sibuk!” Saat dia melewati garasi dia melihat-lihat sekitar pintu depan dan mencatat bahwa terlihat beda juga. Petunjuk #3. Membuka pintu (tentunya tanpa mengetuk dulu) dan masuk ke teras, dia mencatat dengan agak cerdik bahwa teras juga beda. Petunjuk #4. Setelah melewatkan semua petunjuk ini, termasuk cat yang berbeda dan pajangan gambar di dinding, dia melanjutkan ke petunjuk #bagaimana dengan dapur .. seseorang yang sedang memakai mantel mandi, melotot padanya! Saat itulah mimpinya buyar dan mimpi buruk dimulai. Saya harus mengakui ... ketika mendengar cerita ini saya tidak pernah tertawa sekeras itu sepanjang hidupku!
Kadang-kadang, tidak masalah betapa banyaknya petunjuk berlawanan yang telah diberikan kepada kita, kita masih saja bertahan untuk mempercayai hal yang salah. Dalam budaya saat ini, walaupun Tuhan sudah memberikan banyak petunjuk, kita tetap bertahan dalam keyakinan bahwa Dia tidak ada. Dengan keyakinan absolut bahwa kita membaca “fakta” dengan benar. Padahal kita salah. Masalahnya bukan karena kurangnya petunjuk; persediaan petunjuk selalu banyak sesuai permintaan dunia ini.
Faktanya, kita hidup di jaman dimana informasi sangat banyak, dua kali lipat, bahkan tiga kali lipat petunjuk dalam satu kedipan mata. Setengah waktu yang dihabiskan setiap gelar sarjana sekarang untuk menulis paper hampir sia-sia. Tetapi, orang-orang sekarang kelihatannya lebih bingung dibanding jaman sebelumnya tentang pertanyaan-pertanyaan penting. “Apakah kebahagiaan?” “Apa artinya?” “Mengapakah saya mengandalkan materi?” dan, yang paling penting dari semuanya, “Apakah Tuhan ada?” sepertinya kita membangun sebuah dunia otomatis dimana kita tidak berperan karena kita, dengan sifat alamiah, bukanlah mesin! Dan sepertinya Tuhan juga tidak berperan di dunia ini.
Contohnya ilmu pengetahuan. Beberapa ilmuwan memperdebatkan kalau saat ini hanyalah awal dari ledakan ilmu pengetahuan, dengan kata lain, kita berada pada masa-masa awal kebanjiran petunjuk dari Tuhan, yang akan menunjukkan jalan kita. Tentu saja, banyak ilmuwan itu tidak percaya Tuhan melakukan segalanya dengan petunjuk, tetapi itulah poin dari ceritaku di atas.
Meskipun demikian, dalam banyak hal dan dibandingkan dengan tahun terakhir, bidang astrofisika dan matematika-dua bidang yang terhubung dengan erat, satu dengan yang lainnya-menunjukkan kemajuan yang pesat dalam petunjuk ilmiah yang berubah dari model evolusioner menuju desainer.
Pada umumnya astrofisikawan sekarang sepakat bahwa pusat alam semesta yang sebenarnya tidak dapat diketahui, namun dunia memiliki awal yang nyata dan terbatas. Hal ini disebabkan sejumlah besar penelitian inovatif Albert Einstein, fisikawan Jerman terkenal dan teori relativitas umum dan khusus. Kemudian fisikawan seperti Stephen Hawking mengembangkan persamaan Einstein tidak hanya memasukkan materi dan energi, tetapi juga ruang dan waktu. Jadi Einstein membuka pintu dan membuka jalan bagi studi teori medan terpadu.
Studi baru-baru ini yang dilakukan pada akhir tahun 1990 menunjukkan bahwa empat kekuatan fisika (yaitu electromagnetik, kekuatan nuklir kuat dan lemah, dan gravitasi) dapat disatukan. Pada awalnya, teori supersymmetry menunjukkan elektromagnetik dan kekuatan nuklir kuat dan lemah dapat disatukan. Studi tersebut tidak memasukkan gravitasi untuk diintegrasikan ke dalam model. Hal ini terjadi pada tahun 1994, ketika terobosan dalam matematika dan ilmu pengetahuan, gravitasi ditambahkan ke teori medan terpadu dengan cara yang konsisten. Salah satu kemajuan yang paling signifikan dalam pemikiran yang membuat penemuan ini mungkin adalah ide tentang kemungkinan adanya dimensi yang lebih banyak daripada empat dimensi yang telah ada. Teori terpadu dengan pemahamannya dari “rangkaian” dan “lubang hitam bermassa” masuk akal dalam alam sepuluh dimensi.1
Teologis terkenal/dokter albert Schweitzer membuat kesimpulan mengenai situasi kita dengan sangat baik: “saat kita memperoleh pengetahuan, semua hal tidak menjadi lebih mudah dipahami, tetapi lebih misterius.” Lebih sedikit pernyataan membuktikan lebih sedikit ramalan.
Jadi masalahnya bukanlah kekurangan petunjuk tentang keberadaan Tuhan. Tetapi, semua hal, tidak diragukan lagi akan menyebabkan kebingungan sampai kita menyadari telah membaca petunjuk yang salah sehingga kita berada di jalan yang salah ke rumah yang salah. Berbagai aliran ateisme didukung karena mereka oleh beberapa versi evolusi (dan alasan lainnya) akan selalu membawa kita ke alamat yang salah. Saatnya bangun dari mimpi, jangan sampai berubah menjadi mimpi buruk!
Menurutku kita meletakkan Tuhan di antara sebuah batu dan tempat yang sulit. Jika Dia muncul dengan penampilan yang mempesona (dan itu pasti akan terjadi suatu hari nanti ), kita akan berteriak: “tidak adil!” “tidak adil!” “Dia memaksa kita!” tetapi saat Dia memberikan petunjuk di sini, di sana, dan di mana saja, kita menjerit: “informasinya terlalu sedikit Tuhan!” “informasinya kurang!” Saya mulai bertanya-tanya, dalam kasus temanku yang pergi ke jam doa, masalahnya bukanlah kualitas dan banyaknya pertanda, tetapi masalahnya adalah kita!
Sekarang saya menyadari bahwa ada perbedaan di antara aliran ketuhanan dasar, aliran kekristenan, dan keyakinan bahwa Allah dengan jelas telah menyatakan diriNya di dalam dan melalui Yesus Kristus. Tetapi jika Anda adalah salah satu dari orang-orang yang percaya bahwa ada banyak petunjuk, karena itu, jangan biarkan orang-orang yang tidak percaya mencabut imanmu kepada Tuhan.
Selanjutnya, jika Anda percaya pada Tuhan, Satu-satunya dan hanya Dia Yang Mahatinggi yang menciptakan seluruh alam semesta, maka saya mendorong Anda untuk mempertimbangkan pengenalan akan Yesus Kristus. Untuk sementara “mengenal Allah melalui ciptaannya” adalah langkah awal dari perjalanan yang menakjubkan, Anda hanya setengah perjalanan di sana. Anda membutuhkan penerbangan yang membawa Anda semua menuju ke kota suci.
Sekali lagi, kita belajar tentang kuasa Allah, hikmat, dan kecukupan diri dalam ciptaan, meskipun begitu kita juga belajar tentang kasihNya, belas kasih, dan kasih karunia melalui Yesus Kristus (kebaikanNya, salib dan kebangkitanNya) – dua hal, sebagaimana, menurut cerita Allah yang mengagumkan tentang diri-Nya dan ciptaan-Nya. Ketika Allah memberikan kedua hal itu bagi kita, selaput di mata kita terbuka dan visi 3-Dimensi dipulihkan. Allah yang saya lihat melalui ciptaanNya adalah juga Allah yang mati dan bangkit kembali ... dan sekarang wajahnya saya lihat di dalam Yesus.
Yesus memperkenalkan dirinya sebagai Allah, menerima pujian sebagai Allah, dan juga melakukan pekerjaan-pekerjaan Allah. Dari ciptaanNya kita belajar kuasa Allah, tetapi dalam Yesus kita belajar bahwa Tuhan memiliki wajah dan sebuah nama. Singkatnya, kita belajar bahwa Dia selalu memikirkan kita dan karenanya Dia ingin kita mengenalNya, bahkan sampai ke titik dimana Dia memberikan hidupNya untuk menyelamatkan orang-orang yang kita kasihi.
Apakah Anda mau mengambil resiko dan mengejar sebuah hubungan dengan sang Pencipta melalui Yesus Kristus? Yesus berkata. “Datanglah kepadaKu semua yang lelah dan berbeban berat dan Aku akan memberikan kelegaan kepadaMu” (Matius 11:28). Dia juga mengatakan, “Akulah jalan, dan kebenaran dan hidup. Tidak seorangpun yang sampai kepada Bapa kalau tidak melalui Aku”(Yoh 14:6). Sekarang saatnya untuk memutuskan membaca petunjuk dengan benar dan menemukan rumah yang tepat. Dia menunggu disana...
1 See Hugh Ross, Beyond the Cosmos, rev. ed. (Colorado Springs: NavPress, 1999), 27-46.
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Teologia Homossexual
O Pecado de Sodoma - Gênesis 19
Será que a Bíblia condena a homossexualidade? Durante centenas de anos a resposta parecia óbvia; contudo, nas últimas décadas, os comentaristas pró-homossexualismo têm tentado reinterpretar relevantes passagens bíblicas. Nesta discussão, daremos uma olhada em sua exegese.
A primeira referência à homossexualidade na Bíblia encontra-se em Gênesis 19. Nesta passagem, Ló hospeda dois anjos que vão à cidade investigar os pecados de seus habitantes. Antes de Ló e seus hóspedes irem dormir, todos os homens da cidade (de todas as partes de Sodoma) cercam a casa e mandam Ló levar os homens (anjos) para fora para que possam “conhecê-los” (ARC)1. Historicamente, sempre foi aceito pelos comentaristas que a palavra hebraica para “conhecer” significasse que os homens da cidade queriam fazer sexo com os visitantes.
Mais recentemente, defensores do homossexualismo argumentam que a história de Sodoma foi mal interpretada pelos comentaristas bíblicos. Segundo eles, os homens daquela cidade só queriam realmente conhecer os recém-chegados. Ou estavam ansiosos para estender-lhes a hospitalidade do Oriente Médio ou queriam interrogá-los para se assegurar de que não eram espiões. Em ambos os casos, afirmam, a passagem nada tem a ver com homossexualidade. Eles dizem que esse não era o pecado de Sodoma, mas sim a falta de hospitalidade.
Uma das chaves para o entendimento da passagem é a tradução correta da palavra hebraica para “conhecer”. Comentaristas pró-homossexuais mostram que ela pode significar tanto “familiarizar-se com” como “ter intercurso sexual com”. Na verdade, a palavra aparece mais de 943 vezes no Antigo Testamento e, em apenas 12, tem o significado de “intercurso sexual”. Por isso, eles concluem que o pecado de Sodoma não tinha nada a ver com homossexualidade.
O problema com esse argumento é o contexto da passagem. Estatísticas não são o mesmo que exegese. Só a contagem de uma palavra não deve ser o único critério para compreensão do seu significado. E, mesmo usando-se a contagem estatística, o argumento não se aplica. Das 12 vezes em que “conhecer” é usado no livro de Gênesis, em 10 tem o significado de “intercurso sexual”.
Em segundo lugar, o contexto não sustenta a interpretação de que os homens de Sodoma só queriam se familiarizar com os estrangeiros. Observe que Ló resolve oferecer suas duas filhas no lugar deles. Ao ler a passagem, é possível sentir o pânico que toma conta dele enquanto insensatamente oferece as filhas virgens em lugar dos estrangeiros. Essa não é a reação de um homem ao pedido de uma multidão que só quer conhecer seus hóspedes.
Observe ainda que Ló descreve suas filhas como mulheres que “ainda não conheceram” varão. Obviamente isso envolve intercurso sexual e não “familiaridade”. É pouco provável que o primeiro uso da palavra “conhecer” seja diferente do segundo. Nas duas vezes ela deve ser traduzida como “intercurso sexual”. Essa é a única opção consistente com a passagem.
Finalmente, Judas 7 nos dá um comentário sobre Gênesis 19. A referência do Novo Testamento afirma que o pecado de Sodoma envolvia imoralidade e seguir após outra carne. A expressão “outra carne” pode implicar homossexualismo ou bestialidade (relação com animais) e dar outras evidências de que o pecado de Sodoma não era falta de hospitalidade, mas sim homossexualidade.
Ao contrário do que dizem os comentaristas pró-homossexuais, Gênesis 19 é uma clara condenação da homossexualidade. A seguir, daremos uma olhada em outro conjunto de passagens do Antigo Testamento que tratam dessa questão.
A Lei Mosaica - Levítico 18, 20
Agora, vejamos a lei mosaica. Duas passagens de Levítico chamam homossexualidade de abominação. Levítico 18:22 diz: “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação.”, e Levítico 20:13, “Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável.” A palavra “abominação” é usada cinco vezes em Levítico 18 e é uma expressão muito forte de desaprovação, implicando em algo odioso a Deus. Comentaristas bíblicos veem esses versículos como uma extensão do sétimo mandamento. Embora não sejam uma lista completa de pecados sexuais, eles representam as práticas mais comuns das nações ao redor de Israel.
Comentaristas pró-homossexuais têm muita dificuldade com essas passagens relativamente simples das Escrituras, mas em geral dão uma das respostas a seguir. Alguns dizem que esses versos aparecem no código de Santidade de Levítico e se aplicam só aos sacerdotes e à pureza cerimonial. Portanto, de acordo com essa perspectiva, são proibições de ordem religiosa, não moral. Outros dizem que as proibições se aplicam só ao contexto teocrático do Antigo Testamento, não sendo relevantes para os nossos dias. Eles sugerem que, se os cristãos quisessem ser coerentes com o código de leis do Antigo Testamento, também deveriam deixar de comer carne malpassada, vestir roupas de tecido misto e ter relações conjugais durante o período menstrual.
Em primeiro lugar, seriam tais passagem aplicáveis somente à pureza cerimonial e não à pureza moral? Parte do problema está em se distinguir as duas coisas. Sacerdotes deveriam ser modelo de comportamento moral dentro dos rituais cerimoniais. Pureza moral e pureza cerimonial não podem ser separadas, especialmente quando se discute a questão da sexualidade humana. Sustentar esse tipo de distinção implicaria que pecados como o adultério não seriam imorais (considere Levítico 18:20), ou que a bestialidade (sexo com animais) seria moralmente aceitável (observe Levítico 18:23). O segundo argumento diz respeito à relevância da lei em nossos dias. Poucos cristãos hoje preparam seus alimentos de acordo com os preceitos judaicos ou recusam-se a usar roupas feitas com mais de um tecido. Acredita-se que essas leis do Antigo Testamento não tenham mais sentido. De modo semelhante, comentaristas pró-homossexuais dizem que as admoestações veterotestamentárias contra a homossexualidade também não são mais relevantes em nossos dias. Um problema prático com esse argumento é que outras questões além do homossexualismo teriam também de ser consideradas moralmente aceitáveis. A extensão natural do argumento seria a admissão do sexo com animais e o incesto como moralmente aceitáveis, uma vez que tais proibições estão junto com a proibição da prática homossexual. Se a lei mosaica é irrelevante para o homossexualismo, é irrelevante também para o sexo com animais ou com crianças.
Mais especificamente, dizer que a lei mosaica já foi cumprida não significa que Deus não tenha leis ou códigos morais para a humanidade. Mesmo a lei cerimonial não estando mais em vigor, a lei moral permanece. O Novo Testamento fala da “lei do Espírito” (Romanos 8:2) e da “lei de Cristo” (Gálatas 6:2). Não se pode dizer que algo que era pecado sob a lei não seja pecado sob a graça. As leis cerimoniais a respeito de comer ou vestir não se aplicam mais, mas as leis morais (especialmente as estabelecidas na ordem da criação de Deus para a sexualidade humana) continuam. Além disso, proibições contra o homossexualismo também são encontradas no Novo Testamento, conforme veremos a seguir, ao considerarmos outras passagens reinterpretadas por comentaristas pró-homossexuais.
Passagens do Novo Testamento
Em nossa análise dos ensinamentos do Antigo Testamento a respeito da homossexualidade, vimos que Gênesis 19 mostra que os homens de Sodoma procuravam os estrangeiros para fazer sexo com eles, não só para conhecê-los ou oferecer-lhes a hospitalidade do Oriente Médio. Vimos também que determinadas passagens de Levítico condenam claramente a homossexualidade e são relevantes ainda hoje. Essas proibições não eram somente para a teocracia veterotestamentária, mas são princípios morais ligados ao comportamento e à conduta humana de nossos dias.
Neste ponto iremos considerar algumas passagens do Novo Testamento que tratam da homossexualidade. As três passagens-chave são: Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-10 e 1 Timóteo 1:10. Das três, a mais importante é a de Romanos, pois trata da homossexualidade dentro de um contexto cultural maior.
“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” (Romanos 1:26-27)
Aqui o apóstolo Paulo define a culpa do mundo gentio diante de um Deus santo, e ressalta a arrogância e a luxúria do mundo helênico. Ele diz que eles se afastaram da verdadeira adoração a Deus para que “Deus os entregasse a paixões infames”. Ao invés de seguir os ensinamentos do Senhor, eles “detiveram a verdade pela injustiça” (Romanos 1:18) e adotaram paixões que desonram a Deus.
A outra passagem é 1 Coríntios 6:9-10: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” Comentaristas pró-homossexuais usam o argumento do “abuso”, indicando que Paulo só está se referindo a criminosos homossexuais. Em outras palavras, eles dizem que o apóstolo está condenando o abuso homossexual, não o comportamento homossexual responsável. Em essência, esses comentaristas estão sugerindo que Paulo está pedindo moderação, não abstinência. Embora essa possa ser uma interpretação razoável para beber vinho (não vos embriagueis), dificilmente se aplica aos outros pecados relacionados em 1 Coríntios 6 ou em 1 Timóteo 1. Estará Paulo pedindo também adultério ou prostituição responsáveis? Existe essa coisa de roubo ou fraude moral? É óbvio que isso derruba o argumento. As Escrituras nunca desculparam o sexo fora do casamento (sexo antes casamento, sexo extraconjugal, sexo homossexual). Deus criou homem e mulher para a instituição do casamento (Gênesis 2:24). Homossexualidade é uma violação da ordem da criação, e Deus claramente a condena como algo antinatural e contra o mandamento ordenado. Como vimos até aqui, há passagens tanto no Antigo como no Novo Testamento que condenam a homossexualidade.
“Deus Me Fez Gay” - Parte 1
Agora é preciso considerar a reivindicação feita por muitos homossexuais: “Deus me fez gay”. Será verdade? Existe fundamento biológico para a homossexualidade? No restante deste estudo iremos examinar as evidências geralmente citadas. Simon LeVay (neurocientista do Instituto Salk) tem afirmado que homossexuais e heterossexuais têm uma diferença marcante em sua estrutura cerebral. Em 1991, ele estudou 41 cadáveres e descobriu que uma parte específica do hipotálamo (a região que governa a atividade sexual) dos homossexuais é consistentemente menor que a dos heterossexuais. Portanto, ele argumenta que existe um componente fisiológico distinto para a orientação sexual. No entanto, há inúmeros problemas com esse estudo. Primeiro, havia uma variação considerável no tamanho da região do hipotálamo. Em alguns homossexuais, a região era do mesmo tamanho que nos heterossexuais, e em alguns heterossexuais, a região era pequena como a de um homossexual.
Segundo, é aquela coisa do ovo e da galinha. Quando há uma diferença na estrutura cerebral, ela é resultado da orientação sexual ou é sua causa? Pesquisadores descobriram, por exemplo, que quando uma pessoa cega começa a aprender Braille, a região do cérebro que controla o dedo de leitura realmente se torna maior. Terceiro, Simon LeVay posteriormente teve de admitir que não conhecia a orientação sexual de alguns cadáveres do estudo. Ele admitiu não saber ao certo se alguns heterossexuais eram mesmo heterossexuais. Tendo em vista alguns indivíduos identificados como “heterossexuais” terem morrido de AIDS, os críticos levantaram dúvidas sobre a exatidão do estudo.
Em dezembro de 1991, Michael Bailey e Richard Pillard publicaram um estudo sobre homossexualidade em gêmeos. Eles fizeram um levantamento com homens homossexuais a respeito de seus irmãos e encontraram dados estatísticos que acreditaram ser a prova de que a orientação sexual é biológica. Dos homossexuais com gêmeo idêntico, em 52% o gêmeo também era gay; vinte e dois por cento dos que tinham gêmeo fraterno disseram que o gêmeo era gay, e apenas onze por cento de quem tinha irmão adotivo disse que o irmão também eram homossexual. Eles atribuíram essas diferenças às diferenças no material genético compartilhado.
Embora esse estudo também seja apontado como prova da base genética para a homossexualidade, há alguns problemas significativos. Primeiro, a teoria não é nova. Ela foi proposta pela primeira vez em 1952. Desde aquela época, três estudos de pesquisas chegaram a conclusões diferentes. Portanto, as conclusões do estudo Bailey-Pillard devem ser consideradas à luz dos outros estudos contrários. Segundo, a maioria das matérias publicadas não menciona que apenas nove por cento dos irmãos não gêmeos de homossexuais eram homossexuais. Gêmeos fraternos não compartilham mais material genético do que irmãos não gêmeos; no entanto, homossexuais têm mais do dobro de probabilidade de compartilhar sua orientação sexual com um gêmeo fraterno do que com um irmão não gêmeo. Seja qual for a razão, a resposta não pode ser genética.
Terceiro, por que quase todos os gêmeos idênticos de homossexuais também não são homossexuais? Em outras palavras, se a biologia é determinante, por que quase metade dos gêmeos idênticos não é homossexual? O Dr. Bailey admitiu que “deve ser alguma coisa no meio ambiente que causa gêmeos discrepantes”. E esse é exatamente o ponto; existe alguma coisa (talvez tudo) no meio ambiente que explica a orientação sexual. Estes são dois estudos usualmente citados como prova de uma base biológica para a homossexualidade. A seguir, vamos considerar um terceiro estudo frequentemente citado como prova da alegação “Deus me fez gay”.
“Deus Me Fez Gay” - Parte 2
Agora vamos ver outro estudo frequentemente citado como prova dessa alegação. Muitas vezes ele é chamado de estudo do “gene gay”. Em 1993, uma equipe de pesquisadores liderados pelo Dr. Dean Hamer anunciou as descobertas “preliminares” de uma pesquisa sobre a ligação entre homossexualidade e herança genética. Em uma amostra com 76 homens homossexuais, os pesquisadores descobriram uma incidência significativamente maior de homossexualidade entre os parentes masculinos (irmãos, tios) do lado materno. Isso sugeria uma possível herança genética ligada ao cromossomo X. Em um estudo seguinte com quarenta pares de irmãos homossexuais, descobriu-se que trinta e três deles tinham a mesma variação numa pequena seção do cromossomo X. Embora esse estudo tenha sido divulgado pela imprensa como prova da descoberta de um “gene gay”, foram levantadas algumas das mesmas preocupações relativas aos dois estudos anteriores. Em primeiro lugar, as descobertas envolvem uma amostra de dimensões limitadas e, portanto, são incompletas. Até mesmo os pesquisadores reconheceram que as descobertas eram “preliminares”. Além da dimensão da amostra ser pequena, não foram feitos testes de controle para irmãos heterossexuais. Outro problema importante levantado pelos críticos do estudo foi a falta de investigação suficiente nos históricos sociais das famílias envolvidas.
Segundo, similaridade não prova causa. Só porque trinta e três pares de irmãos homossexuais partilham uma variação genética não quer dizer que essa variação cause a homossexualidade. E quanto aos outros sete pares que não apresentaram a variação, mas eram homossexuais?
Finalmente, o viés da pesquisa pode ser novamente um problema. Tanto o Dr. Hamer quanto pelo menos um dos membros da sua equipe são homossexuais. Ao que parece, isso foi mantido longe da imprensa e só revelado posteriormente. Acontece também que o Dr. Hamer não é apenas um observador objetivo. Ele se apresenta como perito em homossexualidade, e declara ter esperanças de que sua pesquisa venha a amenizar o sentimento de culpa dos homens por sua homossexualidade.
A propósito, esse é um problema em todos os estudos mencionados. Por exemplo, o Dr. Simon LeVay disse que foi levado a estudar as raízes fisiológicas latentes da homossexualidade após seu amante homossexual ter morrido de AIDS. Ele até admitiu que, se não conseguisse encontrar uma causa genética para ela, ele poderia abandonar completamente a ciência. Posteriormente, ele fez exatamente isso, mudando-se para West Holywood e abrindo um pequeno “centro de estudos” não credenciado sobre homossexualidade.
Cada um desses estudos à procura de causas biológicas para a homossexualidade tem suas falhas. Significa isso que não há fator fisiológico para ela? De modo algum. Na verdade, provavelmente é muito cedo para se dizer algo conclusivo. Talvez os cientistas realmente descubram uma clara predisposição biológica para a orientação sexual. Mas predisposição não significa determinação. Algumas pessoas podem herdar uma predisposição para a raiva, a depressão ou o alcoolismo, sem, contudo, tais comportamentos serem aceitáveis. E, mesmo que se prove que a violência, a depressão ou o alcoolismo sejam inatos (determinados pelo material genético), seria possível serem aceitos como normais e deixarem de ser tratados? É claro que não. A Bíblia tem ensinamentos claros a esse respeito. E, da mesma forma, a Bíblia tem ensinamentos claros a respeito da homossexualidade.
Em nossa discussão neste artigo, analisamos várias alegações de comentaristas pró-homossexuais e descobrimos que todas são falhas. Ao contrário do que eles afirmam, a Bíblia não apoia a homossexualidade.
Tradução: Mariza Regina de Souza
© 1997 Probe Ministries International
The original version of this article is found at www.probe.org/site/c.fdKEIMNsEoG/b.4219039/k.F893/Homosexual_Theology.htm. Articles and answers on lots of topics at Probe.org.
1 Versão Almeida Revista e Corrigida
Related Topics: Theology, Apologetics, Cultural Issues, Homosexuality, Lesbianism
La Revue Internet Des Pasteurs, Fre Ed 6, Edition de l’hiver 2013
Sous la direction du
Dr Roger Pascoe,
Président de l’Institut pour la Prédication Biblique
Cambridge, Ontario, Canada

Renforcer les capacités de l’Eglise dans la prédication biblique et le leadership
1ère Partie : Le Message Que Nous Prechons : La Verite Au Sujet Du Christ (1 Tim. 3:14-16)
Dans la parution d’automne 2012 de la Revue Internet des Pasteurs, j'ai traité dans la première partie du « message que nous prêchons.» Je voudrais continuer ce sujet dans la présente édition. Il ya deux thèmes fondamentaux sur lesquels nous prêchons - (1) nous prêchons le message de la croix (voir la parution de l’automne 2012), et (2) que nous prêchons la vérité au sujet du Christ.
Ce dont les gens ont besoin plus que toute autre chose aujourd'hui, c'est «la vérité». Il ya tellement de voix dans le monde qui prétendent toutes connaître et enseigner la vérité, mais elles se contredisent les unes les autres. Même dans nos communautés chrétiennes, des théologies et pratiques nouvelles font constamment surface, chacune revendiquant une vérité nouvelle ou une nouvelle interprétation de la vérité. Quoi de plus normal que les gens soient confus au sujet de ce qu'il faut croire. En fait, ils se demandent s'il est même possible de connaître la vérité. Mais Jésus leur dit: vous connaîtrez la vérité, et la vérité vous affranchira (Jn 8:32). Il a également dit: «Je suis le chemin, la vérité et la vie» (Jn 14:6). C’est certainement la raison pour laquelle la vérité est si contestée - parce que le monde ne veut pas de Christ, qui est la Vérité.
Mais, c'est la vérité au sujet de Jésus Christ qui change le monde. Les gens autour de nous ont besoin d'entendre la vérité à son sujet. Et ils ne peuvent l'entendre que si nous le prêchons.
Dans 1 Tim. 3:14-16, l'apôtre Paul décrit les vérités fondamentales au sujet du Christ que nous prêchons. Dans ce passage, Paul donne instruction à Timothée sur l’ordre à maintenir dans l'église. Son argument est que la tâche de l'Église est de rendre manifeste la vérité dans notre conduite et notre confession (message). Ce que nous faisons et ce que nous disons doit être conforme à la nature de l'Eglise et au message de l'église. L'église doit être disciplinée et ordonnée, sous l’autorité du Christ, soumise à ses responsables d'église, conforme à la vérité.
Remarquons d'abord que, dans ce passage NOTRE CONDUITE EST RÉGIE PAR LA NATURE DE L'ÉGLISE. « Je t’écris ces choses … afin que tu saches, si je tarde, comment il faut se conduire dans la maison de Dieu. »(14). «Ces choses» réfèrent à ce que Paul écrit à propos de l'ordre dans la maison de Dieu – la prière (2:1-7), le rôle des hommes et des femmes dans l’adoration publique (2:8-15), et les qualifications morales et spirituelles des anciens et des diacres (3:1-13). Après avoir écrit à propos de «ces choses», il donne une exhortation générale à propos (1) de la nature de l'église (3:14-15) et (2) du message de l'Eglise (16).
La nature de l'Église, c'est qu'elle est la «maison de Dieu» (15a). C'est le lieu où Dieu habite avec son peuple. Ce n'est pas une institution, mais une famille. Ce n'est pas un bâtiment, mais un foyer (cf. Eph. 2:18-22). La maison de Dieu doit être régie par une bonne conduite. Nous ne pouvons pas agir comme bon nous semble dans la maison de Dieu. Nous devons respecter un certain de principes moraux, avoir des convictions spirituelles et des pratiques ordonnées qui soient dignes de la maison de Dieu et conformes à la nature de Dieu. Ainsi, l’adoration publique doit avoir certaines caractéristiques, les responsables d’églises doivent avoir certaines qualifications, et la vérité doit être fidèlement enseignée et défendue, parce que l'Eglise est «la maison de Dieu».
La maison de Dieu est par nature «l'Eglise du Dieu vivant» (15b). Ce n'est pas un lieu de culte aux idoles inertes de bois et de pierre, mais le lieu où le Dieu vivant est présent au milieu de son peuple. Elle est l’«habitation de Dieu en Esprit» (Éphésiens 2:22; cf.1 Thess. 1:9-10; Actes 14:15). Car, Dieu «n’habite point dans des temples faits de main d’homme», mais au milieu de son peuple qui est «le temple du Dieu vivant» (Actes 17:24 f., 2 Cor. 6.16). Lorsque nous nous réunissons en tant que congrégation pour adorer Dieu, nous donnons une expression concrète et visible de cette présence du Dieu vivant et puissant au milieu de nous (1 Cor. 14:25) par la façon dont nous prions, par les chants et cantiques que nous chantons, par notre lecture de l'Écriture, notre prédication de la Parole, par nos services de communion, nos services de baptême, et notre fraternité. Et nous communiquons Sa présence à travers l'évangélisation et la mission dans notre communauté et dans le monde.
Parce que Dieu est vivant et présent au milieu de nous dans sa maison, nous devons nous comporter selon ses normes, car nous sommes sous son regard et soumis à son jugement.
Non seulement la maison de Dieu est par nature «l'Eglise du Dieu vivant», mais elle est aussi «la colonne et l'appui de la vérité» (15c). Peut-être Paul a-t-il utilisé l'image de la colonne parce qu’il savait que l'église d'Ephèse ferait certainement le lien avec le magnifique temple de la déesse Diane dans leur ville, avec ses 127 colonnes de marbre, constellé de joyaux et recouvert d'or. Parfois, nous faisons référence à une personne comme étant un pilier dans la société, autrement dit, un exemple remarquable de ce que devrait être un citoyen. De même, nous dit Paul, l'église est la colonne de la vérité. Tout comme une colonne soutient et élève ce qui est au-dessus, l'Eglise soutient et élève la vérité pour que tous la voient et l’entendent. Les bâtiments publics sont souvent connus pour leurs impressionnantes colonnes qui sont sensé symboliser le caractère de l'édifice et ce qu'il représente – sa permanence, son autorité et son pouvoir (par exemple le palais de justice, la maison du parlement, la cathédrale). De même, l'Église doit être une impressionnante représentation de la vérité de Dieu - sa permanence, son autorité et son pouvoir. Comme une colonne, l'église élève la vérité de Dieu pour que tous puisse la voir et l'entendre.
La maison de Dieu est par nature (1) « l'Eglise du Dieu vivant», (2) «la colonne de la vérité», et (3) «l’appui de la vérité.» Tout comme une fondation soutient la structure d'un édifice pour lui donner de la stabilité, de la force et des bases solides, l'église est «l’appui de la vérité » nous dit Paul. L'église est la structure d’appui inamovible qui soutient la vérité lorsqu’elle est attaquée ; c’est elle qui protège la vérité lorsqu’elle est mise à l’épreuve par de faux enseignants ; et c’est elle qui fournit le terrain solide sur lequel la vérité repose en toute sécurité.
Ainsi, l'église est à la fois la colonne et le fondement de la vérité - la colonne au-dessus du niveau du sol et le fondement en-dessous. En tant que colonne de la vérité, l'église reflète la vérité d'en haut (du toit), en l'exposant, en l'enseignant, en le prêchait publiquement, et en évangélisant activement les nations. En tant que fondement de la vérité, l'Eglise soutient la vérité par en bas en suivant ses directives, en lui obéissant, et en la manifestant (Col. 3:12-17) comme autorité suprême en matière de foi et de conduite. L’Eglise soutient la vérité en l’étudiant, en l’enseignant, en l’expliquant (2 Tim. 2:15), en l’affirmant et en la protégeant (Phil. 2:16). L'église est la pierre de fondation sur laquelle repose la vérité.
Ainsi donc, en tant que colonne de la vérité, l'église est visible, majestueuse, glorieuse, publique, proclamatrice effrontée de la vérité. En tant que fondement de la vérité, l’église est la gardienne forte et solide de la vérité ; elle est l’alliée de la vérité qui ne vacille pas et qui ne change pas. Telle est la réalité sur laquelle nous nous tenons et que nous défendons. Et cela requiert un certain code de conduite – une conduite qui corrobore notre message. Après tout, nous sommes la maison de Dieu; nous portons sa nature et son caractère, nous sommes sa présence dans le monde. Notre conduite est régie par la nature de l'Église, c’est ce qui élève la bannière de la vérité comme une colonne glorieuse et qui soutient la vérité comme une fondation solide.
Ainsi, l'apôtre Paul dit que notre conduite est régie par la «nature» de l'église, et, notez aussi, dit-il, que NOTRE MESSAGE EST REGIE PAR LA VERITE SUR LE CHRIST. Le message de l'Eglise est appelée «la vérité» dont l'église est la «colonne» et le «fondement». «La vérité» : voici notre confession de foi commune, la base non négociable et la substance de notre foi chrétienne. La vérité est le fondement sur lequel repose l'église chrétienne et la colonne qui soutient le message chrétien. C'est notre credo en d’autres termes – c’est ce que nous confessons dans notre prédication, notre enseignement, nos chants, nos prières, nos témoignages.
La vérité, c'est le grand mystère concernant la piété. « Sans contredit, le mystère de la piété est grand» (16). «La piété» est la principale caractéristique de la vie et de la conduite chrétienne. Elle est la manifestation de Dieu dans notre conduite (v. 14-15) et dans notre confession (v. 16) – autrement dit, dans ce que nous faisons et ce que nous disons. Il s'agit d'un comportement propre à ceux qui défendent «la vérité». La foi chrétienne est un «grand mystère», dit Paul, parce que, bien qu'elle ait été révélée dans les siècles passés, c’est seulement maintenant, à notre ère de grâce qu’elle est devenue une réalité visible, tangible, intelligible en Christ (Eph. 3:1-7). Le «mystère» c’est que Dieu s'est manifesté en Christ. Jésus-Christ nous a parfaitement et pleinement révélé ce qui était autrefois obscur - à savoir, la nature et le caractère de Dieu. En Lui, nous connaissons Dieu. Il est l'image du Dieu invisible, l’empreinte exacte de la personne de Dieu (cf. Heb. 1.3). Jésus-Christ est Dieu.
Ainsi, en Jésus, nous voyons «la piété» manifestée et en Lui nous sommes transformés en ce que Dieu veut que nous soyons. En Jésus Christ, le «mystère de la piété» est rendu évident. « La piété» et «la vérité» ont tous deux été parfaitement manifestées par le Christ. Sa vie exemplaire est notre modèle pour la vraie piété. La vérité est intrinsèquement la vérité sur le Christ, qui est la Vérité et en qui Dieu est pleinement révélé. Ainsi, le «mystère de la piété» est parfaitement révélé en Jésus et se trouve au centre de la conduite de l'église et de sa confession (message) de la vérité. La vérité que l'Église confesse et défend est l'Évangile, le mystère de la piété, qui est maintenant révélé en Christ au travers de sa personne, sa vie, sa mort et sa résurrection. La piété est enracinée dans notre connaissance et notre imitation du Christ. Dieu est connu pleinement dans le Christ, et c’est ce fait qui nous permet d’apprendre la piété.
Ainsi, l'église se définie par rapport à sa relation avec Jésus-Christ et à sa confession du Christ. Quelle vérité au sujet du Christ est-elle qui est au cœur du message chrétien? Notre message est au sujet de l'incarnation du Christ. Dieu « a été manifesté en chair» (16a). Christ n'a pas commencé à exister au moment de son incarnation. Il a toujours existé éternellement. Et, en venant sur terre, il s'est volontairement vidé de ses droits et privilèges divins pour devenir pleinement humain sans céder ni compromettre sa pleine divinité (Phil. 2:6-8; Héb. 2.14.). C'est ainsi que Dieu s'est manifesté à nous. Sinon Dieu serait toujours un mystère pour nous. Notre compréhension de Dieu serait à jamais voilée, obscure et limitée à ce que nous voyons comme preuves de Dieu dans la création et dans notre conscience. Mais grâce à cette autorévélation de Dieu en Christ, nous le connaissons de façon personnelle, intime, et rédemptrice. «Et la parole a été faite chair, et elle a habité parmi nous, … et nous avons contemplé sa gloire, une gloire comme la gloire du Fils unique venu du Père » nous dit Jean (Jn 1.14). Celui qui a dit «Je suis la vérité», nous a révélé la vérité sur Dieu car Il est Dieu, Il est l'Emmanuel, «Dieu avec nous», car Il a été envoyé par Dieu pour nous faire connaître Dieu.
«Dieu a été manifesté en chair.» Il est né d'une vierge par l'Esprit Saint ; il a pris la nature humaine en plus de sa nature divine et a habité parmi nous, s’identifiant à nous dans nos circonstances et notre fragilité humaine. Car, «il a dû être rendu semblable en toutes choses à ses frères, afin qu’il fût un souverain sacrificateur miséricordieux et fidèle dans le service de Dieu, pour faire l’expiation des péchés du peuple ; car, ayant été tenté lui-même dans ce qu’il a souffert, il peut secourir ceux qui sont tentés. » (Hébreux 2:17). L'apôtre Jean dit: Celui que nous avons vu, entendu et touché est celui que nous vous annonçons (1 Jn. 1:1-3).
Notre message est régi par la vérité au sujet du Christ - d'une part, la vérité sur l'incarnation du Christ («Dieu a été manifesté dans la chair»), et d'autre part, la vérité sur la justification en Christ. « Le Christ a été justifié par l’Esprit » (16b). Etre «justifié» signifie être déchargé d’une accusation, être justifiée par des éléments de preuve ou un argument, être défendu contre l'opposition. Si la manifestation du Christ dans la chair parle de son humanité, sa justification par l'Esprit parle de sa divinité. Il a été justifié par l'Esprit lors de son baptême quand l'Esprit l’a oint pour le ministère. Il a été justifié par l'Esprit à travers ses œuvres quand il a accompli des miracles par la puissance de Dieu. Il a été justifié par l'Esprit à sa résurrection d'entre les morts (Rom. 1:4; 8:11; Eph. 1:20). Ce fut une justification complète, une preuve de qu’il disait être et qu’il est vraiment : l’homme-Dieu sans péché, parfait. C’était une confirmation totale de sa parfaite droiture, une pleine acceptation de son sacrifice parfait, une preuve irréfutable du fait qu'il était Dieu manifesté dans la chair.
Ainsi donc, notre message est au sujet de l'incarnation du Christ – du fait qu'il a été manifesté dans la chair et justifié par l'Esprit. Maintenant, remarquez également que notre message est le témoignage au sujet de Christ. Tout d'abord, il y avait le témoignage des anges au sujet du Christ - «Le Christ a été vu des anges» (16c). Celui qui est descendu plus bas que les anges par la souffrance de la mort (Hébreux 2:9) a été observé par ceux-ci. Ils savaient qui Jésus était et ils l'ont observé de près depuis le début jusqu'à la fin de sa vie, et ils rendaient témoignage de lui.
Les anges l’ont observé à sa naissance. Ils ont témoigné qu'il était Dieu incarné. C'est pourquoi l'ange dit à Joseph: «ne crains pas de prendre avec toi Marie, ta femme, car l’enfant qu’elle a conçu vient du Saint-Esprit» (Mt 1:20). C'est pourquoi l'ange révéla ceci à Marie: «C’est pourquoi le saint enfant qui naîtra de toi sera appelé Fils de Dieu.» (Lc 1.35). Les anges ont témoigné qu'il était le Roi éternel. C'est pourquoi l'ange dit à Marie: «Il sera grand et sera appelé Fils du Très-Haut, et le Seigneur Dieu lui donnera le trône de David, son père. Il règnera sur la maison de Jacob éternellement, et son règne n’aura point de fin. » (Lc 1:32-33). Les anges ont témoigné que Jésus était le Sauveur promis. C'est pourquoi ils ont proclamé aux bergers: «c’est qu’aujourd’hui, dans la ville de David, il vous est né un Sauveur, qui est le Christ, le Seigneur» (Lc 2.11). C'est la raison pour laquelle l'ange a instruit Joseph de lui donner le nom de Jésus car «c’est lui qui sauvera son peuple de ses péchés.» (Matthieu 1:21).
Les anges l’ont observé non seulement à sa naissance, mais ils l’ont aussi observé lors de ses tentations. C'est pourquoi ils s'approchèrent de lui dans le désert, et le servirent (Mt. 4:11; Mc. 1.13). C'est aussi pourquoi un ange le fortifia dans son agonie dans le jardin (Lc. 22:43). En outre, les anges l’ont observé à sa mort, et étaient prêts à le délivrer. C'est pourquoi Jésus a dit: «Penses-tu que je ne puisse pas invoquer mon Père, qui me donnerait à l’instant plus de douze légions d’anges ?»(Matthieu 18.10) 26:53). Les anges l’ont observé à sa résurrection, et au moment où la pierre a été roulée du tombeau (Matt.28.2). C'est pourquoi ils pouvaient dire aux femmes au tombeau: «Pourquoi cherchez-vous parmi les morts celui qui est vivant ?» (Lc 24:4-7). Ensuite, les anges l'ont observé lors de son ascension. Ils dirent aux disciples: «Pourquoi vous arrêtez-vous à regarder au ciel ? Ce Jésus, qui a été enlevé au ciel du milieu de vous, viendra de la même manière que vous l’avez vu allant au ciel » (Actes 1:10-11). Enfin, les anges l’ont observé dans sa glorification. Et ils l’adorèrent en disant: «L’agneau qui a été immolé est digne…» (Apoc. 5:11-12).
Le message de l'Eglise c’est le témoignage à propos du Christ. Il y a eu le témoignage des anges et il y a eu le témoignage des hommes à propos du Christ. «Christ a été prêché aux Païens » (16d). Il n’a pas seulement été « vu» par des êtres célestes, mais il a été « entendu» par des êtres humains. Jésus a donné cette instruction à ses disciples: «vous serez mes témoins à Jérusalem, dans toute la Judée, dans la Samarie, et jusqu’aux extrémités de la terre.» (Actes 1:8). La vérité au sujet de celui qui a été approuvé par Dieu le Père («Celui-ci est mon Fils bien-aimé») et par les anges devait être proclamée par ses disciples «à toutes les nations». Et c'est également notre message et notre mission. Celui qui a été bafoué, flagellé, condamné et crucifié, est celui que nous prêchons aux nations. «C’est lui que nous annonçons», dit Paul (Col. 1:28). « Nous prêchons Christ crucifié ; scandale pour les Juifs et folie pour les païens, mais puissance de Dieu et sagesse de Dieu pour ceux qui sont appelés, tant Juifs que Grecs.» (1 Cor 1:23-24; 1 Cor 2:2).
Le message de l'Eglise c’est la vérité à propos du Christ - (1) l'incarnation du Christ, et (2) la justification du Christ. Le message de l'Eglise c’est le témoignage du Christ - (1) le témoignage des anges et (2) le témoignage des hommes. Enfin, le message de l'église est au sujet de la réponse donnée au Christ. Il y eu une réponse sur la terre. «Le Christ a été cru dans le monde» (16e). Le résultat de la proclamation de l'Évangile, c'est que les gens ont cru au message - 3000 personnes ont été sauvés à la Pentecôte et le mouvement se propagea dans toute la Judée, la Samarie, et les nations des Païens, afin que Juifs et Païens puissent croire en lui. Des Juifs crurent en lui à travers le monde, car «une grande foule de sacrificateurs obéissaient à la foi» (Actes 6:7). Des Païens crurent en lui à travers le monde, car «Les païens se réjouissaient en entendant cela, ils glorifiaient la parole du Seigneur, et tous ceux qui étaient destinés à la vie éternelle crurent.» (Actes 13:48; cf. 17:12).
L'Eglise proclame la vérité au sujet de la réponse à donner au Christ - (1) il y eu une réponse sur la terre, et (2) il y eu une réponse dans les cieux. «Christ a été élevé dans la gloire.» (16f). C’était la fin de son ministère terrestre. Il a été exalté à la droite de Dieu - le lieu du pouvoir, le lieu de l'intercession et du plaidoyer en faveur de son peuple. Les hommes l’ont haï, frappé, crucifié, rejeté, et enterré, mais Dieu l'a ressuscité et l’a fait monter dans la gloire. La fin de sa vie n'était pas la mort et l'humiliation, mais l'ascension et la gloire.
Conclusions. La tâche de l'Eglise est de défendre la vérité dans notre conduite et notre confession (message). Notre conduite est régie par la nature de l'Église - nous sommes la maison de Dieu, l'Église du Dieu vivant, qui est la colonne et le fondement de la vérité. Notre message est régi par la vérité au sujet du Christ. Telle est la vérité que nous défendons et proclamons hardiment - la vérité c’est qu'Il a été manifesté dans la chair, justifié par l'Esprit, observé par les anges, proclamé dans les nations, cru dans le monde, et enlevé dans la gloire, d'où il vient à nouveau.
Telle est la vérité que nous prêchons- la vérité sur l'incarnation du Christ, la vérité sur son ministère, la vérité sur sa mort, sa résurrection, son ascension et sa glorification. C'est le message que nous prêchons- la vérité sur le personnage central de l'histoire de l’humanité, dont la vie, les enseignements et les actes ont divisé le monde ; la vérité au sujet du témoignage universel donné à Christ et sur la manière dont il a changé le monde ; la vérité dont l'Eglise est la colonne et le fondement.
Et notre but dans la défense et la proclamation de ce message est de Le glorifier pour qui Il est, d'obéir à Sa grande mission, et d'amener les autres dans une relation vitale avec Lui, une relation source de transformation pour leurs vies. Le grand but de l'Église est d'être la colonne et le fondement de la vérité à travers notre conduite et notre confession, afin que, par notre conduite (qui reflète la nature de l'Église comme famille de Dieu) et à travers notre confession (qui reflète le message de l'église au sujet de la vérité de Dieu), d'autres puissent adopter la personne du Christ, parvenir à sa connaissance, l'aimer, le suivre et le servir.
Puissions-nous chercher à être des prédicateurs fidèles de la vérité que nous confessons alors que nous proclamons, défendons et protégeons notre message concernant la vérité sur le Christ.
2ème Partie : Leadership : Etre Un Modele Selon Le Cœur De Dieu – «Votre Sanctification Personnelle»
Par: Dr. Roger Pascoe, Président
L'Institut pour la prédication biblique,
Cambridge, Ontario, Canada
Etre «saint» signifie être mis à part pour le culte et le service de Dieu, sacré, pur, consacré à Dieu. Comment pouvons-nous être saints dans une culture qui, par exemple, cautionne les relations homosexuelles et la sexualité en dehors du mariage? Vous ne pouvez pas aller en ville sans voir un panneau publicitaire qui a un message sexuel ou malsain. Vous ne pouvez pas regarder un spot publicitaire à la télévision sans être indisposé ou choqué. Alors, comment pouvons-nous vivre en tant que chrétiens de manière à aimer ce que Dieu aime et détester ce que Dieu déteste?
John Owen est une personne qui a vécu une vie sainte. Dans son livre «Une vie portée vers Dieu», John Piper écrit que John Owen était probablement le plus grand pasteur et théologien parmi les Puritains en Angleterre. Il a été influent dans les domaines politique, religieux, théologique, académique, pastoral et personnel. En dépit de sa vie extrêmement chargée et dramatique (il a eu onze enfants, dont dix sont morts très jeunes, suivi de la onzième quand elle était jeune adulte), sa passion était la sanctification personnelle. Il a dit: «Le désir de mon cœur en Dieu et la finalité majeure de ma vie ... c’est que ... la sainteté soit promue dans mon cœur et dans toutes mes voies, ainsi que dans celles des autres.» John Piper poursuit: «Peu de dirigeants aujourd'hui formulent les objectifs de leur vie en termes de sanctification. De plus en plus de dirigeants avouent ouvertement que leur sanctification personnelle n'a pas d'importance pour leur vie publique... Ce n'était pas le cas pour John Owen. L'éclat, la puissance et la beauté de sa vie publique étaient dûs à la constance de sa communion personnelle avec Dieu dans la pureté et la joie ... La clé de la pureté et de la sanctification, la clé de l'efficacité durable dans la vie [c’est la] contemplation constante de la gloire de Christ. »1
En un sens, nous sommes comme tous les autres chrétiens – embarqués un voyage dans lequel nous sommes tous de plus en plus à l’image de Christ. Mais dans un autre sens, nous sommes des leaders chrétiens, et il est attendu de nous que nous soyons un modèle de morale chrétienne et de vie «irréprochable» (1 Tim. 3:2), en marchant comme Jésus a marché (1 Jn. 2:6), en mettant à mort les œuvres de la chair (Rom. 8:13), en marchant dans l'Esprit et en n’accomplissant pas les désirs de la chair (Gal. 5:16), en nous dépouillant du vieil homme et en revêtant le nouvel homme (Eph. 4:22-24), en crucifiant la chair avec ses passions et ses désirs (Gal. 5:24). Par conséquent, nous devons pratiquer ...
A. La Pureté En Conduite
Nous sommes appelés à la pureté: «Soyez saints car je suis saint». La pureté est une condition préalable à la communion avec Dieu, à la plénitude de l'Esprit, et à la crédibilité dans votre vie personnelle, à la puissance dans la prédication et dans le leadership. L'un des domaines clés à protéger est la pureté sexuelle.
1. La Pureté Dans La Conduite Sexuelle
«Sois un modèle pour les fidèles … en pureté» (1 Tim. 4:12)
«Que l’impudicité, qu’aucune espèce d’impureté, et que la cupidité, ne soient pas même nommées parmi vous, ainsi qu’il convient à des saints. Qu’on n’entende ni paroles déshonnêtes, ni propos insensés, ni plaisanteries, choses qui sont contraires à la bienséance ; qu’on entende plutôt des actions de grâces. Car, sachez-le bien, aucun impudique, ou impur, ou cupide, c’est-à-dire, idolâtre, n’a d’héritage dans le royaume de Christ et de Dieu. Que personne ne vous séduise par de vains discours ; car c’est à cause de ces choses que la colère de Dieu vient sur les fils de la rébellion. N’ayez donc aucune part avec eux. Autrefois vous étiez ténèbres, et maintenant vous êtes lumière dans le Seigneur. Marchez comme des enfants de lumière ! Car le fruit de la lumière consiste en toute sorte de bonté, de justice et de vérité. Examinez ce qui est agréable au Seigneur ; et ne prenez point part aux œuvres infructueuses des ténèbres, mais plutôt condamnez-les. Car il est honteux de dire ce qu’ils font en secret. » (Eph. 5:3-12)
«Que le mariage soit honoré de tous, et le lit conjugal exempt de souillure, car Dieu jugera les impudiques et les adultères.» (Héb. 13 :4)
Nous sommes très vulnérables aux tendances morales de notre culture et nous sommes particulièrement vulnérables si nous sommes un dirigeant chrétien. Il s'agit d'une zone de vulnérabilité pour tous, que vous soyez jeune ou vieux, que vous soyez un pasteur ou un chrétien dirigeant dans votre lieu de travail.
Les pasteurs et les dirigeants chrétiens sont particulièrement vulnérables parce que certaines femmes sont attirées par eux en raison de leur position et de leur communication publique. En conseillant les femmes, les pasteurs et les leaders chrétiens sont exposés à la vie privée de celles-ci, ce qui les rend susceptibles d'être attirés par ces femmes ou elles par lui. Ainsi donc, ne laissez personne du sexe opposé entrer dans vos limites personnelles. Ne vous permettez pas d’être vulnérable à la tentation. Vous devez avoir la réputation d’être une personne totalement engagée envers votre conjoint (si vous en avez un), ou une personne sexuellement pure.
Si vous voulez être un chrétien influent, vous devez être «irréprochable». Etre irréprochable dans le domaine de la conduite sexuelle, signifie dans les termes de Paul, être «le mari d'une seule femme» (1 Tim.3:2; Tit.1.6). Cela signifie que vous êtes «homme d'une seule femme» - c'est à dire que vous n’avez de regards et de désirs pour personne d'autre que votre femme.
Faites de la pureté sexuelle une priorité dans vos prières, afin que Dieu vous garde pur. Echouer dans ce domaine c’est briser la confiance placée en vous en tant que berger du peuple de Dieu. Echouer dans ce domaine fera des ravages dans votre vie. Vous avez le devoir de protéger le troupeau de Dieu, pas de l'exposer au danger. Vous devez répondre aux besoins du troupeau, pas les abuser.
N’admettez pas la moindre compromission dans vos relations avec le sexe opposé. Ne permettez à personne d’aller au-delà de ce qui est convenable. Une violation de la confiance qui vous été accordée mettra tout votre ministère et votre témoignage en péril- votre crédibilité, votre intégrité, votre fiabilité en tant que leader.
Que nous soyons pasteurs ou responsables laïcs, Satan veut prendre un avantage sur nous. Il le fait en nous posant des pièges, surtout lorsque nous sommes dans le stress, le découragement ou la solitude. Lorsque vous êtes découragé par le ministère ou la vie chrétienne, vous perdez de vue le risque d’une chute morale et par conséquent, cela devient plus possible.
Protégez-vous donc contre la tentation sexuelle. Comment pouvez-vous le faire? Vous pouvez vous protéger du risque de céder à la tentation sexuelle en vous construisant des murailles. Qu'est-ce que je veux dire par là? Construisez dans votre vie des barrières qui vous aideront à vous protéger de la tentation sexuelle et de l'impureté. Par exemple, (1) intégrer dans votre routine une activité récréative qui réduit le stress quotidien, (2) passer du temps avec votre conjoint, (3) ne jamais rencontrer quelqu'un du sexe opposé à huis clos, que ce soit dans votre bureau ou dans un bâtiment vide, (4) prendre des vacances quand il le faut; (5) prendre un repos suffisant; (6) ne pas regarder des films qui pourraient vous exciter sexuellement.
Question à méditer: Quels peuvent être quelques autres «murailles» que vous pouvez construire?
Vous pouvez vous protéger du risque de céder à la tentation sexuelle en pensant aux conséquences potentielles si vous tombez dans une conduite sexuelle inappropriée. Considérez le risque de perdre le respect de vos enfants. Considérez les conséquences dans votre mariage, votre famille et votre ministère. Considérez les conséquences dans la congrégation que vous dirigez – par exemple la culpabilité d’avoir trahi la confiance, la méfiance, ou la tentation pour d’autres de suivre votre exemple. Considérez le risque d’offenser le Seigneur qui est mort pour vous sauver du péché. Considérez les souvenirs coupables qui peuvent vous hanter pour le reste de votre vie.
Vous pouvez vous protéger du risque de céder à la tentation sexuelle en développant des relations correctes. Joseph a considéré sa relation avec Dieu et Potiphar plus importante que le plaisir momentané (cf. Genèse 39). Il a accordé du prix à sa relation avec Potiphar et à son devoir de révérence pour lui («ton mari ne m’a rien interdit, excepté toi, parce que tu es sa femme»). Il a aussi accordé du prix à sa relation avec Dieu et à son devoir de révérence pour lui («Comment ferais-je un aussi grand mal et pécherais-je contre Dieu ?»). Cela a été une protection pour Joseph dans un moment d'extrême vulnérabilité à la tentation sexuelle.
Vous pouvez vous protéger du risque de céder à la tentation sexuelle en agissant de manière responsable et mûre. Une conduite sexuelle inappropriée est le produit de l'irresponsabilité et de l'immaturité. Encore une fois, dans l'exemple de Joseph, il a agi de façon responsable, avec maturité et avec sagesse vis-à-vis de son employeur et son travail.
Vous pouvez vous protéger du risque de céder à la tentation sexuelle en développant et renforçant votre propre mariage (si vous êtes marié). C'est probablement la meilleure façon de protéger votre pureté sexuelle. Ainsi donc, assurez-vous de passer du temps avec votre conjoint et aimez-la profondément. Assurez-vous que les femmes (si vous êtes un homme) savent que votre épouse est n°1 dans votre vie. Maintenez toutes les autres femmes hors de votre portée.
3ème Partie : Meditation – « Christ Notre Exemple Pour Vaincre La Tentation»2
Par: Dr. John MacArthur,
Pasteur de l’église Grace Community,
Sun Valley, Californie
«Mais Jésus répondit et dit: Il est écrit ... il est écrit ... il est écrit ... » (Matthieu 4:4 a, 7b, 10b)
Le Seigneur Jésus-Christ est vraiment notre exemple suprême dans la manière dont nous devons résister à la tentation. Hébreux 4:15 nous rappelle: «Car nous n’avons pas un souverain sacrificateur qui ne puisse compatir à nos faiblesses ; au contraire, il a été tenté comme nous en toutes choses, sans commettre de péché.» (cf. 2:18). Notre responsabilité consiste à étudier les nombreuses façons dont Jésus a été tenté, à nous tourner vers Lui, et à suivre comment il s’est détourné du péché.
Jésus a rencontré les pires tentations que Satan pouvait jeter sur lui, et il en est sorti victorieux. A présent, il est prêt à partager la joie de sa victoire avec tous ses saints. «Aucune tentation ne vous est survenue qui n’ait été humaine, et Dieu, qui est fidèle, ne permettra pas que vous soyez tentés au delà de vos forces ; mais avec la tentation il préparera aussi le moyen d’en sortir, afin que vous puissiez la supporter.» (1 Cor. 10.13).
La clé de notre victoire sur la tentation est d'y résister à la manière de Jésus, par l’obéissance à Dieu et à Sa Parole. Tout comme dans tous les aspects de la vie chrétienne, nous n’aurons la victoire dans notre résistance à la tentation qu’en «ayant les regards sur Jésus, le chef et le consommateur de la foi» (Héb. 12.2). Comme le coureur de haies qui apprend à garder les yeux sur la ligne d'arrivée lorsqu’il court, ce qui lui permet de ne pas de trébucher sur un obstacle individuel, nous devons garder nos yeux sur le but ultime – celui d’être avec notre glorieux Seigneur et Sauveur éternellement dans le ciel.
Question à méditer: Plus nous passons du temps dans la Parole de Dieu, plus elle nous pénètre – elle imprègne nos cœurs, nos pensées, nos pulsions, nos réactions et nos conversations. Est-ce que vous creusez chaque jour dans sa mine de trésors? Faites en sorte que Satan soit obligé de grimper un lot important d’Écritures s’il veut parvenir à vous.
4ème Partie : Plans De Predication
Par Dr Roger Pascoe,
Président de l’Institut pour la Prédication Biblique,
Cambridge, Ontario, Canada
J'ai déjà publié une série de plans de prédication sur les «Sept actes surnaturels de Jésus » tels qu'ils figurent dans l'évangile de Jean. Dans la dernière parution de la Revue Internet des Pasteurs, j'ai publié les quatre derniers plans de prédication dans cette série. Maintenant nous commençons une nouvelle série de plans de prédication sur les « Sept dialogues ou discours significatifs Jésus » dans l'évangile de Jean.
Plan De Prédication
Jean 3:1-8 - Le Dialogue De Jésus Avec Nicodème (1ère Partie)
Pour la version audio en anglais, cliquer sur les liens suivants: Jean 3:1-5; Jean 3:5-6; Jean 3:7-8
Sujet: Comment entrer dans le Royaume de Dieu
Point n°1: Quelle est la clé pour entrer dans le Royaume? (2.3)
1. Le royaume de Dieu a un aspect spirituel et un aspect physique à la fois
2. L'entrée dans le royaume est basée sur le principe spirituel de la nouvelle naissance
Point n°2: Comment cette naissance spirituelle se produit-elle? (4.8)
1. La nouvelle naissance spirituelle se produit par «l'eau et l'Esprit» (5)
2. La naissance spirituelle est totalement différente de la naissance physique (6)
3. La naissance spirituelle est la clé universelle pour entrer dans le Royaume (7)
4. La naissance spirituelle est comme le vent (8)
1 John Piper, Une vie portée vers Dieu (Sisters, Oregon: Multnomah Publishers, 1997), 124-125.
2 John MacArthur, “Christ Notre Exemple pour vaincre la Tentation”, dans Méditations quotidiennes sur la Vie de Christ (Chicago: Moody Publisher, 2008), 26 Janvier.
Related Topics: Pastors
Jurnalul Electronic Al Păstorilor, Rom Ed 6, Ediția de Iarnă 2013
Coordonat de ...
Dr. Roger Pascoe, Președinte,
The Institute for Biblical Preaching
(Institutul pentru Predicare Biblică)
Cambridge, Ontario, Canada

„Consolidarea Bisericii în Predicarea Biblică și Lidership”
Partea I: Mesajul Pe Care Îl Predicăm:
Adevărul Despre Hristos (1 Tim. 3:14-16)
Dr. Roger Pascoe, Președintele Institutului Biblic pentru Predicare
Cambridge, Ontario, Canada
În prima parte a ediţiei de toamnă a Jurnalului Electronic al Păstorilor am scris despre “Mesajul Pe Care Îl Predicăm”. Aş dori să continui în această ediţie pe acelaşi subiect. Sunt două subiecte fundamentale despre care noi predicăm – (1) Noi predicăm Mesajul Crucii (vezi Ediţia de toamnă 2012); şi (2) Noi predicăm Adevărul despre Hristos.
Cea mai mare nevoie a oamenilor din ziua de azi este “adevărul”. Sunt atât de multe voci în lume care susţin că, cunosc şi învaţă adevărul, dar care însă se contrazic între ele. Chiar şi în comunităţile noastre creştine, noi teologii şi practici ies mereu la suprafaţă, fiecare dintre ele pretinzând un nou adevăr sau o nouă interpretare a adevărului. Nu e de mirare că oamenii sunt confuzi în ce priveşte ceea ce trebuie să creadă. Dar Domnul Isus a spus: “Voi veţi cunoaşte adevărul, şi adevărul vă va face slobozi” (Ioan 8:32). Şi tot El a spus: “Eu sunt calea, adevărul şi viaţa” (Ioan 14:6). Poate că de aceea adevărul este atât de defăimat – pentru că lumea nu-l vrea pe Hristos, care este Adevărul.
Dar, adevărul despre Isus Hristos a schimbat lumea. Oamenii din jurul nostru trebuie să audă adevărul despre El. Şi ei îl vor auzi doar dacă noi îl vom predica.
În 1 Timotei 3:14-16, apostolul Pavel subliniază adevărurile fundamentale despre Hristos pe care noi îl predicăm. În acest pasaj, Pavel îl povăţuieşte pe Timotei cu privire la conducerea corespunzătoare din cadrul bisericii. Ideea sa este că sarcina bisericii este de a menţine adevărul în comportamentul nostru şi în mărturisirea noastră (mesaj). Ceea ce facem şi ceea ce spunem trebuie să corespundă cu natura şi mesajul bisericii. Biserica trebuie să fie disciplinată şi în rânduială, sub conducerea lui Hristos iar conducerea liderilor din biserica noastră trebuie să fie în concordanţă cu adevărul.
Mai întâi putem observa în acest pasaj că, PURTAREA NOASTRĂ ESTE INFLUENŢATĂ CONDUSĂ DE NATURA BISERICII. „Îţi scriu aceste lucruri…să ştii cum să te porţi în Casa lui Dumnezeu” (14a, 15b). „Aceste lucruri” se referă la ceea ce Pavel scrie cu privire la ordinea din Casa lui Dumnezeu – rugăciune (2:1-7), rolul bărbaţilor şi al femeilor în închinarea publică (2:8-15), şi calificările morale şi spirituale ale prezbiterilor şi diaconilor (3:1-13). După ce a scris despre „aceste lucruri”, Pavel dă un îndemn general cu privire la (1) natura bisericii (3:14-15) şi (2) mesajul bisericii (16).
Natura bisericii este pentru că aceasta este "Casa lui Dumnezeu"(15a). E locul unde locuiește Dumnezeu cu poporul său. Nu este o instituţie, ci o familie. Nu este o clădire, ci o locuinţă (cf. Efes. 2:18-22). Casa lui Dumnezeu este reglementată printr-un comportament adecvat. Noi nu putem comporta oricum ne-o dorim în casa lui Dumnezeu. Noi trebuie să îndeplinim anumite standarde morale, convingeri spirituale și practici care adecvate pentru casa lui Dumnezeu și în concordanţă cu cine este Dumnezeu. Astfel, după cum rugăciunea publică trebuie să aibă anumite caracteristici și ţeluri, liderii bisericii trebuie să aibă anumite calificări, iar adevărul trebuie să fie învăţat cu credincioșie și apărat, pentru că biserica este "casa lui Dumnezeu".
Casa lui Dumnezeu este “biserica Dumnezeului cel viu” (15b). Nu este un loc al închinării idolilor morţi din piatră sau lemn, ci locul în care Dumnezeul cel viu este prezent împreună cu oamenii săi. Este „o locuinţă în care locuiește Dumnezeu prin Duhul” (Efes. 2:22; cf. 1 Tes. 1:9-10; Fapte 14:15). Căci, Dumnezeu „nu locuiește în temple făcute de om” ci în mijlocul oamenilor lui care sunt „templul Dumnezeului cel viu” (Fapte 17:24f.; 2 Cor. 6:16). Când noi ne întâlnim ca și congregaţie pentru a ne închina lui Dumnezeu, noi arătăm o expresie practică și vizibilă a adevărului că Dumnezeul cel viu este prezent și puternic în mijlocul nostru (1 Cor. 14:25), prin modul în care ne rugăm, prin cântările și imnurile pe care le cântăm, prin citirea Scripturii, prin predicarea noastră a Cuvântului, prin comuniunea cinei, prin serviciile de botez, și prin părtășia noastră. Și noi extindem prezenţa sa în mijlocul nostru prin evanghelizare și misiune în comunitatea noastră și în lume.
Fiindcă Dumnezeu este viu și prezent printre noi în casa Sa, noi trebuie să ne comportăm conform standardelor Sale, căci intrăm sub observaţia Sa și suntem supuși judecăţii Sale.
Natura casei lui Dumnezeu nu este numai "Biserica Dumnezeului celui viu", dar este, de asemenea, "stâlpul și temelia adevărului" (15c). Poate că Pavel a folosit imaginea unui stâlp pentru că știa că biserica din Efes avea exemplul frumosului templu al zeiţei Diana din acel oraș, cu cei 127 de stâlpi de marmură ai săi, împânziţi cu bijuterii și poleiţi cu aur. Uneori ne putem referi la cineva ca fiind un stâlp al societăţii, un exemplu remarcabil al modului în care un cetăţean ar trebui să fie. În mod similar, spune Pavel, biserica este un "stâlp al adevărului". La fel cum un pilon susţine și ridică ceea ce este mai presus de acesta, tot astfel și biserica susţine și ridică adevărul pentru ca toţi să-l vadă și să-l audă. Clădirile publice sunt adesea cunoscute pentru stâlpii lor impresionanţi, care reprezintă caracterul clădirii și ceea ce reprezintă - rezistenţa, autoritatea și puterea acestuia (de exemplu, tribunalele, clădirile Parlamentului, catedralele). În mod similar, biserica trebuie să fie o imagine impresionantă a adevărului lui Dumnezeu – al rezistenţei, autorităţii și al puterii Sale. Ca un stâlp, biserica înalţă adevărul lui Dumnezeu pentru ca toţi să-l poată vedea și auzi.
Natura casei lui Dumnezeu, biserica, este (1) „biserica Dumnezeului cel viu”, (2) „stâlpul și temelia adevărului”, și (3) „fundamentul adevărului”. La fel cum o fundaţie susţine structura unui întreg edificiu pentru a-i oferi stabilitate, forţă și o bază solidă, tot așa, spune Pavel, biserica este „temelia adevărului”. Biserica este structura de sprijin de neclintit care susţine adevărul când este atacat, care apără adevărul când este sub focul falșilor învăţători, asigură terenul sigur pe care adevărul poate sta în siguranţă.
Deci biserica este atât stâlpul cât și temelia adevărului – stâlpul de deasupra nivelului de bază și fundaţia de dedesubt. Ca și stâlp al adevărului, biserica prezintă adevărul de sus, de pe „acoperișul caselor”, prin expunerea sa, învăţarea sa, predicarea sa publică și prin evanghelizarea activă a naţiunilor. Ca temelie a adevărului, biserica susţine adevărul de jos prin urmarea, ascultarea și trăirea în mod vizibil al adevărului (Col. 3:12-17) ca autoritate supremă pentru credinţă și practică, prin studierea și explicarea adevărului (2 Tim. 2:15) și prin afirmarea și apărarea adevărului ( prin studierea și explicarea adevărului (2 Tim. 2:15) și prin afirmarea și apărarea adevărului (Filip. 2:16). Biserica este piatra de temelie pe care se bazează adevărul.
Deci biserica, ca stâlp al adevărului, este un vizibil, maiestuos, glorios, vestitor public al adevărului și care nu se rușinează de el. Ca temelie a adevărului, este apărătorul ferm, puternic și sprijinitor al adevărului care nu se schimbă și nu se clatină. Acesta este adevărul pe care noi ne bazăm și pe care îl susţinem. Iar aceasta cere un anumit mod de comportament – comportament care trebuie să se potrivească cu mesajul nostru. La urma urmei, suntem casa lui Dumnezeu; purtăm natura și caracterul Său; noi suntem prezenţa Lui în lume. Comportamentul nostru este influenţat de natura bisericii, care ridică steagul adevărului ca un glorios pilon și care sprijină adevărul ca o fundaţie puternică.
Apostolul Pavel spune că purtarea noastră este guvernată de „natura” bisericii, dar și faptul că: MESAJUL NOSTRU ESTE CONDUS DE ADEVĂRUL DESPRE HRISTOS. Mesajul bisericii este numit „adevărul” al cărui stâlp și fundament este biserica. „Adevărul” este aici mărturisirea noastră de credinţă comună, suma ne-negociabilă și substanţa credinţei noastre creștine. Adevărul este fundamentul pe care se bazează biserica creștină și pilonul pe care mesajul creștin îl susţine. Este crezul nostru, dacă doriţi – ceea ce mărturisim în predicarea noastră și învăţăturile noastre, în cântările noastre, în rugăciunile noastre, în mărturiile noastre.
Adevărul este marele mister cu privire la evlavie. „Şi fără îndoială, mare este taina evlaviei” (16). „Evlavia” este principala caracteristică a vieţii și purtării creștine. Este manifestarea lui Dumnezeu în purtarea noastră (v. 14-15) și în mărturisirea noastră (v.16) – în ceea ce spunem și în ceea ce facem. Este comportamentul care este adecvat pentru cei ce ţin ferm „adevărul”. Credinţa creștină este o „taină mare”, spune Pavel, deoarece deși a fost descoperită în vremurile ce au trecut
Credinţa creștină este o "taină mare", spune Pavel, pentru că, deși a fost descoperită în veacurile trecute, ea are doar acum în epoca noastră de har, o realitate vizibilă, tangibilă, ușor de înţeles în Hristos (Efes. 3:1-7 )."Taina" este faptul că însuși Dumnezeu s-a manifestat în Hristos. Isus Hristos a perfect și pe deplin dezvăluit înaintea noastră ceea ce a fost anterior obscur - și anume, natura și caracterul lui Dumnezeu. În El îl cunoaștem pe Dumnezeu. El este chipul Dumnezeului celui nevăzut, reprezentarea exactă a fiinţei lui Dumnezeu (cf. Evr. 1:3). Isus Hristos este Dumnezeu.
Astfel, în Isus vedem "evlavia" afișată și în El noi suntem transformaţi în ceea ce Dumnezeu vrea ca noi să fim. În Isus Hristos, "taina evlaviei" este descoperită. "Evlavia" și "adevărul" au fost deopotrivă trăite de Hristos în perfecţiune. Viaţa sa exemplară este ghidul nostru pentru adevărata evlavie. Adevărul este, în esenţa sa, adevărul despre Hristos, care este ADEVĂRUL și în care Dumnezeu este cel mai complet revelat. Astfel, "taina evlaviei" este perfect revelată în Isus și se află în centrul conduitei bisericii și al mărturisirii (mesajului) adevărului. Adevărul pe care biserica îl mărturisește și susţine este Evanghelia, taina evlaviei, care este acum revelată despre și în persoana, munca, viaţa, moartea și învierea lui Hristos. Evlavia este înrădăcinată în cunoștinţele și imitarea noastră a lui Hristos. Dumnezeu este cunoscut cel mai deplin în Hristos, și prin acesta noi cunoaștem evlavia.
Deci, biserica este definită și formată prin relaţia sa cu Isus Hristos și mărturisirea sa despre Isus Hristos. Care este adevărul despre Hristos, care este esenţial pentru mesajul creștin? Mesajul nostru este despre întruparea lui Hristos. "Dumnezeu a fost arătat în trup" (16a). Hristos nu a venit în fiinţă la întruparea lui. El a existat dintotdeauna și, când a venit pe pământ, în mod voluntar s-a golit de drepturile și privilegiile sale divine, devenind pe deplin uman, fără a se preda sau compromite divinitatea sa deplină (Filipeni 2:6-8;. Evrei 2:14). Acesta este modul în care Dumnezeu s-a manifestat nouă. Altminteri, Dumnezeu ar fi pentru totdeauna un mister pentru noi. Înţelegerea noastră despre Dumnezeu ar fi fost pentru totdeauna ascunsă, obscură, și limitată la ceea ce vedem ca dovezi ale lui Dumnezeu în creaţie și în conștiinţele noastre. Dar prin auto-revelarea lui Dumnezeu în Hristos, noi îl cunoaștem personal, intim, și salvator. „Şi Cuvântul S-a făcut trup, şi a locuit printre noi, plin de har, şi de adevăr. Şi noi am privit slava Lui, o slavă întocmai ca slava singurului născut din Tatăl", spune Ioan (Ioan 1:14). Cel care a spus: "Eu sunt adevărul", ne-a dezvăluit adevărul despre Dumnezeu căci El este Dumnezeu, El este Emanuel, "Dumnezeu cu noi", pentru că El a fost trimis de Dumnezeu pentru a ni-L face cunoscut pe Dumnezeu.
„Dumnezeu a fost arătat în trup." El s-a născut dintr-o fecioară prin Duhul Sfânt, pe lângă natura sa divină a luat formă umană, și a locuit printre noi, identificându-se cu noi în circumstanţele și fragilitatea noastră umană. Pentru, "în toate lucrurile pe care El a trebuit să fie făcut asemenea fraţilor săi, că el ar putea fi un mare preot milos și vrednic de încredere, în ce privește legăturile cu Dumnezeu, pentru a face ispășire pentru păcatele poporului. Căci în faptul că El însuși a suferit, fiind ispitit, el este capabil de a ajuta pe cei care sunt ispitiţi "(Evrei 2:17). Apostolul Ioan spune, Cel pe care l-am văzut, auzit, si a atins este unul ne pronunţăm pentru tine (1 Ioan. 1:1-3). „Prin urmare, a trebuit să Se asemene fraţilor Săi în toate lucrurile, ca să poată fi, în ce priveşte legăturile cu Dumnezeu, un mare preot milos şi vrednic de încredere, ca să facă ispăşire pentru păcatele norodului” (Evrei 2:17). Apostolul Ioan spune că Cel pe care L-am văzut, auzit și atins este cel pe care noi îl vestim vouă (1 John 1:1-3).
Mesajul nostru este reglementat de adevărul despre Hristos - în primul rând, adevărul despre întruparea lui Hristos (că "Dumnezeu a fost arătat în trup"), iar pe de altă, adevărul despre justificarea (îndreptăţirea) lui Hristos. "Hristos a fost dovedit drept (justificat) prin Duhul (16b). A fi" dovedit drept", înseamnă a fi scos de sub acuzaţie, a fi justificat prin dovezi sau printr-un argument, a fi apărat împotriva opoziţiei. Dacă manifestarea lui Hristos în trup, vorbește despre umanitatea sa, atunci justificarea Sa prin Duhul vorbește despre divinitatea lui. El a fost justificat prin Duhul Sfânt la botezul său, atunci când Duhul L-a uns pentru lucrare. El a fost justificat de către Duhul Sfânt, prin lucrările sale, atunci când a făcut minuni prin puterea divină. El a fost justificat de Duhul la învierea lui, când a fost înviat din morţi (Romani 1:4; 8:11;. Efeseni 1:20). Aceasta a fost o afirmare completă a cine El a pretins a fi și a fost cu adevărat – Dumnezeul-om fără păcat, perfect. Aceasta a fost afirmarea deplină a neprihănirii sale perfecte, acceptarea deplină a jertfei Sale perfecte, afirmarea completă a faptului că El a fost Dumnezeu manifestat în trup.
Deci, mesajul nostru este despre întruparea lui Hristos - că el a luat formă de om și îndreptăţit de către Duhul Sfânt. Acum observaţi, de asemenea, că mesajul nostru este mărturia despre Hristos. În primul rând, a fost mărturia îngerilor despre Hristos - "Hristos a fost văzut de îngeri" (16c). Cel care a fost făcut mai prejos decât îngerii pentru suferinţa morţii (Evrei 2:9) a fost observat de ei. Ei știau cine era El și l-au observat îndeaproape de la începutul şi până la sfârşitul vieţii Sale, şi i-au slujit ca mărturie.
Îngerii au fost martori la nașterea Lui. Ei au depus mărturie că El a fost Dumnezeu întrupat. De aceea, îngerul i-a spus lui Iosif: „nu te teme s-o iei pe Maria, logodnica ta, de soţie, căci ce s-a conceput în ea este de la Duhul Sfânt! " (Matei 1:20). De aceea, îngerul i-a descoperit Mariei că: „…Sfântul care se va naște va fi numit Fiul lui Dumnezeu" (Luca 1:36). Îngerii au depus mărturie că El a fost regele cel veșnic. De aceea, îngerul i-a spus Mariei: "El va fi mare și va fi numit “Fiul Celui Prea Înalt”; iar Domnul Dumnezeu îi va da scaunul de domnie al strămoşului Său David. Și el va împărăţi peste casa lui Iacov în veci și împărăţia Lui nu va avea sfârșit "(Luca 1:32-33). Îngerii au depus mărturie că Isus a fost Mântuitorul promis. Acesta este motivul pentru care ei au vestit păstorilor: „astăzi, în cetatea lui David, vi s-a născut un Mântuitor, Care este Hristos, Domnul!" (Luca 2:11). De aceea, îngerul l-a sfătuit pe Iosif să numească pe prunc Isus, „pentru că El va mântui poporul Său de păcatele lor" (Matei 1:21).
Îngerii nu numai că l-au observat la nașterea lui, ci ei au fost martori ispitelor Sale. De aceea au venit îngerii la el în pustie să-i "slujească" (Matei 4:11;. Marcu 1:13). De aceea, un înger L-a întărit în timpul agoniei sale în grădină (Luca 22:43). Mai mult, îngerii au fost martori la moartea sa, și erau gata să-l elibereze. De aceea Isus a spus: „crezi că n-aş putea să-L rog pe Tatăl Meu, Care Mi-ar pune chiar acum la dispoziţie mai mult de douăsprezece legiuni[m] de îngeri?" (Matei 26:53). Îngerii au fost martori la Învierea Sa , în timp ce a fost rostogolită piatra de la mormânt (Matei 28:2). Acesta este motivul pentru care îngerii au putut spune femeilor de la mormânt: "De ce căutaţi pe Cel viu între cei morţi - el nu este aici, a înviat" (Luca 24:4-7). Apoi, îngerii au fost martori la înălţarea Lui. Ei au spus ucenicilor: „De ce staţi aici, uitându-vă în cer? Acest Isus, care a fost luat de la voi va veni la fel cum L-aţi văzut mergând spre cer"(Fapte 1:10-11). În cele din urmă, îngerii au fost martori la glorificarea Lui. Și I s-au închinat spunând: "Vrednic este Mielul care a fost înjunghiat" (Apoc. 5:11).
Mesajul bisericii este mărturia despre Hristos. A fost mărturia îngerilor despre Hristos și a fost mărturia oamenilor despre Hristos. „Hristos a fost propovăduit între neamuri"(16d). El nu a fost numai "văzut" de fiinţe cerești, ci El a fost "auzit" de fiinţe umane. Isus i-a sfătuit pe ucenicii săi: " Îmi veţi fi martori în Ierusalim, în toată Iudeea, în Samaria şi până la marginile pământului" (Fapte 1:8). Adevărul declaraţiei lui Dumnezeul Tatăl despre El ("Acesta este Fiul meu preaiubit"), precum și cea a îngerilor trebuia să fie proclamată de ucenicii Săi „la toate neamurile". Și acesta este şi mesajul și misiunea noastră. Cel care a fost batjocorit, biciuit, condamnat și răstignit este Acela pe care îl predicăm naţiunilor, „Cel pe care noi îl vestim", spunea Pavel (Coloseni 1:28). "Însă noi Îl predicăm pe Cristos cel răstignit, o pricină de poticnire pentru iudei şi o nebunie pentru neamuri. Dar pentru cei chemaţi, atât iudei, cât şi greci, Cristos este puterea şi înţelepciunea lui Dumnezeu." (1 Corinteni 1:23-24.; cf. 1 Corinteni 2:2).
Mesajul bisericii este adevărul despre Hristos - (1) întruparea lui Hristos și (2) justificarea lui Hristos. Mesajul a bisericii este mărturia despre Hristos - (1) mărturia îngerilor și (2) mărturia oamenilor. În cele din urmă, mesajul bisericii are în vedere răspunsul faţă de Hristos. Nu a fost nici un răspuns pe pământ. "Hristos a fost crezut în lume"(16e). Rezultatul proclamării Evangheliei a fost că oamenii au crezut mesajul - 3000 au fost mântuiţi la Rusalii și mișcarea s-a răspândit prin toată Iudeea, Samaria și naţiunile neamurilor, astfel că atât evreii cât și neamurile au crezut în El. Evreii L-au crezut pe El în lume, pentru că „o mare mulţime de preoţi veneau la credinţă" (Fapte 6:7). Neamurile au crezut în El în lume, pentru că " Neamurile s-au bucurat când au auzit lucrul acesta şi au lăudat Cuvântul Domnului" (Faptele Apostolilor 13:48; cf.. 17:12).
Biserica proclamă adevărul despre răspunsul faţă de Hristos - (1) a fost un răspuns pe pământ, și (2) a fost un răspuns în cer. "Hristos a fost luat în slavă" (16f). Acest lucru a fost finalizarea lucrării sale pământești. El a fost înălţat la dreapta lui Dumnezeu - locul puterii, locul de mijlocire și de apărare pentru poporul său. Oamenii L-au urât,L-au bătut,L-au răstignit, L-au respins şi L-au îngropat, dar Dumnezeu L-a înviat și L-a luat în slavă. Sfârșitul vieţii sale nu a fost moarte și umilinţă, ci înălţare și slavă.
Concluzii. Sarcina bisericii este de a menţine adevărul în comportamentul nostru și în mărturisirea (mesajul) noastră. Comportamentul nostru este condus de natura bisericii -. Suntem casa lui Dumnezeu, Biserica Dumnezeului cel viu, care este stâlpul și temelia adevărului. Mesajul nostru este condus de adevărul despre Hristos. Acesta este adevărul pe care îl susţinem şi proclamăm cu îndrăzneală - adevărul că El a fost manifestat în trup, îndreptăţit prin Duhul, observat de îngeri, predicat printre neamuri, a fost crezut în lume, și a fost luat în slavă de unde va reveni.
Acesta este adevărul pe care îl predicăm – adevărul despre întruparea lui Hristos, adevărul despre lucrarea Sa, adevărul despre moartea, înălţarea şi glorificarea Sa. Acesta este mesajul pe care îl predicăm – adevărul despre personajul central al istoriei lumii, a cărei viaţă, învăţături şi fapte au divizat lumea; adevărul despre mărturiile universale a ceea ce Hristos este şi a modului în care El a schimbat lumea; adevărul al cărei stâlp şi temelie este biserica.
Și scopul nostru în susţinerea și proclamarea acestui mesaj este de a-L slăvi pentru cine este El, a ne supune Marii lui Trimiteri, și a aduce pe alţii într-o relaţie transformatoare a vieţii,o relaţie vitală cu El. Scopul cel mare al bisericii este de a fi stâlpul și temelia adevărului, prin comportamentul nostru și mărturisirea noastră, pentru ca, prin comportamentul nostru (care reflectă natura Bisericii ca, casă a lui Dumnezeu), și prin mărturisirea noastră (care reflectă mesajul bisericii ca adevăr al lui Dumnezeu) oamenii vor îmbrăţişa persoana lui Hristos,vor ajunge să-L cunoască, să-L iubească, să-L urmeze şi să-L slujească.
Domnul să ne ajute să fim predicatori credincioşi ai adevărului pe care-l mărturisim în timp ce proclamăm, apărăm şi păstrăm mesajul nostru cu privire la adevărul despre Hristos.
Partea a – II – a. Lidership: A fi un model Dumnezeiesc – „Sfinţenia Ta Personală”
Dr. Roger Pascoe, Președintele Institutului Biblic pentru Predicare
Cambridge, Ontario, Canada
A fi „sfânt” înseamnă a fi pus deoparte pentru închinarea şi slujirea lui Dumnezeu, a fi sacru, pur, consacrat lui Dumnezeu. Cum putem noi fi sfinţi într-o cultură care, de exemplu, aprobă relaţiile dintre acelaşi sex şi sexul în afara căsătoriei? Nu poţi să te plimbi prin oraş fără să vezi un panou publicitar care să aibă un mesaj sexual sau mesaj pângăritor. Nu poţi vedea o reclamă TV fără a te simţi stânjenit sau jignit. Deci, cum pot creştinii trăi într-o asemenea manieră încât să iubim ceea ce iubeşte Dumnezeu şi să urâm ceea ce urăşte Dumnezeu?
John Owen este o persoană care a trăit o viaţă sfântă. În cartea sa "O viaţă spre Dumnezeu", John Piper scrie că Ioan Owen a fost probabil cel mai mare pastor-teolog dintre puritanii din Anglia, fiind influent politic, confesional, teologic, academic, pastoral, și personal. În ciuda vieţii sale extrem de ocupate și tragice (el a avut unsprezece copii, dintre care zece au murit de tineri, iar al unsprezecelea copil – o fată, a murit la vârsta unei maturităţi fragede), pasiunea lui a fost sfinţenia personală. El a spus, "Dorinţele inimii mele înaintea lui Dumnezeu și a designer-ului Şef al vieţii mele... sunt ca ... sfinţenia universală să poată fi promovată în inima şi calea mea şi a altora". John Piper continuă: "Nu mulţi lideri din ziua de azi au ca obiectiv al lor în viaţă lor sfinţenia. Mai mulţi lideri mărturisesc deschis că sfinţenia lor personală nu are nici o semnificaţie asupra performanţei lor publice ... Acest lucru nu a fost valabil şi în cazul lui John Owen. Minunea, puterea şi frumuseţea vieţii sale publice a fost constanţa comuniunii sale personale cu Dumnezeu în puritate și bucurie...Cheia pentru curăţie și sfinţenie, cheia eficienţei durabile în toată viaţa [este o] contemplare constantă a slavei lui Hristos."1
Într-un anume sens suntem ca şi ceilalţi creştini – suntem într-o călătorie în care fiecare dintre noi devenim mai mult ca şi Hristos. Dar în alte sensuri, noi suntem lideri creştini care suntem chemaţi să fim un model creştin de moralitate şi stil de viaţă „fără prihană” (1Tim. 3:2), prin a umbla în modul în care a umblat Domnul Isus (1 Ioan prin Duhul şi a nu împlini poftele firii (Gal. 5:16), prin a ne dezbrăca de omul cel vechi şi a ne îmbrăca cu cel nou (prin Duhul şi a nu împlini poftele firii (Gal.5:16), prin a ne dezbrăca de omul cel vechi şi a ne îmbrăca cu cel nou (Efes. 4:22-24), prin a răstigni firea cu pasiunile şi dorinţele ei (prin Duhul şi a nu împlini poftele firii (Gal. 5:16), prin a ne dezbrăca de omul cel vechi şi a ne îmbrăca cu cel nou (Efes. 4:22-24), prin a răstigni firea cu pasiunile şi dorinţele ei (Gal. 5:24). Prin urmare, ar trebui să exersăm:
A. Curăţia În Purtare
Noi suntem chemaţi la curăţie „Fiţi sfinţi după cum și Eu sunt sfânt”. Curăţia este o condiţie esenţială pentru părtășia cu Dumnezeu, pentru a fi umplut cu Duhul Sfânt, pentru a fi credibil în viaţa personală, pentru a avea putere în predicare și conducere. Una dintre domeniile pe care trebuie să le protejăm este curăţia sexuală.
1. Curăţia În Comportamentul Sexual
„Fi un exemplu pentru credincioși… în curăţie”. (1 Tim. 4:12)
„3Curvia, sau orice altfel de necurăţie, sau lăcomia de avere, nici să nu fie pomenite între voi, aşa cum se cuvine unor sfinţi. 4Să nu se audă nici cuvinte porcoase, nici vorbe nechibzuite, nici glume proaste, cari nu sunt cuviincioase; ci mai de grabă cuvinte de mulţămire.5 Căci ştiţi bine că niciun curvar, niciun stricat, niciun lacom de avere, care este un închinător la idoli, n-are parte de moştenire în Împărăţia lui Hristos şi a lui Dumnezeu. 6 Nimeni să nu vă înşele cu vorbe deşerte; căci din pricina acestor lucruri vine mânia lui Dumnezeu peste oamenii neascultători. 7 Să nu vă întovărăşiţi dar deloc cu ei. 8 Odinioară eraţi întunerec; dar acum sunteţi lumină în Domnul. Umblaţi deci ca nişte copii ai luminii. 9 Căci roada luminii stă în orice bunătate, în neprihănire şi în adevăr. 10 Cercetaţi ce este plăcut înaintea Domnului, 11 şi nu luaţi deloc parte la lucrările neroditoare ale întunerecului, ba încă mai de grabă osîndiţi-le.12 Căci e ruşine numai să spunem ce fac ei în ascuns.” (Efeseni 5:3-12)
„Căsătoria să fie ţinută în toată cinstea, şi patul să fie nespurcat, căci Dumnezeu va judeca pe curvari şi pe preacurvari.” (Evrei 13:4)
Suntem foarte vulnerabili la standardele morale ale culturii noastre iar dacă suntem într-o poziţie de conducere creștină suntem deosebit de vulnerabili. Aceasta este o zonă de vulnerabilitate pentru noi toţi, fie tânăr fie bătrân, sau dacă sunteţi un pastor sau un lider creștin la locul de muncă.
Pastorii și liderii creștini sunt în mod special vulnerabili pentru că unele femei sunt atrase de aceștia datorită poziţiei lor publice și a comunicării lor. În consilierea femeilor, pastorii și liderii creștini se expun la intimităţi care îi face susceptibili la a fi atras de și către alte femei. Deci, nu lăsa pe nimeni de sex opus să străpungă garda ta. Nu îţi permite să fi vulnerabil la ispită. Trebuie să fi cunoscut ca unul care este deplin dedicat soţiei tale (dacă ești căsătorit), un om care este în curăţie din punct de vedere sexual.
Dacă vrei să fi un creștin influent, trebuie să fi „fără prihană”. A fi fără prihană în aria sexuală înseamnă, în termenii lui Pavel, „să fi soţul unei singure soţii” (1 Tim. 3:2, Tit ţia sa.
Faceţi curăţia sexuală una dintre priorităţile rugăciunilor voastre, pentru ca Dumnezeu să vă ţină curaţi. A da greș în acest domeniu înseamnă a înșela încrederea de păstor al oamenilor lui Dumnezeu. A da greș în acest domeniu aduce ravagii în viaţa ta. Trebuie să protejezi turma lui Dumnezeu, nu să o expui la pericole. Trebuie să fi adevăr pentru nevoile turmei, nu să o trădezi.
Nici nu te apropia de punctul de a-ţi înșela partenerul cu cineva de sex opus! Nu încuraja pe cineva mai mult decât se cuvine. O violare a acestei încrederi pune în pericol întreaga ta lucrare și mărturie – credibilitatea ta, integritatea ta, încrederea ta ca și lider.
Fie că suntem pastori sau lideri angajaţi, Satan dorește să obţină un avantaj asupra noastră. El face acest lucru prin plasarea unor capcane pentru noi, în mod special când suntem stresaţi,descurajaţi sau ne simţim singuri. Când ești dezamăgit de lucrare sau de viaţa creștină, pericolul unui eșec moral devine mai puţin ameninţătoare pentru tine, și prin urmare mult mai probabil.
Deci, protejează-te de ispita sexuală. Cum poţi face asta? Poţi să te protejezi din a ceda în faţa ispitei sexuale prin a ridica garduri . Ce înseamnă asta? Construiește în viaţa ta pârghii care te vor ajuta să te protejezi de ispite și impuritate sexuală. De exemplu, (1) fă-ţi o rutină în viaţa ta de a avea o activitate recreativă care să te ajute să micșorezi presiunea zilnică din viaţa ta; (2) petrece timp cu soţia ta; (3) nu te întâlni niciodată cu cineva de sex opus într-un birou sau clădire goală cu ușile închise; (4) ia vacanţa necesară; (5) odihnește-te suficient; (6) nu te uita la filme care ar putea să trezească pofta sexuală. Întrebare: ce alte garduri ar mai putea fi?
Te poţi proteja din a ceda în faţa ispitei sexuale prin luarea în considerare a potenţialelor consecinţe ale unei relaţii sau a unui comportament sexual nepotrivit. Ia în considerare consecinţele pierderii respectului copiilor tăi. Ia în considerare consecinţele asupra căsniciei, familiei și a lucrării tale. Ia în considerare consecinţele asupra adunării pe care o conduci – după cum ar fi sentimentul trădării, neîncrederii, sau a ispitei de a urma exemplul tău. Ia în considerare consecinţa îndurerării Domnului care a murit pentru a te salva de păcatele tale. Ia în considerare consecinţa remușcărilor și amintirilor pline de vinovăţie care te vor vâna tot restul vieţii tale.
Te poţi proteja din a ceda în faţa ispitei sexuale prin dezvoltarea unor relaţii adecvate. Iosif considera relaţiile sale cu Potifar și cu Dumnezeu mai importante decât o plăcere de moment (cf. Geneza 39). El și-a menţinut relaţia și respectul faţă de Potifar („Soţul tău nu mi-a oprit nimic cu excepţia ta care ești soţia lui”) dar și relaţia și respectul faţă de Dumnezeu („Cum aș putea să fac un astfel de rău și să păcătuiesc împotriva lui Dumnezeu”). Aceasta l-a protejat pe Iosif într-un moment extrem de vulnerabil faţă de ispita sexuală.
Te poţi proteja din a ceda în faţa ispitei sexuale prin a acţiona cu responsabilitate și maturitate. Comportamentul sexual neadecvat este produsul iresponsabilităţii și imaturităţii. Din nou, exemplul lui Iosif – el a acţionat cu responsabilitate, maturitate și înţelepciune în relaţia sa cu angajatorul și locul său de muncă.
Te poţi proteja din a ceda în faţa ispitei sexuale prin dezvoltarea și întărirea căsniciei tale (dacă ești căsătorit). Aceasta este probabil cea mai bună metodă de a-ţi apăra curăţia sexuală. Deci asiguraţi-vă că petreceţi timp cu soţia dvs. și că o iubiţi profund. Asiguraţi-vă că femeile din jur (în cazul unui bărbat) cunosc faptul că soţia este numărul 1 în viaţa dvs. Ţine-ţi toate celelalte femei la distanţă de cel puţin o lungime de-un braţ.
Partea a III-a. Gânduri Devoţionale: Hristos – Exemplul Nostru Pentru BiruireaIspitei2
De: Dr. John MacArthur, Pastor,Grace Community Church, Sun Valley, California
„Dar Isus a răspuns: ‘Este scris… este scris… este scris…’” (Mat. 4:4a, 7b, 10b)
Domnul Isus Hristos este într-adevăr exemplul nostru suprem al modului în care trebuie să rezistăm în faţa ispitei. Evrei 4:15 ne aminteşte că „Căci n-avem un Mare Preot, care să n-aibă milă de slăbiciunile noastre; ci unul care în toate lucrurile a fost ispitit ca şi noi, dar fără păcat” (cf. 2:18). Responsabilitatea noastră este de a lua în considerare multiplele căi prin care El a fost ispitit, să privim la El şi să urmăm exemplul Său în întoarcerea de la păcat.
Isus a întâlnit cele mai rele ispite pe care Satana le putea arunca către El, dar El a ieșit victorios. Acum El este gata să împărtășească bucuria victoriei cu toţi sfinţii Săi. "Nu v-a ajuns nici o ispită, care să nu fi fost potrivită cu puterea omenească. Şi Dumnezeu, care este credincios, nu va îngădui să fiţi ispitiţi peste puterile voastre; ci, împreună cu ispita, a pregătit şi mijlocul să ieşiţi din ea, ca s-o puteţi răbda"(1 Corinteni 10:13.).
Cheia triumfului nostru asupra ispitei este de a rezista în acelaşi fel în care a făcut-o Domnul Isus, prin ascultarea totală faţă de Dumnezeu și de Cuvântul Său. La fel ca în fiecare aspect al vieţii creștine, vom avea succes în a rezista tentaţiei prin "a ne uita ţintă la Căpetenia şi Desăvârșirea credinţei noastre, adică la Isus" (Evrei 12:2). Asemenea alergătorului care învaţă să își ţină ochii pe linia de sosire în timp ce aleargă, neîmpiedicându-se de orice obstacol care apare în timpul cursei, tot așa şi noi trebuie să ne uităm ţintă la obiectivul final –de a fi cu gloriosul nostru Domn şi Mântuitor o veşnicie în rai.
Întreabă-te: Cuvântul lui Dumnezeu este de așa natură încât cu cât ne petrecem mai mult timp în El, cu atât mai mult se scufundă în noi - în inimile noastre, în gândurile noastre, în impulsurile noastre, reacţiile și conversaţiile noastre. Cercetezi zi de zi din această comoară? Ești miniere de zi cu zi din aceasta comoara? Asigură-te că Satana trebuie să treacă peste un munte al Scripturii înainte de a ajunge la tine.
Partea a IV – a. Schiţe De Predici
Dr. Roger Pascoe, Președintele Institutului Biblic pentru Predicare
Cambridge, Ontario, Canada
Am publicat o serie de predici cu privire la cele şapte miracole supranaturale ale Domnului Isus după cum sunt prezentate în Evanghelia după Ioan. În ultima ediţie a Jurnalului Electronic al Păstorilor am publicat ultimele patru schiţe de predici din această serie. Acum vom începe o nouă serie de schiţe de predici cu privire la cele şapte dialoguri (sau discursuri) ale Domnului Isus prezentate în Evanghelia după Ioan.
Schiţa de Predică
Ioan3:1-8. Dialogul Domnului Isus cu Nicodim (Partea 1)
Pentru versiunea audio în limba engleză a acestui mesaj faceţi click pe aceste link-uri:
Ioan 3:1-5; Ioan 3:5-6; Ioan 3:7-8
Subiect :Intrarea în Împărăţia lui Dumnezeu
Punctul 1: Care este cheia pentru a intra în Împărăţia lui Dumnezeu? (2-3)
1. Împărăţia lui Dumnezeu are atât un aspect spiritual cât şi unul fizic
2. Intrarea în Împărăţia lui Dumnezeu se bazează pe principiul spiritual al naşterii din nou
Punctul 2: Cum are loc naşterea din nou? (4-8)
1. Naşterea din nou are loc prin apă şi duh (5)
2. Naşterea din nou este total diferită de naşterea fizică (6)
3. Naşterea din nou este cheia universală în Împărăţie (7)
4. Naşterea din nou este asemenea vântului (8).
1 John Piper, A Godward Life (Sisters, Oregon:Multnomah Publishers, 1997), 124-125.
2 John MacArthur, “Why the Priority of Humility?” in Daily Readings from the Life of Christ (Chicago: Moody Publisher, 2008), February 12.
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